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peças pratica simulada II semana 07

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AO JUÍZO DA 99ª VARA DO TRABALHO DE BELEM/PA
PROCESSO Nº: XX
 BANCO DINHEIRO BOM S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., com endereço situado na Rua..., nº..., bairro..., Belém/PA, CEP..., endereço eletrônico..., por seu advogado conforme procuração em anexo, com endereço para fins de intimações na Rua..., nº..., sala..., bairro..., município..., UF..., CEP..., endereço eletrônico..., vem perante este douto juízo com base no artigo 847 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) oferecer
CONTESTAÇÃO
à ação trabalhista em epigrafe, ajuizada por PAULA..., já devidamente qualificada na petição inicial, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I. DO CONTRATO DE TRABALHO
 A RECLAMANTE trabalhou por quatro anos para a RECLAMADA na função de gerente-geral de agência, cumprindo a jornada de segunda a sexta-feira das 08:00 às 20:00 horas, com intervalo de 20 (vinte) minutos para o almoço. Foi dispensada sem justa causa no dia 06/02/2017, percebendo o salário de oito mil reais, além da gratificação de função de 50% (cinquenta por cento) a mais que o cargo efetivo.
II. DO CARGO DE CONFIANÇA/INAPLICABILIDADE DE HORAS EXTRAS
 A RECLAMANTE exercia a função de gerente-geral de agência bancária, sendo responsável por controlar o desempenho profissional e a jornada dos funcionários, bem como o desempenho comercial da agência. Percebia 50% (cinquenta por cento) como gratificação de função. Enseja, na inicial, receber horas extras durante o período laborado.
 Ocorre que são indevidas horas extraordinárias quando o empregado exerce cargo de gestão e recebe 40% ou mais como gratificação de função, enquadrando-se na situação prescrita no art. 62, II e parágrafo único, da CLT. Esta situação é ratificada pela Súmula 287 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao lecionar que o gerente-geral de agência bancária presume-se em cargo de gestão, aplicando-se-lhe o que prescreve o art. 62 da CLT, não cabendo, assim, o pagamento de horas extraordinárias.
 “Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo:
 I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados”
 “Súmula nº 287 do TST
JORNADA DE TRABALHO. GERENTE BANCÁRIO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao gerente-geral de agência bancária, presume-se o exercício de encargo de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT.”
 Portanto, a Reclamante não faz jus ao pagamento das horas trabalhadas além da jornada normal de trabalho, por exercer cargo de confiança e perceber 50% de gratificação de função, tampouco são devidos os seus reflexos.
III. DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL/DIFERENÇAS SALARIAIS
 A RECLAMANTE aduziu que o seu salário era menor que o de João Petrônio, que percebia o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) de salário efetivo como gerente de agência de grande porte atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas. A agência da RECLAMADA era de pequeno porte e atendia somente pessoas físicas.
 Verifica-se, assim, que há diferenças nas funções e tarefas desempenhadas por João Petrônio na sua agência, o que justifica a aplicação do art. 461, §1º, da CLT, corroborado pela Sumula 6, III, do TST.
 “Art. 461 - Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade
 § 1º - Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos.  “
 “Súmula nº 6 do TST
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT  (redação do item VI alterada) – Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação.”
 Destarte, não prospera a pretensão da Reclamante em pleitear as diferenças decorrentes da equiparação salarial nem seus respectivos reflexos.
IV. DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
 A RECLAMADA foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de serviço, tendo lá fixado residência com sua família, requerendo o pagamento do adicional de transferência em forma de adicional mensal.
 Vale destacar que há previsão de transferência para empregados que exercem cargo de confiança no art. 469, §1º, da CLT. Porém, a Orientação Jurisprudencial 113 da Seção de Dissídios Individuais, Subseção 1 (OJ-113-SDI-1) do TST, aduz que esta transferência está apta a legitimar a percepção do adicional de transferência, se for de forma provisória, o que não é o caso da situação em tela.
 Sendo assim, requer a improcedência do pedido de adicional de transferência, pelas razoes acima expostas.
V. DO DESCONTO SALARIAL/PLANO DE SAÚDE
 A RECLAMADA assinou, em sua admissão, autorização de desconto relativo ao plano de saúde, tendo indicado dependentes. No entanto, na inicial, está requerendo a sua devolução.
 Deve-se esclarecer, entretanto, que os descontos salariais efetuados pelo RECLAMADO, autorizado pela RECLAMANTE por escrito, integrando planos de assistências médico-hospitalar, odontológicas, de seguro, de previdência privada, entre outras, aduzidas na Súmula 342 do TST, em benefício do RECLAMANTE e de seus dependentes, não afrontam a disposição do art. 462 da CLT, salvo se demonstrada a coação ou outro defeito praticado pelo empregado, o que não foi o caso.
 Portanto, não pode prosperar o pedido de devolução dos descontos relativos ao plano de saúde.
VI. DA MULTA DO ARTIGO 477, § 8º, DA CLT
 Requer a RECLAMANTE a multa do art. 477, § 8º, da CLT, tendo em vista que as verbas foram pagas dia 16/02/2017, sendo que a dispensa se deu em 06/02/2017. Na ocasião do pagamento, se deu a homologação, segundo Paula, um dia após o prazo.
 Verifica-se que o prazo de dez dias prescrito no art. 477, § 6º, b, da CLT, contado da notificação da demissão, exclui o dia da notificação e inclui o dia do vencimento, de acordo com o art. 132 do Código Civil (CC). Desta forma, o prazo terminou exatamente no dia 16/02/2017.
 Neste sentido, a empregada não faz jus à multa do art. 477, § 8º, da CLT.
VII – DOS REQUERIMENTOS
 Pelo exposto, requer:
 A - Sejam julgados improcedentes os pedidos formulados pela RECLAMANTE;
 B – a RECLAMANTE seja condenada em honorários advocatícios no percentual de 15% (quinze por cento).
VIII – DAS PROVAS
 Protesta por todos os meios de prova admitidos em direito e sua produção em momento oportuno
IX - DOS REQUERIMENTOS FINAIS
 Requer a improcedência dos pedidos formulados pela parte RECLAMANTE, condenando-a a arcar com os ônus da sucumbência e a pagar os honorários advocatícios.
Nestes termos, pede e espera deferimento.
Local, data 
 Advogado e nº OAB

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