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DEPRESSÃO: UM TRANSTORNO DE HUMOR 
 
 
Antonia Viviane Rodrigues Moreira
1
 
Maria Rivonilda Pereira Dos Santos¹ 
 Jamires Laurentino Dos Santos 
Maryldes Lucena Bezerra De Oliveira² 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Depressão é um transtorno do humor, os termos depressão e transtornos 
afetivos são utilizados como equivalentes porem em seu sentido exato não o são. Os 
transtornos afetivos compõem uma categoria ampla de estados de ânimo (dificuldades no 
campo das emoções, na capacidade cognitiva, no comportamento e na regularidade das 
funções corporais). A depressão é a forma mais comum de transtornos afetivos. (ALMEIDA. 
JR, et al. 2005 ) 
É considerado um grave problema mental de saúde pública, dados epidemiológicos 
registraram no início deste século, 121 milhões de pessoas que sofreram algum episódio 
depressivo durante a sua vida. É um dos transtornos mentais mais comuns, caracterizado por 
tristeza, perda de interesse em atividades cotidianas e diminuição da energia; é também um 
dos fatores mais prevalentes e potencialmente implicados nos mecanismos que conduzem à 
incapacidade e à utilização dos serviços de saúde ( FUREGATO, A. R. F, 2005). 
Apresenta-se com grande freqüência nas unidades de atenção básica à saúde., porem 
muitas vezes não é reconhecida, os pacientes recebem tratamento para suas queixas físicas, 
passando despercebida pelos profissionais(ALMEIDA. JR, et al. 2005 ) 
O profissional de enfermagem tem grande importância no auxilio diagnóstico dessa 
enfermidade pelo conhecimento dos principais sinais e sintomas da doença, a falta desse 
conhecimento atualizado desse profissional é um dos fatores responsáveis pela deficiência na 
identificação e no cuidado de enfermagem aos pacientes deprimidos(CANDIDO, M. C. F. S; 
FUREGATO, A. R. F, 2008). 
O termo depressão, pode designar um estado afetivo normal, um sintoma, uma 
síndrome ou várias doenças. A depressão tem sido caracterizada como episódio patológico no 
qual existe perda de interesse ou prazer, distúrbios do sono e apetite, retardo motor, 
sentimentos de inutilidade ou culpa, distúrbios cognitivos, diminuição da energia e 
pensamentos de morte ou suicídio (APÓSTOLO, J. L. A, 2011) 
Todas as pessoas passam por momentos de tristezas, sentem-se sozinhas ou infelizes. 
Como por exemplo a morte de um ente querido ou perda do emprego pode levá-la sentir-se 
“deprimida”. Na maioria das vezes, estará experimentando um sentimento normal e 
 
1
 Acadêmica do 7° semestre do curso de Enfermagem da Faculdade de Juazeiro do Norte (FJN). 
² Enfermeira; Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade de Juazeiro do Norte – FJN; Especialização em 
Saúde Mental. 
 
absolutamente compreensível e não um estado patológico de depressão(ALMEIDA. JR, et al. 
2005 ) . 
Pacientes deprimidos que buscam atenção permanecem sem ser diagnosticados e sem 
receber tratamento adequado, o que repercute em sofrimento, elevada morbidade e 
mortalidade além de contínuo risco de suicídio( ). Além disso, por ser uma doença altamente 
incapacitante, interfere, na vida pessoal, profissional, social e econômica das pessoas 
acometidas (THOMPSON, C. 2010) . 
 Esta pesquisa tem o objetivo de identificar as reais diferenças entre as várias formas de 
depressão de acordo com os sinais e sintomas inerentes a cada tipo de patologia. 
 
METODOLOGIA 
 
 A metodologia utilizada neste estudo foi de pesquisa bibliográfica, pois a mesma 
oferece meios que auxiliam na exploração de novas áreas onde os mesmos ainda não se 
cristalizaram suficientemente. Permite também que um tema seja analisado sob novo enfoque 
ou abordagem, produzindo novas conclusões. Além disso, permite a cobertura de uma gama 
de fenômenos muito mais ampla. 
De acordo com Gil (1987), não existem regras fixas para a realização de pesquisas 
bibliográficas, mas algumas tarefas que a experiência demonstra serem importantes. 
Exploramos as fontes bibliográficas disponíveis, como livros, revistas científicas, bases de 
dados entre outros, que contêm não só informação sobre depressão, mas indicações de outras 
fontes de pesquisa com temas relacionados; 
Foi realizada leitura seletiva, retendo as partes essenciais para o desenvolvimento do 
estudo, com a elaboração de fichas e resumos de partes relevantes do material consultado. 
Posteriormente esse material foi ordenado de acordo com o seu conteúdo, conferindo sua 
confiabilidade. Para o critério de inclusão foram empregados os artigos com a temática 
depressão, e critérios de exclusão os artigos que não compreendia o objetivo do estudo. Foram 
respeitados todos os direitos autorais perante a Lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, no qual 
garante ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou. 
O período de realização da pesquisa foi de Agosto a Outubro de 2013, durante a 
disciplina de Enfermagem em Saúde Mental. A base de dados utilizada para a coleta dos 
artigos originais e de revisões sobre a temática foram os sites eletrônicos Scielo, Lilacs e 
Bireme, onde foram encontradas publicações na língua portuguesa e no inglês para elaboração 
do presente estudo. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 Na literatura, encontram-se descritos os seguintes tipos de depressão: transtorno 
depressivo maior, depressão reativa, depressão atípica, depressões catatônicas, depressão 
crônica (distimia), transtorno afetivo bipolar e outros. Os tipos mais comuns são o transtorno 
depressivo maior e o transtorno afetivo bipolar. 
 Depressão Maior é quando o paciente apresenta pelo menos cinco dos nove sintomas 
mencionados no diagnostico da depressão por pelo menos duas semanas (APÓSTOLO, J. L. 
A, 2011) . 
 
A depressão reativa é outro tipo de patologia que pode ser decorrente a um transtorno 
neurótico, podendo ocorre em três circunstâncias (a) com exagero e prolongamento da reação 
de perda. Procurar saber se o paciente sofreu repetidas perdas no passado, alem da 
 
desencadeante das manifestações depressivas atuais; (b) depressão reativa associada a 
ansiedade grave. Geralmente a depressão segue a ansiedade e as vezes substitui a ansiedade. 
Esta indicado o descondicionamento da ansiedade por dessensibilização; (c) fracaço para 
controlar situações interpessoais ( GUSMÃO, R. D. M, 2005 ). 
. 
Já a depressão atípica é evidenciada por hipersonia, hiperfagia, ganho de peso, 
variação diária invertida piorando à noite, humor reativo, aumentada sensibilidade 
interpessoal (LAUTER.D. S, 2011). 
 
TIPOS DE DEPRESSÃO 
 
As depressões catatônicas são caracterizadas por intensas alterações da 
psicomotricidade, entre as quais: imobilidade quase completa, atividade motora excessiva, 
negativismo extremo, mutismo, estereotipias, ecolalia ou ecopraxia, obediência ou imitação 
automática. As facilidades de diagnóstico e de tratamento quase sempre impedem a 
progressão mais graves, que ainda em passado recente ameaçavam a vida dos 
pacientes(CANDIDO, M. C. F. S; FUREGATO, A. R. F, 2008). 
Outro tipo conhecido são as depressões crônicas ( Distimias) que geralmente de 
intensidade mais leve que os episódios de depressão maior. Mais que o humor francamente 
deprimido, os pacientes com depressão crônica (distimia) sofrem por não sentir prazer nas 
atividades habituais, e por terem suas vidas coartadas por uma espécie de morosidade 
irritável( GUSMÃO, R. D. M, 2005 ). 
 
O transtorno afetivo bipolar também se caracteriza por sintomas depressivos pode ser 
classificado, de acordo com o tipo do episódio atual, em hipomaníaco, maníaco ou 
depressivo. Os episódios maníacos são subdivididos de acordo com a presença ou ausência de 
sintomas psicóticos. Os episódios depressivossão classificados de acordo com as regras 
descritas no CID-10 F32. O transtorno afetivo bipolar inclui ainda os episódios mistos 
(CANDIDO, M. C. F. S; FUREGATO, A. R. F, 2008). 
 
SINAIS E SINTOMAS 
 
A avaliação dos sintomas é de fato muito importante não só no sentido do 
acompanhamento ou da evolução da resposta em estudos sobre a eficácia das intervenções 
terapêuticas. A avaliação dos sintomas, no caso da depressão, é imprescindível para a 
elaboração do diagnóstico por mais operacionalizado que estejam os critérios diagnósticos, 
tais como o DSM-IV (APA, 1994) ou a CID-10 (OMS, 1992). 
Assim, as escalas de avaliação da depressão ajudam na avaliação dos sintomas e na 
elaboração do próprio diagnóstico, além de auxiliarem o acompanhamento do paciente e o 
resultado dos tratamentos ( CAMPOS, R.N, 2010) 
. Apesar da depressão ter uma taxa de prevalência relativamente alta nos serviços de 
atenção primária, seus diagnóstico e tratamento são insuficientes. Os clínicos gerais falham na 
detecção do transtorno em mais de 50% dos casos, e provêm tratamento para apenas um terço 
deles( GUSMÃO, R. D. M, 2005 ). 
 Nos pacientes em que o transtorno não é diagnosticado ou é subtratado, observase uma 
pior evolução. Duas barreiras, entre outras, prejudicam a detecção precoce e o tratamento 
adequado da depressão: a ideia de que a depressão não é uma condição médica que contribui 
para o retardo na busca de tratamento e o estigma que envolve os transtornos mentais 
 
contribui para diminuir a habilidade do clínico geral em diagnosticar e tratar os transtornos 
depressivos. 
No diagnóstico da depressão levam-se em conta: sintomas psíquicos; fisiológicos; e 
evidências comportamentais(APÓSTOLO, J. L. A, 2011; CAMPOS, R.N, 2010). 
 A avaliação dos sintomas depressivos, na verdade, depende das várias categorias de 
sintomas que serão incluídos nos itens de cada escala, sendo exatamente nisso que as mesmas 
se diferenciam. De acordo com Thompson (2010), as principais categorias de sintomas 
depressivos são: 
 
- Sintomas relacionados ao Humor – Inclui tristeza, perda de interesse e/ou prazer, 
crises de choro, variação diurna do humor (esta última, às vezes, classificada na 
categoria de sintomas vegetativos). Essa categoria de sintomas é essencial para o 
diagnóstico de depressão. 
- Sintomas Vegetativos ou Somáticos – inclui alterações no sono (insônia ou 
hipersonia), no apetite e no peso; há perda de libido, obstipação e fadiga. 
- Sintomas Motores – inclui inibição ou retardo, agitação (mais em idosos), 
inquietação. 
- Sintomas Sociais – inclui apatia, isolamento, incapacitação para o desempenho das 
tarefas cotidianas. 
- Sintomas Cognitivos – inclui desesperança, desamparo, idéias de culpa (que 
podem chegar a delírios de culpa em depressões psicóticas) e de suicídio, indecisão, 
perda de insight, isto é, do reconhecimento de que está doente. 
- Sintomas ligados à Ansiedade – inclui ansiedade psíquica, somática e fóbica (esta 
última em poucas escalas). 
- Sintomas geradores de Irritabilidade – inclui hostilidade, auto- e heterodirigida. A 
auto-agressão associa-se com o risco de suicídio. Outros autores consideram a 
irritabilidade na categoria de alteração do humor 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A depressão, se não tratada corretamente, pode perdurar por muito tempo, com sério 
prejuízo à vida do paciente: trabalho, família e lazer ficam muito comprometidos, juntamente 
com um risco maior de suicídio. O tratamento bem-sucedido reduz esse período para 8 a 12 
semanas. Entretanto, a depressão, ainda que responda bem ao tratamento instituído, pode 
recidivar e/ou cronificar. O tratamento medicamentoso constitui o fundamento da intervenção 
terapêutica para reduzir a duração e a intensidade dos sintomas do episódio atual e, 
principalmente, para prevenir sua recidiva. 
Assim à humanização do cuidar se faz necessária. Conhecer o paciente, identificando suas 
necessidades é tarefa imprescindível para toda a enfermagem. O profissional deve estar alerta 
e ser sensível a pistas ocultas. É preciso uma atitude receptiva, disposição em escutar, 
observação acurada do comportamento e do conteúdo da comunicação, para que seu trabalho 
seja efetivo. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA. JR, ALVES. TC, WAJNGARTEN. M, RAYS J, CASTRO. CC, CORDEIRO. Q, 
; Depressão de fim de vida, insuficiência cardíaca e hipersinal da substância branca 
frontal: um estudo de ressonância magnética estrutural - Late-life depression, heart failure 
and frontal white matter hyperintensity: a structural magnetic resonance imaging study. Braz J 
Med Biol Res. 2005;38(3):431-6. 
 
APÓSTOLO, J. L. A; Depressão, ansiedade e estresse em usuários de cuidados primários 
de saúde, Rev. Latino-Am. Enfermagem, 2011. 
 
CANDIDO, M. C. F. S; FUREGATO, A. R. F; Transtornos depressivos: um material 
didático para a educação a distância, Escola Anna Nery, 2008. 
 
CAMPOS, R.N,; A evolução histórica dos conceitos de transtorno de humor e transtorno 
de personalidade: problemas no diagnóstico diferencial, Revista de Psiquiatria Clínica, 2010. 
 
FUREGATO, A. R. F, Pontos de vista e conhecimentos dos sinais indicativos de 
depressão entre acadêmicos de enfermagem, Revista da Escola de Enfermagem da 
USP,2005. 
 
GUSMÃO, R. D. M; Depressão : detecção, diagnóstico e tratamento. Estudo de 
prevalência e despite das perturbações depressivas e tratamento, Faculdade de Ciências 
Médicas da Universidade Nova de Lisboa, 2005. 
 
PORTO, J. A. D; Conceito e diagnóstico da Depressão, Revista Brasileira de Psiquiatria, 
1999. 
 
THOMPSON, C. – Affective disorders.. The Instruments of Psychiatric Research. London, 
John Wiley & Sons Ltd., pp. 87-126, 198.2010. 
 
LAUTER.D. S, Estudo de caso de um paciente com diagnóstico de Esquizofrenia e 
Depressão , Contexto e Saúde, 2011.

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