Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Material de Estudo Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Babesiose e Carrapatos Taxonomia Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Reino Protista Sub-Reino Protozoa Filo Apicomplexa Classe Sporozoea Sub-Classe Piroplasmia Ordem Piroplasmida Família Babesiidae Babesia B. divergens B. microti Babesia sp. (WA-1) Babesia sp. (MO-1) Babesia sp. (CA-1) Aspectos Morfológicos Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO B. microti Não determina alterações de forma ou estrutura do eritrócito Formas em anel, multi- cromatínicas e em tétrade (ou cruz de malta. Apenas em infecções antigas; é bastante rara em humanos), podem ter até próximo de 4 micrômetros Infecção múltipla é rara Esporozoítas, nos carrapatos com 2,2-2,4 x 0,7-0,8 micrômetros Aspectos Morfológicos Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO B. divergens 1-3 micrômetros, geralmente central ou sub-central nos eritrócitos , com formas de anéis, pareadas ou de tétrades Em infecções experimentais os parasitos apresentam modificações de suas características morfológicas Ciclo Evolutivo Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO H.V. (Assexuado) Esporozoita -> Trofozoíta <-> Merozoíta Merozoíta -> Gamonte H.I. (Sexuado) Gamonte -> Gametócito Biologia Evolutiva Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Ocorre merogonia nos eritrócitos do HV e maturação de gametas, fecundação e esporogonia no HI. A fusão de gametas e formação do cineto (zigoto móvel) ocorre no intestino do carrapato. O cineto migra através da parede digestiva e invade diversos tecidos e células do HI, entre as quais os ovos (oócitos) das fêmeas, aonde originam novos cinetos (por múltiplas divisões). Quando os cinetos atingem as glândulas salivares evoluem por esporogonia, formando os esporozoítas. O desenvolvimento no vetor permite a transmissão transestadial assim como a transmissão transovariana. Cada espécie apresenta variação própria quanto à evolução. Teilerídeos fazem merogonia em eritrócitos e em outras células (exo-eritrocíticas) do HV (Theileria em linfócitos [B e T] e Cytauxzoon em células fagocíticas). Babesiidae e Theileriidae podem ser diferenciados em dois aspectos: em Theileriidae cinetos se desenvolvem apenas nas glândulas salivares do HI e não ocorre transmissão transovariana (MELHORN et al., 1984). Biologia Evolutiva Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO B. divergens com poliparasitismo freqüente e parasitemia variável (1-80%) podendo coexistir com Borrelia burgdorferi (como B. microti) Nos carrapatos ocorre transmissão transestadial, com prevalência em ninfas de cerca de 19%. Ninfas infectadas na fase larvar transmitem o agente ao adulto de forma muito precária, necessitado assim de reinfecções durante o estágio ninfal No ser humano o esporozoita inicialmente evolui em linfócitos por alguns dias, passando então aos eritrócitos, aonde se reproduz por divisão binária mantendo a infecção A transmissão dos esporozoitas dos vetores aos hospedeiros vertebrados só ocorre após a fixação dos carrapatos a estes por pelo menos 48 horas Epidemiologia Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Ocorrência e Sazonalidade Prevalência ascendente Centenas de casos relatados.Até 1992 mais de 200 casos Embora possuam os mesmos vetores a estabilidade da babesiose humana comparada à incidência da doença de Lyme pode estar relacionada a diferentes populações de ambos os agentes nos vetores Na Europa apenas 19 casos até 1992 (14 por B. divergens) Em inquérito no México sorologia foi positiva em, 38/101 indivíduos Em inquérito em Nantucket Island (EUA) 21/170 indivíduos apresentaram positividade Baseado na experiência de babesiose de animais domésticos, OSORNO et al. (1976) citam que cada caso diagnosticado deve corresponder a numerosos casos não identificados Casos agudos no hemisfério norte tendem a ocorrer principalmente entre maio e outubro, maior atividade de ninfas EmTaiwan soropositividade de 0,5% da população examinada Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO América do Norte EUA: Nova York, Massachusetts, Califórnia, Georgia, Washington, Conecticut e Wisconsin. Babesiose ocorre em uma série de Ilhas do Nordeste Americano México América do Sul Brasil: paciente de Tiúna, Pernambuco (Babesia sp.); B. microti Puerto Berrío – Colombia Europa Bélgica, Escócia (B. divergens); Espanha; França (B. divergens); Holanda; Inglaterra (B. divergens); Irlanda (B. divergens); Iugoslávia (B. divergens); Polônia (Adquirido no Brasil); Suécia (B. divergens); Suíça (Adquirido em Gales); União Soviética (B. divergens); mais de 50% na França e Inglaterra, em áreas de bovino-cultura Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO África África do Sul Egito Ilhas Canárias – Espanha Moçambique Nigéria Ásia China Japão Taiwan apresentou sorologia positiva de 0,5% da população examinada. Tipo B. microti Epidemiologia Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Reservatórios Roedores: Peromyscus leucopus (larvas, ninfas e o parasito). Microtus pensylvanicus idem. Os agentes podem circular de forma sinantrópica Cervídeos: Odocoileus virginianus é o principal hospedeiro do I. dammini na forma adulta, embora aparentemente resistente a babesia Epidemiologia Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Variáveis Pessoais Idade: idosos (47,7 +/- 16,3 anos em pacientes com história médica significante e 63,4 +/- 11,1 anos nos outros). Caso mais antigo em paciente de 86 anos Sexo: sem diferenças Fatores de risco: asplenia (16/19 casos europeus), imunocomprometidos (B. divergens nunca observada em aidéticos), idade. Histórias médicas significantes como: câncer, tratamento de câncer, doenças crônicas (incluindo auto-imunes), endocrinopatias, e doenças parasitárias. História recente de picada por carrapato. (5/17) Diferentemente da malária não existe associação da infecção a quaisquer grupos sangüíneos Resistência do Agente B. microti resiste ao congelamento e estocagem de sangue permitindo a viabilidade da transmissão transfusional Epidemiologia Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Transmissão Vetores Na Europa Ixodes ricinus Na América do Norte: I. dammini (=I. scapularis) principalmente nos estágios ninfais, apesar dos adultos também poderem transmitir O I. scapularis pode transmitir simultaneamente a B. microti, a B. burgdorferi e um agente de Erlichiose granulocítica (E. phagocytophila?) humana Transplacentária e Perinatal Relatada a ocorrência de transmissão transplacentária e perinatal Transfusional Outra Transmissão experimental de B. microti em camundongos por canibalismo foi de 15,1% , e por ingestão de sangue foi de 3,1%, podendo assim a infecção ser mantida sem a participação do vetor Imunidade Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Indivíduos afetados parecem desenvolver uma situação de premunição (como nos animais) Resposta imunológica pode ser protetora, em relação a infecção ou em relação a doença (babesiose americana) Resposta sorológica está presente de forma clássica, caindo os títulos mais pronunciadamente nos primeiros 6 meses que sucedem a infecção clínica Formam-se imune-complexos (complicações principalmente em asplênicos) Pequenas doses de alfainterferon humano inibem desenvolvimento de B. microti em Balb/C RANDOLPH (1994) relata que a infecção por B. microti não altera a resposta imune do hospedeiro contra seu vetor Imunidade Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Estratégias de sobrevivência das babésias e algumas de suas conseqüências (SCHETTERS et al., 1998) desenvolvimento intraeritrocítico (alterações da membrana celular do eritrócito com expressão de “moléculas parasitárias”) variação antigênica, diversidade antigênica (escape da resposta imune) seqüestro de hemácias com localização visceral do parasito (proliferação local) hipotensão (redução do hematócrito e etc – diluição - hiperhidratação e insuficiência renal) por ativação do sistema calicreina (liberação de vasodilatador) e talvez ativação do complemento ativação de resposta de fase aguda regulando a expressão de ligantes do endotélio (CD36 e ICAM1) e facilitando a aderência de células infectadas ativação do sistema de coagulação no ambiente local (atividade coagulante dos eritrócitos infectados (seqüestro da célula parasitada – redução simultânea do hematócrito e da parasitemia) Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO A B C D Patogenia Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Ação mecânica traumática Ação tóxico-alérgica Patologia Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO EUSPLÊNICOS Anemia hemolítica Hemoglobinúria ESPLENECTOMIZADOS O baço determina diversas funções no hospedeiro, que explicam a importância de sua retirada para o mesmo (ajuda a proteger filtrando e fagocitando partículas e microorganismos, assim como os vários produtos responsáveis pela cascata da coagulação intravascular disseminada; elaborando a opsonização e outros Ac. citofílicos; atividade do peptídeo estimulador da fagocitose, denominado tuftsin, cai com a esplenectomia; papel na imunidade celular e humoral; e outras) Insuficiência Renal: provavelmente por deposição de imune-complexos Sintomatologia Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Na Europa todos os casos devem ser considerados emergências Em indivíduos eusplênicos é uma doença leve e auto-limitada, podendo ser bastante severa em asplênicos ou imunodeprimidos B. microti já identificada em aidético pós-esplenectomia É uma doença febril aguda caracterizada por mialgias, fadiga, anemia hemolítica e hemoglobinúria Infecções por B. microti tem tempo médio de internação de 19,1 +/- 2,9 dias, e de recuperação de 0-18 meses Sintomatologia Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Eusplênicos B. divergens Babesiose sub-clínica tem sido identificada sorologicamente em indivíduos não esplenectomizados B. microti Febre: 37,0- 40,5 C, sem características de intermitência, podendo ocorrer de forma remitente, contínua, ou irregular Fadiga, Calafrios, Sudorese, Cefaléia, Mialgia, Anorexia, Tosse, Artralgia, Náusea, Hemoglobinúria,Anemia, hemolítica, Hematócrito baixo: até 28% Anorexia, mal estar e letargia durando de semanas a meses após o início da doença CepaWA1 Curso clínico bem mais severo que o de B. microti Sintomatologia Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Esplenectomiz./Imunodeprim. Evolução aguda e não raro fatal Início clínico entre 1 mês a 32 anos após a esplenectomia, com doença cursando de moderada a severa (ROSNER et al., 1984) Insuficiência renal presente com alguma freqüência Segundo GARNHAN (1980) sinais mais importantes são: pirose, prostração, icterícia, anemia, e hemoglobinúria, alem de 2 sinais essenciais, a esplenectomia e a morte do indivíduo em poucos dias por insuficiência renal B. divergens: Período de incubação de 1-3 semanas, seguido de hemólise importante com hemoglobinúria, febre persistente não periódica (40-41° C), calafrios, suores intensos, cefaléia, mialgia, dores lombares e abdominais, falência renal (casos graves) com edema pulmonar, hemoglobina menor que 70-80 g/l, apesar de transfusões Diagnóstico Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Laboratorial Etiológico Hemoscopia esfregaço sangüíneo gota espessa Cultura Inoculação Imunológico R.I.F.I. E.L.I.S.A. Genético PCR QBC Diferencial Malária Tratamento Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Etiológico Clindamicina + Quinino (crianças) Atovaquone e azitromicina (adultos) Sintomático Ex-transfusões Suporte geral Profilaxia Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Controle de vetores (acaricidas) no peridomicílio e domicílio Educação sanitária Retirada de carrapatos o mais rapidamente possível Diagnóstico e tratamento precoces Controle de animais reservatórios e seus carrapatos Proteção individual Manejo ambiental adequado Material de Estudo Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Carrapatos Taxonomia Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Reino Animalia Filo Arthropoda Classe Arachnida Sub-Classe Acari Ordem Parasitiformes Sub-Ordem Ixodida (=Metastigmata) Família Argasidae Gênero Ornithodorus Família Ixodidae Gênero Amblyomma A. cajennense Gênero Dermacentor D. variabilis Gênero Ixodes Gênero Rhipicephalus R. sanguineus CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ARACHNIDA Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Corpo geralmente dividido em cefalotórax e abdome Ausência de antenas Quelíceras Quatro pares de patas (adultos) MORFOLOGIA GERAL DOS ARACHNIDA Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Gnatossoma (= capítulo ou falsa cabeça) e Idiossoma Quatro pares de patas em adultos e ninfas Três pares de patas em larvas Hipostômio em ácaros CARACTERÍSTICAS GERAIS DA SUBORDEM IXODIDES (= METASTIGMATA) Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Par de estigmas após 3o par de patas. Hipostômio com dentes recorrentes (inclusive nas larvas) Órgão de Haller (quimiorreceptor) no 1o par de patas (Ixodidae) Parasitos obrigatórios Hematófagos Sem ventosas adanais e genitais MORFOLOGIA DOS IXODÍDEOS Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Tamanho pequeno a médio, ovalados Peças bucais inseridas anteriormente (Ixodidae) ou ventralmente (Argasidae) e compostas por quelíceras, hipostômio e palpos (3-4) Áreas porosas (fêmeas de Ixodidae) produzem feromônios Morfologia dos Ixodídeos Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Olhos simples (presentes ou ausentes) na borda do corpo ou do escudo Idiossoma (Ixodidae) com escudo (placa quitinosa de forma e tamanho variável) Presença de sulcos (festões) na borda posterior do idiossoma de alguns Ixodidae Abertura genital na linha média, bem anterior Ânus na linha média, atrás do 4o par de patas, podendo existir sulcos ao sue redor Placas espiraculares após o 4o par de patas (Ixodidae) ou entre o 3o e o 4o par de patas (Argasidae) Placas quitinosas ventrais nos machos: prégenital, mediana, anal e adanal (não necessariamente todas simultaneamente) Glândulas coxais entre o 1o e o 2o par de patas (Argasidae) QUADRO DIFERENCIAL DAS FAMÍLIAS IXODIDAE E ARGASIDAE IXODIDAE ARGASIDAE ESCUDO Presente Ausente GNATOSSOMA ANTERIOR Todos os Estágios Apenas Larvas ÁREAS POROSAS DAS FÊMEAS Presentes Ausentes ALIMENTAÇÃO Contínua Intermitente (Repetida) GLÂNDULAS COXAIS Ausentes Presentes LOCALIZAÇÃO DO PERITREMA Após o 4o par de patas Entre o 3o e o 4o par de patas NÚMERO DE POSTURAS Única Diversas NÚMERO DE NINFAS Única Diversas (duas ou mais) HORÁRIO DO HEMATOFAGISMO Sem horário Noturno Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO QUADRO DIFERENCIAL ENTRE OS ESTÁGIOS EVOLUTIVOS DOS IXODÍDEOS FAM. LARVA NINFA ADULTO PATAS (PARES) I/A 3 4 4 ORIFÍCIO GENITAL I/A Ausente Ausente Presente GNATOSSOMA I Anterior Anterior Anterior A Anterior Ventral Ventral ESCUDO I Presente Incompleto Presente Incompleto Presente Completo (Macho) ou Incompleto (Fêmeas) A Ausente Ausente Ausente Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO QUADRO MORFOLÓGICO DIFERENCIAL RESUMIDO DOS ADULTOS DOS PRINCIPAIS GÊNEROS DE CARRAPATOS DA FAMÍLIA IXODIDAE DE INTERESSE HUMANO NO BRASIL Amblyomma Rhipicephalus Anocentor/Dermacentor Palpos 2o Segmento duas vezes mais longo que largo Lisos 2o Segmento menor que duas vezes o comprimento em relação à largura 2o Segmento menor que duas vezes o comprimento em relação à largura Rostro Longo Curto Curto Capítulo Longo Base Hexagonal Base Retangular Escudo Ornamentado Ornamentado Ornamentado Festões (Machos) Presentes (11) Presentes (7) Presentes (7) Placas Ventrais (Machos) Ausentes Presentes (um par adanal bem desenvolvido) Ausentes Biologia Trioxeno Trioxeno Trioxeno Espécies A. cajennense R. sanguineus A. nitens Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Amblyomma Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Evolução Monoxenos Trioxenos Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Importância Humana Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Doenças causadas por carrapatos Dermatite por picada: todos Paralisia ascendente por picada Paralisia motora flácida ascendente, com quadro tóxico generalizado, febre (40o c), perturbações da deglutição e da respiração podendo levar a morte, principalmente em crianças. América do Norte: Dermacentor andersoni e D. variabilis. Europa: Ixodes sp. e Ornithodorus sp. AgentesTransmitidos por Carrapatos Principais Agentes Transmitidos por Carrapatos Gênero/Espécie Agente Transmitido Mecanismo de Manutenção Estágio Transmissor Amblyomma sp. Coxiella burnetti (1) Francisella tularensis (2) Rickettsia rickettsi (3) Transovariano; Pelo ar. Transovariano Transovariano Adultos Dermacentor sp. Encefalites Francisella tularensis (2) Rickettsia rickettsi (3) Transovariano Transovariano Adultos Adultos Ixodes sp. Borrelia burgdorferi (4) Babesia microti (5) Babesia divergens (6) Encefalites Rickettsia australis (7) Transestadial; Transovariano ? Transestadial Transovariano Ninfas/Larvas e adultos Ninfas e adultos Larvas e Ninfas ? Ornithodorus sp. Borrelia recurrentis (8) Transovariano Rhipicephalus sp. Ehrlichia chaeffensis (9) Francisella tularensis Rickettsia conorii Transovariano Adultos Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO 1-Febre Q 2-Tularemia 3-Febre Maculosa 4-Doença de Lyme 5 e 6-Babesiose 7-Tifo de Queensland 8-Febre Recurrente 9-Erlichiose Table 1 – Functional secretions of ixodid ticks salivary glands Substance Function and comments Histamine blocking agent Detected in homogenates only Proposed function for this material is highly speculative Anticoagulants Reported in various species. Believed to be protein-carbohydrate complexes and inhibit thrombokinase. Anticoagulant activity undetectable in some studies. Tatchell and Moorhouse suggested that the feeding lesion in ticks would undoubtedly contain heparin from endogenous degranulated mast cells, and thus the requirement for tick-derived anticoagulant would seem slight Cytolysins Function is to produce and enlarge the feeding lesion and thus facilitate feeding. Esterases and phosphatases have been detected in saliva. Although evidence for cytolysins in argasid tick saIiva is convincing, some authors dispute their presence in ixodid ticks, proposing instead that tissue destruction in the lesion is largely a host reaction to tick feeding Vasoactive mediators Prostaglandins and some other substances increase vascular permeability and thus facilitate blood feeding Esterases and carbohydrate-splitting enzymes These enzymes would increase vascular permeability indirectly by hydrolysing cholesterol esters in mast cells, thereby causing release of histamine. 5-HT and other mediators Paralytic toxins Well established in D. andersoni and I. holocyclus. No useful function has been proposed for these toxins Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Controle e Tratamento Prof. Dr. Marcello Sampaio - UNIRIO Retirada Mecânica Carrapaticidas (Deltametrina, Monossulfeto de tetraetiltiuram, Ivermectina) Vacinação Controle Biológico Manejo integrado
Compartilhar