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APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 1 APG 5 – O inimigo mora ao lado 1) ESTUDAR OS PROTOZOÁRIOS, SUAS CLASSES E DOENÇAS GERADAS → Os protozoários são eucariotos unicelulares que compreendem um reino inteiro. → A classificação dos protozoários em um grupo taxonômico é um processo contínuo, e seu status é, frequentemente, um estado de fluxo. → Por essa razão, os parasitas protozoários são separados em quatro grupos tradicionais com base em seus modos de locomoção e reprodução: flagelados, amebas, esporozoários e ciliados. → A classificação dos protozoários é de acordo com a sua forma de locomoção: ✓ ZOOMASTIGOPHORA: possui flagelos. Os flagelados têm um ou mais flagelos em chicote, e em alguns casos, uma membrana ondulante (tripanossomas). Incluem flagelados intestinais e do trato geniturinário (Giardia e Trichomonas, respectivamente) e flagelados de sangue e de tecido (Trypanosoma e Leishmania). ✓ RIZÓPODES: são pseudópodes (falsos pés). As amebas são normalmente ameboides e usam pseudópodos ou fluxo protoplasmático para movimentar-se. São representadas em humanos por espécies de Entamoeba, Naegleria e Acanthamoeba. ✓ APICOMPLEXA/ESPOROZOÁRIOS: sem estrutura de locomoção. Os esporozoários apresentam um ciclo de vida complexo, com alternância de fases reprodutiva sexuada e assexuada. Os parasitos humanos Cryptosporidium, Cyclospora e Toxoplasma e o parasito da malária (espécies de Plasmodium) são todos parasitos intracelulares. ✓ CILIOPHORA: possui cílios. Ciliados são protozoários complexos dotados de cílios, distribuídos em linhas ou manchas, com dois tipos de núcleos em cada indivíduo. Balantidium coli, um ciliado gigante que habita os intestinos de seres humanos e porcos, é o único parasito humano representante deste grupo, é considerada doença rara. *TODOS SÃO PARASITAS!!! → Em relação a reprodução, pode ser: ✓ Assexuada: bipartição ou cissiparidade (divisão binária). NÃO CONFERE VARIABILIDADE GENÉTICA = os indivíduos são clones se si mesmos!!! ✓ Sexuada: ocorre por conjugação = ponte citoplasmática. CONFERE VARIABILIDADE GENÉTICA! 2) COMPREENDER A FISIOPATOLOGIA, SINTOMAS, DIAGNÓSTICO (SOROLOGIA E RAIO X) E TRATAMENTO DA DOENÇA DE CHAGAS → O Trypanosoma cruzi é o agente etiológico (causador) da Doença de Chagas. → É um protozoário unicelular e flagelado. → Faz parte do Filo Sarcomastigophora, que está relacionado com a presença de flagelos ou pseudópodes, da ordem Kinetoplastidae e da família Trypanosomatidae. ❖ CARACTERÍSTICAS GERAIS → A transmissão é a partir das fezes e urina de triatomíneos. NÃO É ATRAVÉS DA PICADA DO BARBEIRO!!! → A OMS classifica a doença de Chagas entre as 20 doenças tropicais mais negligenciadas, constituindo um importante problema social e econômico nas Américas, com predomínio na América Latina. *antropozoonose = contamina animais também. → No Brasil, estima-se a existência de 1 milhão de portadores de infecção. → Ciclo biológico heteroxênico: ✓ Hospedeiro vertebrado: homem e outro animais; ✓ Hospedeiro invertebrado: inseto triatomíneo (barbeiro). → As principais formas evolutivas do Trypanosoma cruzi são: ✓ AMASTIGOTA: “sem flagelo”, ele tem o flagelo, mas não se exterioriza. ▪ são bem arredondadas; ▪ fase intracelular, sem organelas de locomoção, com pouco citoplasma e núcleo único (de rosa). ▪ O cinetoplasto (mitocôndria de roxo) fica ao lado do núcleo e é um pouco menor que ele. ▪ Vão ter uma reprodução por divisão binária. ▪ Está presente na fase crônica da doença. ▪ Pode ser encontrada no interior das células em hospedeiros vertebrados infectados. APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 2 ✓ EPIMASTIGOTA: flagelo que se exterioriza, é bem alongado ▪ fase extracelular ▪ É a forma encontrada no tubo digestivo do vetor (hospedeiro invertebrado), não é infectante para os vertebrados. ▪ Tem forma fusiforme e apresenta o cinetoplasto junto ao núcleo = justanuclear (anterior ao núcleo). ▪ Possui flagelo e membrana ondulante. ▪ Pode ser encontrado: no tubo digestivo do inseto vetor. ▪ Vão ter uma reprodução por divisão binária. ✓ TRIPOMASTIGOTA: Apresenta flagelo e membrana ondulante em toda a extensão lateral do parasito. ▪ fase extracelular ▪ O cinetoplasto se localiza na extremidade posterior do parasito e do núcleo. Núcleo centralizado. ▪ Esse estágio evolutivo está presente na fase aguda da doença. ▪ É uma forma que não se reproduz no sangue. ▪ É altamente infectante, e pode ser encontrada: no inseto vetor (porção posterior do intestino, no reto); sangue e espaço intercelular dos hospedeiros vertebrados; culturas de células infectadas ❖ CICLO BIOLÓGICO → Tudo começa com o barbeiro: no momento da picada, ele estará se alimentando de sangue e com isso ele vai distender o seu aparelho digestivo acarretando na defecação, e como toda picada de inseto: coçamos! → Ao coçar, permite com que as fezes cheias de formas TRIPOMASTIGOTAS metacíclicas (forma infectante) consigam penetrar pelo orifício da picada. *O parasita não penetra a pele intacta, somente infectando o hospedeiro via mucosa ou ferimentos na pele. → No momento em que as tripomastigotas caem na corrente sanguínea, ela vai começar invadir células, qualquer tipo de células, exceto as hemácias. → Quando invade essas células, essa forma vai se transformar em AMASTIGOTA, essa amastigota vai começar de dividir (divisão binaria) até o momento que ela irá romper essa célula (muito cheio). → Ao romper, ela se transforma de novo em TRIPOMASTIGOTAS que vão sair para a corrente sanguínea. → As tripomastigotas, então, vão encontrar novas células e todo o ciclo se repete, até o momento em que o sistema imune começa a combater essas formas. → Quando houver um novo barbeiro se alimentando de um indivíduo ou animal que esteja contaminado, ele vai ingerir essas formas tripomastigotas, ao ingerir essa forma vai se transformar em EPIMASTIGOTA, que vão se multiplicar e ao chegar na porção final do aparelho digestivo do triatomíneo que vão se transformar em TRIPOMASTIGOTAS metacíclicas. ❖ VIAS DE TRANSMISSÃO ➢ VIA VETORIAL → É a principal, como já discutido. → A infecção ocorre pela penetração de tripomastigotas metacíclicos (eliminados nas fezes ou na urina de triatomíneos, durante o hematofagismo) em solução de continuidade da pele ou mucosa íntegra. ➢ VIA ORAL → Pode acontecer em várias situações, como na amamentação, pois o T. cruzi já foi encontrado em leite materno na fase aguda da infecção. → Animais ingerindo triatomíneos infectados. → Canibalismo entre diferentes espécies de animais. → Pessoas ingerindo alimentos (açaí e caldo cana) contaminados com fezes ou urina de triatomíneos infectados. → A penetração do parasito, em todos estes casos, pode ocorrer pela mucosa da boca íntegra ou lesada. APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 3 ➢ VIA TRANSFUSÃO SANGUÍNEA E TRANSLANTE DE ÓRGÃOS → Em caso de transplantes, pode desencadear fase aguda grave, pois o indivíduo que recebe um órgão transplantado infectado, toma drogas imunossupressoras e, consequentemente, toma-se menos resistente a infecção. No Brasil tem esse controle!! ➢ VIA CONGÊNITA → A transmissão ocorre quando existem ninhos de amastigotas na placenta, que liberariam tripomastigotas que chegariam à circulação fetal. → É raro, mas acontece. ➢ VIA SEXUAL → Este mecanismo de transmissão nunca foi comprovado na espécie humana. Há apenas relato de encontro de tipomastigotas em sangue de menstruação de mulheres chagásicas e no esperma de cobaios infectados.→ Muito mais rara!!! ❖ PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA → A virulência do parasitismo depende da linhagem e cepas de Trypanosoma cruzi e fatores do hospedeiro. → Dos fatores dependentes do hospedeiro e que condicionam maior virulência, podemos citar: ▪ IDADE: a suscetibilidade é maior em indivíduos jovens; ▪ INFLUÊNCIAS HORMONAIS: em animais de laboratório a cortisona ou a hidrocortisona estimulam a parasitemia. O mecanismo envolvido parece ser a inibição do sistema fagocítico mononuclear, reduzindo a inflamação, produção de anticorpos e fagocitose; ▪ DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS: particularmente a carência de vitaminas (de ácido pantotênico, de piridoxina ou de vitamina A), bem como uma dieta deficiente em lisina, levam a um aumento da parasitemia, das lesões viscerais e da mortalidade, em ratos. → Tem-se ativação de resposta imune, quando o parasita está no organismo produz anticorpos tentando combatê-lo, porém ele tem mecanismos de escape. → O período de incubação da parasitose varia de uma a três semanas, sendo que a doença de Chagas se caracteriza por apresentar duas fases: aguda e crônica ➢ FASE AGUDA → A fase aguda vai ser caracterizada por intensa multiplicação e invasão de células. → Tem-se alta parasitemia (vários parasitas no sangue). → IgM alta (infecção inicial). → IgG baixa. → O número de parasitos circulantes cai progressivamente até que sejam completamente eliminados da circulação, caracterizando o fim da fase aguda da doença. → Normalmente a fase aguda é assintomática e inaparente. → Quando aparente, o quadro clínico da infecção surge de 5 a 14 dias após a transmissão pelo vetor e 30 a 40 dias para as infecções por transfusão sanguínea, mas as manifestações crônicas da doença de Chagas aparecem mais tarde, na vida adulta, 20 a 40 anos depois da infecção original. → Pode ter fase sintomática: ▪ Febre de intensidade variável, cefaleia, mal-estar, edema localizado e generalizado, hepatomegalia, esplenomegalia, fraquza, dores no corpo, IC, poliadenia, e perturbações neurológicas. ▪ Chagoma de inoculação: reação inflamatória antes de uma disseminação do protozoário; ▪ Sinal de Romanã: ocorre em 10% a 20% dos casos quando a contaminação ocorre na mucosa ocular. ➢ FASE CRÔNICA → Na fase crônica, os protozoários que não foram eliminados pela resposta humoral, podem ainda permanecer viáveis no interior das células infectadas → Tem-se baixa parasitemia (parasitas desaparecem no sangue). → IgM baixa. → IgG alta. → Pode se apresentar com: → Assintomática: mais de 50% dos pacientes não tem sintomas. ▪ Após a fase aguda, os sobreviventes passam por um longo período assintomático (10 a 30 anos). Esta fase é chamada de forma indeterminada (latente) e caracterizada pelos seguintes parâmetros: • Positividade de exames sorológicos elou parasitológicos; • Ausência de sintomas elou sinais da doença; • Eletrocardiograma convencional normal; • Coração, esôfago e cólon radiologicamente normais. APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 4 → Sintomática: Certo número de chagásicos após permanecerem assintomáticos por vários anos, com o correr do tempo apresentam sintomatologia relacionada: ▪ FORMA CARDÍACA: observa-se o fato clinico principal a insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e isso se deve a diminuição da massa muscular que se encontra muito destruída devido a substituição por áreas de fibrose interrompendo as fibras e fascículos, além disso terá cardiomegalia, arritmias, fenômenos tromboembólicos, dispneia aos esforços, insônia, congestão visceral e edema de MMII. ▪ FORMA DIGESTIVA: Mais comum são as alterações morfológicas e funcionais importantes, megaesôfago e o megacólon = hipertrofia muscular e consequente dilatação e perda da motilidade. • O megaesôfago é mais frequente entre 20-40 anos, sexo masculino e na zona rural endêmica. Os sintomas principais são: dificuldade de deglutição, tendencia de regurgitação, dor epigástrica, soluços, intensa salivação, emagrecimento e constipação. • O megacólon compreende as dilatações dos cólons (sigmóide e reto) e são mais frequentes depois da do esôfago. Os sintomas principais são: constipação, obstrução intestinal, distensão abdominal e perfuração. ❖ DIAGNÓSTICO ➢ FASE AGUDA → A fase aguda vai ser caracterizada por alta parasitemia, como já vimos, então o exame parasitológico de sangue (microscópio) é o mais indicado. → Além disso, pode ter: ✓ SOROLOGIA: Reações de imunofluorescência indireta (RIFI): Apresenta alta sensibilidade a partir do 15° dia de infecção, detectando anticorpos da classe IgM, que raramente ocorrem na fase crônica da doença, mas que são constantes na fase aguda, com títulos elevados. ✓ HEMOCULTURA: os parasitos eventualmente presentes no sangue periférico dos pacientes podem ser encontrados com maior facilidade após uma etapa de multiplicação de epimastigotas em cultura in vitro. As leituras são quase sempre feitas 30, 60, 120 e 180 dias após a semeadura. (baixa parasitemia e precisa aumentar a quantidade) ✓ XENODIAGNÓSTICO: O xenodiagnóstico consiste na alimentação de triatomíneos livres de infecção com o sangue de pacientes. Os parasitos, se presentes, multiplicam-se no tubo digestório do vetor. As fezes utilizadas no exame são examinadas 30, 60 e 120 dias após o repasto sanguíneo. ✓ REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR) E OUTROS MÉTODOS MOLECULARES: podem detectar e quantificar o DNA do parasito no sangue com alta sensibilidade. Possibilitam também determinar o genótipo do parasito, uma informação potencialmente útil para a definição de prognóstico. ➢ FASE CRÔNICA → Na fase crônica da doença o diagnóstico parasitológico direto torna-se comprometido em virtude da ausência de parasitemia. ✓ HEMOCULTURA e XENODIAGNÓSTICO: têm sensibilidade relativamente baixa, mas podem ser úteis na confirmação diagnóstica; ✓ SOROLOGIA: níveis elevados de anticorpos IgG, na reação de imunofluorescência indireta, hemaglutinação indireta ou ELISA indicam infecção crônica. Resultados discordantes entre diferentes métodos ocorrem em 3% dos casos; ✓ REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR) E MÉTODOS MOLECULARES: possibilita a detecção de parasitos no sangue e tecidos de pacientes, com razoável sensibilidade mesmo na fase crônica (50 a 90%). É frequentemente utilizada em contexto de pesquisa, mas ainda não se tornou amplamente disponível em laboratórios de rotina. Produze estimativas de carga parasitária úteis no seguimento de pacientes tratados. → RAIO-X DE TÓRAX: Nas fases avançadas da doença estará marcada pela cardiomegalia muitas vezes massiva, que pode incluir os sinais de aumento não só de VE como também de ventrículo direito e de ambos os átrios; porém, o grau de congestão pulmonar é muitas vezes discreto, desproporcionalmente ao grau de cardiomegalia. → ECG: as alterações eletrocardiográficas mais prevalentes são os distúrbios de condução pelo ramo direito e o hemibloqueio anterior esquerdo, alcançando 50% nos pacientes desse grupo. Essas alterações nos sistemas de condução podem ser evolutivas, como os retardos de condução AV. A disfunção do APG – SOI III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 5 nó sinusal também pode ser causa de bradicardia; já as arritmias atriais tendem a ocorrer na evolução da cardiopatia com disfunção ventricular avançada. ❖ TRATAMENTO → A terapêutica da doença de Chagas continua parcialmente ineficaz, pois nenhuma consegue suprimir a infecção pelo T. cruzi e promover uma cura definitiva em todos pacientes tratados. → Recomenda-se o tratamento de todas as infecções recentes, diagnosticadas em crianças e adolescentes soropositivos com idadeinferior a 18 anos. → Na fase aguda da infecção, o tratamento é feito com benznidazol, também conhecido como benzonidazol. É distribuído para todo o Brasil e outros países da América Latina. Utilizam-se 5 a 10 mg/kg/dia divididos em duas ou três doses ao longo de 60 dias. → EFEITOS COLATERAIS: anorexia, perda de peso, vertigens, dermatites urticariformes, cefaleia, sonolência e dores abdominais, hiperexcitabilidade, depressão medular, polineuropatia → Na fase aguda, estima-se que o tratamento com benznidazol seja eficaz em 80 a 100% dos pacientes. → O nifurtimox, que pode ser utilizado na dose de 8 a 10 mg/kg/dia (adultos) ou 15 mg/kg/dia (crianças) por 60 a 90 dias, encontra-se atualmente fora do mercado nacional. → EFEITOS COLATERAIS: anorexia, emagrecimento, náuseas, vômitos, alergia cutânea, parestesias irreversíveis, polineuropatia. → Os dois são usados na fase aguda da doença!! → Na fase crônica vai depender do clínico e a relação do efeito colateral que o paciente pode ter e a efetividade real do medicamento. → A profilaxia da doença de Chagas está intimamente ligada a melhoria das condições de vida de nosso camponês, bem como a modificação do hábito secular de destruição da fauna e da flora. ✓ Uso de inseticidas; ✓ Melhores condições de habitações; ✓ Educação sanitária; ✓ Tratamento dos doentes; ✓ Controle da transmissão congênita; ✓ Controle dos doadores de sangue (no Brasil já faz). 3) ESTUDAR A SITUAÇÃO DA SAÚDE INDÍGENA → Em relação à morbidade, verifica-se uma alta incidência de infecções respiratórias e gastrointestinais agudas, malária, tuberculose, doenças sexualmente transmissíveis, desnutrição e doenças preveníveis por vacinas, evidenciando um quadro sanitário caracterizado pela alta ocorrência de agravos que poderiam ser significativamente reduzidos com o estabelecimento de ações sistemáticas e continuadas de atenção básica à saúde no interior das áreas indígenas. → A Política Nacional de Atenção a Saúde dos Povos Indígenas possui o propósito de garantir aos indígenas acesso a saúde, de acordo com os princípios e diretrizes do SUS, contemplando a diversidade social, cultural, geográfica, histórica e política de modo a favorecer a superação dos fatores que tornam essa população mais vulnerável aos agravos à saúde de maior magnitude e transcendência entre os brasileiros, reconhecendo a eficácia de sua medicina e o direito desses povos à sua cultura. → Para o alcance desse propósito são estabelecidas as seguintes diretrizes, que devem orientar a definição de instrumentos de planejamento, implementação, avaliação e controle das ações de atenção à saúde dos povos indígenas: ✓ organização dos serviços de atenção à saúde dos povos indígenas na forma de Distritos Sanitários Especiais e Pólos-Base, no nível local, onde a atenção primária e os serviços de referência se situam; ✓ Preparar cursos humanos para atuação em contexto intercultural; ✓ Monitoramento das ações de saúde dirigidas aos povos indígenas; ✓ Promoção do uso adequado e racional de medicamentos; ✓ Promoção de ações específicas em situações especiais; ✓ Controle social. REFERÊNCIAS • JAWETZ, E.; MELNICK, J. R.; ADELBERG, E. A.; BROOKS, J. F.; BUTEL, J. S.; MORSE, S. A. Microbiologia médica. 26. ed. Porto Alegre: Guanabara Koogan, 2014. • Rey, L. - Bases da Parasitologia Médica, 3ª ed, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2010. • FEREIRA, Marcelo U. Parasitologia Contemporânea. 2ª ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2020. • FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Política nacional de atenção à saúde dos povos indígenas. 2002.
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