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Profa. Sarah P. Canova Aula 03: Replicação do DNA A informação genética codificada no DNA é traduzida em proteínas que desempenham grande parte das funções celulares, assim, há necessidade de uma copia exata das sequencias de DNA durante sua replicação. O pareamento de bases na estrutura do DNA surgiu com Watson e Crick (1953) onde novas fitas de DNA eram sintetizadas por meio do uso das fitas já existentes (parentais) como molde para formação de novas fitas, filhas, complementares as fitas parentais. O mecanismo desse modelo de pareamento é semiconservativo, onde as fitas parentais seriam permanentemente separadas e cada uma formaria uma molécula duplex com a fita filha pareada a ela. O modelo conservativo (2 fitas filhas formariam uma molécula fita dupla de DNA e a duplex parental com permaneceria inalterada), desconsiderada devido um experimento de M. Meselson e W. F. Stahl: (ver anexo Experimento de Meselson e Stahl) A síntese de DNA sempre ocorre no sentido 5’3’, pois o crescimento da cadeia resulta da formação de uma ligação fosfodiéster entre o oxigênio 3’ de uma fita em crescimento a um fosfato de um desoxinucleitideo. A DNA polimerase necessita de um iniciador (primer) para começar a replicação. Esse iniciador é uma fita curta de RNA. Com o primer pareado ao DNA, a DNA polimerase adiciona desoxinucleotideos ao grupamento hidroxil livre da extremidade 3’do iniciador, seguindo a sequencia da fita molde. Profa. Sarah P. Canova O duplex de DNA é desenrolado, e as fitas-filhas são formadas na forquilha de replicação. Para que o duplex de DNA possa atuar como molde durante a replicação, as duas fitas da hélice devem ser desenroladas, abertas, deixando as bases acessíveis para o pareamento com as bases dos nucleotídeos, que são polimerizados nas fitas-filhas novas recém-sintetizadas. Esse desenrolamento é realizado por helicases, que tem inicio em segmentos especiais da molécula de DNA, denominados origens de replicação (as sequencias da origem normalmente apresentam enormes variações entre os diferentes organismos, apesar de geralmente conterem sequencias ricas em A-T). Após as helicases terem desnaturado o DNA parental, uma RNA polimerase, denominada primase, forma um pequeno primer, complementar as fitas moldes desenroladas e então a DNA polimerase faz a polimerização da nova fita-filha. Para que as DNAs polimerases se movimentem sobre o duplex de DNA e copiem a informação, a helicase deve desenrolar sequencialmente o duplex de DNA e a topoisomerase deve remover as supertorções que se formam. A síntese de uma fita-filha denominada fita-lider, pode ocorrer de forma continua a partir de um único iniciador de RNA no sentido 5’3’, o mesmo sentido de movimento a forquilha de replicação. Na síntese da outra fita-filha, a fita-retardada também ocorre no sentido 5’3’, a copia dessa fita molde deve ser realizada no sentido oposto ao do movimento da forquilha. A célula consegue resolver esse problema pela síntese de um novo iniciador a cada poucas centenas de bases sobre a segunda fita parental. Casa um desses iniciadores, pareados por complementaridade a fita-molde, sofre extensão no sentido 5’3’, formando fragmentos descontínuos, denominados de Fragmentos de Okazaki. O iniciador de RNA de cada fragmento de Okazaki é removido e substituído por DNA, à medida que a cadeia cresce a partir de fragmento de Okazaki adjacente, uma enzima chamada DNA ligase une esses fragmentos. Profa. Sarah P. Canova DNA polimerase β – substitui os primers da cadeia descontinua e continua são substituídos por peças de DNA DNA polimerase α – cadeia descontinua DNA polimerase δ – cadeia continua Referências: LODISH, H.; BERK, A.; MATSUDAIRA, P.; KAISER, C.A.; KRIEGER, M.; SCOTT, M.P.; ZIPURSKY; DARNELL. Biologia Celular e Molecular. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 1054p.
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