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Psicologia da Saúde Pesquisa em psicologia Profª Me. Júlia Schneider Protas Pensamento crítico: a base da pesquisa • Será que a história familiar me coloca em risco para desenvolver câncer de mama? • Quais escolhas do estilo de vida são saudáveis? • Porque não consigo parar de fumar? • Respostas definitivas – ex: Déc. de 1980 cafeína aumentava o risco para doenças cardíacas. Em 1990, pesquisa afirmavam que em quantidades limitadas, cafeína era segura mesmo durante a gestação. Em 1996, novas pesquisas afirmavam que mulheres grávidas que tomavam de 2 a 3 xícaras de café por dia corriam o risco de abortamento, e as mulheres que estavam tentando engravidar teriam mais dificuldade ao ingerir café. Dois anos depois, estudos comprovaram que mulheres que bebem mais de meia xícara de chá com cafeína todos os dias, poderia aumentar a fertilidade. Os pesquisadores também concluíram que cafeína oferece proteção contra o mal de Parkinson – SERÁ QUE O CAFÉ É UMA BEBIDA SEGURA? Pensamento crítico: a base da pesquisa • No centro de toda a investigação científica, há uma atitude de descrença que nos enconraja a avaliar evidências e analisar conclusões PENSAMENTO CRÍTICO Pensamento crítico: a base da pesquisa Perigos do pensamento não científico • Base para formular reações de causa-efeito • Se essas informações derivarem unicamente das nossas experiências, crenças e atitudes pessoais, podemos fazer um julgamento precipitado- crenças tendenciosas Métodos em psicologia da saúde • Métodos para aprender como fatores psicológicos afetam a saúde. • Métodos descritivos e experimentais • Métodos emprestados da epidemiologia- frequência, causas do problema de saúde Estudos descritivos • Quais as consequências para saúde psicológica e fisiológica das vítimas de um terremoto? De que maneira a equipe do hospital pode reduzir a ansiedade dos familiares? • Neste tipo de estudo, o pesquisador observa e registra o comportamento do participante em um cenário natural, muitas vezes formando hipóteses que mais adiante serão submetidas a pesquisa mais sistemática • Tipos de estudos: estudo de caso, entrevistas, estudos observacionais Estudos descritivos: estudo de caso • Estudo de um ou mais indivíduos de forma extensiva durante um período de tempo. • Permite fazer uma análise muito completa do indivíduo • Desvantagem: qualquer pessoa pode ser atípica, limitando a capacidade de generalização dos resultados • Podem proporcionar pistas fecundas e direcionar pesquisadores para outros métodos de pesquisa Estudos descritivos- entrevistas • Examinam atitudes e crenças individuais, em números maiores e menos aprofundadas • Medidas de auto-avaliação • Os participantes avaliam ou descrevem suas atitudes ou crenças ou comportamentos. • Fáceis de administrar • Pouco investimento de tempo Estudos descritivos- observacionais • O pesquisador registra os dados relevantes em relação ao comportamento do participante • Os estruturados ocorrem no laboratório (role playing, resposta a estímulo) • Observação não estruturada chamamos de observação naturalístico: pesquisador tenta ser menos intrusivo possível ao observar e registrar os comportamentos dos sujeitos • Observações podem ser filmadas ou gravadas Estudos descritivos- correlação • Duas variáveis podem estar relacionadas ( ex: consumo de cafeína e pressão arterial elevada) • Para verificar se existe uma relação entre as variáveis, calcula-se o coeficiente de correlação. – Correlação positiva: o aumento de uma variável se relaciona proporcialmente ao aumento da outra variável – Correlação negativa:o aumento de uma variável está diretamente proporcional a diminuição da outra variável Estudos experimentais • Causas do comportamento observado • Relação causa- efeito • Psico da saúde: – causas- estados internos (otimismo, pessimismo), comportamentos explícitos (praticar esportes, fumar) e estímulos externos (emprego estressante) – Efeitos: comportamento apresentado (reações de enfrentamento) traços biológicos (pressão arterial, nível de colesterol) e estados psicológicos (níveis de ansiedade) • Cegamento: efeito expectativas Estudos Semiexperimentais • Pesquisa animal ou pesquisa qualitativa • envolve um ou mais grupo de comparação • grupos que diferem em relação a variável de estudo- não é possível estabelecer relação causa- efeito – Ex: investigar o efeito da prática de exercício sobre o desempenho acadêmico. Variável: estilo de vida sedentário. O grupo seria estudantes que admitissem realizar pouca atividade física. O grupo de comparação seria o de estudantes que realizassem bastante atividade física. Os psicólogos da saúde coletariam dados dos dois grupos, comparando níveis de atividade física e desempenho acadêmico Estudos do Desenvolvimento • Curso de vida • Hereditariedade (Estudo com gêmeos e adoção) • Maneira como as pessoas mudam ou permanecem as mesmas ao longo do tempo – Estudos transversais: compara grupo de pessoas de várias idades para verificar o efeito da idade sobre determinada variável dependente. – Estudo longitudinal: um único grupo de indivíduos é acompanhado durante longo período de tempo Pesquisa Epidemiológica • Quem contrai que tipo de doenças e que fatores determinam se uma pessoa contrai determinada doença. • Identificar fatores de risco • Morbilidade: nº de casos de problema de saúde • Mortalidade: nº de morte ocorridas • Incidência: nº de novos casos da doença • Prevalência:nº total de casos diagnosticados em um dado momento • Objetivos: – Identificar etiologia de determinada doença e gerar hipóteses – Avaliar as hipóteses – Testar a efetividade de certas intervenções preventivas Pesquisa Epidemiológica • Métodos: – Estudos retrospectivos: realizado com dados já coletados- resgistro em prontuário. caso-controle – Estudos prospectivos: como a relação entre 2 variáveis muda ao longo do tempo. Grupo de pessoas saudáveis e testa durante um tempo para se estabeler que determinada condição está relacionada com uma consequência para a saúde – Estudos experimentais: Causa- efeito. Experimentos naturais, experimento de laboratório ou teste clínico Pesquisa Epidemiológica Inferindo causalidade As evidências devem ser consistentes A causa sugerida já deve estar ocorrendo antes da doença aparecer A relação deve fazer sentido Deve haver uma relação entre dose e resposta, verificada entre o fator de risco e o efeito para a saúde. A intensidade da associação entre a causa sugerida e o efeito para a saúde deve indicar causalidade A incidência ou a prevalência da doença ou de outro efeito adverso para a saúde deve cair quando o suposto fator causal for resolvido. Referências • STREUB, Richard. Psicologia da Saúde: uma abordagem biopsicossocial. Porto Alegre: Artmed, 2014.
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