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QUINTA-FEIRA, 11 DE SETEMBRO DE 2014 5 IOTTI iotti@zerohora.com.br CHARGE Fundado em 4 de novembro de 1948 Presidente do Conselho de Administração e Comitê Editorial Nelson Pacheco Sirotsky Fundador: Maurício Sirotsky Sobrinho (1925-1986) Presidente Emérito: Jayme Sirotsky Conselheiros: Carlos Melzer Cláudio Thomaz Lobo Sonder Jayme Sirotsky Editor-Chefe: Roberto Nielsen Gerente comercial: Joel Goulart Junior www.pioneiro.com Marcelo Sirotsky Nelson Mattos Pedro Sirotsky Diretor Regional da RBS Caxias: Matheus Carvalho Diretoria Executiva Presidente-executivo: Eduardo Sirotsky Melzer Jornais, Rádios e Digital: Eduardo Magnus Smith Televisão: Antônio Augusto Pinent Tigre Jornalismo: Marcelo Rech Finanças: Claudio Toigo Filho Pessoas e Tecnologia: Deli Matsuo Estratégia e Desenvolvimento de Negócios: Luciana Antonini Ribeiro Negócios Digitais – e.Bricks: Fabio Bruggioni ARTIGO Recursos para a educação EDUARDO JOBIM Professor e advogado Com o novo Plano Nacional de Educação (PNE), 10% do PIB será destinado para a educação. Não podemos errar na prioridade, sendo ela o Ensino Fundamental básico, valorizado e com professores qualificados. Sem investimento alocatício, sofreremos pela parca qualidade dos egressos da escola pública, com baixa qualificação para o mercado e, quiçá, etapas de graduação e pós. Sem as bases, não há soluções mágicas. Essa etapa é pressuposto lógico e fundamental da prosperidade. O desenvolvimento passa, em síntese, pelo êxito de nossas crianças em adquirirem uma formação adequada em níveis mundiais. Contudo, nessa fase crucial, quem é encarregado são as prefeituras, com raras exceções, incompetentes e que recebem parcos recursos. Gasta-se errado perdendo-se de vista as prioridades nacionais. Na política implementada na educação, temos um excessivo percentual dos recursos aplicados no Ensino Superior e pós-graduação, o futuro imediato, enquanto o futuro mediato é prejudicado. O primeiro tem um “pai rico”, o governo federal, e o ensino básico, um “padrasto pobre” e inoperante. Abraham Maslow, psicólogo famoso no meio empresarial, comprovou que todos nós contamos com uma capacidade diária de aprendizado, uma espécie de “cota diária” que varia subjetivamente. É difícil quantificá-la, mas o fato é que dispomos dessa capacidade de absorção de informações que precisa ser utilizada diariamente, pois é da condição humana e nascemos para construir conhecimento. Ocorre que a “cota diária” não utilizada significa uma oportunidade desperdiçada, pois, no dia seguinte, haverá outra “cota a ser preenchida”. Daí, por conclusão, que o aprendizado é cumulativo. O tempo da criança na escola é mal aproveitado e merece foco; as crianças desperdiçam sua oportunidade diária de aprendizado ou, segundo Maslow, não preenchem a devida cota. Errando na prioridade, o país perde a chance de tornar-se competitivo no cenário da economia mundial. O tempo da criança na escola é mal aproveitado. Desperdiça-se oportunidade de aprendizado EDITORIAL DA RBS Retrato em movimento N a medida em que as eleições ingressam na reta final, multiplicam-se as pesquisas eleitorais que apontam as tendências do eleitor para o pleito presidencial e para as disputas estaduais. Instrumento útil para o processo democrático, o levantamento de intenções de votos tem que ser encarado pelo eleitor na sua devida dimensão, como retrato de um determinado momento. Pesquisas captam empatia, rejeição e até a indiferença da sociedade diante dos candidatos e de suas propostas, sem que tais amostragens tenham a pretensão de fixar tendências, orientar escolhas ou induzir a conclusões apressadas sobre eventuais vitoriosos e derrotados. É assim nas maiores democracias mundiais, onde as consultas inspiram as estratégias dos partidos e servem de subsídio para a reflexão de analistas políticos. O Brasil aprendeu a conviver com as pesquisas depois de longo período em que o eleitor teve seus direitos restringidos por regimes de exceção. As amostragens, como parte importante do exercício das liberdades, foram então incorporadas ao contexto eleitoral com previsível desconfiança. Durante muito tempo, parcela importante da sociedade observou as pesquisas como instrumento a serviço de algum interesse. É um receio que os próprios institutos ajudaram a difundir quando não foram suficientemente transparentes em relação aos métodos utilizados. O amadurecimento do processo democrático acabou por aperfeiçoar também o trabalho dos institutos, com a depuração do mercado e o respeito conquistado pelos organismos que sustentam suas atividades nos acertos de suas amostras e na reputação daí decorrente. Desconfianças que ainda se manifestam, às vésperas da eleição, são reações previsíveis, geralmente provocadas por resultados que desagradam a determinados partidos. O que importa é que cada vez mais as pesquisas passam a ser decisivas para a compreensão dos movimentos do eleitor, para a medição de expectativas e para o aprofundamento da reflexão em torno da política e seus protagonistas. Ressalte-se que consultas populares já não se restringem, há muito tempo, a perscrutar o que o eleitor pensa sobre possíveis escolhas, mas também em relação a expectativas e demandas. O eleitor sabe, igualmente, que as pesquisas, presentes com frequência nos noticiários, não resultam de produção jornalística, mas são informações importantes para a elaboração de conteúdos. Observe- se ainda que os levantamentos têm rígida vigilância da Justiça Eleitoral, o que lhes assegura confiabilidade. Mas isso não significa que possam substituir as vontades do eleitor, que se manifestam livremente nas urnas. As pesquisas são parte de um conjunto de instrumentos a serviço da liberdade de expressão e do aperfeiçoamento da democracia. Cada vez mais as pesquisas passam a ser decisivas para a compreensão dos movimentos do eleitor
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