Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Arlindo Ugulino Netto – MICROBIOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2 1 FAMENE NETTO, Arlindo Ugulino. MICROBIOLOGIA INTERAÇÕES PARASITA x HOSPEDEIRO (Professora Socorro Vieira) Doença (do latim doleoincia, padecimento) é o estado resultante da consciência da perda da homeostasia de um organismo vivo, total ou parcial, estado este que pode cursar devido a infecções, inflamações, isquémias, modificações genéticas, sequelas de trauma, hemorragias, neoplasias ou disfunções orgânicas. A maioria das causas de uma donça se dá por interações complexas de binômios como: parasita x hospedeiro; infecção x resistência; etc. Para este capítulo, serão elaborados conceitos e explanações de termos de grande importância no dia-a-dia médico. Infecção: é a penetração, crescimento e a multiplicação de microorganismos (bactéria, vírus, fungos, príons) em um hospedeiro. A infecção representa um mecanismo de agressão. Infecção, por tanto, é a colonização de um organismo hospedeiro por uma espécie estranha. Em uma infecção, o organismo infectante procura utilizar os recursos do hospedeiro para se multiplicar (com evidentes prejuízos para o hospedeiro). O organismo infectante, ou patógeno, interfere na fisiologia normal do hospedeiro e pode levar a diversas conseqüências. A resposta do hospedeiro é a inflamação. Existem dois tipos de infecções bacterianas: Infecção exógena: que acontece de fora para dentro, ou seja, produzidas por bactérias existentes no meio ambiente. A bactéria que produz esse tipo de infecção é chamada de primária. Ex: infecção por Salmonella. Infecção endógena: é produzida por microorganismos existentes nos tecidos do hospedeiro. Ex: O Staphylococcus saprophyticus é uma bactéria existente na região perianal. Quando ocorre uma diminuição da imunidade (estresse, virose, etc.), essa bactéria migra da região perianal para as vias urinárias, representando a segunda maior causa de infecções urinárias, sendo classificada então de bactérias oportunistas. Infestação: é a penetração, crescimento e multiplicação de macroorganismos em hospedeiros, como: pulgas, piolho, verme, carrapato, etc. Diretamente, o macroorganismo não causa infecção, mas de um modo indireto: A febre tifóide é causada pela bactéria Salmonella tiphi, que se multiplica na corrente saguínea e pode ser veiculado para outro indivíduo por meio do piolho. A peste bulbônica, causada pela bactéria Yersina pestis, pode ser disseminada utilizando a pulga como veículo. Parasitismo: Parasitas são organismos que vivem em associação com outros aos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido por parasitismo. O efeito de um parasita no hospedeiro pode ser mínimo, sem lhe afectar as funções vitais, como é o caso dos piolhos, até poder causar a sua morte, como é o caso de muitos vírus e bactérias patogénicas. Resistência: Como resposta ao ataque desses microorganismos, tem-se o mecanismo de defesa do corpo, chamada, de um modo geral, de resistência. Tem- se dois tipos de respostas imune: uma resposta inata ou natural (mecanismo inespecífico e imediato de defesa que acontece sem que seja necessário um contato préveo com o agente invasor) e uma resposta adquirida ou adaptativa (resposta específica realizada por células especializadas como os linfócitos B e linfócitos T, sendo necessário um contato préveo com o agente infeccioso). OBS1: Príons são partículas protéicas de natureza infecciosa que está ligado a uma classe de doença chamadas de priônicas, como a vaca louca. Pode se propagar de maneira horizontal (transmitindo-se de um ser contaminado para outro) ou vertical (hereditariamente). Esses príons têm afinidade pelo SNC, deixando o cérebo com carater esponjoso (encefalopatia esponjiforme). Arlindo Ugulino Netto – MICROBIOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2 2 Patógenos: organismos infecciosos que causam doenas. Ex: Bactérias (Staphylococcus aureus, gram-positiva que produz leses como furnculo, terol, osteomielite, endocardite, meningite), vírus (influenza que causa HIV), Fungos (Candida albicans), Protozoários (Leishimania donovani) e Vermes (Ascaris lumbricoides e Shistosoma mansoni). Patogenicidade: capacidade do microorganismo produzir a doena ou uma leso progressiva. Virulência: introduz um conceito de grau – a medida da patogenicidade – que est associada, geralmente, letalidade (morte). Ex: o vrus da poliomielite (Enterovirus poliovirus) altamente patognico, capaz de deixar seqelas graves. J o vrus da raiva (Lyssavirus rhabdoviridae) altamente virulento, pois capaz de levar um portador ao bito facilmente em poucas horas. MECANISMO DAS DOENAS CAUSADAS POR MICROORGANISMOS Ser discutido agora o modo de como os microorganismos provocam a doena. Em primeiro lugar, eles precisam entrar em contato com as clulas do hospedeiro, causando a morte destas como consequencia. A partir da, h a liberao de endotoxinas ou exotoxinas, que so capazes de induzir respostas celulares, como a prpria inflamao, supuraes, formao de cicatrizes ou reaes de hipersensibilidade. MECANISMOS DA INFECO As principais etapas para que ocorra a infeco so as seguintes: 1. Penetração do microorganismos nos tecidos. Essa penetrao pode ser dada pela via respiratria (inalao de microorganismos), via digestiva (atravs da gua e de alimentos contaminados), pela pele e mucosas (quando lesadas representam uma soluo de continuidade para a penetrao dos microorganismos). As bactrias podem penetrar na pele utilizando enzimas chamadas invasinas. 2. Estabelecimento ou aderência dos microorganismos por meio de estruturas como adesinas (constitudas de glicoprotenas ou glicolipdeos que precisam de receptores na clula hospedeira), fmbrias, glicoc lices, fibrilas, etc. Ex: O Streptococcus mutans faz parte da mucosa oral, que rica por natureza de v rias bactrias (S. mitis, S. sanguis, Candide, Lactobacillus). A base de uma dieta cariognica e de uma m higiene bucal, h um acmulo de restos de alimentos ao esmalte do dente. As bactrias ento se aderem por meio de seu glicoc lix aos resduos de alimento (constitudo de carboidrato), fermentando seus componentes. Quando essas bactrias se aderem aos resduos, elas formam o chamado biofilme dental (placa bacteriana). Da fermentao dos carboidratos, h a produo de cidos, respons veis pela desmineralizao do esmalte do dente, causando as cáries dentais. 3. Multiplicação do microorganismo nos tecidos do hospedeiro. A partir da porta de entrada, h uma disseminao atravs dos tecidos ou canais linf ticos, que por sua vez desembocam na corrente sangunea. Da, alm de poderem se multiplicar na corrente (septicemia, causando infeco generalizada), so repassadas para demais tecidos. FLORA NORMAL DO CORPO HUMANO (MICROBIOTA) No corpo humano h uma grande variedade de bactrias que so habitantes normais de determinados stios anatmicos, desempenhando funes benficas para o organismo. Estas bactrias so chamadas de bactérias da microbiota normal. Todo ser humano nasce sem microrganismos. A microbiota normal humana desenvolve-se por sucesses, desde o nascimento at as diversas fases da vida adulta, resultando em comunidades bacterianas est veis. As diversas partes do corpo humano apresentam condies ambientais diversas que oferecem certas vantagens e desvantagens para a vida microbiana. Diferentes espcies de microrganismos adaptam-se aos distintos ambientes do corpo. Os fatores que controlam a composio da microbiota em uma dada regio do corpo esto relacionados com a natureza do ambiente local, tais como temperatura, pH, gua, oxigenao, nutrientes e fatores mais complexos como a ao de componentes do sistema imunolgico. Arlindo UgulinoNetto – MICROBIOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2 3 Os microrganismos membros da microbiota humana podem existir como (1) mutualistas, quando protegem o hospedeiro competindo por micro-ambientes de forma mais eficiente que patógenos comuns (resistência à colonização), produzindo nutrientes importantes e contribuindo para o desenvolvimento do sistema imunológico; (2) comensais, quando mantêm associações aparentemente neutras sem benefícios ou malefícios detectáveis e (3) oportunistas, quando causam doenças em indivíduos imunocomprometidos devido à infecção pelo vírus HIV, terapia imunossupressora de transplantados, radioterapia, quimioterapia anticâncer, queimaduras extensas ou perfurações das mucosas. A microbiota humana constitui um dos mecanismos de defesa contra a patogênese bacteriana, mas ainda que a maioria dos componentes da microbiota normal seja inofensiva a indivíduos sadios, esta pode constituir um reservatório de bactérias potencialmente patogênicas. Muitas bactérias da microbiota normal podem agir como oportunistas. Nestas condições a microbiota residente pode ser incapaz de suprimir patógenos transitórios, ou mesmo, alguns membros da microbiota podem invadir os tecidos do hospedeiro causando doenças muitas vezes graves. Em indivíduos sadios, algumas espécies de bactérias da microbiota oral causam cáries em 80% da população. Microrganismos essencialmente parasitas não são considerados como membros da microbiota normal uma vez que unicamente prejudicam o hospedeiro. MICROBIOTA DA PELE A superfície da pele apresenta diversos tipos de micro-ambientes, em áreas mais secas ou mais úmidas, que apresentam populações bacterianas mais esparsas ou mais densas, respectivamente. Nas regiões mais úmidas, como axilas, virilhas, espaço entre os dedos dos pés, genitália e períneo, predominam organismos Gram-positivos como Staphylococcus aureus e Corinebacterium sp. Nessas áreas, condições como umidade, maior temperatura corporal e maior concentração de lipídios cutâneos de superfície favorecem o crescimento bacteriano. Nas áreas secas predominam as bactérias Staphylococcus epidermidis e Propionibacterium acnes. De modo geral, organismos Gram-positivos são os membros predominantes da superfície corporal. Um alto grau de especificidade está envolvido na aderência de bactérias nas superfícies epiteliais. Nem todas as bactérias são capazes de se aderirem à pele. MICROBIOTA DA CONJUNTIVA Por causa de sua constante exposição ao meio externo, a conjuntiva está sujeita a intensa contaminação microbiana. Contudo, a conjuntiva apresenta um sistema de proteção bastante eficaz. A ação enxaguatória da lágrima através dos movimentos das pálpebras remove a sujeira e os microrganismos que entram em contato com a conjuntiva. Em adição ao fato de a lágrima ser um meio de cultura pobre, na sua composição encontram-se imunoglobulinas , lactoferrina e lisozima. As imunoglobulinas (IgG) inativam inúmeras bactérias, a lactoferrina atua como sequestrante de ferro que é um nutriente mineral essencial para o metabolismo bacteriano e a lisozima é uma enzima que impede a formação de paredes celulares bacterianas Quando algum fator rompe o equilíbrio entre a microbiota residente e a transitória, pode haver o desenvolvimento de doenças. Dentre estes fatores encontram-se o desequilíbrio imunológico, o uso indiscriminado de colírios contendo agentes antimicrobianos ou corticóides. MICROBIOTA DA CAVIDADE ORAL As características ambientais da cavidade oral, tais como alta umidade, temperatura relativamente constante (34 a 36°C), pH próximo da neutralidade e disponibilidade de nutrientes, permitem o estabelecimento de uma microbiota altamente complexa composta por cerca de 500 grupos bacterianos que habitam as diversas áreas da boca. Muitas dessas bactérias estão associadas à formação da placa bacteriana sobre a superfície dos dentes com conseqüente formação de cáries e ocorrência de doenças periodontais. A composição da microbiota oral varia com a idade, hábitos alimentares, hormônios, fluxo salivar, condições imunológicas e outros fatores como higienização e alcoolismo. MICROBIOTA DA NASOFARINGE A faringe aprisiona a maioria das bactérias que são inaladas. O trato respiratório superior é a porta de entrada para a colonização inicial por muitos patógenos já o trato respiratório inferior (brônquios e alvéolos), são normalmente estéreis porque partículas do tamanho de bactérias não os atingem prontamente. MICROBIOTA DO ESÔFAGO O esôfago sadio e anatomicamente normal é um órgão praticamente estéril e bactérias se presentes são apenas transitórias. Contudo, condições patológicas podem alterar a anatomia do esôfago e predispor o órgão ao estabelecimento de uma microbiota residente, constituída de microrganismos potencialmente patogênicos. MICROBIOTA DO ESTÔMAGO No estômago os microrganismos são geralmente transitórios e sua densidade populacional é mantida baixa devido às severas condições ambientais. A quantidade de bactérias logo após as refeições, é estimada em cerca de 103 a 106 bactérias por grama de conteúdo estomacal, sendo praticamente indetectável após a digestão. Arlindo Ugulino Netto – MICROBIOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2 4 MICROBIOTA DO TRATO INTESTINAL A quantidade de bactérias e o número de espécies presentes em dado segmento do trato gastrointestinal são afetados pelo pH e tempo de retenção de seu conteúdo. O baixo pH do conteúdo estomacal e o fluxo rápido de conteúdo do intestino delgado tende a inibir o crescimento de muitas bactérias. Por outro lado, o pH relativamente neutro e a prolongada retenção de conteúdo no intestino grosso permitem o desenvolvimento de comunidades microbianas complexas compostas por centenas de distintas espécies de bactérias. As bactérias residentes do trato gastrintestinal contribuem para a dieta fermentando carboidratos indigeríveis como a celulose em ácidos graxos que são fontes de energia para as células do epitélio intestinal e facilitam a absorção de sódio e água, além de sintetizarem proteínas e vitaminas do complexo B. MICROBIOTA DA VAGINA As comunidades bacterianas que colonizam a vagina consistem de uma mistura complexa, multi-específica, de bactérias Gram-positivas e Gram-negativas, com predominância de espécies anaeróbicas. A composição da microbiota vaginal varia de pessoa a pessoa, com a idade, pH do trato vaginal e níveis hormonais. As maiores alterações ocorrem nas infecções bacterianas da vagina. No primeiro mês de vida, bactérias do gênero Lactobacillus predominam, o que mantém o pH vaginal em torno de 5. A partir do primeiro mês até a puberdade predominam S. epidermidis, Streptococcus spp e E. coli e pH vaginal eleva-se em torno de 7. Entre a puberdade e a menopausa, devido à ação do estrogênio, ocorre secreção de glicogênio no trato reprodutivo feminino e os membros predominantes da microbiota passam a ser membros dos gêneros Lactobacillus, Corinebacterium, Staphylococcus, Streptococcus e Bacteroides. Devido à prevalência da espécie Lactobacillus acidophilus, o pH do trato vaginal decresce e se estabiliza em torno de 5. Após a menopausa, com a diminuição da produção de estrogênio, a secreção de glicogênio diminui, o pH vaginal se eleva em torno de 7 e a composição da microbiota volta a ser aquela característica da pré-puberdade. EFEITO PROTETOR DA MICROBIOTA Microbiota das vias aéreas superiores: As vias aéreas superiores são protegidos por uma microbiota residente que evita a colonização destas áreas por patógenos. Cocos Gram-positivos são componentes proeminentes, mas muitos outros tipos de bactérias são também encontrados nestes sítios. Microbiota intestinal: O trato intestinal é protegido de patógenos de várias formas. O ambiente ácido do estômago, e as enzimas proteolíticas secretadas pelas células gástricas matam muitas das bactérias quesão ingeridas. A microbiota do cólon é um ecossistema complexo com a importante função de controlar populações de muitos microrganismos patogênicos. Em humanos, a antibioticoterapia pode suprimir a microbiota residente e permitir que determinados anaeróbios tornem-se predominantes e causem doenças. Apesar dessa função protetora, muitos dos membros dessa microbiota podem causar doenças. Os anaeróbios do trato intestinal são agentes primários de abscessos intra-abdominais e peritonites. Perfurações no intestino causadas por apendicites, câncer, cirurgias e ferimentos quase sempre contaminam a cavidade peritonial e órgãos adjacentes. Microbiota vaginal: Existem evidências de que a microbiota bacteriana do trato vaginal reduz a probabilidade de que patógenos tais como bactérias, protozoários parasitas, leveduras ou vírus se estabeleçam na vagina. Os lactobacilos vaginais produzem ácidos láticos que mantém baixo o pH das secreções vaginais, inibindo o crescimento de muitas bactérias, competem por receptores de aderência, no epitélio vaginal, produzem substâncias antimicrobianas como peróxido de hidrogênio e bacteriocinas, se co-agregam com outras bactérias e estimulam o sistema imune vaginal superficial incrementando os mecanismos de defesa locais contra bactérias não-residentes. A importância da microbiota vaginal normal na proteção contra patógenos pode ser evidenciada no fato de que a terapia com antibióticos pode predispor mulheres à aquisição de infecções gênito-urinárias, como as causadas por fungos do gênero Candida. Atributos dos Microrganismos que os Capacitam a causar Doenas Tem-se dois tipos de atributos: fatores de colonização e fatores de lesão. Fator de colonização: são fatores que auxiliam a resistência e ampliação das colônias bacterianas. São exemplos desses fatores: Cápsula: proteção contra fagocitose; Adesina: responsáveis pela aderência ou estabelecimento da bactéria Invasinas: enzimas responsáveis pela penetração da bactéria nos tecidos. Evasinas: enzimas responsáveis pela difusão das bactérias nos tecidos. Fatores nutricionais: vitaminas, proteínas e ferro presentes no hospedeiro que servem como elementos essenciais no crescimento das bactérias. Fatores de lesão: fatores que ampliam o poder de patogenicidade da bactéria. Arlindo Ugulino Netto – MICROBIOLOGIA – MEDICINA P3 – 2008.2 5 Toxinas (do latim, veneno): so dividias em dois grupos: endotoxinas (protenas txicas presentes dentro da bactria) e exotoxinas (protenas txicas produzidas por microorganismos e que so liberadas no meio ambiente). Ex: O Staphylococcus aureus, bactria que tem afinidade por NaCl, produz uma enterotoxina que termoest vel, ou seja, capaz de resistir a uma temperatura de 100 por 30min. Enzimas hidrolticas: quebram o cido hialurnico (constituinte do tecido conjuntivo) por meio da enzima hialuronidase, deixando o tecido amolecido. Produo de superantgenos SINTOMATOLOGIA DA INFECO As infeces so caracterizadas por trs perodos: Período de incubação: perodo compreendido entre a penetrao do microorganismo e o aparecimento dos primeiros sintomas. Ex: O vrus Influenza, causador da gripe, tem um perodo de incubao extremamente curto (questo de horas). Ex²: O Mycobacterium leprae, bactria causadora da hansenase, tem um perodo de incubao que dura cerca de 2 a 10 anos. Período de doença: o perodo de aparecimento dos sintomas em geral, geralmente, acompanhado por febre. Período de convalescença: perodo de recuperao do indivduo. Ocorre o desaparecimento dos sintomas. TIPOS DE INFECÇÕES Infecções sem sintomas (subclínicas): so dividias em dois grupos: Infeco latente: indivduo abriga o microorganismo nos tecidos mas no apresenta nenhum sintoma. Ex: Herpes em perodo de latncia. Infeco inaparente: indivduo abriga o microorganismo (portadores de germes) do tecido, este realiza todo o seu ciclo infeccioso e no apresenta nenhum sintoma. Infecções secundárias: H germes específicos para determinadas doenas, como o Mycobacterium tuberculosis, causador da tuberculose e a Salmonella typhi, causadora da febre tifide. Mas h tambm os chamados germes de associação, que agem associados a outros para causarem a infeco (secund ria). Ex: O vrus da varola (germe prim rio) produz pstulas que quando associadas aos Estafilococos e Estreptococos geram uma contaminao, produzindo a infeco secund ria. Infecções mistas: infeco produzida por dois microorganismos agindo por sinergismo (potencializaro de um dos agentes). Ex: A sfilis produzida pelo Treponema pallidum, que se associa a bacteroides para produzir o “cancro duro”. Ex²: O Staphylococcus aureus associado aos Estreptococos geram a lcera de Meleney. OBS2: Logo, para desenvolver uma doena, o patgeno dever inibir ou interferir com os diferentes tipos de defesa que o hospedeiro mobiliza. O estresse um dos principais fatores que diminuem a resistncia do sistema imunolgico, isso porque h uma alterao na produo de cortisol, regulador fundamental da defesa imunolgica.
Compartilhar