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1 Casos Concretos de Processo Trabalho I Aluno: José de Souza Filho. Matricula: 201608083225 CASO CONCRETO – 1: Mévio, juiz do trabalho, indignado com determinadas situações que estão ocorrendo na Empresa Alfa, gostaria de instaurar reclamação trabalhista plúrima (Art. 842 CLT). Pergunta-se: Diante do caso apresentado, o magistrado poderá instaurar o processo de ofício? Fundamente sua resposta com base nos princípios norteadores do Processo do Trabalho. Resposta: O Magistrado não poderá instaurar o processo de ofício. Porque o processo tem início por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, exceto se previsto em lei conforme orienta o artigo 2º, do Código Processo Civil. Instaurando a reclamação sem o requerimento da parte interessada, o juiz infringiria o princípio da inércia judicial, nenhum juiz prestará tutela jurisdicional sem que a parte ou interessado solicite. CASO CONCRETO – 2: O sindicato da categoria profissional dos bancários celebrou com a categoria econômica correspondente – sindicato dos bancos – convenção coletiva de trabalho fixando o reajuste salarial para os bancários no patamar de 8%, dentre outros benefícios. Já o sindicato da categoria profissional dos professores teve frustrada a tentativa de negociação coletiva junto ao sindicato dos estabelecimentos de ensino, o que resultou na propositura do Dissídio Coletivo perante o Tribunal Regional do Trabalho daquela localidade. Diante dos casos apresentados, indique e explique qual foi o método de solução dos conflitos coletivos utilizado pelo sindicato dos bancários e pelo sindicato dos professores. Resposta: No primeiro caso o sindicato dos bancários e dos bancos (empregados) celebrou convenção coletiva com o sindicato dos banqueiros (empregadores). Foi celebrado um ato jurídico entre os sindicatos, neste ato foi fixado o reajuste salarial para os bancários com o patamar de 8%. Aqui foi utilizado o método de resolução de conflito entre os sindicatos dos empregados e dos empregadores, o chamado de autocomposição. No segundo caso o sindicato da categoria dos professores sofreu uma frustação na sua negociação coletiva com o sindicato dos estabelecimentos de ensino, disso resultou na propositura do Dissídio Coletivo, esta forma de solução ocorre quando não se obtém um acordo na negociação direta entre os sindicatos, assim os representantes da classe dos empregados ingressam com uma ação na Justiça do Trabalho. Neste caso foi utilizada a técnica em que as partes elegem um terceiro para julgar a lide com as mesmas prerrogativas do poder judiciário, esse terceiro não 2 auxilia nem representa as partes em conflitos. As duas formas principais de resolução de conflitos são a Arbitragem e a Jurisdição. Neste ultimo caso, o sindicato dos professores utilizou a heterocomposição. CASO CONCRETO – 3: O viajante comercial Saulo pretende mover ação trabalhista em face da sua empregadora Empresa Delta Ltda., por entender que o seu gerente cometeu ato ilícito que lhe feriu a honra e boa fama, postulando indenização por danos morais a ser arbitrada pelo juiz diante da extensão e complexidade do dano, cumulada com pedido de pagamento de diferenças de comissões ajustadas no valor de R$ 10.000,00. Diante do caso exposto, responda de forma fundamentada: A) Segundo as regras contidas em legislação própria quanto à competência territorial, informe aonde a ação deve ser proposta. Fundamente. Resposta: Como Saulo exerce a profissão de viajante comercial será competente a Junta de localidade onde o empregador tiver o seu domicílio, salvo se o empregado estiver subordinado à agência, ou filial, casa em que será competente a Junta em cuja jurisdição estiver situada a agência ou filial, como orienta o artigo 651, parágrafo 1º, da CLT. B) O Judiciário Trabalhista possui competência para apreciar e julgar a presente ação? É possível pleitear que o juiz arbitre o montante da postulada indenização por danos morais? Resposta: Sim, o Judiciário Trabalhista possui competência para apreciar e julgar ação por danos morais, como orienta o artigo 114, VI, da Constituição Federal, e a Súmula 392 do Tribunal Superior do Trabalho. CASO CONCRETO – 4: Marcelo Antônio, por intermédio do seu advogado, ajuizou ação trabalhista postulando a condenação da ex-empregadora ao pagamento das horas extras. Na sentença o juiz do trabalho julgou improcedente o pedido condenando o Autor ao pagamento das custas processuais. O advogado de Marcelo, inconformado, interpôs recurso ordinário requerendo o deferimento da gratuidade de justiça, declarando, expressamente, no recurso que o Autor não tem condições financeiras para recolher o valor das custas sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, mas não juntou declaração de miserabilidade nem na petição inicial nem no recurso. Diante do caso narrado responda de forma justificada, se de acordo com o entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, o advogado de Marcelo terá êxito quanto ao deferimento da gratuidade de justiça para o processamento do seu recurso. Resposta: Sim, declarada a hipossuficiência pela parte ou pelo seu advogado, a gratuidade poderá ser requerida até a fase recursal, como orienta – “OJ Nº 269 DA 3 SBDI-I JUSTIÇA GRATUITA. REQUERIMENTO DE ISENÇÃO DE DESPESAS PROCESSUAIS. MOMENTO OPORTUNO (inserido item II em decorrência do CPC de 2015): I - O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento formulado no prazo alusivo ao recurso; II - Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, § 7º, do CPC de 2015)”.
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