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Analistas TRTs - Direito Processual do Trabalho

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DIREITO 
PROCESSUAL DO 
TRABALHO 
COLEÇÃO ANALISTAS 
ATUALIZADO EM OUTUBRO/2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 2 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
 
Da Justiça do Trabalho: organização e competência ............................................................ 3 
Das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho: jurisdição e 
competência ..................................................................................................................................... 9 
Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do 
Trabalho e dos distribuidores ...................................................................................................... 11 
Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista 
(aplicação subsidiária do CPC) ................................................................................................... 15 
Dos atos, termos e prazos processuais .................................................................................. 23 
Da Distribuição ............................................................................................................................... 26 
Das custas e emolumentos ........................................................................................................ 27 
Das partes e procuradores; do jus postulandi; da substituição e representação 
processuais; da assistência judiciária; dos honorários de advogado .............................. 31 
Das exceções ................................................................................................................................. 58 
Das audiências: de conciliação, de instrução e de julgamento; da notificação das 
partes; do arquivamento do processo; da revelia e confissão .......................................... 60 
Das provas ...................................................................................................................................... 67 
Dos dissídios individuais: da forma de reclamação e notificação; da reclamação 
escrita e verbal; da legitimidade para ajuizar ........................................................................ 89 
Do procedimento ordinário e sumaríssimo .......................................................................... 102 
Da sentença e da coisa julgada: da liquidação da sentença: por cálculo, por artigos e 
por arbitramento .......................................................................................................................... 105 
Da execução: da citação; do depósito da condenação e da nomeação de bens; do 
mandado e penhora; dos bens penhoráveis e impenhoráveis; da impenhorabilidade 
do bem de família (Lei nº 8.009/90 e alterações posteriores) ......................................... 118 
Dos embargos à execução ....................................................................................................... 125 
Da praça e leilão; da arrematação; da remição; das custas na execução ................... 126 
Dos recursos no Processo do Trabalho ................................................................................. 138 
 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 3 
 
Da Justiça do Trabalho: organização e competência 
 
Constituição Federal de 1988 
 
Seção V 
Do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais 
do Trabalho e dos Juízes do Trabalho 
 
Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: 
 
I - o Tribunal Superior do Trabalho; 
 
II - os Tribunais Regionais do Trabalho; 
 
III - Juízes do Trabalho. 
 
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre 
brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber 
jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria 
absoluta do Senado Federal, sendo: 
 
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros 
do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto 
no art. 94; 
 
Nota: Quinto constitucional. 
 
II - os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, 
indicados pelo próprio Tribunal Superior. 
 
§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: 
 
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, 
dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira; 
 
II - o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão 
administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo 
graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 4 
 
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a reclamação 
para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. 
 
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua 
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do 
Trabalho. 
 
Nota: Portanto, caso não haja Vara do Trabalho em determinada comarca, a lei poderá fixar a 
competência para julgamento das ações trabalhistas por juiz de direito (vinculado ao Tribunal de 
Justiça Estadual). Porém, em caso de recurso, este será direcionado sempre para o TRT com 
jurisdição no local. 
 
Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição, competência, garantias e condições 
de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho. 
 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da 
administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
 
Nota: Portanto, qualquer ação decorrente de relação de trabalho (por exemplo o trabalho eventual, 
autônomo, avulso, etc.), e não apenas relação de emprego (aquela decorrente de contrato de 
trabalho, com os requisitos caracterizadores do vínculo empregatício) é de competência para 
julgamento pela Justiça do Trabalho. 
 
Atenção! Ante o conteúdo da decisão proferida pelo STF na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 
3.395, está suspensa qualquer interpretação deste inciso I do art. 114 da CF/88 que inclua na 
competência da Justiça do Trabalho “a apreciação de causas que sejam instauradas entre o Poder 
Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou jurídico-
administrativa”. 
Portanto, de acordo com o STF, a Justiça do Trabalho não é competente para julgar ações 
decorrentes de relação de trabalho de servidores estatutários (servidores regidos por estatuto). É 
competente para julgamento de ações oriundas de relação de trabalho celetista (servidores regidos 
pela CLT), apenas. 
 
Empregado Público 
 
Empregado público é espécie do gênero servidor público. 
 
É aquele contratado mediante concurso público, para trabalhar sob o regime da legislação trabalhista 
(são os chamados celetistas). 
Diferenciam-se dos servidores estatutários (regidos por determinado estatuto – por exemplo, os 
servidores públicos federais são regidos pela Lei nº 8.112/90). 
 
Adotam o regime celetista, contratando empregados públicos, as empresas públicas, sociedades de 
economia mista e subsidiárias (entes da administração pública indireta), por terem naturezade 
pessoa jurídica de direito privado, nos termos do art. 173, §1º, inciso II da CF/88: 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 5 
 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade 
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional 
ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de 
suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou 
de prestação de serviços, dispondo sobre: 
 
... 
 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e 
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 
 
Não é mais possível a adoção do regime celetista para servidores de entes da Administração Pública 
Direta (União, Estados, Distrito Federal e Município) e de autarquias e fundações públicas (estas duas 
integrantes da Administração Indireta), ante o conteúdo da decisão da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade nº 2.135-4, que declarou inconstitucional a redação dada pela Emenda 
Constitucional 19/1998 ao caput do art. 39 da CF/88. 
 
Redação atual do art. 39 da CF: 
 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua 
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública 
direta, das autarquias e das fundações públicas. 
 
Em outras palavras, servidores públicos da Administração Pública Direta e de autarquias e 
fundações públicas não podem mais ser contratados sob o regime celetista! Apenas podem contratar 
empregados públicos (servidores celetistas) as empresas públicas e sociedades de economia mista. 
 
II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
 
Nota: A Lei nº 7.783/89 – Lei de Greve trata do tema; 
 
Súmula Vinculante nº 23 do STF – A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação 
possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da 
iniciativa privada. 
 
Súmula nº 189 do TST - Greve. Competência da Justiça do Trabalho. Abusividade - A Justiça do 
Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve. 
 
III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre 
sindicatos e empregadores; 
 
IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver 
matéria sujeita à sua jurisdição; 
 
V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 
102, I, o; 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 6 
 
 
Nota: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
... 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre 
Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; 
 
VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; 
 
Nota: Súmula Vinculante nº 22 do STF - A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar 
as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho 
propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença 
de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. 
Súmula nº 392 do TST. Dano moral e material. Relação de trabalho. Competência da justiça do 
trabalho - Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é 
competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da 
relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, 
ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. 
 
VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de 
fiscalização das relações de trabalho; 
 
VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos 
legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
 
Nota: Súmula Vinculante nº 53 do STF - A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, 
VIII, da Constituição Federal alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas 
ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados. 
 
Súmula nº 368 do TST - Descontos previdenciários e fiscais. Competência. Responsabilidade pelo 
pagamento. Forma de cálculo. 
I – A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A 
competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se 
às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, 
que integrem o salário de contribuição. 
 
Súmula nº 454 do TST. Competência da Justiça do Trabalho. Execução de ofício. Contribuição 
social referente ao seguro de acidente de trabalho (SAT). Arts. 114, VIII, e 195, I, “A”, da 
Constituição da República - Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição 
referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a 
seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios 
relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 
8.212/1991). 
 
IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 7 
 
Nota: Súmula nº 300 do TST - Competência da Justiça do Trabalho. Cadastramento no PIS - 
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de 
empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS). 
 
Súmula nº 389 do TST - Seguro-desemprego. Competência da Justiça do Trabalho. Direito à 
indenização por não liberação de guias. 
I - Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador 
tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego. 
II - O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-
desemprego dá origem ao direito à indenização. 
 
§ 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 
 
§ 2º - Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às 
mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do 
Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem 
como as convencionadas anteriormente. 
 
Nota: Este é o fundamento para o poder normativo da Justiça do Trabalho. 
 
Súmula nº 190 do TST - Poder normativo do TST. Condições de trabalho. Inconstitucionalidade. 
Decisões contrárias ao STF - Ao julgar ou homologar ação coletiva ou acordo nela havido, o Tribunal 
Superior do Trabalho exerce o poder normativo constitucional, não podendo criar ou homologar 
condições de trabalho que o Supremo Tribunal Federal julgue iterativamente inconstitucionais. 
 
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o 
Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho 
decidir o conflito. 
 
Nota: Art. 10 da Lei nº 7.783/89 - São considerados serviços ou atividades essenciais: 
I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e 
combustíveis;II - assistência médica e hospitalar; 
III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; 
IV - funerários; 
V - transporte coletivo; 
VI - captação e tratamento de esgoto e lixo; 
VII - telecomunicações; 
VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; 
IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais; 
X - controle de tráfego aéreo; 
XI - compensação bancária. 
 
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, 
quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros 
com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo: 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 8 
 
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros 
do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto 
no art. 94; 
 
Nota: Quinto constitucional. 
 
II - os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento, 
alternadamente. 
 
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências 
e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-
se de equipamentos públicos e comunitários. 
 
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente, constituindo 
Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases 
do processo. 
 
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular. 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 9 
 
Das Varas do Trabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho: jurisdição e 
competência 
 
CLT – Fique atento(a) que, ante a redação atual do art. 116 da CF/88, não há que se falar mais em 
“Juntas de Conciliação e Julgamento”. A jurisdição trabalhista de primeiro grau é exercida por juízes 
do trabalho, nas Varas do Trabalho. 
 
SEÇÃO II 
DA JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA DAS JUNTAS 
 
Art. 650 - A jurisdição de cada Junta de Conciliação e Julgamento abrange todo o território da 
Comarca em que tem sede, só podendo ser estendida ou restringida por lei federal. (Vide 
Constituição Federal de 1988) 
 
Parágrafo único. As leis locais de Organização Judiciária não influirão sôbre a competência de Juntas 
de Conciliação e Julgamento já criadas até que lei federal assim determine. 
 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade 
onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido 
contratado noutro local ou no estrangeiro. 
 
Nota: Esta é a regra!!! O fator preponderante para a fixação da competência territorial é o local da 
prestação de serviços. Esta regra é excepcionada apenas nos casos dos três §§ abaixo. 
 
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da 
localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na 
falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade 
mais próxima. 
 
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-
se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro 
e não haja convenção internacional dispondo em contrário. 
 
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato 
de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato 
ou no da prestação dos respectivos serviços. 
 
Art. 652. Compete às Varas do Trabalho: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
a) conciliar e julgar: 
 
I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado; 
 
II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de rescisão do 
contrato individual de trabalho; 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 10 
 
III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja operário ou 
artífice; 
 
IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho; 
 
b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave; 
 
c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões; 
 
d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência; 
 
e) (Suprimida pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944) 
 
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do 
Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão-
de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho; 
 
Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e 
aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do 
interessado, constituir processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros 
assuntos. 
 
Art. 653 - Compete, ainda, às Juntas de Conciliação e Julgamento: 
 
a) requisitar às autoridades competentes a realização das diligências necessárias ao esclarecimento 
dos feitos sob sua apreciação, representando contra aquelas que não atenderem a tais requisições; 
 
b) realizar as diligências e praticar os atos processuais ordenados pelos Tribunais Regionais do 
Trabalho ou pelo Tribunal Superior do Trabalho; 
 
c) julgar as suspeições argüidas contra os seus membros; 
 
d) julgar as exceções de incompetência que lhes forem opostas; 
 
e) expedir precatórias e cumprir as que lhes forem deprecadas; 
 
f) exercer, em geral, no interesse da Justiça do Trabalho, quaisquer outras atribuições que decorram 
da sua jurisdição. 
 
 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 11 
 
Dos serviços auxiliares da Justiça do Trabalho: das secretarias das Varas do 
Trabalho e dos distribuidores 
 
CLT 
 
Atenção! Todos dispositivos da CLT anteriores à promulgação da Constituição Federal de 1988 e 
incompatíveis com esta não foram recepcionados pela nova ordem constitucional. Portanto, em caso 
de colisão entre as regras da CLT e da CF, deve prevalecer a Constituição, considerando-se 
inaplicáveis tais normas da CLT. 
 
Fique atento(a) que, ante a redação atual do art. 116 da CF/88, não há que se falar mais em “Juntas 
de Conciliação e Julgamento”. A jurisdição trabalhista de primeiro grau é exercida por juízes do 
trabalho, nas Varas do Trabalho. 
 
CAPÍTULO VI 
DOS SERVIÇOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
SEÇÃO I 
DA SECRETARIA DAS JUNTAS DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO 
 
 
Art. 710 - Cada Junta terá 1 (uma) secretaria, sob a direção de funcionário que o Presidente designar, 
para exercer a função de secretário, e que receberá, além dos vencimentos correspondentes ao seu 
padrão, a gratificação de função fixada em lei. 
 
Art. 711 - Compete à secretaria das Juntas: 
 
a) o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos processos e outros papéis 
que lhe forem encaminhados; 
 
b) a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais papéis; 
 
c) o registro das decisões; 
 
d) a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos respectivos 
processos, cuja consulta lhes facilitará; 
 
e) a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria; 
 
f) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos; 
 
g) o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do arquivamento da secretaria; 
 
h) a realização das penhoras e demaisdiligências processuais; 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 12 
 
i) o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Presidente da Junta, para 
melhor execução dos serviços que lhe estão afetos. 
 
Art. 712 - Compete especialmente aos secretários das Juntas de Conciliação e Julgamento: 
 
a) superintender os trabalhos da secretaria, velando pela boa ordem do serviço; 
 
b) cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas do Presidente e das autoridades superiores; 
 
c) submeter a despacho e assinatura do Presidente o expediente e os papéis que devam ser por ele 
despachados e assinados; 
 
d) abrir a correspondência oficial dirigida à Junta e ao seu Presidente, a cuja deliberação será 
submetida; 
 
e) tomar por termo as reclamações verbais nos casos de dissídios individuais; 
 
f) promover o rápido andamento dos processos, especialmente na fase de execução, e a pronta 
realização dos atos e diligências deprecadas pelas autoridades superiores; 
 
g) secretariar as audiências da Junta, lavrando as respectivas atas; 
 
h) subscrever as certidões e os termos processuais; 
 
i) dar aos litigantes ciência das reclamações e demais atos processuais de que devam ter 
conhecimento, assinando as respectivas notificações; 
 
j) executar os demais trabalhos que lhe forem atribuídos pelo Presidente da Junta. 
 
Parágrafo único - Os serventuários que, sem motivo justificado, não realizarem os atos, dentro dos 
prazos fixados, serão descontados em seus vencimentos, em tantos dias quantos os do excesso. 
 
 
SEÇÃO II 
DOS DISTRIBUIDORES 
 
Art. 713 - Nas localidades em que existir mais de uma Junta de Conciliação e Julgamento haverá um 
distribuidor. 
 
Art. 714 - Compete ao distribuidor: 
 
a) a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Junta, dos feitos que, 
para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados; 
 
b) o fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito distribuído; 
 
c) a manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos distribuídos, sendo um organizado pelos nomes dos 
reclamantes e o outro dos reclamados, ambos por ordem alfabética; 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 13 
 
d) o fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por certidão, de informações 
sobre os feitos distribuídos; 
 
e) a baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos Presidentes das Juntas, 
formando, com as fichas correspondentes, fichários à parte, cujos dados poderão ser consultados 
pelos interessados, mas não serão mencionados em certidões. 
 
Art. 715 - Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional dentre os 
funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e ao mesmo 
Presidente diretamente subordinados. 
... 
 
SEÇÃO II 
DA DISTRIBUIÇÃO 
 
Art. 783 - A distribuição das reclamações será feita entre as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou 
os Juízes de Direito do Cível, nos casos previstos no art. 669, § 1º, pela ordem rigorosa de sua 
apresentação ao distribuidor, quando o houver. 
 
Art. 784 - As reclamações serão registradas em livro próprio, rubricado em todas as folhas pela 
autoridade a que estiver subordinado o distribuidor. 
 
Art. 785 - O distribuidor fornecerá ao interessado um recibo do qual constarão, essencialmente, o 
nome do reclamante e do reclamado, a data da distribuição, o objeto da reclamação e a Junta ou o 
Juízo a que coube a distribuição. 
 
Art. 786 - A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo. 
 
Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, 
apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a 
pena estabelecida no art. 731. 
 
Art. 787 - A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada 
dos documentos em que se fundar. 
 
Art. 788 - Feita a distribuição, a reclamação será remetida pelo distribuidor à Junta ou Juízo 
competente, acompanhada do bilhete de distribuição. 
 
Atenção! Lembre-se: art. 769 da CLT “Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será 
fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as 
normas deste Título”. 
 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
 
TÍTULO IV 
DA DISTRIBUIÇÃO E DO REGISTRO 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 14 
 
Art. 284. Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver mais 
de um juiz. 
 
Art. 285. A distribuição, que poderá ser eletrônica, será alternada e aleatória, obedecendo-se 
rigorosa igualdade. 
 
Parágrafo único. A lista de distribuição deverá ser publicada no Diário de Justiça. 
 
Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer natureza: 
 
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada; 
 
II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for reiterado o pedido, ainda que 
em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda; 
 
III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3o, ao juízo prevento. 
 
Parágrafo único. Havendo intervenção de terceiro, reconvenção ou outra hipótese de ampliação 
objetiva do processo, o juiz, de ofício, mandará proceder à respectiva anotação pelo distribuidor. 
 
Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os endereços do 
advogado, eletrônico e não eletrônico. 
 
Parágrafo único. Dispensa-se a juntada da procuração: 
 
I - no caso previsto no art. 104; 
 
Nota: Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar 
preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente. 
§ 1o Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a 
procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz. 
§ 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, 
respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos. 
 
II - se a parte estiver representada pela Defensoria Pública; 
 
III - se a representação decorrer diretamente de norma prevista na Constituição Federal ou em lei. 
 
Art. 288. O juiz, de ofício ou a requerimento do interessado, corrigirá o erro ou compensará a falta 
de distribuição. 
 
Art. 289. A distribuição poderá ser fiscalizada pela parte, por seu procurador, pelo Ministério Público 
e pela Defensoria Pública. 
 
Art. 290. Será cancelada a distribuição do feito se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, 
não realizar o pagamento das custas e despesas de ingresso em 15 (quinze) dias. 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 15 
 
Do processo judiciário do trabalho: princípios gerais do processo trabalhista 
(aplicação subsidiária do CPC) 
 
PRINCÍPIOS PROCESSUAIS CONSTITUCIONAIS 
 
Princípio da Igualdade (Isonomia) 
 
Art. 5º, caput da CF/88: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...” 
 
A igualdade prevista pelo referido dispositivo constitucional deve ser entendida como igualdade 
material, ou seja, a igualdade aplicada no plano fático, e não apenas formalmente. 
 
Com base neste princípio, justifica-se em determinados aspectos o tratamento processual desigual 
entre partes com realidades econômicas muito diferentes, com a finalidade de tornar mais igual a 
relação processual e proteger aquele que está no pólo hipossuficiente (no caso do processo do 
trabalho em geral os processos têm como partes o empregado, hipossuficiente, e o empregador, 
que detêm o poder econômico).Um exemplo é a concessão dos benefícios da justiça gratuita ao empregado, benefício este que não 
pode ser concedido ao empregador. Concede-se tal benefício somente a uma das partes do 
processo, o que em princípio violaria a isonomia processual. Porém, tal concessão em verdade 
propicia à parte hipossuficiente uma possibilidade efetiva de equiparação ao empregador. 
 
Princípio do Devido Processo Legal 
 
Art. 5º, LIV da CF/88: “LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal”. É consagrado pela doutrina como o fundamento constitucional dos demais 
princípios processuais. Neste sentido Nelson Nery Júnior (Princípios do Processo Civil na 
Constituição Federal, 2000): “É, por assim dizer, o gênero do qual todos os demais princípios 
constitucionais do processo são espécies”. 
 
Princípio do Contraditório e da Ampla Defesa 
 
Art. 5º, LV da CF/88: “LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em 
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes” . 
 
Estes dois princípios constitucionais são extremamente conectados. 
 
O princípio do contraditório permite aos litigantes manifestarem-se sobre as alegações da parte 
adversa. Pense no significado de contradizer, que significa exatamente dizer o contrário, ou seja, 
defender-se. Assegura ao litigante a possibilidade de impugnar as manifestações da parte contrária. 
 
O princípio da ampla defesa proporciona à parte utilizar em juízo todos métodos previstos pelo 
ordenamento jurídico para a defesa de seus interesses. 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 16 
 
Princípio da Imparcialidade do Julgador 
 
Obviamente, para julgar determinado litígio, o juiz deve ser imparcial, ou seja, não deve ter interesse 
em beneficiar qualquer uma das partes. E para isso o sistema processual criou diversos mecanismos 
de proteção ao juiz (as garantias dos magistrados são exemplos) e também às partes (necessidade 
de fundamentação das decisões e exceções de suspeição e impedimento do juiz, por exemplo). 
 
Princípio da publicidade e da motivação das decisões 
 
Art, 93, IX da CF/88: “IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em 
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais 
a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à 
informação”. 
 
Princípio do Juiz Natural 
 
Art. 5º, LIII, da CF/88: “LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade 
competente”. 
 
Princípio da Inafastabilidade da Jurisidição 
 
Art. 5º, XXXV da CF/88: “XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou 
ameaça a direito”. 
 
Princípio da Razoável Duração do Processo 
 
Art. 5º, LXXVIII da CF/88: “LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”. 
 
 
PRINCÍPIOS COMUNS AO PROCESSO CIVIL E TRABALHISTA 
 
Princípio da Aplicação Subsidiária das Normas de Processo Comum no Processo Trabalhista 
 
Nos termos do art. 769 da CLT: “Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte 
subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas 
deste Título.” 
 
Deste modo, aplica-se de forma complementar os dispositivos do CPC naquilo em que a CLT for 
omissa, desde que haja compatibilidade entre tais normas. 
 
 
Princípio Dispositivo ou da Inércia da Jurisdição 
 
Art. 2º do CPC: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo 
as exceções previstas em lei.”. 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 17 
 
Ao autor cabe provocar o Poder Judiciário para proferir a decisão sobre determinado litígio. Sem 
provocação, não pode o Judiciário determinar solução para determinado conflito (inércia da 
Jurisdição). 
 
“Art. 878 da CLT. A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz 
ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por 
advogado. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) “ 
 
Princípio do Impulso Oficial 
 
Art. 2º do CPC: “O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo 
as exceções previstas em lei.”. 
 
Art. 765 da CLT: “Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e 
velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao 
esclarecimento delas.” 
 
Princípio da Instrumentalidade das Formas 
 
Art. 188 e 277 do CPC: 
 
“Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei 
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham 
a finalidade essencial.” 
 
“Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado 
de outro modo, lhe alcançar a finalidade.” 
 
O processo não é um fim em si mesmo. Ele é apenas uma forma de se alcançar a tutela de 
determinado bem da vida. Portanto, ele é apenas um instrumento, e, quando alcançada a finalidade 
perseguida, mesmo que presente algum vício, deve ser considerado válido. 
 
Princípio da Impugnação Especificada 
 
Art. 341 do CPC: 
 
“Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes 
da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se: 
 
I – não for admissível, a seu respeito, a confissão; 
 
II – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do 
ato; 
 
III – estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto. 
 
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, 
ao advogado dativo e ao curador especial.” 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 18 
 
Princípio da Eventualidade 
 
Art. 336 do CPC: “Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as 
razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que 
pretende produzir..” 
 
As partes devem, portanto, no momento oportuno, apresentar o conjunto de suas alegações, sob 
pena de não poder mais fazê-lo (preclusão – vide abaixo). 
 
Princípio da Preclusão 
 
Art. 278 do CPC: “Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que 
couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. 
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, 
nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.” 
 
Art. 507 do CPC: “É vedado à parte discutir no curso do processo as questões já decididas a cujo 
respeito se operou a preclusão.” 
 
Art. 795 da CLT: “As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as 
quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.” 
 
Art. 879 da CLT: “Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, 
que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. 
 
 § 2o Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito dias 
para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob 
pena de preclusão. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 3o Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procede
rá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão.” 
 
Princípio da OralidadeExtrai-se tal princípio da análise conjunta de diversos dispositivos da CLT, que também englobam 
outros princípios processuais: 
 
Art. 840 da CLT - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
... 
§ 2o Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão 
ou secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1o deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
 
Art. 820 da CLT - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser 
reinquiridas, por seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou 
advogados. (Princípio da Imediatidade) 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 19 
 
Art. 849 da CLT - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de 
força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira 
desimpedida, independentemente de nova notificação. (Princípio da Concentração) 
 
 Art. 852-C da CLT. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência 
única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar 
simultaneamente com o titular. (Princípio da Concentração) 
 
No processo trabalhista, também verificamos o Princípio da Irrecorribilidade das Decisões 
Interlocutórias. No Processo Civil utiliza-se o remédio processual denominado agravo de 
instrumento para recorrer de decisões interlocutórias. Porém, no processo trabalhista, o agravo de 
instrumento é aplicável apenas para o destrancamento de recursos (em regra), e para exceções 
previstas no ordenamento justrabalhista. Nesse sentido a súmula nº 214 do C. TST: 
 
Súmula nº 214 - Decisão interlocutória. Irrecorribilidade 
Decisão Interlocutória. Irrecorribilidade. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, 
as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: 
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal 
Superior do Trabalho; 
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; 
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional 
distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da 
CLT.” 
 
Princípio da Lealdade Processual 
 
CLT 
 
Seção IV-A 
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
Da Responsabilidade por Dano Processual 
 
Art. 793-A. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como reclamante, reclamado 
ou interveniente. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele que: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; (Incluído pela Lei 
nº 13.467, de 2017) 
 
II - alterar a verdade dos fatos; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
 
VI - provocar incidente manifestamente infundado; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 20 
 
 
VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Art. 793-C. De ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que 
deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por cento) do valor corrigido da causa, 
a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios 
e com todas as despesas que efetuou. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 1o Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juízo condenará cada um na proporção de 
seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte 
contrária. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até duas 
vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
 
§ 3o O valor da indenização será fixado pelo juízo ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado 
por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
2017) 
 
Art. 793-D. Aplica-se a multa prevista no art. 793-C desta Consolidação à testemunha que 
intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da 
causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Parágrafo único. A execução da multa prevista neste artigo dar-se-á nos mesmos autos. (Incluído 
pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
 
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO PROCESSO DO TRABALHO 
 
Princípio Protetor 
 
É um reflexo do princípio da igualdade ou isonomia material, com fundamento no art. 5º caput da 
CF/88. 
 
Art. 5º, caput da CF/88: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...” 
 
A igualdade prevista pelo referido dispositivo constitucional deve ser entendida como igualdade 
material, ou seja, a igualdade aplicada de fato, e não apenas formalmente. 
 
Deste modo, com base neste princípio, justifica-se em determinados aspectos o tratamento 
processual desigual entre partes com realidades econômicas muito diferentes, com a finalidade de 
tornar a mais igual a relação processual e proteger aquele que está no pólo hipossuficiente (no caso 
do processo do trabalho em geral os processos têm como partes o empregado, hipossuficiente, e o 
empregador, que detêm o poder econômico). 
 
Um exemplo é a concessão dos benefícios da justiça gratuita ao empregado, com requisitos mais 
brandos do que aqueles fixados para o empregador. Tais benefícios, em verdade, propiciam à parte 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 21 
 
hipossuficiente uma possibilidade efetiva de equiparação ao detentor do capital, que em tese é o 
empregador. 
 
Princípio da Busca da Verdade Real (Primazia da Realidade) 
 
Art. 765 da CLT – “Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo 
e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária 
ao esclarecimento delas”. 
 
Portanto, deve o julgador buscar a verdade real. E o processo do trabalho contém dispositivo 
específico para permitir ao juiz tal busca. 
 
 
Princípio da Indisponibilidade dos Direitos do Trabalhador 
 
Este princípio veda a possibilidade de renúncia pelo trabalhador de seus direitos trabalhistas, 
assegurados pela legislação. 
 
 “Art. 9º da CLT - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir 
ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação”; e 
 
“Art. 444 da CLT - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das 
partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos 
contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.” 
 
Princípio da Conciliação 
 
CLT 
 
Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão 
sempre sujeitos à conciliação. 
 
§ 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons 
ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos. 
 
§ 2º - Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á obrigatoriamente em arbitral, 
proferindo decisão na forma prescrita neste Título. 
 
§3º - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de 
encerrado o juízo conciliatório. 
... 
 
Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação. 
 
Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, 
salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. 
... 
 
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação. 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 22 
 
 
§ 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-
se o prazo e demais condições para seu cumprimento. 
 
§ 2º - Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida a de ficar a 
parte que não cumprir o acordo obrigada a satisfazer integralmente o pedido ou pagar uma 
indenização convencionada, sem prejuízo do cumprimento do acordo. 
... 
 
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 
10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, 
e não se realizando esta, será proferida a decisão. 
 
Princípio da Normatização Coletiva 
 
§2º do art. 114 da CF/88: 
 
“Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, 
de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho 
decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as 
convencionadas anteriormente.” 
 
Este é o fundamento para o poder normativo da Justiça do Trabalho. Veja sobre o tema a súmula 
190 do TST: 
 
“Poder normativo do TST. Condições de trabalho. Inconstitucionalidade. Decisões contrárias ao 
STF - Ao julgar ou homologar ação coletiva ou acordo nela havido, o Tribunal Superior do Trabalho 
exerce o poder normativo constitucional, não podendo criar ou homologar condições de trabalho 
que o Supremo Tribunal Federal julgue iterativamente inconstitucionais.” 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 23 
 
Dos atos, termos e prazos processuais 
 
CLT 
 
CAPÍTULO II 
DO PROCESSO EM GERAL 
 
SEÇÃO I 
DOS ATOS, TERMOS E PRAZOS PROCESSUAIS 
 
Art. 770 - Os atos processuais serão públicos salvo quando o contrário determinar o interesse social, 
e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. 
 
Parágrafo único - A penhora poderá realizar-se em domingo ou dia feriado, mediante autorização 
expressa do juiz ou presidente. 
 
Art. 771 - Os atos e termos processuais poderão ser escritos a tinta, datilografados ou a carimbo. 
 
Art. 772 - Os atos e termos processuais, que devam ser assinados pelas partes interessadas, quando 
estas, por motivo justificado, não possam fazê-lo, serão firmados a rogo, na presença de 2 (duas) 
testemunhas, sempre que não houver procurador legalmente constituído. 
 
Art. 773 - Os termos relativos ao movimento dos processos constarão de simples notas, datadas e 
rubricadas pelos secretários ou escrivães. 
 
Art. 774 - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o 
caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em que for 
publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do Trabalho, ou, ainda, 
daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. 
 
Nota: A CLT, diferentemente do CPC, trata como notificação qualquer comunicação à parte, seja 
citação ou intimação. 
 
Súmula nº 01 do TST: Prazo judicial - Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação 
com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, 
inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. 
 
Parágrafo único - Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o destinatário ou 
no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, 
a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem. 
 
Nota: Súmula nº 16 do TST: Notificação - Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) 
horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo 
constitui ônus de prova do destinatário. 
 
Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do dia 
do começo e inclusão do dia do vencimento. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 24 
 
 
Atenção! Esta mudança imposta pela reforma trabalhista foi muito significativa na área do Direito 
Processual do Trabalho. Lembre-se bem que agora os prazos processuais são contados em dias 
úteis. 
 
§ 1o Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes 
hipóteses: (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
I - quando o juízo entender necessário; (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
II - em virtude de força maior, devidamente comprovada. (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 2o Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de 
prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do 
direito. (Incluído dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro 
e 20 de janeiro, inclusive. (Incluído dada pela Lei nº 13.545, de 2017) 
 
§ 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do 
Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão 
suas atribuições durante o período previsto no caput deste artigo. (Incluído dada pela Lei nº 
13.545, de 2017) 
 
§ 2o Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de 
julgamento. (Incluído dada pela Lei nº 13.545, de 2017) 
 
Nota: Súmula nº 262 do TST – Prazo judicial. Notificação ou intimação em sábado. Recesso 
forense. 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e 
a contagem, no subseqüente. 
II - O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho suspendem 
os prazos recursais. 
 
Art. 776 - O vencimento dos prazos será certificado nos processos pelos escrivães ou secretários. 
 
Art. 777 - Os requerimentos e documentos apresentados, os atos e termos processuais, as petições 
ou razões de recursos e quaisquer outros papéis referentes aos feitos formarão os autos dos 
processos, os quais ficarão sob a responsabilidade dos escrivães ou secretários. 
 
Art. 778 - Os autos dos processos da Justiça do Trabalho, não poderão sair dos cartórios ou 
secretarias, salvo se solicitados por advogados regularmente constituído por qualquer das partes, 
ou quando tiverem de ser remetidos aos órgãos competentes, em caso de recurso ou requisição. 
 
Art. 779 - As partes, ou seus procuradores, poderão consultar, com ampla liberdade, os processos 
nos cartórios ou secretarias. 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 25 
 
Art. 780 - Os documentos juntos aos autos poderão ser desentranhados somente depois de findo o 
processo, ficando traslado. 
 
Art. 781 - As partes poderão requerer certidões dos processos em curso ou arquivados, as quais 
serão lavradas pelos escrivães ou secretários. 
 
Parágrafo único - As certidões dos processos que correrem em segredo de justiça dependerão de 
despacho do juiz ou presidente. 
 
Art. 782 - São isentos de seloas reclamações, representações, requerimentos. atos e processos 
relativos à Justiça do Trabalho. 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 26 
 
Da Distribuição 
 
SEÇÃO II 
DA DISTRIBUIÇÃO 
 
Art. 783 - A distribuição das reclamações será feita entre as Juntas de Conciliação e Julgamento, ou 
os Juízes de Direito do Cível, nos casos previstos no art. 669, § 1º, pela ordem rigorosa de sua 
apresentação ao distribuidor, quando o houver. 
 
Art. 784 - As reclamações serão registradas em livro próprio, rubricado em todas as folhas pela 
autoridade a que estiver subordinado o distribuidor. 
 
Art. 785 - O distribuidor fornecerá ao interessado um recibo do qual constarão, essencialmente, o 
nome do reclamante e do reclamado, a data da distribuição, o objeto da reclamação e a Junta ou o 
Juízo a que coube a distribuição. 
 
Art. 786 - A reclamação verbal será distribuída antes de sua redução a termo. 
 
Parágrafo único - Distribuída a reclamação verbal, o reclamante deverá, salvo motivo de força maior, 
apresentar-se no prazo de 5 (cinco) dias, ao cartório ou à secretaria, para reduzi-la a termo, sob a 
pena estabelecida no art. 731. 
 
Art. 787 - A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada 
dos documentos em que se fundar. 
 
Art. 788 - Feita a distribuição, a reclamação será remetida pelo distribuidor à Junta ou Juízo 
competente, acompanhada do bilhete de distribuição. 
 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 27 
 
Das custas e emolumentos 
 
CLT 
 
SEÇÃO III 
Das Custas e Emolumentos 
 
Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e procedimentos 
de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas perante a Justiça 
Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento 
incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e 
quatro centavos) e o máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de 
Previdência Social, e serão calculadas: (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; 
 
II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente 
improcedente o pedido, sobre o valor da causa; 
 
III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre 
o valor da causa; 
 
IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. 
 
§ 1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em julgado da decisão. No caso de recurso, 
as custas serão pagas e comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal. 
 
§ 2o Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o valor e fixará o montante das custas 
processuais. 
 
§ 3o Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas 
caberá em partes iguais aos litigantes. 
 
§ 4o Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão solidariamente pelo pagamento das 
custas, calculadas sobre o valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal. 
 
Art. 789-A. No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado 
e pagas ao final, de conformidade com a seguinte tabela: 
 
Nota: Súmulas do TST sobre custas: 
 
25 - Custas processuais. Inversão do ônus da sucumbência 
I - A parte vencedora na primeira instância, se vencida na segunda, está obrigada, 
independentemente de intimação, a pagar as custas fixadas na sentença originária, das quais ficara 
isenta a parte então vencida. 
II – No caso de inversão do ônus da sucumbência em segundo grau, sem acréscimo ou atualização 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 28 
 
do valor das custas e se estas já foram devidamente recolhidas, descabe um novo pagamento pela 
parte vencida, ao recorrer. Deverá ao final, se sucumbente, reembolsar a quantia. 
III - Não caracteriza deserção a hipótese em que, acrescido o valor da condenação, não houve 
fixação ou cálculo do valor devido a título de custas e tampouco intimação da parte para o preparo 
do recurso, devendo ser as custas pagas ao final. 
IV - O reembolso das custas à parte vencedora faz-se necessário mesmo na hipótese em que a parte 
vencida for pessoa isenta do seu pagamento, nos termos do art. 790-A, parágrafo único, da CLT. 
Precedentes 
 
36 - Custas - Nas ações plúrimas, as custas incidem sobre o respectivo valor global. 
 
53 – Custas - O prazo para pagamento das custas, no caso de recurso, é contado da intimação do 
cálculo. 
 
86 - Deserção. Massa falida. Empresa em liquidação extrajudicial - Não ocorre deserção de 
recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de depósito do valor da condenação. 
Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa em liquidação extrajudicial. 
 
170 - Sociedade de economia mista. Custas - Os privilégios e isenções no foro da Justiça do 
Trabalho não abrangem as sociedades de economia mista, ainda que gozassem desses benefícios 
anteriormente ao Decreto-Lei nº 779, de 21.08.1969. 
 
I – autos de arrematação, de adjudicação e de remição: 5% (cinco por cento) sobre o respectivo valor, 
até o máximo de R$ 1.915,38 (um mil, novecentos e quinze reais e trinta e oito centavos); 
 
II – atos dos oficiais de justiça, por diligência certificada: 
 
a. Em zona urbana: R$ 11,06 (onze reais e seis centavos); 
b. em zona rural: R$ 22,13 (vinte e dois reais e treze centavos); 
 
III – agravo de instrumento: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis centavos); 
 
IV – agravo de petição: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis centavos); 
 
V – embargos à execução, embargos de terceiro e embargos à arrematação: R$ 44,26 (quarenta e 
quatro reais e vinte e seis centavos); 
 
VI – recurso de revista: R$ 55,35 (cinqüenta e cinco reais e trinta e cinco centavos); 
 
VII – impugnação à sentença de liquidação: R$ 55,35 (cinqüenta e cinco reais e trinta e cinco 
centavos); 
 
VIII – despesa de armazenagem em depósito judicial – por dia: 0,1% (um décimo por cento) do valor 
da avaliação; 
 
IX – cálculos de liquidação realizados pelo contador do juízo – sobre o valor liquidado: 0,5% (cinco 
décimos por cento) até o limite de R$ 638,46 (seiscentos e trinta e oito reais e quarenta e seis 
centavos). 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 29 
 
 
Art. 789-B. Os emolumentos serão suportados pelo Requerente, nos valores fixados na seguinte 
tabela: 
 
I – autenticação de traslado de peças mediante cópia reprográfica apresentada pelas partes – por 
folha: R$ 0,55 (cinqüenta e cinco centavos de real); 
 
II – fotocópia de peças – por folha: R$ 0,28 (vinte e oito centavos de real); 
 
III – autenticação de peças – por folha: R$ 0,55 (cinqüenta e cinco centavos de real); 
 
IV – cartas de sentença, de adjudicação, de remição e de arrematação – por folha: R$ 0,55 (cinqüenta 
e cinco centavos de real); 
 
V – certidões – por folha: R$ 5,53 (cinco reais e cinqüenta e três centavos). 
 
Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do 
Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão 
expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. 
 
§ 1o Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de 
custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento 
das custas devidas. 
 
§ 2o No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da respectiva importância, segundo 
o procedimento estabelecido no Capítulo V deste Título. 
 
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentesdos tribunais do trabalho de qualquer 
instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a 
traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por 
cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela 
Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos 
para o pagamento das custas do processo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Nota: Súmula nº 463 do TST - Assistência judiciária gratuita. Comprovação. 
I – A partir de 26.06.2017, para a concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa natural, basta 
a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela parte ou por seu advogado, desde que 
munido de procuração com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015); 
II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demonstração cabal de 
impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo. 
 
 Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita: 
 
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações 
públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica; 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 30 
 
II – o Ministério Público do Trabalho. 
 
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não alcança as entidades fiscalizadoras do exercício 
profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as 
despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. 
 
Nota: Súmula 170 do TST - Sociedade de economia mista. Custas - Os privilégios e isenções no 
foro da Justiça do Trabalho não abrangem as sociedades de economia mista, ainda que gozassem 
desses benefícios anteriormente ao Decreto-Lei nº 779, de 21.08.1969. 
 
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na 
pretensão objeto da perícia, ainda que beneficiária da justiça gratuita. (Redação dada pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
 
§ 1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido 
pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
2017) 
 
§ 3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias. (Incluído pela 
Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 4o Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha obtido em juízo créditos 
capazes de suportar a despesa referida no caput, ainda que em outro processo, a União responderá 
pelo encargo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Nota: Súmula 457 do TST - Honorários periciais. Beneficiário da justiça gratuita. 
Responsabilidade da União pelo pagamento. Resolução nº 66/2010 do CSJT. Observância. A 
União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto 
da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita, observado o procedimento disposto nos 
arts. 1º, 2º e 5º da Resolução nº 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT. 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 31 
 
Das partes e procuradores; do jus postulandi; da substituição e representação 
processuais; da assistência judiciária; dos honorários de advogado 
 
CLT 
 
SEÇÃO IV 
DAS PARTES E DOS PROCURADORES 
 
Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do 
Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. 
 
Nota: Este é o chamado jus postulandi. Nas ações trabalhistas, podem empregados e empregadores 
(e somente estes !!!) Fique atento que para outras partes, tal como por exemplo um sindicato ou um 
trabalhador autônomo (em que há apenas relação de trabalho, e não vinculo de emprego), não é 
possível postular em juízo sem estar representado por um advogado. 
O TST restringiu os limites do jus postulandi, por meio da súmula nº 425: 
 
425. Jus Postulandi na Justiça do Trabalho. Alcance. O jus postulandi das partes, estabelecido no 
art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando 
a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do 
Tribunal Superior do Trabalho. 
 
§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazer-se representar por 
intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados 
do Brasil. 
 
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado. 
 
§ 3o A constituição de procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante 
simples registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com anuência 
da parte representada. 
 
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de 
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) 
sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo 
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a 
parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
2017) 
 
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
I - o grau de zelo do profissional; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
II - o lugar de prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 32 
 
 
III - a natureza e a importância da causa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (Incluído pela Lei nº 
13.467, de 2017) 
 
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, 
vedada a compensação entre os honorários. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em 
outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de sua 
sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas 
se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor 
demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão 
de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário. (Incluído pela 
Lei nº 13.467, de 2017) 
 
§ 5o São devidos honorários de sucumbência na reconvenção. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Art. 792 - (Revogado pela Lei nº 13.467, de 2017) 
 
Art. 793. A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita por seus representantes legais e, 
na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público 
estadual ou curador nomeado em juízo. 
 
 
CPC 
 
TÍTULO I 
DAS PARTES E DOS PROCURADORES 
 
CAPÍTULO I 
DA CAPACIDADE PROCESSUAL 
 
Art. 70. Toda pessoa que se encontre no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em 
juízo. 
 
Art. 71. O incapaz será representado ou assistido por seus pais, por tutor ou por curador, na forma 
da lei. 
 
Art. 72. O juiz nomeará curador especial ao: 
 
I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste colidirem com os daquele, 
enquanto durar a incapacidade;II - réu preso revel, bem como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for 
constituído advogado. 
 
Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, nos termos da lei. 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 33 
 
 
Art. 73. O cônjuge necessitará do consentimento do outro para propor ação que verse sobre direito 
real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens. 
 
§ 1o Ambos os cônjuges serão necessariamente citados para a ação: 
 
I - que verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta 
de bens; 
 
II - resultante de fato que diga respeito a ambos os cônjuges ou de ato praticado por eles; 
 
III - fundada em dívida contraída por um dos cônjuges a bem da família; 
 
IV - que tenha por objeto o reconhecimento, a constituição ou a extinção de ônus sobre imóvel de 
um ou de ambos os cônjuges. 
 
§ 2o Nas ações possessórias, a participação do cônjuge do autor ou do réu somente é indispensável 
nas hipóteses de composse ou de ato por ambos praticado. 
 
§ 3o Aplica-se o disposto neste artigo à união estável comprovada nos autos. 
 
Art. 74. O consentimento previsto no art. 73 pode ser suprido judicialmente quando for negado por 
um dos cônjuges sem justo motivo, ou quando lhe seja impossível concedê-lo. 
 
Parágrafo único. A falta de consentimento, quando necessário e não suprido pelo juiz, invalida o 
processo. 
 
Art. 75. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: 
 
I - a União, pela Advocacia-Geral da União, diretamente ou mediante órgão vinculado; 
 
II - o Estado e o Distrito Federal, por seus procuradores; 
 
III - o Município, por seu prefeito ou procurador; 
 
IV - a autarquia e a fundação de direito público, por quem a lei do ente federado designar; 
 
V - a massa falida, pelo administrador judicial; 
 
VI - a herança jacente ou vacante, por seu curador; 
 
VII - o espólio, pelo inventariante; 
 
VIII - a pessoa jurídica, por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não havendo essa 
designação, por seus diretores; 
 
IX - a sociedade e a associação irregulares e outros entes organizados sem personalidade jurídica, 
pela pessoa a quem couber a administração de seus bens; 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 34 
 
X - a pessoa jurídica estrangeira, pelo gerente, representante ou administrador de sua filial, agência 
ou sucursal aberta ou instalada no Brasil; 
 
XI - o condomínio, pelo administrador ou síndico. 
 
§ 1o Quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão intimados no processo no 
qual o espólio seja parte. 
 
§ 2o A sociedade ou associação sem personalidade jurídica não poderá opor a irregularidade de sua 
constituição quando demandada. 
 
§ 3o O gerente de filial ou agência presume-se autorizado pela pessoa jurídica estrangeira a receber 
citação para qualquer processo. 
 
§ 4o Os Estados e o Distrito Federal poderão ajustar compromisso recíproco para prática de ato 
processual por seus procuradores em favor de outro ente federado, mediante convênio firmado 
pelas respectivas procuradorias. 
 
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz 
suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. 
 
§ 1o Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária: 
 
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor; 
 
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber; 
 
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se 
encontre. 
 
§ 2o Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional 
federal ou tribunal superior, o relator: 
 
I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; 
 
II - determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido. 
 
CAPÍTULO II 
DOS DEVERES DAS PARTES E DE SEUS PROCURADORES 
 
Seção I 
Dos Deveres 
 
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de 
todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: 
 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; 
 
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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 35 
 
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de 
fundamento; 
 
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do 
direito; 
 
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar 
embaraços à sua efetivação; 
 
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou 
profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer 
modificação temporária ou definitiva; 
 
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. 
 
§ 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de 
que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça. 
 
§ 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, 
devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao 
responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. 
 
§ 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como dívida 
ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução 
observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97. 
 
§ 4o A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas 
nos arts. 523, § 1o, e 536, § 1o. 
 
§ 5o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o poderá ser fixada 
em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo. 
 
§ 6o Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério 
Público não se aplica o disposto nos §§ 2o a 5o, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser 
apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará. 
 
§ 7o Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do estado 
anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo 
da aplicação do § 2o. 
 
§ 8o O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar. 
 
Art. 78. É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e 
da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões 
ofensivas nos escritos apresentados. 
 
§ 1o Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz 
advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra. 
 
Lucas Nascimento de Souza - lucasmatrix1@hotmail.com - IP: 201.42.217.10
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO - ANALISTAS 36 
 
§ 2o De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam 
riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das 
expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada. 
 
... 
 
Artigo 791-A da CLT – Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de 
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% e o máximo de 15% sobre o valor que resultar da 
liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o 
valor atualizado da causa. 
§ 1º – Os honorários

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