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CASO 3 – TEMAS INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL, PRINCIPIO DA RAZOABILIDADE

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ESTÁCIO
DIREITO CONSTITUCIONAL I
PROFESSOR: SIVANILDO DE ARAÚJO DANTAS.
ALUNO: JOSÉ DE SOUZA FILHO.
MATRICULA: 201402048173.
TEMA: INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL.
TEMA: PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE.
2015.1
CASO 1 – TEMA: INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONALDE.
Ronaldo, militar do exército, estava matriculado no Curso de Direito numa Universidade Particular de Pernambuco, quando foi transferido ex officio da Unidade sediada em Boa Viagem para a Unidade localizada no Município do Rio de Janeiro.
Por conta do seu deslocamento e da necessidade de dar continuidade aos estudos na Cidade do Rio de Janeiro, o militar solicitou à Sub-reitoria de Graduação da UERJ, transferência do curso de Direito da referida Universidade Particular para o mesmo curso na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com base na Lei n° 9.536/97.
O pedido do militar foi indeferido pela Sub-reitora da UERJ, com fulcro no ato normativo interno desta Universidade (Deliberação n° 28/2000), o qual regula esta matéria, uma vez que a Universidade de origem do militar era uma instituição de ensino superior particular.
O militar impetra mandado de segurança alegando, em sua defesa, os seguintes argumentos:
I - Que o seu direito está amparado pelo parágrafo único do artigo 49 da Lei Federal n° 9536/97 – dispositivo este que regulamenta o parágrafo único da Lei Federal n° 9.394/96 (estabelece as diretrizes e bases da educação nacional);
II - Que a norma restritiva do art. 99 da Lei 8.112/90 (entidades congêneres) não se aplica aos militares;
III - Que o ato normativo n° 28/2000, no qual o sub-reitor se baseou para indeferir o pedido de transferência, “tem vício de ilegalidade a negativa de matrícula”, pois contraria o conteúdo da Lei nº 9536/97, uma vez que a Lei federal não exige o caráter congênere entre instituições de ensino;
Diante da situação acima descrita, questiona-se: qual a interpretação constitucional mais adequada para a solução deste conflito?
Resposta: Antes definir o princípio mais adequado, eu cito dois princípios que considero fundamentais na vida daquele que interpreta. Primeiro o princípio da unidade, que fala que a Constituição procura harmonizar todas as suas normas de forma a não estabelecer contradições, isto, porque ela é um todo coerente e coeso. Depois o princípio do efeito integrado, que diz que a Constituição visa estabelecer critérios que tenham como finalidade a melhoria das relações sociais. E para o caso acima, penso que o principio da isonomia, porque ele estabelece o direito de igualdade para todos perante a lei, também conforme artigo 5º, da Constituição da República Federativa do Brasil – “Todos são iguais perante a lei, sem distinção do qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, á igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (EC nº 45/2004)”. Assim sendo, acredito que o pedido do militar deve ser indeferido pela Sub-reitora da UERJ, por ser mais aceitável com a Constituição. 
CASO 2- TEMA: PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE.
O Estado do Tocantins publicou edital no Diário Oficial do Estado de concurso público para o preenchimento de vagas para o cargo de policial. Uma das provas é a realização de testes físicos e um dos testes exige que os candidatos façam a seguinte atividade: “Flexões abdominais: consiste em o candidato executar exercícios abdominais, por flexão de braços, deitado em decúbito ventral, em um maior número de repetições dentro de suas possibilidades, no período de um minuto, obedecendo à tabela de pontuação abaixo: ...”.
Em função da redação incoerente do texto desse teste, o Estado publicou uma errata do edital no mesmo órgão oficial de imprensa, duas semanas antes de iniciarem as provas, com a seguinte redação: “Flexões abdominais: consiste em o candidato executar exercícios abdominais, por flexão de tronco, em decúbito dorsal em um maior número de repetições tocando os cotovelos nos joelhos ou coxas, no período de um minuto”.
Como os candidatos já haviam se inscrito na prova no momento da percepção do equívoco da referida redação, muitos deles se consideraram surpreendidos, no dia da realização desse teste físico, pois não tomaram conhecimento da errata do edital.
Alguns desses, que não conseguiram passar na prova de esforço físico, ingressaram com mandado de segurança com a alegação de que esse teste deve ser desconsiderado como critério de aprovação, pois foi incluído após as inscrições, apenas duas semanas antes do começo das provas e porque não foi publicado num jornal de grande circulação para que todos tivessem a chance de tomar conhecimento da modificação. Assim, alegam que houve ofensa ao princípio da razoabilidade.
A quem assiste razão no caso? Dê os fundamentos jurídicos cabíveis (fundamentos normativos, jurisprudenciais e doutrinários).
Resposta: No caso em tela, aos candidatos assiste a razão. Primeiro porque o principio da razoabilidade tem haver com o bom-senso aplicado ao Direito. Ao atuar no exercício de discrição, é razoável obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o senso normal das pessoas equilibradas e respeitosas diante das suas administrações. Depois porque “todos os atos do concurso deverão, obrigatoriamente, ser publicados no Diário Oficial da União e resumidamente nos jornais de maior circulação da praça onde será realizado; O edital de abertura do Concurso Público deverá ser publicado, com antecedência de 15 (quinze) dias do início das inscrições1”. Por fim, “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado”.2 Tendo o Estado do Tocantins cometido está falta diante de um número considerável de pessoas, é razoável ao Estado assumir a responsabilidade aceitando que o teste deve ser desconsiderado como critério de aprovação.[1: 1 RADIOBRÁS - NORMA DE  CONCURSO PÚBLICO  NOR  322.][2: 2 Artigo 5º, XXXIII – Da Constituição da República Federativa do Brasil.]

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