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FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSIS GURGACZ
ANDERSON DUARTE
CAMILA ZUCCONELLI
LEANDRO VOLTOLINI
MATEUS NUNES BARBOSA
RAFAEL HENRIQUE MUNARETTO
	
 
FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA
CASCAVEL - PR
2017
CENTRO UNIVERSITÁRIO ASSIS GURGACZ
 ANDERSON DUARTE
CAMILA ZUCCONELLI
LEANDRO VOLTOLINI
MATEUS NUNES BARBOSA
RAFAEL HENRIQUE MUNARETTO
FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA
Trabalho apresentado na disciplina de Fundamentos de Engenharia de Segurança, do Curso de Engenharia Civil, do Centro Universitário Assis Gurgacz, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil.
Professor Orientador: Thiago Stock Paschoal.
CASCAVEL - PR
2017
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Modelo 3D do edifício	5
Figura 2: Áreas de vivência	6
Figura 3: Trabalhadores utilizando EPIs corretamente	7
Figura 4: Guarda-corpos instalados incorreta e corretamente	8
Figura 5: Plataformas instaladas incorretamente	9
Figura 6: Equipamentos sem segurança	10
Figura 7: Instalações elétricas incorretas	11
Figura 8: Extintor na carpintaria	11
Figura 9: Trabalhador utilizando cinto de segurança	12
Figura 10: Trabalhadores não utilizando cinto de segurança	12
Figura 11: Sinalização	13
Figura 12: Locais sem sinalização na obra	14
Figura 13: Placas de sinalização	14
Figura 14: Cartões ponto dos trabalhadores	15
1 INFORMAÇÕES DA OBRA
O Edifício Residencial Supreme Tower, em que foi realizado o trabalho, está localizado na Rua Pedro Ivo esquina com Rua goiás, nº2200 no bairro Country e contará, após sua conclusão, com área construída de 5.848,45m² distribuídos em 18 pavimentos, sendo um subsolo, térreo e 16 andares com apartamentos. O modelo 3D do edifício é apresentado na Figura 1.
Figura 1: Modelo 3D do edifício
(Fonte: Autor, 2017)
2 ÁREAS DE VIVÊNCIA
	Segundo a NR 18/2015, o canteiro de obras deve dispor de: instalações sanitárias, vestiário, alojamento, local de refeições, cozinha, lavanderia e área de lazer e ambulatório. Alojamento, lavanderia e área de lazer são exigidos apenas quando há trabalhadores alojados. É exigido cozinha apenas quando houver preparo de refeições. E ambulatório é exigido quando se tratar de frentes de trabalho com mais de 50 trabalhadores.
	Na Figura 2, podem ser vistas as instalações sanitárias, vestiários e local para aquecimento de comidas.
	
Figura 2: Áreas de vivência
(Fonte: Autor, 2017)
	Na obra em que foi realizado o trabalho, notou-se que a quantidade de vasos sanitários e lavatórios estão de acordo com a quantidade de trabalhadores, uma vez que, a norma exige 1 (um) vaso e 1 (um) lavatório para grupo de 20 (vinte) trabalhadores, e esta obra conta com 18 funcionários. Em contrapartida, não há mictório no canteiro de obras, exigido pela NR 18/2015 na proporção de 1 (um) mictório para cada 20 funcionários. Também não foi encontrado na obra um local especifico para que os trabalhadores realizem as suas refeições.
3 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)
	Segundo a NR 6/2015, Equipamento de Proteção Individual – EPI é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo trabalhador com função de proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
 	Todo EPI, segundo a NR 6/2015, de fabricação nacional ou importado deve ter indicação de Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.
Conforme apresentado pela NR 6/2015, a empresa deve fornecer gratuitamente EPI aos funcionários sempre que necessário, bem como exigir o uso, orientar o trabalhador sobre o uso adequado, substituir imediatamente quando danificado ou extraviado, entre outras obrigações.
 	A NR 6/2015 apresenta que, quanto ao EPI, cabe ao empregado utilizar para a finalidade a que se destina, guardar e conservar, comunicar ao empregador quando o EPI estiver impróprio para uso e cumprir as orientações quanto ao uso adequado.
	A Figura 3, mostra funcionário utilizando os EPIs corretamente. 
Figura 3: Trabalhadores utilizando EPIs corretamente
(Fonte: Autor, 2017)
4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC)
É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção de materiais.
	Devem ser executados guarda-corpos em toda a periferia da edificação, construída com altura de 1,20m, com travessão intermediário a 0,70m e rodapé com altura de 0,20m, e vãos entre travessas preenchidos com tela.
	Na obra apresentada, foi notado a instalação correta deste equipamento em alguns pontos e também a não instalação deste equipamento, como pode ser visto na Figura 4.
Figura 4: Guarda-corpos instalados incorreta e corretamente
 
(Fonte: Autor, 2017)
	A NR 18 também apresenta que em todo perímetro da construção de edifícios com mais de 4 (quatro) pavimentos ou altura equivalente, é obrigatória a instalação de uma plataforma principal de proteção na altura da primeira laje que esteja, no mínimo, um pé-direito acima do nível do terreno. 
Essa plataforma deve ter, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) de projeção horizontal da face externa da construção e 1 (um) complemento de 0,80m (oitenta centímetros) de extensão, com inclinação de 45º (quarenta e cinco graus), a partir de sua extremidade. Acima e a partir da plataforma principal de proteção, devem ser instaladas, também, plataformas secundárias de proteção, em balanço, de 3 (três) em 3 (três) lajes.
Na obra visitada, notou-se a utilização das plataformas, também chamas de ‘bandejões’, porém seu uso estava incorreto, como pode ser visto na Figura 5, há a instalação da plataforma principal sobre o primeiro pavimento, e a plataforma secundária está 4 pavimentos acima, quando deveria ser apenas 3.
Figura 5: Plataformas instaladas incorretamente
(Fonte: Autor, 2017)
5 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS 
	De acordo com a NR 18/2015, a operação de máquinas e equipamentos que exponham o operador ou terceiros a riscos só pode ser feita por trabalhador qualificado e identificado por crachá. Devem ser protegidas todas as partes móveis dos motores, transmissões e partes perigosas das máquinas ao alcance dos trabalhadores. As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco de ruptura de suas partes móveis, projeção de peças ou de partículas de materiais devem ser providos de proteção adequada. As máquinas e equipamentos de grande porte devem proteger adequadamente o operador contra a incidência de raios solares e intempéries. Na operação de máquinas e equipamentos com tecnologia diferente da que o operador estava habituado a usar, deve ser feito novo treinamento, de modo a qualificá-lo à utilização dos mesmos.
	As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivo de acionamento e parada localizado de modo que: a) seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho; b) não se localize na zona perigosa da máquina ou do equipamento; c) possa ser desligado em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador; d) não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador ou por qualquer outra forma acidental; e) não acarrete riscos adicionais.
	Na Figura 6 pode ser visto uma serra circular com bancada em situação precária, fechamento incorreto das laterais, sem botão de parada de emergência e sem chave blindada para acionamento do equipamento. Assim também encontra-se a betoneira, sem proteção na cremalheira, sem acionamento por chave blindada nem botão de parada de emergência.
	Também pode ser verificado na Figura 6 que a serra circular está dotada de coifa protetora.
Figura 6: Equipamentos sem segurança
 
(Fonte: Autor, 2017)
6 PARTE ELÉTRICA
Segundo a NR 18/2015, as instalações elétricas provisórias de um canteiro de obras devem ser constituídas de: a) chave geral do tipo blindada de acordo com a aprovação da concessionária local, localizada no quadro principal de distribuição.b) chave individual para cada circuito de derivação; c) chave-faca blindada em quadro de tomadas; d) chaves magnéticas e disjuntores, para os equipamentos.
	 Em todos os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos, devem ser instalados disjuntores ou chaves magnéticas, independentes, que possam ser acionados com facilidade e segurança. As estruturas e carcaças dos equipamentos elétricos devem ser eletricamente aterradas.
	Na Figura 7, é apresentada um quadro de energia feito em madeira com as tomadas fixas, porém há uma tomada aberta com área energizada exposta, oferecendo risco de choque elétrico ao trabalhador.
Figura 7: Instalações elétricas incorretas
(Fonte: Autor, 2017)
7 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO
	Segundo a NR 18/2015 é obrigatória a adoção de medidas que atendam, de forma eficaz, às necessidades de prevenção e combate a incêndio para os diversos setores, atividades, máquinas e equipamentos do canteiro de obras. Deve haver um sistema de alarme capaz de dar sinais perceptíveis em todos os locais da construção. É proibida a execução de serviços de soldagem e corte a quente nos locais onde estejam depositadas, ainda que temporariamente, substâncias combustíveis, inflamáveis e explosivas. E também os canteiros de obra devem ter equipes de operários organizadas e especialmente treinadas no correto manejo do material disponível para o primeiro combate ao fogo.
	Na Figura 8, pode ser visto um extintor pendurado na área de carpintaria próximo a serra circular, como exigido por norma, porém não foi encontrado alarme de incêndio.
Figura 8: Extintor na carpintaria
(Fonte: Autor, 2017)
8 TRABALHO EM ALTURA
	Em trabalhos a serem realizados a mais de 2 metros de altura, é necessária a utilização de cintos de segurança.
	Na Figura 9, está apresentado uma linha de vida em cabo de aço instalado na periferia do pavimento em execução e também um trabalhador utilizando corretamente o cinto de segurança preso na linha de vida em corda enquanto realiza trabalho na extremidade da obra em altura. Já na Figura 10, pode ser notado um trabalhador andando sobre as formas das vigas sem cinto e o mestre de obras observando o trabalho sendo realizado também sem cinto.
Figura 9: Trabalhador utilizando cinto de segurança
(Fonte: Autor, 2017)
Figura 10: Trabalhadores não utilizando cinto de segurança
 
(Fonte: Autor, 2017)
9 SINALIZAÇÃO
	De acordo com NR 18/2015, o canteiro de obras deve ser sinalizado com o objetivo de identificar os locais de apoio que compõem o canteiro de obras, indicar as saídas por meio de dizeres ou setas, manter comunicação através de avisos, cartazes ou similares, advertir contra perigo de contato ou acionamento acidental com partes móveis das máquinas e equipamentos, advertir quanto a risco de queda, alertar quanto à obrigatoriedade do uso de EPI, específico para a atividade executada, com a devida sinalização e advertência próximas ao posto de trabalho e alertar quanto ao isolamento das áreas de transporte e circulação de materiais por grua, guincho e guindaste.
	Na Figura 11, podem ser vistas as placas de sinalização presentes na obra.
Figura 11: Sinalização
(Fonte: Autor, 2017)
	Como mostrado na Figura X, em alguns locais da obra haviam placas para identificação dos riscos instaladas corretamente. Em contra partida não havia alerta do uso de EPI’s específicos no manuseio da serra circular de bancada, e também foi verificado que não há sinalização nas áreas de transporte de materiais por grua, uma vez que este equipamento está presente na obra em questão. Na Figura 12 estão demonstrados os locais em que deveria haver placas de sinalização.
Figura 12: Locais sem sinalização na obra
(Fonte: Autor, 2017)
	Também foram encontradas placas de sinalização guardadas no escritório da obra, que deveriam estar espalhadas no canteiro, para ajudar a evitar acidentes no local, como pode ser visto na Figura 13.
Figura 13: Placas de sinalização
(Fonte: Autor, 2017)
10 DOCUMENTAÇÃO
	Enquanto foi realizada a visita na obra não foi disponibilizado nenhuma documentação. O proprietário foi encontrado na obra e quando solicitado da apresentação destes documentos informou que estavam no escritório, o que é errado, uma vez que a documentação da obra como ART e ficha de EPI’s deve estar na obra. Na Figura 14 pode ser visto os cartões ponto dos trabalhadores da obra, que foi encontrado no escritório da obra.
Figura 14: Cartões ponto dos trabalhadores
(Fonte: Autor, 2017)

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