Buscar

Trabalho de Literatura

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Biografia
Filho de Brás Martins dos Guimarães Bilac e de sua esposa Delfina Belmira Gomes de Paula, também neto paterno de João Martins dos Guimarães Bilac e de Angélica Pereira da Fonseca, irmã do 1.º Visconde de Maricá e 1.º Marquês de Maricá, terá infância e adolescência comuns para sua época. Era considerado um aluno aplicado, conseguindo, aos 15 anos - antes, portanto, de completar a idade exigida - autorização especial para ingressar no curso de Medicina naFaculdade de Medicina do Rio de Janeiro, a gosto do pai, que era médico durante a campanha da Guerra do Paraguai, e a contragosto próprio.
Portanto, começa a frequentar as aulas da faculdade mencionada, terminada a rápida passagem no colegial, mas seu precoce trabalho na redação da Gazeta Acadêmica absorve-o e interessa-o mais do que a prática medicinal. Por este motivo, Bilac não concluiu o curso de medicina e nem o de direito que frequentou posteriormente, em São Paulo.
Bilac foi jornalista, poeta, frequentador de rodas de boêmias e literárias no meio letrado do Rio de Janeiro. Sua projeção como jornalista e poeta e seu contato com intelectuais e políticos da época conduziram-no a um cargo público: o de inspetor escolar. A se considerar a importância dada aos cargos escolares naquele período, principalmente aquele de professor da Escola Pedro II (onde diversos eruditos disputaram famosas preleções para cargo professoral, como Euclides da Cunha e Astrojildo Pereira), não é de somenos importância perceber o relevo social desta profissão naquele meio. Aliás, sua participação na vida cotidiana e cultural foi uma marca patente em sua imagem: sabe-se, por exemplo, que em 1897 Bilac acabou perdendo o controle do seu automóvel Serpollet e o bateu contra uma árvore na Estrada da Tijuca, no Rio de Janeiro - RJ, sendo o primeiro motorista a sofrer um acidente automobilístico no Brasil.
Aos poucos profissionaliza-se: produz, além de poemas, textos publicitários, crônicas, livros escolares e poesias satíricas. Visava, então, contar através de seus manuscritos a realidade presente na sua época. Prestou colaboração em publicações periódicas como as revistas: A Imprensa[3] (1885-1891), A Leitura[4] (1894-1896), Branco e Negro [5](1896-1898), Brasil-Portugal[6] (1899-1914) e Atlântida[7] (1915-1920). Sua estreia como poeta, nos jornais cariocas, ocorreu com a publicação do soneto "Sesta de Nero" no jornal Gazeta de Notícias, em agosto de 1884. Recebeu comentários elogiosos de Artur Azevedo, precedendo dois outros sonetos seus, no Diário de Notícias. Ademais, escreveu diversos livros escolares, ora sozinho, ora em co-autoria com seus amigos Coelho Neto e Manuel Bonfim.
Em 1891, com a dissolução do parlamento e a posse de Floriano Peixoto, inúmeros intelectuais perdem seu protetor, o dr. Portela, ligado ao primeiro presidente republicano Deodoro da Fonseca. Como reação, o escritor participa da fundação d'O Combate, órgãoantiflorianista e opositor do estado de sítio declarado pelo marechal Floriano Peixoto após a ameaça de novo golpe político contra a ainda instável república, quando então o primeiro é preso e constrangido a passar quatro meses detido na Fortaleza da Laje, no Rio de Janeiro.
O grande amor de Bilac foi Amélia de Oliveira, irmã do poeta Alberto de Oliveira. Chegaram a ficar noivos, mas o compromisso foi desfeito por oposição de outro irmão da noiva, desconfiado de que o poeta era um homem arruinado. Seu segundo noivado fora ainda menos duradouro, com Maria Selika, filha do violonista Francisco Pereira da Costa. Viveu só, em consequência destes descasos amorosos, sem constituir família até o fim de seus dias. Decorrido seu falecimento, em 28 de dezembro de 1918, fora sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.
Principais obras
Dentre os escritos de Olavo Bilac, destacam-se os seguintes:
Antologia poética;
Através do Brasil;
Conferências literárias (1906);
Contos Pátrios;
Crítica e fantasia (1904);
Crônicas e novelas (1894);
Dicionário de rimas (1913);
Hino à Bandeira;
Ironia e piedade, crônicas (1916);
Língua Portuguesa, soneto sobre a língua portuguesa;
Livro de Leitura;
Poesias (1888);
Tarde (1919) - Poesia, org. de Alceu Amoroso Lima (1957);
Teatro Infantil;
Tratado de Versificação, em colaboração com Guimarães Passos;
Tratado de versificação (1910); Via Láctea 
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso"! E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora! "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las:
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
(Olavo Bilac)
Análise da poesia "Via Láctea": A sensibilidade dos poetas em entender aquilo que o coração e os sentidos teimam em revelar, muitas vezes pode ser considerado loucura por aqueles que não conhecem aquilo que evoca esse sentimento "louco" nos enamorados... ora, aquele que conhece o amor e tudo o mais que ele exala, certamente não se importará de ser chamado "tresloucado"... Olavo Bilac neste soneto revela seu sentimento mais profundo ante o amor e ante aqueles que não o compreendem... seu conselho mais tenro? "Amai para entendê-las"!
Profissão de fé
Invejo o ourives quando escrevo:
Imito o amor
Com que ele, em ouro, o alto relevo 
Faz de uma flor
(...)
Torce, aprimora, alteia, lima 
A frase; e, enfim, No verso de ouro engasta a rima, 
Como um rubim.
Quero que a estrofe cristalina, 
Dobrada ao jeito Do ourives, saia da oficina 
Sem um defeito:
(...)
E horas sem conto passo, mudo, 
O olhar atento,
A trabalhar, longe de tudo 
O pensamento.
Porque o escrever - tanta perícia, 
Tanta requer,
Que oficio tal... nem há notícia 
De outro qualquer.
Assim procedo. Minha pena 
Segue esta norma,
Por te servir, Deusa serena, 
Serena Forma!
Olavo Bilac
O trecho acima de Profissão de fé é construído em cinco quadras, caracterizando a forma do tipo rondó. Sua métrica varia, aparecendo em quatro, nove e dez sílabas, com rimas alternadas. A poesia aborda o próprio processo de criação poética. Olavo Bilac compara o ofício do poeta ao do ourives, do escultor, utilizando o vocabulário das artes plásticas: "(...)Torce, aprimora, alteia, lima / A frase; e, enfim, / No verso de ouro engasta a rima, / Como um rubim" (segunda estrofe do trecho), abordando o lema defendido por todos os parnasianos; "A arte pela arte", onde Bilac nos diz que se o poema em que se lima a frase logrará maior perfeição, saindo da oficina / Sem um defeito. É possível também observar neste poema um pouco do tributo "obrigatório" à estética do Parnasianismo, onde Bilac canta, ao final, a antiguidade greco-romana, de maneira pouco convincente: "Por te servir, Deusa serena, / Serena Forma!", podendo ser considerada até artificial.
Logo no início, o poeta já começa a definir sua "profissão de fé", ou seja, seus próprios princípios artísticos. É possível perceber, ao longo do texto, o poema (a palavra) é comparado a materiais da escultura e da ourivesaria, como ônix, ouro, rubim etc, relevando, desta forma, a concepção de Olavo Bilac a respeito do valor e da função da poesia, que ele considera, basicamente, como sendo responsável por esculpir a palavra, através da busca da perfeição formal, de um vocabulário culto, de rimas raras (as chamadas "chaves de ouro") e o excessivo tom descritivo. Para alcançar tal perfeição, Bilac trabalha arduamente em cima das palavras, ilustrando o próprio poema 
em questão com este procedimento, como pode-se verificar principalmente nas seguintes estrofes:
Quero que a estrofe cristalina, 
Dobrada ao jeito 
Do ourives, saia da oficina 
Sem um defeito:
(...)
Porque o escrever - tanta perícia, 
Tanta requer,Que oficio tal... nem há notíciaDe outro qualquer.
Assim procedo. Minha pena 
Segue esta norma,
Por te servir, Deusa serena, 
Serena Forma!
Já o princípio da Arte pela Arte é melhor verificado na 4ª estrofe, quando o poeta diz:
E horas sem conto passo, mudo, 
O olhar atento,
A trabalhar, longe de tudo 
O pensamento.
Mostrando sua entrega total à arte de escrever.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Olavo_Bilac
http://www.webartigos.com/artigos/triade-parnasiana-a-analise-poetica-em-alberto-de-oliveira-vaso-chines-e-o-muro-raimundo-correia-as-pombas-e-mal-secreto-e-olavo-bilac-vila-rica-e-profissao-de-fe/66690/
http://equipecrisalidas.blogspot.com.br/p/parnasianismo.html

Continue navegando