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RAFA AÇÃO DE RELAXAMENTO DE PRISÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA .. VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ...
Carlos, nacionalidade.., estado civil...,Instrutor de Auto Escola, Portador da Cédula de Identidade RG n°..., Inscrito no CPF n°..., residente e domiciliado na rua..., n°..., bairro.., na cidade de..., Estado de..., por seu advogado e que esta subscreve vem respeitosamente a Vossa Excelência requerer o RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE, com fundamentos no art. 5° da Constituição Federal, inciso LXV e sua combinação com o art. 302 do Código de Processo penal.
DOS FATOS 
Na data de 05 de janeiro de 2016, o requerente trafegava com seu veículo sentido a sua residência, porém após passar por um farol que se encontrava estragado, o veículo do requerente veio a atingir um buraco vindo a se desgovernar e subir em uma calçada, próxima a via aonde veio a atingir um pedestre.
Quatro outras pessoas que estavam em um ponto de ônibus próximo ao local do acidente presenciam o fato. Eles acionaram a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, que comparecem ao local e constatam que a vítima não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
O requerente muito assustado e arrependido com o ocorrido, ao perceber a existência de uma Delegacia de Polícia a duas quadras de distância do local do acidente, lá compareceu imediatamente, onde se apresentou de maneira espontânea, colocando-se inteiramente à disposição da autoridade policial, a fim de colaborar com as investigações.
Após tomar conhecimento dos fatos pelo relato do requerente, o delegado Ferraz comparece ao local do acidente, que já se encontrava isolado pela Polícia Militar. E ao retornar à Delegacia, mesmo estando em séria dúvida quanto à existência de dolo na conduta do motorista, acaba decidindo prender Carlos em flagrante pela prática do crime previsto no art. 121, caput, c/c art. 18, I segunda parte, ambos do Código Penal, lavrando o respetivo auto.
DO DIREITO
Independente da modalidade da prisão, chegando ao conhecimento da autoridade judicial a existência de uma prisão ilegal, isto é, prisões determinadas sem a observância das previsões legais, deverá ela, nos limites de seu poder jurisdicional, determinar seu imediato relaxamento.
De acordo com o art.302 Código Penal considera-se flagrante delito quem;
I – está cometendo infração penal;
II – acaba de cometê-la 
III – é perseguido, logo após, pelas autoridades, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV – é encontrado, logo depois, com instrumentos armas, objetos ou papeis que façam presumir ser ele autor da infração;
Não se pode esquecer que o rol constante do art. 302 do CPP é taxativo, ou seja, só será considerada prisão em flagrante delito aquela prisão realizada em uma das hipóteses ali previstas, sob pena de tal ato ser ilegal e, portanto, passível de imediato relaxamento.
O requerente apresentou-se espontaneamente as autoridades policias sem que tenha havido qualquer das hipóteses acima citadas.
A prisão em flagrante é uma medida pré-cautelar de caráter pessoal, mas que independe de ordem judicial e que se esgota tão logo cumpridas as suas funções (procurar evitar, o máximo possível, que a ação criminosa possa vir a produzir todos os seus efeitos; facilitar a investigação, já que a qualidade e a idoneidade da prova colhida imediatamente após a prática do delito são muito maiores). 
Desta forma, não há justificativa para que ela prossiga no tempo. Tanto que, uma vez cumpridas as funções da prisão em flagrante, impõe-se ao juiz que seja devidamente fundamentada a manutenção da prisão realizada em flagrante delito, seja pela conversão em prisão preventiva, seja pela imposição de outra medida cautelar.
“Não pode haver, segundo o Supremo Tribunal Federal, o flagrante por apresentação. Isto é, aquele que após cometer o crime se apresenta espontaneamente à autoridade policial não pode ser preso em flagrante. Este entendimento é compartilhado por Paulo Rangel.
Portanto a prisão em flagrante do requerente e manifestamente ilegal, assim é imprescindível o imediato relaxamento da prisão, nos termos do art. 5°, LXV, da Constituição Federal.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
DO PEDIDO
Diante do exposto requer que seja deferido, o relaxamento de prisão em flagrante, para que se expeça o respectivo alvará de soltura em favor do requerente, como medida de justiça, já que visivelmente essa prisão em flagrante é ilegal, até porque o réu em todos os momentos esteve presente colaborando com os andamentos do processo.
Termos em que
Pede e espera deferimento.
Local-UF, 05 de janeiro de 2016
ELCILENE CARDOSO DOS SANTOS
OAB/UF nº

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