Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introdução aos Trocadores de CalorIntrodução aos Trocadores de Calor Trocadores de CalorTrocadores de Calor Trocadores de calor são dispositivos comuns usados em muitas aplicações Exemplos de trocadores de calor que são necessários para prover um alto nível de vida • aquecedores domésticos de ar • radiadores do carro • evaporador e condensador do condicionador de ar, do refrigerador, etc. • aquecedor de água • vaporizador e condensador no ciclo de potência Rankine que fornece a • vaporizador e condensador no ciclo de potência Rankine que fornece a eletricidade consumida A eficiência da maioria dos sistemas é altamente controlada pelo desempenho dos trocadores de calor envolvidos. A otimização de sistemas termo-fluidos comumente depende do projeto correto do trocador de calor • um trocador de calor grande produz uma eficiência e um custo capital elevados • um trocador de calor pequeno produz um custo operacional elevado e um custo capital baixo • um trocador de calor projetado otimamente equilibra esses efeitos Classificação de Trocadores de CalorClassificação de Trocadores de Calor Trocador de calor – dispositivo para transferir energia térmica de um fluido para o outro Transferência direta – a energia é transferida diretamente de um fluido para o outro através de uma parede que forma uma fronteira de pressão Transferência indireta – o fluido transfere energia para um meio de armazenagem temporário que transfere a energia para o outro fluidoarmazenagem temporário que transfere a energia para o outro fluido Contato direto – a energia é transferida diretamente de uma corrente para a outra sem o uso de paredes de separação Configuração dos Escoamentos (Arranjos)Configuração dos Escoamentos (Arranjos) A configuração ou arranjo dos escoamentos entre si, possui um efeito grande no desempenho de trocadores de calor de transferência direta • como a energia é removida do fluido quente para o frio as suas temperaturas mudam, afetando a diferença de temperatura que provoca o processo de transferência de calor • para problemas de escoamentos internos se calcula a temperatura média do fluido usando o balanço de energia • Para problemas com trocadores de calor, se devem calcular as duas temperaturas médias de cada escoamento usando dois balanços de energiatemperaturas médias de cada escoamento usando dois balanços de energia Arranjo ou Configuração em ParaleloArranjo ou Configuração em Paralelo Configuração em paralelo – os fluidos escoam na mesma direção e sentido Note que a temperatura do fluido quente diminui com a transferência de energia para o fluido frio, que aumenta a sua temperatura q& , ,C C inm T& , ,C C outm T& , ,H H inm T& ,,H H outm T& T TH,in TC,in Configuração em Configuração em ContraContra--correntecorrente Configuração em contracorrente – os fluidos escoam em sentidos opostos Note que a distribuição de temperaturas é bastante diferente quando se reverte o sentido de escoamento do fluido quente q& , ,C C inm T& ,,C C outm T& Sendo todos os parâmetros iguais, a configuração em contracorrente levará a um desempenho maior , ,H H inm T&,,H H outm T& T TH,in TC,in Configurações em Paralelo e Configurações em Paralelo e ContraContra--correntecorrente Trocador de calor tubo em tubo Trocador de calor com placas – comum para aplicações líquido-líquido hot fluid in hot fluid out cold fluid in cold fluid out Trocador de calor com placas – comum para aplicações líquido-líquido Configurações de Fluxo CruzadoConfigurações de Fluxo Cruzado Configuração de fluxo cruzado – os fluidos quente e frio escoam perpendicularmente um em relação ao outro Comuns para aplicações de líquidos-gás (e.g., radiações de carros) Misturados Misturados vsvs não Misturadosnão Misturados Configurações em fluxo cruzado ainda se classificam com base na mistura das correntes dos fluidos durante a passagem pelo trocador Não-misturados – obstruções geométricas não permitem a mistura na direção que é perpendicular ao escoamento • a temperatura do fluido pode variar na direção perpendicular à direção principal do escoamento • as temperaturas dos fluidos apresentam uma distribuição 2-D – variam em • as temperaturas dos fluidos apresentam uma distribuição 2-D – variam em ambas as direções na do escoamento e na perpendicular ao escoamento Misturados – não existem obstruções geométricas para prevenir a mistura na direção perpendicular à direção do escoamento • a temperatura do fluido não vária na direção perpendicular à direção principal de escoamento • a distribuição das temperaturas dos fluidos é 1-D – varia apenas na direção principal do escoamento Misturados Misturados vsvs não Misturadosnão Misturados Ambos Fluidos não MisturadosAmbos Fluidos não Misturados TH TC x% y% Fluido Frio Misturado/Fluido Quente não MisturadoFluido Frio Misturado/Fluido Quente não Misturado TH TC x% y% Trocador de Calor de Casco e TubosTrocador de Calor de Casco e Tubos Um fluido escoa na carcaça através do banco de tubos por dentro dos quais o outro fluido escoa • configuração muito comum para aplicações industriais • o trocador de casco e tubos combina as características das configurações em fluxo cruzado e em contracorrente tube-side inlet shell-side outletbaffles tube-side outlet inlet shell-side inlet Trocador de Calor de Casco e TubosTrocador de Calor de Casco e Tubos Múltiplos PassosMúltiplos Passos tube-side inlet shell-side outletbaffles tube-side tube-side shell-side outlet shell-side inlet tube-side outlet Dois passos nos tubos tube-side outlet tube-side inlet shell-side inlet Dois passos na carcaça Balanço de Energia GlobalBalanço de Energia Global Independentemente da configuração, um balanço de energia global pode ser realizado no trocador de calor surq& ,,C C inm T&,,C C outm T& q& , ,H H inm T& ,,H H outm T& Balanço de Energia GlobalBalanço de Energia Global Balanço de energia global Considerações típicas: • capacidade de calor constante • externamente adiabático Com essas considerações: q& surq& ,,C C inm T&,,C C outm T& , , , , 0H H in C C in H H out C C out surm i m i m i m i q+ − − + =& & & & & entalpia (h confunde) Com essas considerações: q& , ,H H inm T& ,,H H outm T& ( ) ( ) , , , , H H H in H out C C C out C in q m c T T q m c T T = − = − & & & & razão de capacitâncias: H H H C C C C m c C m c = = & & & & Condutância TotalCondutância Total Note que o balanço de energia global não é suficiente para resolver o problema de trocadores de calor. Se são conhecidas as temperaturas de entrada e a geometria, essas duas equações não são suficientes para determinar as temperaturas de saída e ( ) ( ) , , , , H H H in H out C C C out C in q m c T T q m c T T = − = − & & & & equações não são suficientes para determinar as temperaturas de saída e a taxa de transferência de calor É necessário determinar a condutância total do trocador de calor e resolver os dois balanços de energia que ditam a interação entre os dois fluidos com base na configuração do trocador de calor Condutância TotalCondutância Total Condutância total – é o inverso da resistência térmica total que separa as duas correntes • a condutância total é definida igualmente, independente da configuração • o trocador de calor com resistência térmica baixa (alta condutância) é grande e possui um desempenho elevado A resistência total que separa os fluidos quente e frio se calcula sem considerar como variam as temperaturas dos fluidos Se as temperaturas dos dois fluidos não variam então: () ( )H C H C total T T q UA T T R − = = −& em geral esta equação não poder ser usada porque essas duas temperaturas variam com o escoamento do fluido pelo trocador de calor ( ), ,H in C in total T T q R − ≤& esta é a diferença de temperatura maior no trocador de calor, a diferença de temperatura será menor assim que os fluidos mudam de temperatura Exemplo de um Trocador de Tubo em TuboExemplo de um Trocador de Tubo em Tubo cold fluid hot fluid Din Dout L A resistência total é: onde A condutância total é: L , ,total conv H cond conv CR R R R= + + , 1 conv H H in R h D Lpi = ln 2 out in cond tube D D R k Lpi = , 1 conv C C out R h D Lpi = 1 total UA R = Resistência de Deposição (Incrustações)Resistência de Deposição (Incrustações) Quando os trocadores de calor operam durante um tempo considerável, os materiais começam a criar camadas nas superfícies do trocador (se transformam em “incrustados") A superfície com incrustações interfere na transferência de calor e reduz o desempenho global É necessário considerar o impacto eventual das incrustações nos cálculos É necessário considerar o impacto eventual das incrustações nos cálculos de projeto – isto é feito considerando a resistência de incrustação: f f s R R A ′′ = fator de incrustação em função da área (m2-K/W) • depende do fluido e como é tratado • empírico (tipicamente medido) • similar à uma resistência de contato área superficial que é incrustada Fator de Incrustação em Função da ÁreaFator de Incrustação em Função da Área Informações dos fatores de incrustações podem ser achadas em manuais Diversos valores estão disponíveis no EES: Trocador de Calor Duplo Tubo com IncrustaçãoTrocador de Calor Duplo Tubo com Incrustação cold fluid hot fluid Din Dout L A resistência total é: onde A condutância total é reduzida pela presença das incrustações: L , , , ,total conv H f H cond f C conv CR R R R R R= + + + + , , f H f H in R R D Lpi ′′ = 1 total UA R = , , f C f C out R R D Lpi ′′ = Correlações para Trocadores de Calor CompactosCorrelações para Trocadores de Calor Compactos Muitos (a maioria) dos núcleos desses trocadores de calor não se analisam tão facilmente quanto os trocadores de tubo em tubo Existem algumas combinações complexas dos escoamentos externo e interno (isto acontece mais no lado aletado fo gás)acontece mais no lado aletado fo gás) Como se modela o escoamento de ar, como escoamento interno em canais retangulares ou como escoamento externo em banco de tubos? Isto é um problema complicado. As correlações de trocadores compactos são baseadas em medições de conjuntos específicos de núcleos de troca de calor Correlações para Trocadores de Calor CompactosCorrelações para Trocadores de Calor Compactos As correlações para trocadores compactos são apresentadas em livros como Kays and London como figuras que mostram o fator j de Colburn (jH) e o fator de atrito (f) como função do número de Reynolds: 0.04 0.05 f a c t o r As,fin/As,out = 0.913 Dh = 3.63 mm σ = 0.534 As,out/V = 587 m2/m3 400500 1,000 2,000 5,000 10,000 0 0.01 0.02 0.03 Reynolds number C o l b u r n j H a n d f r i c t i o n f f jH Fator j de Fator j de ColburnColburn O fator j de Colburn se usa para correlacionar o coeficiente de transf. calor: onde o número de Stanton se define: e o fluxo de massa é: (2/3) Hj St Pr= outhSt G c = min mG A = & área de escoamento mínima no núcleo coeficiente de transferência de calor médio no lado do ar O número de Reynolds se define: min área de escoamento mínima no núcleo hGDRe µ = diâmetro hidráulico associado com o escoamento através do núcleo Fator de AtritoFator de Atrito O fator de atrito se define com base na queda de pressão através do núcleo onde a razão entre as áreas de escoamento livre e frontal é: ( )2 24 1 12 flow in inin h out LGp f D ρ ρ σ ρ ρ ρ ∆ = + + − viscoso inercial Essas correlações não são fáceis de usar na sua forma básica Estão programadas no EES para deixá-las mais acessíveis free flow area frontal area σ = Funções do EES para Trocadores CompactosFunções do EES para Trocadores Compactos Existem quatro conjuntos de funções no EES • Não-dimensionais – provêm jH e f para um dado Re e um dado núcleo Funções do EES para Trocadores CompactosFunções do EES para Trocadores Compactos • Geometria – provê características geométricas úteis do núcleo dado um determinado nome algumas das características úteis incluem α – área da superfície pelo volume do núcleo Afin/A – fração aletada do núcleo σ – razão entre as áreas livre e frontal Dh – diâmetro hidráulico das passagens Funções do EES para Trocadores CompactosFunções do EES para Trocadores Compactos • Coeficiente de Transferência de Calor – provê o coeficiente de transferência de calor médio em função de dados de entrada dimensionais coeficiente de transferência de calor médio fluido, temperatura, vazão mássica, pressão, etc. Funções do EES para Trocadores CompactosFunções do EES para Trocadores Compactos • Queda de pressão – provê a queda de pressão total em função dos dados de entrada dimensionais queda de pressãofluido, temperatura, vazão mássica, pressão, etc.
Compartilhar