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Civil caso 11

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caso 11
Caso concreto
Maria Sofia Silva, analfabeta, recebeu, pelo IDHAB, um imóvel situado na quadra 46, conjunto I, lote 24,
do Novo Assentamento, Brazilândia, Distrito Federal. Ainda sem planos para o imóvel, Maria Sofia aceitou
proposta de Cecílio Monteiro, que trabalha com corretagem de imóveis e pretendia alugar dela um
cômodo que se localizava na parte posterior do lote, à frente do cômodo onde morava Maria Sofia, com o
objetivo de transferir para aquele cômodo, um bar que tinha nas proximidades. Cecílio, então,
providenciou os documentos e entregou o contrato já redigido a Maria Sofia, que, por não saber ler,
apenas assinou o seu nome.
Poucos meses depois, uma terceira pessoa, Celita Ribeiro foi até o lote de Maria Sofia a fim de comprá -
lo, pois havia recebido proposta de Cecílio. Maria Sofia afirmou, com espanto, que o imóvel era seu e que
não estava à venda, e que, além do mais, estava alugado para Cecílio.
Celita, advogada, conversou novamente com Cecílio e pediu para ver o título de propriedade do imóvel,
ocasião em que descobriu que, na realidade, Maria Sofia havia assinado um contrato de cessão de
direitos e uma procuração, transferindo para Cecílio todos os direitos sobre o referido imóvel.
Diante desta situação e, com base no Código Civil, analise JUSTIFICADA E
FUNDAMENTADAMENTE a possibilidade de anulação do negócio celebrado entre Maria Sofia e
Cecílio.
Trata-se de hipótese de dolo praticada por Cecílio (art. 145, CC). O aluno deve identificar que Maria Sofia foi induzida ardilosamente a erro por Cecílio e, por isso, a vontade encontra -se viciada. Deve ainda identificar qu e o analfabetismo não é hipótese de incapacidade, de maneira que o analfabetismo em si não an ula o ato. O negócio, porém, pode ser anulado por conta do dolo.
A emissão da vontade é elemento fundamental do negócio jurídico. Com relação aos vícios do negócio
jurídico, considere as afirmativas abaixo.
I - DOLUS INCIDENS (dolo acidental) é aquele que torna o negócio menos vantajoso para a parte e leva
à indenização por perdas e danos.
II - ESTADO DE PERIGO é um defeito interno do negócio jurídico, no qual a vontade é constrangida por
terceiro.
III - O ERRO tem como elemento principal a cognoscibilidade e adota o princípio da confiança.
IV - A COAÇÃO, que torna anulável o negócio jurídico, é aquela conhecida como vis absoluta, sendo
física e não moral.
Está correto APENAS o que se afirma em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

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