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MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 1 Redes Móveis: Sistemas de Comunicações Via-Satélites História Base Teórica Sistemas Localização Roteamento Handover MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 2 História das Comunicações Via-Satélites 1945 Arthur C. Clarke publica um trabalho intitulado “Extra Terrestrial Relays” 1957 Primeiro satélite SPUTNIK 1960 Primeiro satélite de comunicação por reflexão ECHO 1963 Primeiro satélite geo-estacionário SYNCOM 1965 Primeiro satélite geo-estacionário comercial “Early Bird” (INTELSAT I): 240 canais duplex para telefonia ou 1 canal de TV, tempo de vida (autonomia) de 1.5 anos 1976 Três satélites MARISAT para comunicação marítima 1982 Primeiro sistema de telefonia móvel via-satélite INMARSAT-A 1988 Primeiro sistema via-satélite para telefones móveis e comunicações de dados INMARSAT-C 1993 Primeiro sistema de telefonia digital via-satélite 1998 Sistemas globais via-satélite global para pequenos telefones móveis MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 3 Aplicações Tradicionais satélites de previsão de tempo satélites de radiodifusão (TV e Rádio) satélites militares satélites para navegação e localização (ex: GPS) Telecomunicação conexões de telefonia global backbone para redes globais conexões para comunicação em áreas remotas ou subdesenvolvidas Comunicação móvel global Î sistema de satélites para estender sistemas de telefonia celular (Ex: GSM ou AMPS) substituídas por fibras ópticas MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 4 Sistemas de Satélites Clássicos Estação base ou gateway Enlace Inter-Satélites (ISL) Enlace do Usuário Móvel (MUL) Enlace do Gateway (GWL) footprint Pequenas células (spotbeams) GWL MUL GSMISDN PSTN Dados do Usuário PSTN: Public Switched Telephone Network MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 5 Base Teórica Satélites em órbitas circulares Força atrativa Fg = m g (R/r)² Força centrifuga Fc = m r ω² m: massa do satélite R: raio da Terra (R = 6370 km) r: distancia do centro da Terra g: aceleração da gravidade (g = 9.81 m/s²) ω: velocidade angular (ω = 2 π f, f: freqüência de rotação) Órbita Estável Fg = Fc 3 2 2 )2( f gRr π= MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 6 Base Teórica : Período de Satélite e órbitas 24 20 16 12 8 4 Período do satélite [h]velocidade [ x1000 km/h] distância síncrona 35,786 km 10 20 30 40 x106 m radius MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 7 Base Teórica Órbitas elípticas ou circulares O tempo para completa rotação depende da distância satélite-Terra Inclinação: ângulo entre a órbita e o equador Elevação: ângulo entre o satélite e o horizonte Necessidade de LOS (Line of Sight – Visada Direta) para o satélite para conexão Î Necessidade de alta elevação, menos absorção devido por exemplo à prédios Uplink: conexão estação base - satélite Downlink: conexão satélite – estação base Usa-se geralmente freqüências separadas para o uplink e downlink transponder usado para envio/recepção e deslocamento de freqüências transponder transparente: apenas deslocador de freqüências transponder regenerativo: adicionalmente com regeneração de sinal MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 8 Base Teórica : Inclinação Inclinação δ δ Órbita do satélite Perigeu Plano de órbita do satélite Plano equatorial MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 9 Base Teórica : Elevação ε Elevação mínima: elevação necessária pelo menos para se comunicar com o satélite f o o t p r i n t Elevação: ângulo ε entre o centro do feixe do satélite e ao plano tangencial à superfície terrestre MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 10 Base Teórica : Balanço de Potência (Link budget) A atenuação ou potência recebida são determinadas por parâmetros: Potência transmitida Ganho da antena transmissora Distância entre o transmissor e o receptor Ganho da antena receptora Problemas Variação da intensidade do sinal recebido devido a propagação em multipercurso Interrupções devido ao sombreamento do sinal (sem LOS) Soluções possíveis Adicionar margens para desvanecimentos para eliminar variações na intensidade do sinal Diversidade de satélites (uso de diversos satélites visíveis no mesmo instante) colabora para o uso de uma menor potência de transmissão 24 = c frL π L: Perda f: freqüência da portadora r: distância c: velocidade da luz MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 11 Base Teórica : Atenuação Atmosférica Atenuação do sinal em % Exemplo: sistemas de satélite em 4-6 GHz ε Absorção por chuva Absorção por nevoeiro Absorção atmosférica 50 40 30 20 10 5° 10° 20° 30° 40° 50° Elevação do satélite MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 12 Órbitas I Quatro tipos diferentes de órbitas de satélites podem ser identificados dependendo da forma e do diâmetro das mesmas: GEO (Geostationary orbit): percorrem órbitas circulares de aproximadamente 36000 km acima da superfície terrestre LEO (Low Earth Orbit): órbitas circulares entre 500 e 1500 km MEO (Medium Earth Orbit) ou ICO (Intermediate Circular Orbit): órbitas circulares entre 6000 e 20000 km HEO (Highly Elliptical Orbit): percorrem órbitas elípticas MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 13 Órbitas II Terra km 35768 10000 1000 GEO (Inmarsat) HEO MEO (ICO) LEO (Globalstar, Irdium) Cinturões de Van Allen interno e externo Cinturões de Van-Allen (Partículas ionizadas): 2000 - 6000 km e 15000 - 30000 km acima da superfície terrestre (impróprias para projeto de órbitas) MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 14 Satélites Geo-Estacionários (GEO) Órbitas de 35.786 km distantes da superfície terrestre, órbitas no plano equatorial (inclinação 0°) Î rotação completa em exatamente um dia (período de 24h), estes satélites estão sincronizados com a rotação da Terra As posições das antenas são fixas, não é necessário nenhum ajuste Geralmente apresentam um grande footprint (até 34% da superfície terrestre!), entretanto apresentam dificuldades para reuso de freqüências baixo ângulo de elevação em áreas com latitude acima de 60° (regiões mais ao Norte e ao Sul da Terra) devido ao posicionamento fixo acima do equador É necessário alta potência de transmissão (aprox. 10 W) Alta latência devido a grande distância (aprox. 275 ms) Î Não são adequados para cobertura global para pequenos telefones móveis e transmissão de dados, geralmente são usados para transmissão de Rádio e TV MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 15 Sistemas LEO Órbitas entre 500 e 1500 km acima da superfície Visibilidade de um satélite (aprox. 10 - 40 minutos) Possibilidade de cobertura de rádio global Latência comparável com com conexões terrestres de longa distância (aprox. 5 - 10 ms) Pequenos footprints, melhor reuso de freqüências Necessidade de handover de um satélite para outro Necessidade de muitos satélites para cobertura global (50 a 200 satélites ou mais) Sistema muito complexo devido ao movimento dos satélites Menor tempo de vida (5 a 8anos – devido ao atrito com partículas) Exemplos: Iridium (incício 1998, 66 satélites) Falência em 2000, negociado com US DoD (Departamento de Defesa dos EUA - Pentágono) Globalstar (início 1999, 48 satélites) Poucos assinantes (2001: 44000), baixo período de stand-by para móveis MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 16 Sistemas MEO Órbitas entre 5000 e 12000 km acima da superfície da Terra Comparação com sistemas LEO: Movimento de satélites mais lento Menor número de satélites para cobertura global (aprox. 12 satélites) Projeto do sistemas mais simples Necessidade de poucos handovers Maior latência, (aprox. 70 - 80 ms) Necessidade de maior potência de transmissão Necessidade de antenas especiais para pequenos footprints MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 17 Roteamento Uma solução: Enlaces Inter-Satélites (ISL) Necessidade de um número reduzido de gateways Conexões diretas ou pacotes de dados dentro da rede de satélites Necessidade de apenas um uplink e um downlink por direção para a conexão de dois telefones móveis conectados à satélites diferentes Problemas: Focalização mais complexa das antenas entre satélites Alta complexidade do sistema devido ao movimento dos roteadores maior consumo de combustível Então, menor autonomia (tempo de vida) Iridium e Teledesic planejados com ISL Outros sistemas usam gateways e adicionalmente redes terrestres MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 18 Localização de Estações-Móveis Mecanismos similares ao do GSM Os Gateways mantêm registradores com dados dos usuários HLR (Home Location Register): dados estáticos do usuário VLR (Visitor Location Register): (última conhecida) localização da estação móvel SUMR (Satellite User Mapping Register): z designação de satélite para uma estação móvel z posições de todos os satélites Registro de estações móveis Localização da estação móvel via a posição do satélite Requisição de dados do usuário do HLR Atualização do VLR e SUMR Chamando uma estação móvel Localização da estação usando HLR/VLR, similar ao feito no GSM Através do SUMR, o satélite apropriado para comunicação é encontrado e estabelecimento da conexão (connection setup) é realizada MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 19 Handover em Sistemas via Satélite Existem diversas situações adicionais para handover em sistemas de satélites se comparados com redes de telefonia celular terrestre, que são causadas pelo movimento dos satélites Handover no mesmo satélite (Intra-satellites) z Handover de um spotbeam (pequenas células) para outro z Estação móvel ainda no footprint do satélite, mas em outra célula Handover entre satélites z Handover de um satélite para outro satélite z Estação móvel deixa o footprint de um satélite Handover entre Gateway z Handover de um gateway para outro z Estação móvel ainda no footprint de um satélite, mas o gateway deixa o footprint do mesmo Handover entre sistemas (Inter-system) z Handover da rede de satélites para uma rede celular terrestre z Estação móvel pode usar uma rede terrestre por oferecer um serviço mais barato, uma menor latência, etc. z Handover contínuo entre satélites e sistemas terrestres ainda não é possível MSc. André Mendes Cavalcante, http://www.deec.ufpa.br/lea/andre amc@ufpa.br 20 Comparação entre Sistemas LEO/MEO Iridium Globalstar ICO Teledesic # satélites 66 + 6 48 + 4 10 + 2 288 Altitude (km) 780 1414 10390 aprox. 700 Cobertura global ±70° latitude global global Elevação mínima 8° 20° 20° 40° Freqüências [GHz] 1.6 MS 29.2 ↑ 19.5 ↓ 23.3 ISL 1.6 MS ↑ 2.5 MS ↓ 5.1 ↑ 6.9 ↓ 2 MS ↑ 2.2 MS ↓ 5.2 ↑ 7 ↓ 19 ↓ 28.8 ↑ 62 ISL Método de Acesso FDMA/TDMA CDMA FDMA/TDMA FDMA/TDMA ISL sim não não sim Taxa de bits 2.4 kbit/s 9.6 kbit/s 4.8 kbit/s 64 Mbit/s ↓ 2/64 Mbit/s ↑ # canais 4000 2700 4500 2500 Tempo de Vida [anos] 5-8 7.5 12 10 Custo Estimado 4.4 B$ 2.9 B$ 4.5 B$ 9 B$ Redes Móveis:Sistemas de ComunicaçõesVia-Satélites História das Comunicações Via-Satélites Aplicações Sistemas de Satélites Clássicos Base Teórica Base Teórica : Período de Satélite e órbitas Base Teórica Base Teórica : Inclinação Base Teórica : Elevação Base Teórica : Balanço de Potência (Link budget) Base Teórica : Atenuação Atmosférica Órbitas I Órbitas II Satélites Geo-Estacionários (GEO) Sistemas LEO Sistemas MEO Roteamento Localização de Estações-Móveis Handover em Sistemas via Satélite Comparação entre Sistemas LEO/MEO
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