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* * Avaliação geral das vítimas Profa. Séres Costa de Souza 06/03/2018 * * Avaliação/ Exame primário Avaliação do local – a partir desta observação, deduzir o tipo de acidente, o tipo de doença ou lesão que a vítima apresenta, o número de vítimas, a idade aproximada destas (se são crianças, idosos, etc), as condições de acesso ao local e os perigos eminentes no local (por exemplo, derrocada, incêndio, explosão). * * Avaliação/ Exame primário: Ligar 192 – na impossibilidade de o socorrista não poder abandonar a vítima, este deve solicitar pelo menos dois observadores para que chamem uma equipa de emergência médica. Controlar situações de risco – o socorrista deve controlar situações de risco eminente de vida e examinar a vítima, utilizando a técnica A, B, C: * * Primariamente 1- Verifique a inconsciência; 2- Abra as vias aéreas respiratórias; 3- Verifique a respiração; 4- Verifique os batimentos cardíacos; 5- Aplicar colar cervical (inconsciente). * * AVALIAÇÃO Vias Respiratórias (A = Airway): Vítima consciente (mas não fala): verificar se existe algo a obstruir a via aérea. Se sim, retirar o corpo estranho com os dedos em pinça ou efectuando a manobra de Heimlich. Vítima inconsciente (não reage a estímulos, mas respira e tem pulso): Posição lateral de segurança ou hiperextensão da cabeça (no caso de não haver suspeita de lesão na coluna) ou tracção mandibular (no caso de suspeita de lesão na coluna). Desapertar as roupas também facilita a abertura das vias aéreas. * * AVALIAÇÃO Respiração (B = Breathing): Deve-se observar a quantidade e qualidade do ritmo ventilatório, desobstruir a via aérea e, se não ventilar, aplicar insuflações Circulação (C = Circulation): Procurar se existem hemorragias graves. No caso de haver, efetuar compressão manual direta ou indireta * * Secudariamente 1- Proceda o exame da cabeça aos pés 2- Questione a vítima (se possível) 3- Questione as testemunhas (se houver) * * EXAME SECUNDÁRIO Procura de sinais (tudo o que se observa na vítima, por exemplo: cor da pele, pupilas, …) Procura de sintomas (tudo o que a vítima diz que sente, por exemplo: sede, tonturas, dores, …) – sintomatologia da vítima. É um exame minucioso, uma avaliação sistematizada que procura averiguar a existência de lesões, pontos de dor ou deformação, alterações de sensibilidade e mobilidade que ajuda a identificar o problema/ lesão da vítima. Deve-se observar os sinais vitais da vítima, cuja ausência ou alteração indicam uma grave anomalia no funcionamento do organismo, no entanto começamos por testar o nível de consciência: * * Avaliação secundária Estado de consciência – para avaliar o nível de consciência o socorrista deve guiar-se por um parâmetro simples * * * * * * Avaliação secundária Pulso – corresponde ao número de batimentos cardíacos por minuto. Este deve palpar-se num local onde se encontre uma artéria junto a um osso: – Pulso radial (junto à artéria radial) – Pulso femural (junto à artéria femural) – Pulso braquial (nos bebés) – Pulso carotídeo (face lateral do pescoço, na artéria carótida externa) * * Pulso radial * * Pulso femoral * * Pulso braquial (bebês) * * Pulso carotídeo (adultos e bebês) * * * * Avaliação secundária Ventilação – entrada e saída de ar dos pulmões, compreende a expiração e a inspiração. Por isso, deve-se ver, ouvir e sentir a ventilação ou então colocar uma mão em cima da caixa torácica (peito) e contar o número de ciclos ventilatórios por minuto, sendo que um ciclo ventilatório equivale a uma inspiração mais uma expiração * * * * Avaliação secundária Temperatura – a temperatura corporal normal é de 36.5/37ºC, no entanto pode estar acima do valor de referência (hipertermia) ou abaixo deste valor (hipotermia) Cor/grau de humidade da pele – se se encontra pálida ou ruborizada, transpirada ou seca * * Avaliação secundária Pressão arterial – pressão que o sangue exerce sobre a parede das artérias. Os valores ditos normais dependem da idade, do sexo, entre outros, mas normalmente está entre os 120/70 mmHg. Valores elevados revelam hipertensão; valores baixos revelam hipotensão * * Avaliação secundária Pupilas – Dilatadas (revelam estado de relaxamento ou inconsciência e encontram-se em pessoas que tiveram uma paragem cardíaca), contraídas (ocorre frequentemente no uso de vários tipos de drogas), simétricas, assimétricas (lesão cerebral devido a TCE, AVC, …), reativas ou não reativa à luz (indica inconsciência ou morte). * * * * Exame físico Cabeça e pescoço (estabilizar e impedir movimentos bruscos do pescoço; observa-se, nesta fase, as pupilas, cor, temperatura e humidade da pele; verificar se há ou não saída de sangue pelo nariz ou ouvidos; avaliar pulso carotídeo e verificar couro cabeludo) Tórax (ver, ouvir e sentir os movimentos torácicos; verificar se existe dor nessa zona, confirmando o estado de consciência da vítima; avaliar o número de ciclos ventilatórios) * * Exame físico Abdômen (verificar se há alguma lesão, inchaço ou deformidade; poderá eventualmente efetuar-se o teste da dor) Zona pélvica (fazer palpação e verificar se existe suspeita de fratura) * * Exame físico Extremidades (Membros superiores e inferiores) (verificar se há suspeita de fraturas; avaliar a sensibilidade; poderá avaliar pulso radial ou femoral; pedir à vítima que faça movimentos simples) Coluna vertebral (palpação ligeira; movimentação dos dedos; pedir para apertar a mão; perguntar se existe formigueiro nos membros ou sensibilidade ao toque) * * IMPORTÂNCIA Sinais vitais são aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal. Dentre os inúmeros sinais que são utilizados na prática diária para o auxílio do exame clínico, destacam-se pela sua importância na avaliação da vítima. “As alterações da função corporal geralmente se refletem na temperatura do corpo, na pulsação, na respiração e na pressão arterial, podendo indicar enfermidade” (TIMBY,2001) * *
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