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ABCDE, MOV e SAMPLA

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Olívia Lazotti XXVII 
7ª etapa – Práticas Monitoradas 
ABCDE do trauma 
O ABCDE é um mnemônico que foi criado para facilitar a esquematização da abordagem inicial ao paciente 
politraumatizado. Esse atendimento precisa priorizar as lesões que põem em risco a vida do paciente. Assim, 
fazemos o uso do ABCDE (Via aérea, respiração, circulação, disfunção neurológica e exposição). Essa avaliação 
primária não deve demorar mais que 2-5 minutos. 
 
A- VIA AÉREA 
Nesse primeiro passo, devemos nos apresentar ao paciente e fazer alguma pergunta. Caso ele responda, já posso 
considerar que as vias aéreas estão pérvias (normais). Uma pessoa só consegue falar se tiver ar nos pulmões e se 
ele passar pelas cordas vocais. Portanto, se a vítima responder normalmente, é porque as vias aéreas estão 
permeáveis (passo "A" resolvido) e respiração espontânea (passo "B" resolvido). Seguir para o passo "C”. 
Em caso de ausência de resposta, devemos examinar as vias aéreas e realizar as manobras Jaw-Thrust 
(projeção da mandíbula) e Chin Lift (elevação do mento) para avaliar a presença de corpo estranho 
 
Jaw thrust: Com a cabeça fletida para frente, a mandíbula desloca a língua para trás, a qual oclui as vias 
aéreas em sua porção superior. 
Chin Lift: A dorsoflexão da cabeça torna a via aérea pérvia corrigindo a 
posição da língua. 
 
Após analisar a via áerea com essas manobras, devemos utilizar a cânula de Guedel (ou cânula orofaríngea) para 
manter a via aérea pérvia. 
 
Em alguns casos, também pode ser feito ventilação com bolsa-válvula-máscara(AMBU) ou máscara de O2 não 
reinalante. 
 
 
Olívia Lazotti XXVII 
7ª etapa – Práticas Monitoradas 
B- RESPIRAÇÃO 
Aqui devemos chegar se o paciente está ou não respirando, através da inspeção, palpação, ausculta e percussão. 
Estando presente a respiração, analisar sua qualidade: lenta ou rápida, superficial ou profunda, de ritmo regular 
ou irregular, silenciosa ou ruidosa. Se a respiração estiver ausente, iniciar respiração artificial (passo “B” 
resolvido temporariamente). 
Além da respiração artificial, podemos fazer: 
 Descompressão e drenagem de pneumotórax/hemotórax 
 Encerramento de ferida aberta do tórax 
 
No caso de uma parada cardíaca, devemos administrar oxigênio a 100%. Manter saturação de O2 maiorou igual a 
94%, medida por oxímetro de pulso. 
Valor de referência: 
Adulto:12-20 ventilações por minuto 
Criança: 20-40 vpm 
Lactente: 40-60 vpm 
 
C- CIRCULAÇÃO 
O objetivo principal desse passo é estimar as condições do sistema circulatório e controlar grandes 
hemorragias. Nessa etapa, devemos identificar choque e manter a circulação avaliando alguns parâmetros: pele, 
pulso, perfusão, coloração, temperatura, umidade da pele e hemorragias (sangramentos externos). Devemos 
identificar os principais locais de sangramento: tórax, pelve, abdome e ossos longos. Em caso de hemorragias, 
devemos imediatamente pará-lo com compressão direta. 
 
Pulso: Se a vítima estiver consciente, avaliamos o pulso radial. Se não for percebido, tentar o pulso carotídeos 
ou o femoral. Se a vítima estiver inconsciente, examinar o pulso carotídeo. 
A avaliação do pulso dá uma estimativa da PA. Se o pulso radial não estiver palpável, possivelmente a vítima 
apresenta um estado de choque hipovolêmico descompensado. 
Se o pulso femoral ou carotídeo estiver ausente, iniciar manobras de reanimação cardiopulmonar. Estando 
presente o pulso, analisar sua qualidade: lento ou rápido, forte ou fraco, regular ou irregular. 
 
Perfusão periférica: Avaliada através da técnica de enchimento capilar. É realizada fazendo uma pressão na 
base da unha ou nos lábios, de modo que a colocaração passe de rosa para pálida. Retirando-se a pressão a 
colaração rosada deve retomar antes de 2 segundos. Se o tempo ultrapassar 2 segundos, é sinal de baixa 
perfusão periférica. 
 
Coloração, temperatura e umidade da pele: Cianose e palidez são sinais de comprometimento da 
oxigenação/perfusão dos tecidos. Pele fria e úmida indica choque hipovolêmico. 
 
Controle de hemorragias: Na presença de hemorragias, deve-se realizar métodos de controle. Observando 
sinais que sugerem hemorragia interna, devemos agilizar o atendimento e transportar a vítima o mais rápido 
possível para o hospital. 
 
Para avaliar sangramentos abdominais é utilizado o USG FAST observando a janela subxifóide, hepatorrenal, 
esplenorrenal e pélvica. 
Em caso de identificação de choque, devemos realizar reposição volêmica por meio de dois acessos periféricos 
calibroso (de 500 em 500m) com SF a 0,9% 
 
D- AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
Olívia Lazotti XXVII 
7ª etapa – Práticas Monitoradas 
Para avaliarmos se o paciente tem alguma lesão neurológica, usamos a escala de coma de Glasgow e a avaliação 
das pupilas. 
 
 
Existem bibliografias que não recomendam Glasgow, por não dar tempo de fazê-la. Nesse caso, recomenda-se um 
exame neurológico rápido (verificar se o paciente está consciente, responde vocalmente à dor ou está 
inconsciente), descrito abaixo: 
 
Avaliação do nível de consciência: 
Importante realizar, pois quando estiver alterado, indica maior necessidade de vigilância da vítima no que se 
refere às funções vitais, principalmente à respiração. A análise do nível de consciência, nesse caso, é feita pelo 
método AVDI, de acordo com o nível de respostas que a vítima tem frente aos estímulos: 
A: Vítima acordada, com resposta adequada ao ambiente 
V: Vítima adormecida. Os olhos abrem mediante estímulo verbal 
D: Vítima com os olhos fechados que só se abrem mediante estímulo doloroso (compressão intensa na borda do 
músculo trapézio, na região póstero-lateral do pescoço) 
I: Vítima não reage a qualquer estímulo. Pode ocorrer por: 
 -Diminuição da oxigenação cerebral (hipóxia ou hipoperfusão) 
 -Traumatismo cranioencefálico (hipertensão intracraniana 
 -Intoxicação por álcool ou droga 
 - Problema clínico metabólico 
 
E- EXPOSIÇÃO 
Nessa etapa, devemos despir o paciente e procurar as lesões. Se há suspeita de lesão cervical da coluna, é 
importante fazer a mobilização e alinhamento. Essa etapa é chamada de exposição, pois devemos expor o 
paciente, retirando suas roupas e objetos, a fim de avaliar possíveis fraturas e palpar pulsos. Entretanto, em 
nível pré-hospitalar, as roupas da vítima só serão removidas para expor lesões sugeridas por suas queixas ou 
reveladas pelo exame segmentar, respeitando seu pudor no ambiente público. No hospital, ao contrário, é 
imperdoável deixar de despir completamente a vítima antes de iniciar a abordagem secundária 
 
 
SAMPLE 
O SAMPLE é outro mnemônico, usado na avaliação secundária (depois do ABCDE) com o paciente estável, em que 
fazemos uma história direcionada: 
S: Sinais e sintomas (do que o paciente se queixa? Dor? Dispneia? Dormência? Formigamento?) 
Olívia Lazotti XXVII 
7ª etapa – Práticas Monitoradas 
A: Alergias (principalmente à medicações) 
M: Medicamentos (quais medicações faz uso?) 
P: Passado médico (problemas médicos importantes para os quais o paciente rebe tratamento) 
L: Líquidos e alimentos ingeridos recentemente (muitos traumatizados necessitarão de cirurgia, e a 
alimentação recente pode aumentar o risco de vômito e aspiração durante a indução da anestesia) 
E: Eventos associados (que ajudam a elucidar os fatos) 
 
MOV 
Aqui, já não estamos mais no atendimento pré-hospitalar. Nesse caso, o paciente já chegou ao hospital. O MOV 
refere-se à: 
M: Monitorização: Monitorização do ritmo cardíaco, da FC, da PA e da saturação de oxigênio 
O: Oxigenoterapia: Por cateter de oxigênio a 3//min 
V: Acesso Venoso periférico 
 
MONITORIZAÇÃO 
Geralmente realizada com pressão arterial (PA), oximetria de pulso e cardioscopia. 
 
PA 
É uma medida dinâmica de avaliação da adaptação do indivíduo ao estresse da patologia emergencial, e serve 
como um preditor de eventos adversos em pacientes na emergência. 
 
Oximetria de pulso 
Mede a porcentagemde hemoglobina arterial que está no estado de oxi-hemoglobina. Reflete uma porcentagem 
relacionada a quantidade de oxigênio que a hemoglobina está carregando com o máximo que se pode transportar 
(o que é conhecido como saturação de oxigênio SatO2). 
Além da SatO2 em tempo real, a oximetria de pulso avalia a eficácia das intervenções relacionadas à oxigenação 
do paciente. 
 
OXIGENOTERAPIA 
Para alcançar uma SatO2 de 94 a 98%, devemos prescrever oxigênio

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