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Atividade farmacológica e interações de plantas que atuam no sistema urinário

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Atividade farmacológica e interações
de plantas que atuam no sistema
urinário
CONHECER ALGUMAS PLANTAS QUE ATUAM NO SISTEMA URINÁRIO, SENDO UTILIZADAS PARA O
TRATAMENTO DE DOENÇAS INFLAMATÓRIAS DO TRATO URINÁRIO E/OU HIPERPLASIA PROSTÁTICA
BENIGNA.
Inflamações do trato urinário
Os chás obtidos de plantas medicinais auxiliam no tratamento de doenças inflamatórias do trato urinário,
pois aumentam a eliminação de urina pelo organismo, inibindo a reabsorção de sódio e água. Os fatores que
podem influenciar nessa ação são a quantidade de água consumida ao ingerir o chá e as presenças de
constituintes como flavonoides, fenóis, óleos voláteis, ácidos silícicos encontrados em algumas plantas
(SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002). Isso explica a importância destes chás, recomendados por muitos
médicos, no tratamento de doenças inflamatórias do trato urinário, no tratamento como doença de pedras
nos rins leve (gravela).
Algumas destas plantas medicinais são:
Uva ursi (Arctostaphylos uva-ursi): as folhas são inodoras, contendo sabor amargo adstringente. Sua
composição química consiste de arbutina (5 - 12%), aglicona livre, hidroquinona (0,2 - 0,5%), taninos (10 -
20%) e flavonoides. Possui atividade antimicrobiana, e a hidroquinona é possivelmente metabolizada nos
intestinos ou no fígado e excretada via renal. É utilizada com eficácia em doenças inflamatórias
bacterianas. No entanto, o uso em excesso pode levar ao aparecimento de câncer. Recomenda-se a
dosagem de 3g da droga vegetal ou 400–800mg de derivados hidroquinona quatro vezes ao dia.
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Petasite (Petasiles hybridus): o rizoma possui compostos sesquiterpenos (petasinas), usadas como
antiespasmódica e analgésica, contém também alcaloides pirrolizidínicos. Recomenda-se dose diária de 5 -
7g de droga vegetal, não excedendo 1µg de alcaloides de pirrolizidina, durante período de 4 - 6 semanas
por ano.
Quebra-pedra (Phyllanthus niruri): As partes aéreas utilizadas contêm ácido ricinoleico, flavonoides
(astragolina, quercitrina e rutina), alcaloides (filocrisina), ligninas (hipofilantina), terpenos, lignanas e
proteínas. A quebra-pedra é indicada como diurético para o tratamento de cálculos renais, pois evitam a
formação dos cálculos, já que impede a agregação dos cristais de oxalato de cálcio. Atua no tratamento de
distúrbios prostáticos, nas afecções hepáticas, biliares e cistite.
Chapéu-de-couro (Echinodorus macrophyllus): nas folhas são encontrados taninos, flavonoides e
terpenos, glicosídeos e equinodorosídeos. Usadas pela ação diurética nas afecções urinárias, além de serem
empregadas para tratamento de manchas da pele e reumatismo, entre outras.
Cavalinha (Equisetum arvense): é uma erva daninha cujos brotos verdes contêm glicosídeos
(isoquercitrina, kaempferol, luteolina), sílica, saponina, equisetonina (saponisídeo), equisitina, palustrina,
alcaloides (nicotina), potássio, ácido oxálico, málico e aconítico. Por causa da sua ação diurética, é
utilizada nas afecções das vias urinárias, entre outras. Em doses elevadas provocam ataxia, perda de
apetite, fraqueza.
Tanchagem (Plantago major): as folhas possuem flavonoides, taninos, saponinas, mucilagens, ácidos
orgânicos, sais de potássio e vitamina C (JORGE; MARKMAN, 1994; KAWASLITY et al., 1994). São
utilizadas como expectorantes, antidiarreicas, cicatrizantes, adstringentes, depurativas do sangue e vias
urinárias, além de ser útil contra inflamações da garganta (LORENZI, 2002).
Hiperplasia prostática benigna
É uma doença urológica que afeta os homens, principalmente com mais de 65 anos de idade, graças a
alterações nas glândulas periuretrais, provocando dilatação da próstata, com estreitamento da uretra e
resultando na difícil eliminação da urina.
Algumas plantas que auxiliam no tratamento:
Saw palmeto ou sabal (Serenoa repens): os frutos maduros contêm ácidos graxos saturados e insaturados,
esteróis vegetais livres e conjugados. A dose diária recomendada é de 1 - 2g da droga bruta ou 320mg de
extrato lipofílico. Pode ocorrer o efeito colateral de desarranjo gástrico.
Urtiga (Urtica dioica): a raiz é diurética e vem sendo aplicada no tratamento de hiperplasia prostática
benigna. Possui na sua composição química fitosteróis, ácidos triterpênicos, lignanas, polissacarídeos e
compostos fenólicos simples. Os extratos da raiz de 0, urtiga são capazes de provocar inibição da
aromatase prostática e a 5-a-redutase, interagir com a globulina ligadora de hormônio sexual e inibir
mediadores inflamatórios (HRYB et al., 1995). Dose diária de 4 - 6g da droga vegetal. O paciente poderá
apresentar problemas gastrintestinais leves durante o tratamento como efeito colateral.
Abóbora (Cucurbita pepo): as sementes possuem óleo fixo (ácido linoleico = 64%), esteróis, tocoferóis,
carotenos e minerais. Usada para tratamento da bexiga e hiperplasia prostática benigna. Estudos
experimentais mostrou que os esteróis deslocam a dihidrotestosterona dos receptores de androgênio em
fibroblastos humanos. A dose diária é de 10g de sementes.
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REFERÊNCIA
HRYB et al. The effect of extracts of the roots of the stinging nettle (urtica dioica) on the interaction of
SHBG with its receptor on human prostatic membranes. Planta med., v. 61, p. 31–31,1995.
JORGE, L. F; MARKMAN, B. E. O. Caracterização histológica e química (cromatografia em camada delgada)
de Plantago tomentosa Lam. (Tanchagem). Revista Brasileira de Farmácia, v. 75, n. 1, p. 10–12, 1994.
KAWASLITY et al. Flavonoides of Plantago species in Egipt. Biochemical Systematics and Ecology, v. 22, n.
7, p. 729–733, 1994.
LORENZI, H; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Nova Odessa:
Instituto Plantarum, 2002.
SCHULZ, V.; HANSEL, R.; TYLER, V. E. Fitoterapia racional um guia de fitoterapia para as ciências da saúde.
São Paulo: Manole, 2002.
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