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Boa vista – RR 2018 Universidade Federal de Roraima - UFRR Centro de ciências Agrarias - CCA Programa de pós-graduação em agronomia - POSAGRO Desenvolvimento e ciclo de vida de S. megarus em cultivo do Abacaxizeiro 1 Origem do abacaxizeiro 15º N e 30º S de latitude e 40º L e 60º W de longitude. Zonas central e sul do Brasil, o nordeste da Argentina e o Paraguai. Distribuição do gênero Ananas: Amazônia Encontrados o maior número de espécies consideradas válidas até o momento. Região Norte: considerada um segundo centro de diversificação do gênero (REINHARDT et al., 2000) Abacaxi - Estrutura Inflorescência: Espiga, formada de flores completas, cada uma localizada na axila de uma bráctea. Fruto: Composto, do tipo sorose, resultado da coalescência de um grande número de frutos simples (100 a 200) do tipo baga (frutilhos). Frutilhos: inseridos num eixo central, em disposição espiralada e intimamente soldados uns aos outros. Coroa: Resultado do tecido meristemático apical que a planta possui desde a sua origem. Produção de Frutas Produção do abacaxi Comprometimento da produção Fatores ambientais adversos; Práticas culturais inadequadas; Organização incipiente dos produtores; e, Problemas fitossanitários (pragas e doenças) (REINHARDT et al., 2000) Principais pragas e doenças do abacaxi: Broca-do-fruto-do-abacaxizeiro; Cochonilha; Percevejo do fruto; Moleque do abacaxi; Fusariose ou gomose; Murcha (vírus PMWaV (Pineapple Mealybug Wilt-associated Virus);e, Podridão-do-olho. Broca-do-fruto-do-abacaxizeiro Característica: ...pares de asas de coloração cinza-clara, com fileiras de manchas alaranjadas margeadas em branco. As antenas são aneladas de branco e os olhos são pretos e orlados de branco (Fonseca, 1937; Monte, 1938; Heinrich, 1947)... Os ovos: circulares de coloração esbranquiçada, achatados na porção inferior, reticulados e com 1,8 mm de diâmetro, e de fácil visualização na planta. Larvas: manchas longitudinais avermelhadas sobre o tom amarelo-escuro. O ventre e o dorso são ligeiramente deprimidos e a cabeça fica escondida pela parte anterior do protórax em forma de escudo Danos ao fruto do abacaxi Deformação do fruto, odor e sabor desagradáveis ao fruto, tornando-o impróprio para o consumo; e predisposição à invasão por insetos e à infecção por diversos agentes patogênicos (fusariose) (Manica, 1999; Bortoli, 1982) A lagarta ao penetrar na inflorescência rompe o tecido parenquimatoso, resultando no aparecimento de uma resina incolor, bastante fluída. Em contato com o ar, a resina forma bolhas irregulares, tornando-se amarelada e, ao endurecer, marrom-escura, caracterizando-se o sintoma conhecido como "resinose". 8 Objetivo Em razão de discordâncias ou inconsistências nos dados relacionados ao ciclo de vida desta praga observada em publicações, tem-se por objetivo a caracterização e a calendarização do ciclo de vida e seu comportamento em função da presença do abacaxi como única alternativa de abrigo, oviposição, alimentação e desenvolvimento. 9 Material e Métodos Obtenção de indivíduos adultos da espécie Strymon megarus Serão coletados em cultivo comercial abacaxis que apresentem as características visuais condizentes com a presença de larvas da broca-do-fruto-do-abacaxi (Strymon megarus), preservando-se os respectivos pedúnculos. Os frutos coletados, entre 60 a 80 unidades serão levados ao laboratório de entomologia onde em grupos de 5 unidades serão em gaiolas de 1x1 m até a eclosão dos adultos. 10 Material e Métodos Instalação do plantio de abacaxi O plantio de 160 mudas será disposto em espaçamento de fila dupla com 120 x 0,4 x 0,4 m, irrigado e adubado de acordo com os resultados da análise de solo e adubações foliares semanais na dosagem de 0,5% de ureia e 0,5% de cloreto de potássio, na quantidade de cinco litros de solução por m2. Indução da floração do abacaxi Aos oito meses após o plantio, as plantas de abacaxis serão submetidas à indução floral utilizando-se produto à base de Etefon (ácido 2 cloroetil-fosfônico), com nome comercial de Ethrel (concentração de 24% de Etefon) na formulação de 1,5 mL p.c/1000 mL de água + uréia a 2%, aplicada na roseta foliar da planta (50 ml por planta). 11 Material e Métodos Estabelecimento dos indivíduos na área de cultivo Após o apontamento das inflorescências, 80 plantas aleatoriamente escolhidas serão cobertas por gaiola de sombrite 50% com 1,5 m de altura por 2 m de largura. Em cada gaiola comportando 4 plantas em frutificação serão introduzidas 4 fêmeas para 2 machos, sendo durante o período de avaliação alimentadas por com uma solução de mel a 15%, fornecida por capilaridade em tubos de 30 mL. Oviposição Serão contados diariamente o numero de ovos nas inflorescências e observada a localização da oviposição, a fim de obter a media de ovos por adulto. A contagem encerrará diante a eclosão dos ovos. 12 Material e Métodos Desenvolvimento e período larval Notada a eclosão dos ovos, será iniciada o acompanhamento do desenvolvimento larval da praga. A observação se dará a cada 3 dias com a colheita de 3 fruto (cada fruto correspondendo a uma repetição) e a extirpação das larvas, as quais serão contadas, medidas, pesadas e caracterizadas visualmente, analisando-se também a evolução dos danos causados ao fruto. Esta fase encerrará após a observância do deslocamento da larva e a formação da pupa. Desenvolvimento e período pupal Após o deslocamento das larvas, será iniciado o acompanhamento do desenvolvimento da pupa até o surgimento do adulto. A observação se dará a cada 3 dias com a colheita de 3 fruto (cada fruto correspondendo a uma repetição) e a extirpação das pupas, as quais serão contadas, medidas, pesadas e caracterizadas visualmente. Esta fase encerrará após a observância do surgimento das borboletas. 13 Material e Métodos Duração da fase adulta Após a ruptura dos casulos, iniciará o acompanhamento dos insetos adultos para observação da fase final de seu ciclo de vida. Os insetos serão mantidos em regime de alimentação artificial, sendo durante este período avaliado a mortalidade dos insetos, bem como inicio e duração do acasalamento. Razão sexual A razão sexual será calculada pela fórmula: rs = no de fêmeas/(no de fêmeas + no de machos) Sucesso da oviposição Eclosão= total de borboletas nascidas n° total de ovos X 100 14 Resultados esperados A partir dos dados coletados, espera-se identificar e caracterizar o ciclo de vida da broca-do-fruto-do-abacaxi Strymon megarus, a fim de fornecer ferramentas para o sistema de monitoração da praga bem como para controle da praga de maneira mais sustentável e menos oneroso financeira e ambientalmente. 15 Boa vista – RR 2018 Universidade Federal de Roraima - UFRR Centro de ciências Agrarias - CCA Programa de pós-graduação em agronomia - POSAGRO Desenvolvimento e ciclo de vida de S. megarus em cultivo do Abacaxizeiro 16
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