Buscar

Agentes que aumentam a resistência a doenças

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

17/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/5
Agentes que aumentam a resistência
a doenças
ESTUDAR ALGUMAS PLANTAS QUE AUMENTAM A RESISTÊNCIA A DOENÇAS, SUAS AÇÕES
FARMACOLÓGICAS E INTERAÇÕES.
Adaptógenos
Compostos que aumentam a resistência não específica do organismo às influências externas, tais como
estresse, infecções (SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002). Veja algumas plantas que possuem esta função:
Ginseng (Panax ginseng C.A. Meyer): As raízes são carnosas, aromáticas e de sabor amargo-doce; contêm
glicosídeos de saponinas (0,5–3%), sendo ginsenosídeo o principal metabólito, polissacarídeos, flavonoides,
aminoácidos e vitaminas. Em ensaios clínicos randomizados, duplos-cegos e controlados, o extrato seco de
Panax ginseng G115 apresentou melhora da performance física, psicomotora e cognitiva, e também
imunomoduladora (VOGLER et al., 1999; BUCCI, 2000; COLEMAN et al., 2003).
Você sabia que o medicamento fitoterápico elaborado com ginseng pode interagir com fenelzina
(antidepressivo da classe dos inibidores da enzima monoamina oxidase)? Provoca insônia, cefaleia,
irritabilidade e alucinações (JONES; RUNIKIS, 1987). O mecanismo ainda é desconhecido, mas pode estar
relacionado com a atividade do ginseng sobre o sistema nervoso central.
Há estudos contraditórios a respeito da interação do ginseng com varfarina (JIANG et al., 2004; 2005; YUAN
et al., 2004), assim é importante monitorar o paciente, graças à possibilidade dos medicamentos
fitoterápicos à base de ginseng reduzir a eficácia dos anticoagulantes orais (CHENG, 2005).
O uso concomitante com estrogênios pode provocar efeitos adversos devido ao aumento da atividade
estrogênica, tais como mastalgia e sangramento menstrual excessivo (PALMER et al., 1978; PUNNONEN;
LUKOLA, 1980; GREENSPAN, 1983). Assim, você deve evitar o uso de medicamentos à base de ginseng em
pacientes com câncer de mama, sangramento vaginal anormal não diagnosticado, tromboflebite ativa,
distúrbios tromboembólicos e em gestantes.
01 / 04
17/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/5
Ao utilizar concomitantemente o medicamento à base de ginseng (200mg/dia) e nifedipina — 10 mg
(vasodilatador antagonista dos canais de cálcio) foram observados o aumento significativo nos efeitos
adversos desse anti-hipertensivo, tais como cefaleia, constipação, edema de tornozelos e insuficiência
cardíaca (SMITH et al., 2001).
Há estudos em animais demostrando que os medicamentos fitoterápicos à base de Panax ginseng ou Panax
quinquefolium podem provocar hipoglicemia em pacientes tratados com hipoglicemiantes orais, isto ocorre
provavelmente porque o ginseng aumenta a sensibilidade aos receptores da insulina e, também, a secreção
(VUKSAN et al., 2000; SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002).
O ginseng melhora a resposta imunológica em animais de laboratório (HU et al., 2003) e isso explica a
possível interferência do extrato de ginseng sobre a vacina polivalente para o tratamento do vírus
influenza, reduzindo os sintomas da gripe.
Astragalus (Astragalus membranaceous): a raiz é usada na China como revigorante, fortalece a resistência
do corpo, portanto é um adaptógeno. Possuem saponinas e flavonoides que provavelmente lhe confere essa
atividade. Na medicina tradicional chinesa a dose é de 3–6g da droga (SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002).
Antioxidantes
Plantas contendo componentes antioxidantes (polifenóis) proantocianidinas, que sequestram os radicais
livres e inibem a peroxidação de lipídeos. Potencializa a atividade da vitamina C na cicatrização de feridas e
auxilia a abaixar o colesterol sérico. Aumentam a resistência a muitas condições patológicas associadas ao
envelhecimento como aterosclerose e câncer (SIMÕES et al., 2007; SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002).
Você poderá encontrar antioxidantes nos extratos de semente de uva (Vitis vinifera) padronizados 80–85%
de procianidinas; folhas de chá verde (Camellia sinensis) contendo 30% de procianidinas, tendo seu extrato
60–97% de procianidinas. A dose inicial recomendada varia de 100–500mg/dia e manutenção dose de 50–
100mg/dia (SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002).
Por curiosidade, você sabe quantos polifenóis são consumidos numa xícara de chá verde? São 300–400mg
de polifenóis.
Estimulantes imunológicos
São agentes que aumentam a atividade do sistema imunológico. Têm ação inespecífica, mas alguns
acreditam que sejam decorrentes do estímulo de fatores imunológicos mediados por macrófagos,
granulócitos, leucócitos e de mediadores liberados pelo sistema imunológico celular (SCHULZ; HANSEL;
TYLER, 2002).
Algumas plantas imunoestimulantes:
02 / 04
17/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/5
Equinácea (Equinacea purpurea): a planta fresca contém polissacarídeos e alcamidas. As partes aéreas são
usadas para tratamento de infecções do trato respiratório superior e trato urinário inferior. Dose
recomendada é de 6–9mg/dia de suco de equinácea. Não deve ser utilizada em pacientes com doenças
sistêmicas, como tuberculose, esclerose múltipla e outras doenças autoimunes (SCHULZ; HANSEL;
TYLER, 2002).
Visco (Viscum album): nas partes aéreas são encontradas lectinas como principal metabólito ativo,
responsável pelo efeito imunoestimulante in vitro e in vivo, efeitos citotóxicos para vários tipos de célula
tumoral. Estudos com dose de 2,5g/kg de peso corporal (injeção subcutânea), durante três meses, mostrou
melhora da qualidade de vida de pacientes de tumores malignos. Porém, é contraindicada para pacientes
com tuberculose devido ao potencial efeito imunológico (SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002).
Chegamos ao fim desta aula. Agora, faça os exercícios propostos. Se ficar com dúvidas, não deixe de
esclarecê-las com seu professor.
Estimule seu raciocínio com o jogo da forca, clique no botão a seguir.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a19ex01_fitot68.htm)
A seguir, preencha a(s) lacuna(s) com a(s) palavra(s) adequada(s) às afirmações.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a19ex02_fitot68.htm)
Clique no botão a seguir e teste sua memória e aprendizado entretendo-se com a cruzadinha.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a19ex03_fitot68.htm)
REFERÊNCIA
BUCCI, L. Selected herbals and human exercise performance. Am. J. Clin .Nutr., v. 72, p. 624–636, 2000.
CHENG, T. O. Ginseng and other herbal medicines that interact with warfarin. Int. J. Cardiol., v. 104, p. 227,
2005.
  COLEMAN, C. I. et al. The effects of Panax ginseng on quality of life. J. Clin. Pharm Ther., v. 28, p. 5–15,
2003.
GREENSPAN, E. M. Ginseng and vaginal bleeding. JAMA, v. 249, p. 2018, 1983.
HU, S.et al. Adjuvant effect of ginseng extracts on the immune responses to immunization
against Staphylococcus aureus in dairy cattle. Vet. Immunol. Immunopathol, v. 91, p. 29–37, 2003.
JIANG, X. et al. Effect of ginkgo and ginger on the pharmacokinetics and pharmacodynamics of warfarin in
healthy subjects. Br. J. Clin. Pharmacol, v. 59, p. 425–32, 2005.
03 / 04
17/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/5
JIANG, X. et al. Effect of St John?s wort and ginseng on the pharmacokinetics and pharmacodynamics of
warfarin in healthy subjects. Br. J. Clin. Pharmacol, v. 57, p. 592–9, 2004.
JONES, B. D.; RUNIKIS, A. M. Interactions of ginseng with phenelzine.  J. Clin. Psychopharmacol, v. 7, p.
201–202, 1987.
PALMER, B. V. et al. Ginseng and mastalgia. BMJ, v. 1, p. 1284, 1978.
PUNNONEN, R.; LUKOLA, A. Estrogen-like effect of ginseng. Lancet, v. 181, p. 1110, 1980. 
SCHULZ, V.; HANSEL, R.; TYLER, V. E.  Fitoterapia racional um guia de fitoterapia para as ciências da
saúde. São Paulo: Manole, 2002.
SIMÕES C. M. O. et al. Farmacognosiada planta ao medicamento. Porto Alegre/Florianópolis: Universidade
UFRGS/ UFSC, 2007.
SMITH, M.et al. Piii-89 an open trial of nifedipine-herb interactions: nifedipine with st johns wort, ginseng
or ginkgo biloba. Clin. Pharmacol. ther, v. 69, p. 86, 2001.
VOGLER B. K. et al. The efficacy of ginseng. A systematic review of randomised clinical trials. Eur. J. Clin.
Pharmacol, v. 55, p. 567–575, 1999. 
VUKSAN, V.et al. American ginseng (Panax quinquefolius L) reduces postprandial glycemia in nondiabetic
subjects and subjects with type 2 diabetes mellitus. Arch. Intern. Med., v. 160, p.1009–13, 2000.
YUAN, C. S.et al. Brief communication: American ginseng reduces warfarins effect in healthy patients: a
randomized, controlled Trial. Ann. Intern. Med., v. 14, p. 23–27, 2004.
04 / 04
17/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/5

Continue navegando