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Atividade farmacológica e interações de plantas que atuam na pele, trauma, reumatismo e dor

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17/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/6
Atividade farmacológica e interações
de plantas que atuam na pele,
trauma, reumatismo e dor
ESTUDAR ALGUMAS PLANTAS QUE ATUAM COMO ANTI-INFLAMATÓRIOS, CICATRIZANTES DE FERIDAS,
ENTRE OUTRAS ATIVIDADES RELACIONADAS AO TRATAMENTO DE DOENÇAS DA PELE, TRAUMAS,
REUMATISMO E DOR.
Inflamação da pele
Existem muitas plantas com indicações dermatológicas, porém, além dos constituintes químicos, você deve
levar em consideração o excipiente ou agente de diluição mais apropriado para garantir a eficácia do
medicamento de uso tópico.
Camomila (Matricaria recutita L.): as inflorescências contêm 0,3 - 1,5% de óleos voláteis (camazuleno e a-
bisabolol são os principais); 1 - 3% de flavonóides (apigenina). Possuem atividades anti-inflamatórias em
razão da inibição 
da 5 - lipoxigenase e da ciclooxigenase; além de serem antiespasmódicas, carminativas, são também
bacteriostáticas e fungistáticas, principalmente para microorganismos gram-positivos e Candida albicans.
Por isso, os óleos de camomila (25 mg/mL) apresentam ótimos resultados em feridas infectadas. São
utilizadas para tratar inflamações da cavidade oral, gengivas, abscessos, fístulas, dermatite de contato e
eczemas.
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Hamamélis (Hamamelis virginiana): são utilizadas as folhas, os caules e casca, sendo esta a mais rica em
taninos (cerca de 12%). Os taninos têm ação adstringente na pele e mucosas, pois se complexam com as
proteínas, formando um precipitado que provoca vasoconstrição capilar. Esta redução da permeabilidade
vascular lhe confere efeito anti-inflamatório local, impedindo também que a bactéria se desenvolva nos
tecidos. Recomenda-se a dose de 0,1-1,0 g da droga vegetal aplicada topicamente na pele e nas
membranas mucosas várias vezes ao dia.
Dulcamara (Solanum dulcamara): contém saponinas esteroidais. A dose oral é de 1-3 g da droga vegetal
diariamente.
Calêndula (Calendula officinalis L.): as flores possuem flavonóides, saponinas, álcoois triterpênicos,
carotenóides, cumarinas, ácidos fenolcarboxilícos, óleo volátil, polissacarídeos e alantoina. Os extratos das
flores são bactericidas, fungistática, virucida e também apresenta ação cicatrizante. A complexação
tanino-proteína e/ou polissacarídeo auxilia, além do tratamento de inflamações, nos tratamentos de
feridas e queimaduras, pois formam uma camada protetora (SIMÕES et al., 2007). A dose oral
recomendada é de 1-2 g da droga vegetal. Na forma de pomada utiliza-se 2-5 g da droga seca em 100 g de
uma base (uso externo).
Equinácea (Echinacea purpurea L. Moench): a planta possui ácido caféico e seus derivados (ácido
chicórico, ácido caftárico, ácido clorogênico); alcamidas; flavonóides (quercetina e kempferol) e óleos
essenciais (borneol, entre outros). É indicada, além da profilaxia de infecções do trato respiratório e no
trato urogenital (uso interno), no tratamento de feridas e ulcerações crônicas (uso externo) e também é
usada no tratamento de acnes e eczemas. No entanto, você não deve indicá-la no caso de turbeculose,
distúrbios do colágeno e esclerose múltipla.
Mandrágora americana (Podophyllum peltatum): o rizoma e as raízes contêm a resina podofilotoxina (4%),
que possuem ações purgativas e embriotóxica. É usada externamente na forma de solução alcoólica 5-25%
ou pomada equivalente para retirar condilomas (verrugas venéreas).
Melaleuca (Melaleuca alternifolia): o óleo das folhas dessa espécie contém como principais compostos
químicos 1,8-cineol e (+)-terpinen-4, que lhe confere ação germicida (OLSEN, 1997). Pode ser usado
diluído em água (concentração de 2-10% ), no entanto, você deve alertar o paciente que o óleo não diluído
pode causar irritação cutânea.
Lesões /traumas
Para o tratamento de lesões resultantes de traumas podem ser utilizadas (SCHULZ; HANSEL; TYLER, 2002):
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Confrei (Symphytum officinale): as folhas e raízes contêm mucilagens, que são demulcentes locais,
alantoína que acelera a regeneração celular, muito importante na cicatrização. É indicada exclusivamente
para uso externo, tendo a pomada até 20% da droga vegetal. Por conter alcalóide pirrolizidina, podem ser
hepatotóxicos, carcinogênicos e mutagênicos.
Arnica (Arnica montana): as flores contêm 0,2 - 0,3% de óleo volátil (helenalina) e flavonas. São utilizadas
externamente na forma de pomada (20 - 25% de tintura ou 15% do óleo) em razão de suas propriedades
anti-inflamatórias e antiedema. As tinturas de arnica devem ser usadas na diluição 3:1 a 10:1. Assim, são
indicadas para furunculose, picadas de insetos, flebites superficiais e, principalmente, nos tratamentos de
condições pós-traumáticos e pós-operatórias, como torções, contusões, dores reumáticas dos músculos e
articulações, entre outras. Não se deve ingerir a arnica, pois há estudos que relatam morte após ingestão
de 70 g de tintura.
Algumas plantas utilizadas para o tratamento de
reumatismo e doenças degenerativas das articulações.
Garra do diabo (Harpagophytum procumbens): a droga vegetal contém 0,5-1,6% de harpagosídeo. Tem
ação antipirética, analgésica e possui ação anti-inflamatória. Inibe o lipopolissacarídeo (LPS), estimula a
expressão da COX-2 e induz a síntese de óxido nítrico (NO) (ANAUATE, 2007). Assim, é indicada para os
tratamentos de apoio a distúrbios músculo-esqueléticos degenerativos (dose de 4,5 g) e anorexia (1 - 3 g
da droga vegetal 3 vezes ao dia). Os usos concomitantes de anti-hipertensivos, anticoagulantes e
hipoglicemiantes devem ser evitados (BINSTOCK, 2009).
Boswellia serrata Roxb.: a resina contém ácidos boswellicos e é utilizada no tratamento de doenças
inflamatórias, principalmente reumáticas e urinárias (DAWSON, 2006; ERNST, 2008; SIDDIQUI et al.,
1984). A dose recomendada (via oral) é de 600-3000 mg de resina por dia (ERNST, 2008). Podem ocorrer
alguns efeitos adversos como náuseas, diarréia, dor abdominal e fraqueza (SENGUPTA et al., 2008).
Salgueiro (Salix alba): possui propriedades analgésicas, antipiréticas e antiinflamatórias (WALSH, 2002;
VANE, 2000; SCHMID et al., 2001). A salicina (pró-droga) é a principal responsável por essas propriedades
farmacológicas, pois, quando metabolizada, dá origem aos ácidos gentísico, saliciúrico e salicílico
(ARATHI; LEONARD, 2005).
No tratamento da dor são utilizadas
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Pimentão (Capsicum sp.): possui capsaicina (1,5%), usada no tratamento da artrite, reumatismo, enfim,
para aliviar a dor local. A monografia de 1990 da German Comission recomenda preparações semissólidas
(0,02 - 0,05% de capsaicinóides) e preparações líquidas (0,005 - 0,01%) para espasmos musculares
dolorosos.
Tanaceto (Tanacetum parthenium L.): as folhas contêm lactonas sesquiterpênicas (a principal é o
partenolídeo), guaianolídeos e eudesmanolídeos. Inibem as prostaglandinas (atuam na fosfolipase A2 no
início da cascata do ácido araquidônico), a agregação plaquetária e a atividade secretora de plaquetas e
leucócitos polimorfonucleares. As folhas de Tanaceto são contraindicadas para pacientes com
hipersensibilidade à planta, grávidas ou na lactação por haver risco de aborto em razão da indução de
contrações uterinas. Não deve ser usado para crianças.
Chegamos ao fim desta aula. Agora, faça os exercícios propostos. Caso fique alguma dúvida, leve a questão
ao Fórum e divida-a com seus colegas e professor.
Estimule seu raciocínio com o jogo da forca, clique no botão a seguir.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a17ex01_fitot68.htm)
Para memorizar os conhecimentos adquiridosnesta aula, clique no botão a seguir 
e faça o caça-palavras proposto.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a17ex02_fitot68.htm)
A seguir, preencha a(s) lacuna(s) com a(s) palavra(s) adequada(s) às afirmações.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a17ex03_fitot68.htm)
Estimule seu raciocínio com o jogo da forca, clique no botão a seguir.
EXERCÍCIO (https://ead.uninove.br/ead/disciplinas/web/_g/fitot68/a17ex04_fitot68.htm)
REFERÊNCIA
ANAUATE, M. C. C. Efeitos dos extratos de Harpagophytum procumbens (garra-do-diabo) e suas frações na
atividade de COX-1 e COX-2 e na produção de NO em sangue total. Tese (Doutorado em Ciências) –
Instituto de Reumatologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo. 2007.
ARATHI, S.; LEONARD, S. Herbal Medications commonly used in the practice of rheumatology: Mechanisms
of action, efficacy, and side effects. Semin Arthritis Rheu, v. 34, p. 773-784, 2005.
BINSTOCK, S. Harpagophytum procumbens (Burch.) DC. ex Meisn. Monografia apresentada para III Curso
de Aperfeiçoamento em Fitoterapia para Médicos, 2009.
DAWSON, S. Boswellia spp. Monografia de planta apresentada para o curso de Fitoterapia. (s.i.), 2006.
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ERNST, E. Frankincense: systematic review. BMJ, v. 3, p. 2813, 2008.
OLSEN, C. Australian tea tree oil guide. Colorado: Kali press, 1997.
SCHMID, B. et al. Pharmacokinetics of salicin after oral administration of a standardized willow bark
extract. Eur J Clin Pharmacol, v. 57, p. 387-391, 2001.
SCHULZ, V.; HANSEL, R.; TYLER, V. E. Fitoterapia racional: um guia de fitoterapia para as ciências da saúde.
São Paulo: Manole, 2002.
SENGUPTA, K. et al. A double blind, randomized, placebo controlled study of the efficacy and safety of 5-
Loxin for treatment of osteoarthritis of the knee. Arthritis Res Ther, Vijayawada, v. 10, n. 4, p. 85, 2008.
SIDDIQUI, M. M. H. et al. Chemical Standardization of "Kundur" (Oleo-Gum-Resin of Boswellia serrate
Roxb.). Ancient Science of Life, Coimbatore, v. 4, n. 1, p. 48-50, 1984.
SIMÕES, Claudia Maria Oliveira (Org.) et al. Farmacognosia: da planta ao medicamento. Porto
Alegre/Florianópolis: UFSC, 2007. The complete German Comission E Monographs. Terapeutic Guide to
Herbal Medicines. Blumenthal: American Botanical Council, 1990.
VANE, JR. The fight against rheumatism: from willow bark to COX-1 sparing drugs. Physiol Pharmacol. v.
51, p. 573-586, 2000.
WALSH, N. Willow bark extract for chronic pain. Rheumatol News, v. 1, p. 21, 2002.
ANVISA. Disponível em: www4.anvisa.gov.br (http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/BM/BM[34072-1-
0].PDF). Acesso em: 18 maio 2013.
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