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Inserir Título Aqui Inserir Título Aqui Plantas Medicinais e Fitoterapia Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Dr.ª Gisele Damian Antônio Gouveia Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais; • Plantas Cicatrizantes para Pele e Mucosa; • Plantas para Problemas Gastrointestinais; • Plantas para Tratamento da Dor; • Plantas e Saúde Mental; • Plantas para Circulação e Diurético; • Plantas Medicinais para Problemas Respiratórios; • Plantas Medicinais para Sintomas do Climatério; • Considerações Finais. Fonte: iStock/Getty Im ages Objetivos • Conhecer aplicações terapêuticas de algumas das principais plantas medicinais e fitoterápicas para o cuidado em saúde. Caro Aluno(a)! Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas. Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”. No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Bons Estudos! Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais Contextualização Espera-se dos profissionais de Saúde, estratégias que proporcionem espaço de orientação, sensibilização, discussão de casos para analisar as singularidades e os componentes subjetivos associados às queixas e necessidades de cada usuário e, assim, escolher a melhor opção terapêutica, seja fitoterápica ou de síntese. Sexta-feira. A semana está finalizando tranquila para a enfermeira da Cidade de Flores do Campo, quem conseguiu fechar o Programa de Fitoterapia com o prefeito para ofertar plantas medicinais e fitoterápicos para complementar o tratamento de agravos respiratórios, circulatórios, afecções de pele e mucosa, gastrointestinais, transtornos emocionais, problemas renais e geniturinários, climatérios, entre outros. – Prefeito, iniciaremos a qualificação de nossos profissionais em Fitoterapia, aplicando a Política e Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) em nosso município? – diz a enfermeira. – Secretária, vamos em frente! – diz o prefeito. – Eu levantei as plantas medicinais locais mais usadas pela população e as estou estudando. Aqui, em nossa região, existem várias espécies popularmente chamadas de aloe vera, calêndula, camomila, tansagem e malva. São plantas ricas em flavonoides que possuem ação cicatrizante e anti-inflamatória – diz a enfermeira. – Hum, interessante. Vou atender uma senhora para reavaliar uma queimadura. Iniciaremos o estudo pelas plantas cicatrizantes e anti-inflamatórias – diz o médico. – Sim. Boa ideia! Anotarei como pauta da nossa reunião! – Atendi uma pessoa obesa, com dispepsias e constipação. Por isso, conversei com a nutricionista para estudar algumas plantas para problemas gastrointestinais e obesidade – diz o médico. – Eu tenho um paciente de 53 anos de idade, marceneiro, com dores crônicas nos membros inferiores. Discuti o caso com o médico, pois preciso de auxílio para o seu manejo – diz o fisioterapeuta. – Existem várias práticas integrativas para dor crônica: intervenções comportamentais, psicoterapia, técnicas de relaxamento, acupuntura, auriculoterapia e fitoterapia – diz a enfermeira. 6 7 – Podíamos estudar as plantas medicinais e os fitoterápicos para o tratamento de dor musculoesquelética. Há medicamentos fitoterápicos incluídos na versão 2017 da Relação Nacional de Medicamentos (Rename) – diz a farmacêutica. – Doutor, sua paciente chegou – bate na porta a recepcionista para avisá-lo. – Doutor, passei por umas coisas esquisitas esta semana! – relata a mulher de 38 anos de idade. A paciente diz que não poderia explicar melhor o que aconteceu e chamou o marido que a acompanhava na consulta; este disse que se tratava de irritação, insônia e ansiedade. – Entendi. Orientarei o uso de algumas plantas medicinais para você tratar o seu transtorno emocional – respondeu o médico. Na reunião da semana seguinte, foi discutido o caso desta paciente: J.G.C., mulher, etnia branca, 69 anos de idade, pressão arterial = 120/80 Hg, relata edema nas pernas e varizes, que apareceram de repente; ultimamente tem sentido cansaço regularmente. Faz uso de plantas medicinais para ansiedade. Durante a consulta, começou a tossir, expectorando escarro. A enfermeira expôs ao grupo algumas plantas que podem ser utilizadas para o edema de membros inferiores e expectorantes. – A Fitoterapia é amplamente utilizada pela nossa população, para auxiliar no emagrecimento, dispepsias, constipação, diarreia, cicatrização, edemas, climatério, circulação, tosse, entre outros agravos de saúde. Vamos estudá-las? – pergunta a enfermeira. O convite da enfermeira do Município de Flores do Campo é para você também; aceite-o para conhecer a aplicação da Fitoterapia com recurso terapêutico. Paremos por aqui a nossa história para nos perguntarmos: Quais plantas podem ser utilizadas na prática clínica? 7 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais Há muitas plantas medicinais citadas pela medicina popular como recursos terapêuticos. O Formulário nacional de fitoterápicos (BRASIL, 2011) e o Memento terapêutico fitoterápico (BRASIL, 2017) apresentam formulações fitoterápicas para serem empregadas no tratamento de diferentes agravos de saúde. Assim, as plantas medicinais selecionadas para esta Unidade possuem evidências científicas pautadas em estudos fitoquímicos – in vitro e in vivo –, etnofarmacológicos – tradição de uso popular – e estudos clínicos. Plantas Cicatrizantes para Pele e Mucosa Aloe vera (L.) Burm. f., família Xanthorrhoeaceae – babosa: Figura 1 Fonte: tropicos.org • Grupos de princípio-ativo: polissacarídeos, saponinas, antraquinona; • Parte usada: mucilagem das folhas frescas; • Indicação terapêutica: queimaduras de primeiro e segundo graus, hemorroida e afecções do couro cabeludo, como cicatrizante; • Via de administração: tópico – adulto e infantil; • Aplicação terapêutica: gel hidroalcoólico ou pomada de extrato glicólico de babosa de 10% – aplicar nas áreas afetadas de uma a três vezes ao dia; • Efeitos adversos: dermatite de contato e o uso interno de nefrotóxicas. Além da Aloe vera (L.) Burm. f., existe a espécie chamada de Aloe arborescens Mill – babosa-de-árvore. Consulte o site Tropicos e conheça a Aloe arborescens Mill em: https://goo.gl/aMM9Gd. 8 9 Calendula officinalis L., Asteraceae – calêndula, margarida-dourada, maravilha: Figura 2 Fonte: tropicos.org • Grupos de princípio-ativo: óleo essencial, saponinas, flavonoides – hipeosídeos, antrocianinas; • Parte usada: capítulos florais secos; • Indicações terapêuticas: dermatite de fralda, fissura mamária, queimaduras de segundo e terceiro graus, acne, cavidade oral como anti-inflamatório e cicatrizante; • Via de administração: tópico – acima de dois anos de idade; • Aplicação terapêutica: » Infusão: de 1 a 2 g das flores secas em 150 mL de água fervente. Fazer compressas, bochechos ou gargarejos três vezes por dia;» Tintura 10%: realizar bochechos ou gargarejos com 25 mL de tintura diluída em 100 mL de água; » Gel, creme ou pomada com extrato glicólico de calêndula 10%: aplicar na área afetada três vezes ao dia, por cinco a dez dias; » Efeitos adversos: reações alérgicas; » Contraindicações: uso interno – ação espermicida, antifertilizante e uterotônico. Chamomilla recutita L., Rauschert, família Asteraceae – camomila: Figura 3 Fonte: tropicos.org 9 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais • Grupos de princípio-ativo: flavonoides, cumarina, óleo essencial, apigenina-7- glicosídeo e derivados bisabolônicos calculados como levomenol; • Parte usada: capítulos florais; • Indicações terapêuticas: » Uso externo: para desconforto de dentição em bebês, gengiva, eczemas, queimaduras de segundo e terceiro graus, dermatite de fralda, brotoejas, acne – como anti-inflamatório; » Uso interno: antiespasmódico intestinal, ansiolítico e sedativo leve, dispep- sias funcionais. • Vias de administração: oral e tópico – acima de doze anos de idade; • Aplicações terapêuticas: » Infuso: Uso interno: 3 g de inflorescências secas em 150 mL de água fervente. Tomar uma xícara com a substância de duas a três vezes ao dia; Uso externo: de 6 a 9 g de inflorescências secas em 150 mL de água fervente para bochechos e/ou gargarejos, três vezes ao dia, ou de 30 a 100 g de droga vegetal em 1000 mL de água para preparar compressas. » Cápsula e comprimido de extrato seco – equivalente entre 4 e 24 mg de apigenina-7-glicosídeo: uma cápsula duas vezes ao dia; » Spray de camomila 10% ou gel oral base: aplicar dois jatos seis vezes ao dia – até oito vezes por dia; » Tintura 10%: administrar de 1 a 4 mL três vezes ao dia, ou de 0,2 a 2 mL em dose única diluída em 100 mL de água – uso tópico; » Creme, loção, pomada de extrato glicólico camomila 10%: aplicar sobre a área afetada. • Efeitos adversos: reações alérgicas, dermatites de contato; • Contraindicações: gestantes, hipersensibilidade; • Interações medicamentosas: anticoagulantes orais, estatinas, contraceptivos orais, radioterapia. Malva sylvestris L., família Malvaceae – malva: Figura 4 Fonte: tropicos.org 10 11 • Principais classes químicas: mucilagem (10-20%), flavonoides – antocianinas –, vitamina C, complexo B, taninos e minerais; • Partes usadas: folha e flores; • Indicações: » Uso externo: afecções bucais, garganta, pele como anti-inflamatório e antisséptico. » Uso interno: expectorante pelo emprego das flores Malva sylvestris L. • Vias de administração: oral e tópico – adulto; • Aplicações terapêuticas: » Infusão: Uso interno: 2 g de flores secas em 150 mL de água fervente; Uso externo: 6 g de folhas e flores secas em 150 mL de água fervente. Após higienização, aplicar o infuso com o auxílio de algodão sobre o local afetado, três vezes ao dia, ou fazer bochechos ou gargarejos três vezes ao dia. Pode ser usado também na forma de banho localizado. » Enxaguatório bucal de tintura de malva 5%: 10 mL em 75 mL de água para gargarejos e bochechos, até quatro vezes ao dia. A duração da administração é até o desaparecimento dos sintomas, sem contraindicações ao tratamento prolongado. • Efeitos adversos: reações alérgicas ocasionais. Em caso de superdosagem, pode ocorrer o aparecimento de náuseas, excitação nervosa e insônia. Em doses elevadas é purgativo; • Contraindicação: uso interno, no primeiro trimestre da gestação; • Interação medicamentosa: pode alterar a absorção de medicamentos. Há outras espécies de malva: malva-comum – Malva parviflora L. – e malva-cheirosa – Pelargonium graveolens L’Hér. Nessas duas espécies o uso é, exclusivamente, externo para aplicação tópica, ou em bochechos por, no máximo, uma semana.. Consulte o site Tropicos e conheça a diferença entre Malva parviflora L. – Disponível em: https://goo.gl/UaMCMo – e Pelargonium graveolens L’Hér – Disponível em: https://goo.gl/bENGTj. Quais outras plantas com ação cicatrizante e anti-inflamatória existem na sua cidade? Acesse o Protocolo de medicamentos fitoterápicos em enfermagem de Betim, MG, Disponível em: https://goo.gl/D9vgGt e conheça diferentes fórmulas fitoterápicas para o tratamento de feridas. 11 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais Plantas para Problemas Gastrointestinais Você pode levantar as plantas mais utilizadas para problemas gastrointestinais para – a partir daí – discutir com os seus colegas de trabalho as principais evidências científicas. Isto dará mais segurança para você e seus colegas conversarem com os usuários sobre o emprego adequado de plantas medicinais. Ademais, veremos algumas plantas com indicação para dispepsia, constipação e diarreia. Cynara scolymus L., família Asteracea – alcachofra: Figura 5 Fonte: tropicos.org • Grupos de princípio-ativo: saponinas, óleo essencial, flavonoides, derivados de ácido cafeoilquínico – ácido clorogênico; • Partes usadas: folhas; • Indicações terapêuticas: colagogo e coleréticoco. Tratamento de dispepsia funcional e de hipercolesterolemia leve a moderada, antiflatulento e diurético. Auxilia na prevenção de asteriosclerose e sintomas do intestino irritado; • Via de administração: oral – acima de doze anos de idade; • Aplicação terapêutica: infuso – 1 g de folhas secas em 150 mL de água. Tomar duas xícaras com a substância ao dia, antes das refeições; • Formas farmacêuticas fitoterápicas: » Solução oral ou tintura 20%: de 2,5 a 5,0 mL em 75 mL de água três vezes ao dia antes das principais refeições. Recomenda-se o seu uso cerca de trinta minutos antes das refeições; » Cápsula de droga vegetal – equivalente entre 24 e 48 mg de derivados de ácido cafeoilquínico expressos em ácido clorogênico: duas cápsulas, de duas a quatro vezes ao dia, durante duas semanas. Dose diária é expressa pela concentração/quantidade do marcador padronizado pela Instrução Normativa (IN) n.º 2, de 13 de maio de 2014, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A dosagem por cápsula é definida pelo fornecedor. 12 13 • Contraindicações: gestantes, nutrizes, doenças da vesícula biliar, hepatite grave, falência hepática e câncer hepático; • Interações medicamentosas: medicamentos metabolizados pelas CYP3A4, CYP2B6 e CYP2D6, anticoagulantes, cumarínicos e diuréticos. Foeniculum vulgare Mil., família Apiaceae – funcho: Figura 6 Fonte: tropicos.org • Grupos de princípio-ativo: óleo essencial – anetol 90-95% –, proteínas, cumarinas, flavonoides, potássio, vitaminas A, B, C, E, ácido fólico; • Partes usadas: frutos; • Indicações: para alívio da dor em dismenorreia primária, síndrome pré-menstrual moderada e leve, tratamento de cólica infantil; • Via de administração: oral – acima de dois anos de idade; • Aplicação terapêutica: » Infusão: 10 g do fruto seco em 150 mL de água fervente. Tomar três vezes ao dia, por sete dias. Crianças abaixo de doze anos de idade, usar um quarto da dose do adulto; » Tintura 20% – acima de doze anos de idade: 50 gotas (2,5 mL) da tintura em 75 mL de água, de uma a três vezes ao dia, por sete dias. • Efeitos adversos: alergias de pele, asma, dermatite de contato; • Contraindicação: gestantes; • Interação medicamentosa: pode interagir com ciprofloxacina. A espécie Foeniculum vulgare, popularmente chamada de funcho, comumente é confundida como a Pimpinella anisum L. – erva-doce. 13 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais Consulte o site Tropicos e conheça a diferença entre funcho – Disponível em: https://goo.gl/3W9vS9 – e Erva-Doce – Disponível em: https://goo.gl/Vbue2n. Há evidências do uso do Foeniculum vulgare para tratamento de cólica infantil. A cólica é um problema significativo em crianças e gera infortúnios psicológicos, emocionais e físicos aos pais. O funcho tem mostrado efeitos na redução dos espasmos intestinais e aumento da motilidade intestinal delgada. Assim, o infuso e/ou fitoterápicousado por sete dias, poderia ser uma opção terapêutica segura, eficaz e de baixo custo para tratar a cólica infantil (SAVINO et al., 2005; ATTARHA; ROSBAHANI; YOUSSEFI, 2008). Hamamelis virginiana L., família Hamamelidaceae – hamamélis: Figura 7 Fonte: tropicos.org • Grupos de princípio-ativo: taninos totais expressos em pirogalol, flavonoides, princípios amargos, óleos essenciais, saponinas; • Partes utilizadas: casca do caule e folhas; • Indicação terapêutica: » Uso interno: alívio sintomático de prurido e ardor associado à hemorroida; » Uso externo: hemorroidas externas, equimoses, varizes, eczemas e acne. • Vias de administração: oral e tópico – adulto; • Aplicação terapêutica: » Decocção – casca: de 3 a 6 g da casca da hamamélis em 150 mL de água duas vezes ao dia, ou fazer banho de assento três vezes ao dia para hemorroidas; » Infusão – folhas: uma colher de sobremesa com a substância, duas vezes ao dia; » Tintura 10%: 10 mL de tintura diluída em 100 mL de água, aplicar três vezes ao dia; » Pomada de extrato glicólico de hamamélis de 2 a 5%: aplicar a pomada três vezes ao dia no local afetado. Se possível, massagear de forma circular a parte lesionada até que a pomada tenha aderido totalmente à pele. 14 15 • Contraindicações: gravidez, lactação ou em crianças, gastrite, úlcera gastroduodenal. Na estética, é utilizada como adstringente, esta que é caracterizada pela propriedade dos taninos em precipitar proteínas das células superficiais das mucosas e tecido Maytenus ilicifolia Mart. ex Reiss., M. aquifolium Mart., família Celastraceae – espinheira-santa: Figura 8 Fonte: jbrj.gov.br • Grupos de princípio-ativo: terpenos, flavonoides e taninos; • Parte utilizada: folhas coriáceas; • Indicação terapêutica: protetor da mucosa gástrica, antiácido e antidispéptico; • Via de administração: oral – acima de doze anos de idade; • Aplicações terapêuticas: » Decocção: 3 g de folhas para 150 mL de água. Após a fervura, manter o recipiente fechado por dez minutos. Tomar de três a quatro vezes ao dia; » Cápsulas e comprimidos contendo extrato seco – equivalente entre 60 e 90 mg de taninos totais expressos em pirogalol: uma cápsula de duas a três vezes ao dia. • Contraindicação: gestantes e na amamentação – reduz o leite materno; • Efeitos adversos: náuseas, secura, gosto estranho na boca, tremor nas mãos, poliúria e aumento do apetite. Há diferentes espécies de espinheira-santa na América do Sul, tais como M. aquifolium Zollernia ilicifolia (Brongn.) Vog. (Fabaceae) e Sorocea bonplandii (Baill.) Burger, Lauj. e Bper (Moraceae). Maytenus ilicifolia e M. aquifolium Mart. apresentam estudos de segurança e eficácia. Entretanto, o mesmo não se pode dizer da Zollernia ilicifolia, esta que tem glicosídios cianogênicos e efeito tóxico, mesmo que também possuam efeitos antiúlcera e analgésico. 15 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais Consulte o site Rede Flora – Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br – e conheça a diferença entre as espinheiras-santas Maytenus aquifolium Mart., Zollernia ilicifolia (Brongn.) Vog. e Sorocea bonplandii (Baill.) Burger, Lauj. & Bper. Frangula purshiana (DC.), família Rhamnaceae – cáscara-sagrada: Figura 9 Fonte: tropicos.org • Grupos de princípio-ativo: glicosídeos antracênicos, antraquinona, derivados hidroxiantracênicos expressos em cascarosídeo A; • Parte utilizada: casca seca; • Indicação terapêutica: constipação intestinal ocasional; • Via de administração: oral – acima de dez anos de idade; • Aplicação terapêutica: » Decocção: de 0,3 a 1 g da casca seca da planta em 150 mL de água. Tomar de meia a uma xícara com chá antes de dormir; » Cápsula e comprimidos contendo droga ou extrato vegetal – equivalente entre 20 e 30 mg de derivados hidroxiantracênicos expressos em cascarosídeo A: uma cápsula por dia. Não ultrapassar o uso contínuo de uma semana, devido ao risco de desequilíbrio eletrolítico. • Efeitos adversos: câimbras, desconforto do trato gastrointestinal, espasmos abdominais, cólica e dor, fezes aquosas, hipocalemia, hipocalcemia, acidose metabólica, má absorção de nutrientes, perda de peso, albuminúria, hematúria; • Contraindicações: refluxo, estenose, atonia, doenças inflamatórias do cólon, apendicite, desidratação grave, constipação intestinal crônica, pólipos, gestantes e lactantes, hipersensibilidade e alergia em menores de dez anos de idade, cólicas, hemorroidas, insuficiência hepática, renal e cardíaca ou quaisquer sintomas de distúrbios abdominais não diagnosticados, tais como dor, náuseas ou vômitos; • Interações medicamentosas: glicosídeos cardiotônicos, antiarrítmicos, diuréticos tiazídicos, adrenocorticosteroides. 16 17 Vernonia condensata (Baker) H. Rob., família Asteraceae – boldo-alumã: Figura 10 Fonte: hortomedicinaldohu.ufsc.br • Grupos de princípio-ativo: saponinas, glicosídeos cardiotônicos – vernonia –, flavonoides, óleos essenciais, substâncias amargas, tripertenoides, cinarina; • Partes utilizadas: folhas; • Indicação: antidispéptico; • Via de administração: oral – acima de doze anos de idade; • Aplicação terapêutica: » Infusão: 3 g de folhas secas em 150 mL de água fervente. Tomar uma xícara com a substância três vezes ao dia antes das principais refeições; em caso de gases, usar após as refeições por, no máximo, duas semanas; » Sumo: macerar meia folha em um copo com água fria por dez minutos – favorece a extração de princípios amargos. Coar e tomar três vezes ao dia. • Contraindicação: gravidez e lactação – pode haver pessoa sensível; • Efeitos adversos: alergia – suspender o uso. Há outras espécies conhecidas como boldo: Coleus barbatus (Andr.) Benth. – boldo-de- jardim, boldão –; Plectranthus ornatus – boldinho, boldo-gambá – e Peumus boldus – boldo-do-chile. É importante fazer a diferenciação entre as espécies de boldo presentes nos jardins dos domicílios e o boldo industrializado: o boldo-do-chile ou boldo verdadeiro não é uma planta nativa do Brasil, sendo comercializada apenas em ervanários, farmácias ou supermercados. Já a Vernonia condensata é uma planta de sabor amargo, que apresenta um número maior de evidências científicas como analgésica, sedativa, antiulcerogênica, antimicrobiana, que facilita a digestão, sendo carminativa – por expulsar gases. Consulte o site Rede Flora – Disponível em: https://goo.gl/ydoasv – e conheça as diferenças entre os boldos Coleus barbatus (Andr.) Benth. (boldo-de-jardim) – Disponível em: https://goo.gl/2M1jht –, Plectranthus ornatus – boldinho, Disponível em: https://goo.gl/7fmrNN – e Peumus boldus – boldo-do-chile,Disponível em: https://goo.gl/d4rew6. 17 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais Zingiber officinale Roscoe, família Zingiberaceae – gengibre: Figura 11 Fonte: Wikimedia Commons • Grupos de princípio-ativo: óleos essenciais, gingeróis – 6-gingerol, 8-gingerol, 10-gingerol e 6-shogaol; • Parte utilizada: rizoma; • Indicações terapêuticas: náusea gravídica e pós-operatória – antiemético –, cinetose e antidispéptico. Expectorante utilizado em casos de gripe, resfriado e disfonia; • Via de administração: oral – acima de doze anos de idade; • Aplicação terapêutica: » Droga vegetal fresca ou seca, pulverizada – pó: de 1 a 2 g do rizoma em pó – equivalente a 8 a 16 mg de gingeróis na droga vegetal; » Decocção: Uso interno: de 0,5 a 1 g de rizoma picado em 150 mL de água. Ferver por sete minutos. Após a fervura, manter o recipiente fechado por cinco minutos. Tomar de duas a quatro vezes ao dia; Uso externo: fazer decocção de gengibre e aplicar compressas. » Tintura 20%: 50 gotas – ou 2,5 mL – da tintura diluída em 75 mL de água, de uma a três vezes ao dia, ou de 1,5 a 3,0 mL diariamente; » Cápsula e comprimido de droga vegetal – equivalente a 4 a 16 mg de gingeróis (para crianças acima de seis anos de idade) e de 16 a 32 mg de gingeróis (para adultos): uma cápsula deduas a quatro vezes ao dia; » Xarope: misturar o rizoma ralado com um xarope de mel. • Contraindicações: casos de litíase biliar, gestantes, pacientes com cálculos biliares; • Interação medicamentosa: anticoagulante. 18 19 Assista à Videoaula desta Unidade, pois lá saberá porque o tratamento da obesidade é complexo e multidisciplinar, sendo que pode incluir intervenções não medicamentosas e medicamentosas. Assim, a Fitoterapia pode ser uma opção de tratamento da obesidade. Afinal, há estudos que avaliam outras plantas medicinais a esse tipo de tratamento, entre as quais, Centela asiatica L. Urban.; Ilex paraguariensis; Garcinia cambogia; Camellia sinensis; Ilex paraguariensis (MANENTI, 2010). Quais plantas para emagrecer existem na sua cidade? Plantas para Tratamento da Dor Arnica montana L., família Asteraceae – arnica: Figura 12 Fonte: tropicos.org • Grupos de princípio-ativo: mucilagem, cumarinas, flavonoides, terpenoides, óleos essenciais, princípios amargos, lactonas sesquiterpênicas totais expressas em tiglato de diidrohelenalina. O princípio tóxico da arnica é a helenalina, contraindicando-a para uso oral. • Partes utilizadas: flores; • Indicações terapêuticas: equimoses, hematomas e contusões, anti-inflamatório; • Via de administração: tópico – adulto e infantil; 19 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais • Aplicação terapêutica: » Infusão: 3 g de flores secas em 150 mL de água fervente. Aplicar na forma de compressa, de duas a três vezes ao dia; » Tintura 20%: 50 gotas – ou 2,5 mL – da tintura diluída em 75 mL de água; aplicar no local três vezes ao dia; » Gel, loção ou pomada de arnica de 2 a 10%: aplicar na pele até três vezes ao dia para dor. Não utilizar por um período superior a sete dias, pois o uso prolongado pode provocar dermatites de contato e formação de vesículas e eczemas. A dose diária de Arnica montana L. – arnica – tintura e formas farmacêuticas semissólidas é de 0,16 a 0,20 mg de lactonas sesquiterpênicas totais expressas em tiglato de diidrohelenalina por grama ou 0,08 mg de lactonas sesquiterpênicas totais expressas em tiglato de diidrohelenalina por mL (BRASIL, 2017). • Contraindicações: lesões abertas. É tóxica quando usada internamente. Sua ingestão pode causar náusea, vômito, dor no estômago, cólica abdominal, agitação, convulsão, tontura, diarreia, tremores e até morte; • Efeitos adversos: o uso prolongado pode causar eczema e dermatite edematosa com formação de pústula. A Arnica montana L. só pode ser utilizada via oral em diluições homeopáticas. Não é encontrada nos jardins brasileiros, apenas em forma de fitoterápicos. As espécies vegetais encontradas nos domicílios brasileiros e chamadas popularmente de arnica são: Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass – cravinho/arnica da praia –, Calea uniflora Less. – arnica da praia, encontrada na região de Imbituba, SC –, Senecio oleosus Velloz. e Senecio conyzifolius Baker – arnica da serra –, Solidago chilensis Meyen – arnica erva-lanceta –, Chaptalia nutans (L.) Polak – arnica língua-de-vaca –, Pluchea sagittalis – quitoco, arnicon – e Sphagneticola trilobata (L.) Pruski – arnica wedelia ou insulina vegetal. Tais espécies não devem ser utilizadas por via oral, pois podem causar gastrenterites e distúrbios cardiovasculares. Consulte o site do Horto Didático do Hospital da Universidade Federal de Santa Catarina, Disponível em: https://goo.gl/GuwWQZ, e conheça as diferentes espécies de arnicas a fim de evitar confusão com a Arnica montana no momento de sua orientação ou prescrição. 20 21 Cordia verbenacea DC., família Boraginaceae – erva-baleeira, caramona: Figura 13 Fonte: tropicos.org • Sinonímia: Varronia curassavica Jack; • Grupos de princípio-ativo: óleos essenciais, flavonoides; • Partes usadas: folhas; • Indicação terapêutica: anti-inflamatório em dores associadas a músculos e tendões; • Via de administração: tópico – acima de doze anos de idade; • Aplicação terapêutica: » Infusão: 3 g de folhas secas para 150 mL de água fervente. Aplicar compressa na região afetada, três vezes ao dia; » Pomada de extrato hidroalcoólico de erva-baleeira 10%: aplicar nas áreas afetadas, de uma a três vezes ao dia; » Spray de Cordia verbenácea – óleo essencial – 5 mg: aplicar nas áreas afetadas, de uma a três vezes ao dia. • Efeitos adversos: aumento da diurese e melhora de sintomas gastrintestinais; • Contraindicação: gestantes – não há estudos. 21 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais Rosmarinus officinalis L., família Lamiaceae – alecrim-da-horta: Figura 14 Fonte: tropicos.org • Sinonímias: Salvia rosmarinus (L.) Schleid; • Grupos de princípio-ativo: óleo essencial – cânfora 15 a 25% e alfa pineno até 25% –, flavonoides, taninos, diterpenos, ácido rosmarínico; • Partes utilizadas: folhas e flores; • Indicações: anti-inflamatório, antioxidante, estimulante da circulação sanguínea, analgésico, antiedematogênico; • Via de administração: tópico – adulto; • Aplicações terapêuticas: » Fusão: de 3 a 6 g das folhas secas em 150 mL de água fervente. Aplicar compressas no local afetado duas vezes ao dia, ou 50 g das folhas secas em 1 L de água fervente para banho de imersão; » Tintura 20% ou álcoolatura: 10 mL diluídos em 75 mL de água. Aplicar compressas no local afetado duas vezes ao dia; » Cataplasma de alecrim com argila verde: Misturar 2 colheres com argila verde com 20 mL de infuso de alecrim até formar uma pasta de consistência semilíquida. Aplicar sobre a pele no local da dor, por uma hora, duas vezes por semana, por três meses. • Efeitos adversos: o uso oral pode acarretar risco de gastroenterites, nefrite; • Contraindicações: gravidez, problemas de próstata, epilepsia, doenças agudas de pele de causas desconhecidas, doenças febris e infecciosas; • Interações medicamentosas: diuréticos, laxantes e hipotensores. Uncaria tomentosa (Willd. ex Roem. & Schult.), família Rubiaceae – unha- -de-gato: 22 23 Uncaria Tomentosa: https://goo.gl/PFw66b • Grupos de princípio-ativo: flavonoides, saponinas, alcaloides oxindólicos pentaclíclicos; • Partes utilizadas: cascas; • Indicações terapêuticas: osteoartrite de joelho e artrite reumatoide ativa como anti-inflamatório; • Via de administração: oral – adulto; • Aplicações terapêuticas: » Decocção: 0,5 g de casca em 150 mL de água fervente. Tomar uma vez ao dia; » Extrato fluido: de 2,5 a 5 mL, de uma a duas vezes ao dia; » Cápsulas ou comprimidos de extrato seco ou droga vegetal – 0,9 mg de alcaloides oxindólicos pentaclíclicos: uma cápsula, de duas a três vezes ao dia por, no máximo, oito semanas. • Efeito adverso: risco de hemorragia; • Interações medicamentosas: inibe citocromo P450, protease, warfarina, teofi- lina, estrogênios e gengibre. Potencializa anticoagulantes, antiplaquetários, aspi- rina e clopidogrel; • Contraindicações: gestantes, lactantes, crianças, autoimunes ou em terapia de imunossupressão, na espera de receber transplantes de órgãos ou em enxertos de pele. Quais outras plantas usadas para tratamento da dor existem na sua cidade? Plantas e Saúde Mental Melissa officinalis L., família Lamiaceae – erva-cidreira, melissa: Figura 15 Fonte: tropicos.org • Grupos de princípio-ativo: óleos essenciais – citranelal, citral –, taninos, glicosíde- os, flavonoides, substâncias amargas, ácido rosmarínico; 23 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais • Partes utilizadas: folhas e ramos; • Indicações terapêuticas: ansiolítico, sedativo leve, antiespasmódico, carminativo; • Via de administração: oral – acima de doze anos de idade; • Aplicações terapêuticas: » Infusão: de 1 a 4 g de folhas secas em 150 mL de água fervente. Tomar de duas a três vezes ao dia; » Cápsula e comprimidos de extrato seco – de 60 a 180 mg de ácidos hidroxici- nâmicos expressos em ácido rosmarínico. Tomar uma cápsula duas vezes ao dia. • Contraindicações: hipotireoidismoe hipotensão arterial; • Interações medicamentosas: hipnóticos, sedativos e antidepressivos. A Melissa officinalis cultivada no Brasil não floresce. Existem várias outras plantas conhecidas como melissas, vejamos: Lippia citrodora – cidró –; Lippia alba (Mil) N. E. Br. ex Britton & P. Wilson – salva/erva-cidreira (redução da pressão arterial por efeito direto sobre o músculo liso vascular, levando à vasodilatação –; Cymbopogon citratus (DC) Stapf – capim-limão –; Nepeta sp. – erva-dos-gatos –; Aloysia triphyla Royle – erva-luísa –; Hedyosmum brasilienses – cidreira-de-árvore –; Elionurus muticus – capim-cidreira-fino. Consulte o site do Horto Didático do Hospital da Universidade Federal de Santa Catarina, disponível em: <http://www.hortomedicinaldohu.ufsc.br/sobreohorto.php>, e conheça os diferentes tipos de erva-cidreira. Passiflora edulis Sims., família Passifloraceae – maracujá: Figura 16 - P. alata Curtis Fonte: tropicos.org 24 25 Figura 17 - P. edulis Sims Fonte: tropicos.org Figura 18 - Passi� ora incarnata L. Fonte: tropicos.org • Grupos de princípio-ativo: fitoesteróis, heterosídeos cianogênicos, alcaloides indólicos, flavonoides, cumarinas; • Partes utilizadas: folhas; • Indicações terapêuticas: ansiolítico e sedativo leve, efeito anti-hipertensivo, antioxidante; • Via de administração: oral – acima de doze anos de idade; • Aplicações terapêuticas: » Suco: um copo com suco de três a cinco vezes ao dia; » Cápsula de droga vegetal – equivale a 30 a 120 mg de flavonoides totais expressos em vitexina: uma cápsula, de uma a quatro vezes ao dia; » Tintura 20%: de 0,5 a 2,0 mL, três vezes ao dia. 25 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais • Efeitos adversos: asma, rinite, sonolência excessiva; • Contraindicações: gestantes, lactantes e pessoas que dirigem veículos ou operam máquinas, já que a habilidade e atenção podem ficar reduzidas, alcoolistas, diabéticos; • Interações medicamentosas: antidepressivos, sedativos, anticoagulantes, inibidirda monoamino oxidase. Valeriana officinalis L., família Valerianaceae – valeriana: Figura 19 Fonte: Wikimedia Commons • Grupos de princípio-ativo: monoterpenos, sesquiterpenos, epóxi-iridoides, valepotriatos, ácidos sesquiterpênicos expressos em ácido valerênico; • Parte utilizada: raiz; • Indicações terapêuticas: sedativo moderado, hipnótico e no tratamento de distúrbios do sono associados à ansiedade; • Via de administração: oral – acima de doze anos de idade; • Aplicações terapêuticas: » Cápsulas e comprimidos de droga vegetal ou extrato seco – equivalem de 1 a 7,5 mg de ácidos sesquiterpênicos expressos em ácido valerênico: uma cápsula, de uma a três vezes ao dia, preferencialmente de uso diurno durante duas a quatro semanas. É um fitoterápico, de modo que pode ser usado somente sob prescrição médica. A Melissa oficinalis 80 mg pode ser associada à Valeriana oficinalis 120 mg para auxiliar na síndrome de abstinência, quadros de ansiedade e insônia. 26 27 » Tintura 20%: de 1 a 3 mL diluídos em 75 mL, de uma a três vezes ao dia como sedativo. Para distúrbios de sono, deve-se usar dose única antes de dormir. A dose diária de Valeriana officinalis L. – valeriana – em cápsulas, comprimidos, ou tintura deve ser de 1 a 7,5 mg de ácidos sesquiterpênicos expressos em ácido valerênico (BRASIL, 2014). • Efeitos adversos: tontura, desconforto gastrointestinal, alergia de contato, cefa- leia, midríase; • Interações medicamentosas: potencializa barbitúricos, anestésicos, benzodiazepí- nicos e outros depressores do Sistema Nervoso Central (SNC); • Contraindicações: gestantes, lactantes e em crianças menores de três anos de idade. Consulte sobre as interações medicamentosas e contraindicações no site do Observatório Interação Planta Medicamento (OIPM), disponível em: <http://www.oipm.uc.pt/home>. Quais são as outras plantas usadas para insônia, depressão e ansiedade no seu município? Plantas para Circulação e Diurético Aesculus hyppocastanum L., família Sapindaceae – castanha-da-índia: Figura 20 Fonte: tropicos.org 27 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais • Grupos de princípio-ativo: cumarinas, flavonoide, saponina, glicosídeos triterpêni- cos – escina anidra; • Parte utilizada: semente; • Indicações: insuficiência venosa crônica, fragilidade capilar e edema de mem- bros inferiores; • Vias de administração: oral e tópico – acima de doze anos de idade; • Aplicações terapêuticas: » Cápsula e comprimidos de extrato seco – equivalem de 32 a 120 mg de glicosídeos triterpênicos expressos em escina anidra: uma cápsula duas ou três vezes ao dia; » Creme, gel ou pomada de castanha-da-índia 2 a 6% – extrato seco padronizado contendo 2% de escina: aplicar uma porção na pele e massagear suavemente até a absorção completa, duas a três vezes ao dia. Não deve ser aplicado sobre feridas e cortes. • Efeitos adversos: náusea, prurido, desconforto gástrico, refluxo. Se ingerido em altas doses pode causar vômito, diarreia, fraqueza, espasmos musculares, dilatação da pupila, falta de coordenação e distúrbios da visão, consciência, dano renal; • Contraindicações: pacientes com histórico de hipersensibilidade e alergia a escina, insuficiência renal ou hepática; • Interações medicamentosas: anticoagulantes orais. Equisetum arvense L. e E.hyemale EU. família equisetaceae – cavalinha: Figuras 21 e 22 - Equisetum arvense L. e Equisetum hyemale L. Fonte: tropicos.org • Principais classes químicas: terpenos, cumarinas, alcaloides, mucilagens, minerais, flavonoides, saponinas; • Partes utilizadas: folhas e partes aéreas; • Indicação: diurético; • Via de administração: oral – adulto; 28 29 • Aplicações terapêuticas: » Infusão: de 2 a 3 g em 250 mL de água fervente; » Cápsulas e comprimidos de extrato seco: de 200 a 250 mg/dia; droga vegetal rasurada 570 mg/dia dividida em três ou quatro doses diárias. Utilizar de duas a quatro semanas; » Tintura 20%: em solução hidroalcóolica a 96%: 30 a 40 gotas/dia; em solução hidroalcóolica 31,5%: 20 gotas/dia. • Efeitos adversos: bloqueio atrioventricular transitório, distúrbios gastrointestinais, reações alérgicas; • Interação medicamentosa: inibe a enzima CYP1A2. Assista à Videoaula desta Unidade, pois lá saberá porque a hipertensão, um dos males mais prevalentes no mundo, é uma doença crônica caracterizada pela pressão sanguínea elevada e vários fatores de risco. Devido à alta prevalência das doenças cardíacas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem incentivado a criação de políticas públicas que estimulem o uso de plantas medicinais e produtos naturais, tais como Allium sativum L. – alho –, Passiflora sp. – maracujá –, Cymbopogon citratus (DC.) Stapf. – capim-limão –, Lippia alba (Mill.) N. E. Br. ex Britton & P. Wilson – melissa, erva-cidreira. Plantas Medicinais para Problemas Respiratórios Mikania glomerata Spreng, Mikania laevigata Schultz Bip e Mikania involucrata Hook. & Arn, família Asteraceae – guaco: Figura 23 - Mikania glomerata Spreng Fonte: tropicos.org 29 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais Figura 24 - Mikania laevigata Schultz Bip Fonte: hortomedicinaldohu.ufsc.br Figura 25 - Mikania involucrata Hook. & Arn Fonte: hortomedicinaldohu.ufsc.br • Principais classes químicas: óleos essenciais, flavonoides, saponinas, tani- nos, cumarina; A espécie Mikania laevigata apresenta maior teor de cumarina quando cultivada a pleno sol e usada as folhas frescas. • Indicações terapêuticas: gripe, resfriado, bronquites alérgica e infecciosa – como expectorante; • Via de administração: oral – acima de dois anos de idade; • Aplicações terapêuticas: » Infusão: preparar em uma colher de sopa com a substância e despejar em uma xícara com água, três vezes ao dia; » Xarope de extrato hidroalcoólico de Mikania glomerata 0,5 mL a 5 mL. – equivalem de 0,5 mg a 5 mg de cumarina: administrar 5 mL, viaoral, três vezes ao dia, de oito em oito horas, por sete dias e, em casos crônicos, por duas semanas. 30 31 Pode ser associada a poejo, alfavaca anisada, malvariço ou mil-em-ramas como expectorante.. • Interação medicamentosa: anticoagulantes, pois as cumarinas podem potencializar seus efeitos e antagonizar o da vitamina K; • Contraindicações: não utilizar em caso de tratamento com anti-inflamatórios não esteroides, gestantes, hepatopatas; • Efeitos adversos: pode provocar vômito e diarreia. Deve-se evitar o uso prolongado pelo risco de hemorragia – até cem dias –, em suspeita de dengue. Echinacea purpúrea (L.) Moench, família Asteracea – equinácea: Figura 26 Fonte: tropicos.org • Principais classes químicas: fenilpropanoides, polissacarídeos, sesquiterpenos, ácidos caftárico e chicórico; • Parte utilizada: raiz; • Indicações: preventivo e coadjuvante no tratamento dos sintomas de resfriados; • Via de administração: oral – acima de dois anos de idade; • Aplicações terapêuticas – cápsulas e comprimidos de extrato seco ou droga ve- getal (de 13 a 36 mg da soma dos ácidos caftárico e chicórico): uma cápsula três vezes ao dia – extrato seco – ou uma cápsula duas vezes ao dia – droga vegetal. Não utilizar por mais de oito semanas sucessivas. Fitoterápico com prescrição médica; • Efeitos adversos: febre, distúrbios gastrointestinais, quadros asmáticos, dermatite atópica, urticária, síndrome de Stevens Johnson, brocoespasmo; • Contraindicações: desordens autoimunes, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), tuberculose; • Interação medicamentosa: Citocromo (CYP). 31 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais Releia a situação-problema exposta no início deste Material teórico, reflita, pesquise e conheça, então, fitoterápicos que podem ser orientados para mulheres com sintomas do climatério. Plantas Medicinais para Sintomas do Climatério Actaea racemosa L., família Ranunculaceae – cimicifuga: Figura 27 Fonte: tropicos.org • Sinonímia: Cimicifuga racemosa (L.) Nutt; • Principais classes químicas: alcaloides, taninos e ácidos fenólicos, glicosídeos triterpênicos expressos em 23-epi-26-desoxiacteína; • Parte utilizada: raiz ou rizoma; • Indicações: climatério, fogachos, transpiração excessiva, ansiedade; • Via de administração: oral – adulto; • Aplicações terapêuticas: » Infusão: de 1 a 2 g de raiz em 150 mL de água – tomar uma vez ao dia; » Tintura 10% – em etanol a 60%: de 0,4 a 2 mL ao dia; » Droga vegetal fresca ou seca, pulverizada: de 1 a 2 g de pó de raiz dividido por dia; » Cápsulas e comprimidos de extrato seco ou droga vegetal – equivalentes de 2 a 7 mg de glicosídeos triterpênicos expressos em 23-epi-26-de-soxiacteína: uma cápsula duas vezes ao dia. Não deve ser utilizada por mais de seis meses. Por ser fitoterápico, só pode ser consumido sob prescrição médica. • Efeitos adversos: desconforto gastrointestinal, erupção cutânea, cefaleia e tontura; • Interações medicamentosas: ciclosporina, azatioprina, atorvastatina, metoprolol, propanolol, diltiazem, verapamil, analgésicos, anestésicos, gastrointestinais; 32 33 • Precaução: não deve ser utilizado por mais de seis meses. Glycine max (L.) Merr. família Leguminosae – isoflavona-de-soja: • Principais classes químicas: antrocianinas, isoflavonas, tocoferol, saponinas; • Partes utilizadas: sementes; • Indicações: climatério, fogachos, transpiração excessiva; • Via de administração: oral – adulto; • Aplicação terapêutica – cápsulas e comprimidos de extrato seco (equivalentes a 50 mg a 120 mg de isoflavonas totais): uma cápsula uma vez ao dia; • Efeitos adversos: constipação, flatulência e náusea; • Interações medicamentosas: contraceptivos, medicamentos de ação estrogênica, tamoxifeno, levotiroxina, genisteína, daidzeína, antibióticos. Considerações Finais No decorrer desta Unidade vimos plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos pautados nas melhores evidências da prática clínica. Buscamos verificar exemplos de modos de preparo e uso, assim como as principais interações medicamentosas, os efeitos adversos e as diferentes espécies vegetais que podem ter diversos nomes populares, com a intenção de lhe ajudar no uso adequado das mesmas e evitar confusões e equívocos no momento da orientação ou indicação. Ademais, vimos as plantas agrupadas por sistemas, de modo que você pôde perceber que há espécies vegetais que possuem mais de uma indicação. Assim, leia e releia este Material teórico e aprofunde cada vez mais o seu conhecimento sobre a Fitoterapia como recurso terapêutico ao cuidado em Saúde. O trabalho com Fitoterapia é complementar ao cuidado e à promoção da saúde para a população, de modo que o trato com plantas medicinais favorece a troca de saberes e a prática de todos os envolvidos, não apenas do usuário, mas também do profissional, por meio da possibilidade de intervir de forma criativa e singular no cuidado de cada pessoa. Considere-se, então, sensibilizado(a), ao final deste estudo, a colocar em prática os conhecimentos aqui adquiridos. 33 UNIDADE Aplicações Terapêuticas das Principais Plantas Medicinais Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Centro de Informação Tecnológica Plantas tóxicas e fungos. https://goo.gl/xFdaj5 Observatório Interação Planta Medicamento (OIPM) https://goo.gl/1vQoRK Leituras Infarma: Ciências Farmacêuticas ATALIBA, F. J. B. et al. Interações planta medicinal x medicamento convencional no tratamento da hipertensão arterial, v. 29, n. 2, 2017. https://goo.gl/d3QiVJ Manual de plantas medicinais utilizadas na cicatrização de feridas BUENO, M. J. A. Pouso Alegre, MG: Univás, 2016. https://goo.gl/zbU5Pv Revista Saúde e Desenvolvimento CARNEIRO, A. L. C.; COMARELLA. Principais interações entre plantas medicinais e medicamentos, v. 9, n. 5, p. 4-19, 2016. https://goo.gl/CiSyMg Protocolo municipal de fitoterapia da APL de Foz do Iguaçu/PR FOZ DO IGUAÇU. Secretaria Municipal de Saúde, 2015. https://goo.gl/kMcNtF Protocolo de Fitoterapia de Londrina/PR LONDRINA. Secretaria Municipal de Saúde, 2011. https://goo.gl/YNyNZY Farmácia Revista MAIA, L. F. et al. Plantas medicinais e hipertensão, n. 24, p. 24-25, 2011. https://goo.gl/An1MQu ID On-Line Rev. Psic. MEIRA, E. et al. O uso de fitoterápicos na redução e no tratamento de hipertensão arterial sistêmica, v. 11, n. 37, 2017. https://goo.gl/3ZW4Un 34 35 Referências ALONSO, J. Fitomedicina: curso para profissionais da área da saúde. São Paulo: Pharmabooks, 2008. p. 21-25. _______. Tratado de fitofármacos y nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. p. 370-373. ATTARHA, M.; ROSBAHANI, N.; YOUSSEFI, P. Comparison of effect of fennel essence and gripe water syrup in infantile colic. 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Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/ conteudo/Formulario_de_Fitoterapicos_da_Farmacopeia_Brasileira.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename). Brasília, DF, 2017. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relacao_nacional_medicamentos_ rename_2017.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Secretaria de Atenção à Saúde. Glossário temático: práticas integrativas e complementares em saúde. Brasília, DF, 2018. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/ marco/12/glossario-tematico.pdf>. Acesso em: 28 mar. 2014. CRICIÚMA. Herbário Padre Dr. Raulino Reitz. [20--]. 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