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Aula 3 Formação da Imagem No cinema as imagens são gravadas numa película fotossensível, de sais de prata, sobre um filme de celuloide. A maioria dos filmes comerciais é de 35 mm de largura, e rodam numa velocidade de 24 quadros por segundo. Um filme de uma hora de duração tem 86.400 fotogramas, e cerca de 2.000 m de comprimento, enchendo um carretel de quase 1 metro de diâmetro. Para dar a sensação de animação, o filme é exposto à luz 24 vezes por segundo. Ao projetar o filme, ele para na frente do projetor por uma fração de segundo (1/24 seg.), e um obturador mecânico se abre deixando passar a luz, que atravessa o filme e vai para a tela. No início do cinema as imagens eram projetadas na tela em um formato com relação 4 x 3, ou seja 4 metros de largura por 3 metros de altura, na década de 70 foi incluído o formato panorâmico, como o Cinemascope e o Panavision, ambos com 16 metros de largura por 9 metros de altura ( 16 x 9 ). A televisão manteve o formato 4 x 3 por uma questão comercial. A palavra televisão significa ver a distância (tele: do grego = longe; visão: do latim videre = ver). Na formação de imagens, as informações visuais de uma cena são convertidas em sinais elétricos que vão ao receptor. As variações desse sinal elétrico, que correspondem às alterações de luminosidade da cena, formam o sinal de vídeo. Na TV monocromática (preto e branco) a imagem é reproduzida em P/B e graduações de cinza. Na TV colorida, todas as cores naturais são mostradas a partir de combinações de vermelho, verde e azul, as três cores básicas na TV. Na transmissão do sinal de vídeo, ele sofre uma dissecação (leitura) numa série de linhas horizontais que serão reconstituídas uma a uma no aparelho de TV. Esse processo é chamado de varredura, onde as linhas horizontais são produzidas a partir de uma faixa de elétrons "varrendo" a tela da esquerda para direita, de cima para baixo. No sistema de emissão e recepção, a imagem é dividida em linhas e recomposta com tal velocidade que o olho humano não percebe. Diferentemente do cinema onde o projetor roda o filme de forma a reproduzir 24 quadros por segundo, no Brasil para reprodução no aparelho de TV são necessários 30 quadros (frames) por segundo, este fato se deve a frequência de rede. Esta frequência de rede (medida em Hz ou ciclos) é a quantidade de vezes que a tensão (alimentação do aparelho de TV) que vem da tomada se alterna entre positivo e negativo no período de 1 segundo. É esse o princípio que está baseado a reprodução do movimento no cinema e no vídeo. É como se a câmera estivesse tirando várias fotografias por segundo. No cinema, um segundo de exibição tem vinte e quatro quadros; no vídeo, vinte e cinco ou trinta quadros dependendo da frequência de rede do pais.. A velocidade de exibição dos quadros em cada sistema depende da “ciclagem” da rede elétrica local Na figura abaixo se pode ver a variação da tensão alternada no tempo, onde no período de um segundo o ciclo acontece por 60 vezes. O sistema de transmissão no Brasil utiliza o método entrelaçado (interlaced). Nesse método, a imagem é formada na tela por centenas de linhas horizontais, cada uma com milhares de pontos (pixels) com informações sobre brilho e cor. Esses pontos são ordenados da esquerda para a direita e de cima para baixo formando linhas, processo que é chamado de varredura (scanning). Na varredura, as linhas ímpares são escaneadas primeiro e depois as linhas pares. Isso ocorre tanto no sensor da câmera, para dividir a imagem em elementos (pixels), como no tubo do televisor, para reconstruir a imagem. Um conjunto de linhas (pares e ímpares) forma um campo; dois campos formam um quadro. A cada 1/30 segundo é formado um quadro da imagem, repetindo-se 30 vezes em um segundo. A rápida sucessão na exibição dos diversos quadros estáticos dá a sensação de movimento. Isto ocorre por uma característica da visão chamada "Persistência retiniana", que faz com que nossos olhos continuem a ver a imagem de um quadro estático por uma fração de segundo (1/12 de segundo aproximadamente) depois que ela desaparece. Se, antes de passado esse tempo, outra imagem atingir nosso olho, ambas são fundidas numa continuidade. A velocidade de exibição dos quadros em cada sistema depende da “ciclagem” da rede elétrica local. Em um país onde a frequência da rede elétrica é de 50 Hertz, ou seja, a “polaridade” da corrente elétrica muda de direção 50 vezes por segundo, a imagem deve ser formada na tela do televisor seguindo esta mesma frequência, 50 campos de imagem por segundo (25 quadros). Em países como o Brasil ou os Estados Unidos onde a energia elétrica é de 60 ciclos por segundo, a imagem é captada e transmitida com as linhas divididas nos dois campos, numa frequência de 60 vezes por segundo. Na figura abaixo poderemos ver a formação da imagem no sistema entrelaçado e progressivo. Na Varredura Progressiva ou não-entrelaçado (non–interlaced) ou (progressive scan), diferentemente do entrelaçado, as linhas ímpares e pares são combinadas e reproduzidas ao mesmo tempo, formando um quadro completo. O tempo que esse processo leva para montar uma linha é o mesmo do modo entrelaçado. A diferença é que, enquanto o modo tradicional gasta 1/60 segundo montando somente linhas pares e depois mais 1/60 segundo montando só ímpares, o sistema progressivo monta todas as linhas uma após a outra, ou seja, constrói metade de um quadro em 1/60 segundo. Nos dois sistemas, o quadro completo é formado em 1/30 segundo. Além do tempo padrão de trinta quadros por segundo, existem câmeras que captam no sistema progressivo em 24 quadros por segundo e também em sessenta quadros por segundo (HDTV). Cada quadro exibe todas as linhas numa única passada, de cima para baixo.
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