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RESUMO PENAL 5 Bruna

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RESUMO PENAL 5 Bruna 
DOS CRIMES CONTRA PATRIMÔNIO 
 
1-FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL 
Artigo 5ª da CF caput 88 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
2- CONCEITO DE PATRIMONIO 
 É o complexo de bens ou interesse de valor econômico em relação de pertinência 
com uma pessoa, patrimônio tem que ter valor econômico , e também um bem 
jurídico disponível. 
3- DO CRIME DO FURTO ARTIGO 155 CP 
 No crime de furto tutela o bem material e também a posse do bem , como 
patrimônio e um bem jurídico disponível podendo ter o consentimento do ofendido 
que é uma clausula de exclusão de ilicitude, porem este consentimento tem que ser 
antes do ato ilícito. 
3.2 OBJETO JURIDICO 
 Bem jurídico é o patrimônio , já a coisa é o objeto material, que deve ser alheia e 
móvel . 
Exemplo : Um cadáver quer é patrimônio de uma faculdade de medicina para estudo, 
se for roubado, ele se torna objeto material tutelado ( caso contrario cabe no artigo 
211 CP). 
3.3 OBJETO MATERIAL 
Res.nullius.( não comete crime ) 
A expressão res nullius significa coisa de ninguém; não importa. 
Portanto, refere-se às coisas sem dono e que não podem ser apropriadas, tais como o 
ar, a luz, a lua etc. 
No direito romano, a res nullius já era classificada como coisa extrapatrimonial , coisa 
que nunca teve um dono. 
Res.derelicta.( não comete crime ) 
A expressão res derelicta significa coisa abandonada; os restantes. 
Refere-se portanto às coisas que alguém dispôs ou abandonou, as quais podem ser 
apropriadas por outras pessoas. 
Como exemplos, podemos citar quaisquer bens passíveis de abandono: cachorro, 
cadeira, xícara, celular etc. 
 
Res desperdicta .( comete crime ) 
É a coisa que foi perdida 
Neste caso se comete crime baseado no artigo 169 II CP, por ser algo encontrado em 
lugar publico deverá ser entregue em um prazo de 15 dias para a pessoa ou para a 
autoridade. 
EXTORSÃO ARTIGO 158 CP 
 É quando se pede recompensa por algo furtado. 
 Em coisa alheia também se entende como tal: 
 Energia elétrica 
 Qualquer coisa com valor econômico 
 Tv a cabo 
 Energia cinética 
 Energia mecânica 
 Energia eólica 
 Energia nuclear 
Todas estas são equiparadas a coisa alheia móvel . 
FURTO E O PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA 
 Inexpressividade da lesão jurídica 
 Mínimo de ofensividade ao bem geral da conduta 
 Mínimo reprovabilidade das pessoas 
 Ausência de periculosidade social 
Se a pessoa faz o furto de maneira usual ele comete crime normal desta forma 
não sendo insignificante. 
REQUISITOS SUBJETIVOS 
 A importância do bem para vítima , ou seja a importância financeira ou afetivo, 
mesmo que o bem seja um anel de 5 reais , mas o valor não está no financeiro neste 
caso e sim no valor afetivo, para ser insignificante não pode ter estes valores. 
 Pois nestes casos a circunstancia e o resultado do crime , é a forma como o 
agente se conduziu, se não houve ameaça, que não foi gravoso trazendo prejuízo a 
vitima. 
SUJEITO ATIVO: Qualquer pessoa 
SUJEITO PASSIVO: Quem é a proprietária ou quem tem a posse 
ELEMENTO SUBJETIVO DO CRIME DE FURTO: Animus Furandi , quando o agente tem a 
intenção de fazer 
FURTO DE USO 
 No caso do furto de uso, não existe a intenção de se apropriar do bem alheio , 
para isso tem que estar dentro dos requisitos a seguir: 
 Intenção de utilização momentânea da coisa subtraída 
 Que a coisa subtraída seja infungível 
 Restituição da coisa após o uso momentâneo de forma imediato sem prejuízo 
ou desgate da coisa . 
CONSUMAÇÃO 
 Se da com a inversão da posse da coisa , Teoria do Amotio, é a teoria seguida em 
nossa legislação. 
Exemplo: Uma moça rouba um celular de outra pessoa e sai correndo, e em seguida o 
segurança recupera o bem, neste caso houve-se a inversão da posse mesmo que 
momentânea . 
FURTO PERMANENTE: Furto de energia pode ser um furto continuo 
TENTATIVA: Crime que não se consuma devido a circunstancia alheia. 
Exemplo : o agente tenta efetuar o furto porém, mesmo que disponível o agente não 
acerta o que buscava. 
Crime impossível: Quando o agente tenta furtar um objeto que não está disponível 
ARTIGO 155 CP 
 Trata-se de uma ação penal pública incondicionada, pois em seu corpo não foi 
escrito pelo legislador a forma como deve apresentar o agente 
REPOUSO NOTURNO 
 Hora que a pessoa se recolhe e desperta, se o furto ocorrer durante este período 
terá um aumento de pena, devido a vulnerabilidade na qual a pessoa se encontrava. 
FURTO PREVILEGIADO 
 É uma causa para diminuição de pena caso o agente se enquadre dentro dos 
requisitos que são: 
 Se ele for réu primário 
 Se a coisa furtada for até um salário mínimo 
Nestes caso o juiz poderá aplicar a pena substituindo por: 
 Pena de reclusão por Pena de detenção 
 Diminuir de um a dois terços 
 Ou aplicar pena de multa 
FURTO QUALIFICADO 
 Os requisitos de furto qualificados são: 
 Destruição do bem para alcançar o objetivo 
 Abuso de confiança 
 Mediante fraude 
 Escalada ( a barreira tem que ter mais que 1.80 de altura) 
 Chaves falsas ou copiadas 
 Concurso de 2 ou mais pessoas 
 Gabula , tipo de chave mixa, que não tem forma de chave 
Atenção a este detalhe: 
Chave original furtada não entra como qualificadora 
CRIME DE ROUBO 
Grave ameaça :violência moral 
Violencia a pessoa: promessa de mal grave ,a vítima tem que ter temor verdadeiro, 
mesmo se a arma for de brinquedo se considera roubo. 
Trombada ou subtração por arrebatamento: Exercida fisicamente, lesão corporal leve 
,hematomas, já as vias de fato é uma lesão de menor monta sendo assim não são 
periciáveis , neste caso de trombada a lesão é feita contra o corpo da vítima, se causar 
lesões mesmo que leves será considerado crime de roubo, se for uma trombadinha de 
leve será considerado crime de furto. 
Qualquer meio que reduza a vitima a impossibilidade de defesa: violência direta para 
a pessoa ou indireto para terceiros. 
Reduzir a defesa da vitima com a aplicação de sonífero tipo boa noite cinderella, 
drogar a vitima, hipnose etc que impossibilite a vitima de se defender será considerado 
roubo. 
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, trata-se de um crime comum 
Sujeito Passivo: O individuo que sofre a violência ou o proprietário da coisa , dupla 
subjetividade passiva, quando se há mais de um sujeito passivo.] 
Elemento subjetivo: A intenção de se apoderar de coisa alheia 
Roubo de uso: Quando o agente usa coisa alheia porém devolve logo após o uso da 
mesma forma que o encontrou e pegou, isto é visto como furto, pois não tem a 
qualificadora de roubo, entretanto se ele se encontrar em estado de necessidade ele 
poderá se beneficiar com a excludente de ilicitude. 
Crime contra a segurança Nacional: Foi criado uma lei para coibir atos de terrorismo 
contra o regime vigente, e se roubar para financiar o grupo terrorista ou grupo que 
queira derrubar o governo, tendo em vista a intenção do agente aplica-se a lei 
especial. 
Consumação: O roubo se consuma quando a coisa sai da posse do dono , mesmo que 
por um breve momento 
Sumula 582 (consumação) 
 Consuma-se crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego 
de violência ou grave ameaça ainda que por um breve tempo, e em seguida a 
perseguição imediata do agente, e a recuperação da coisa roubada, sendo 
desnecessária aposse mansa e pacifica.. 
Tentativa: É admitida e possível 
Ação Penal: Publica incondicionada, pois o legislador não pré estabeleceu uma 
condição na lei. 
Roubo Impróprio: Emprego de violência ou grave ameaça APÓS a subtração da coisa , 
lesionando a vítima após o furto, afim de que a mesma não o denuncie. 
Roubo Próprio: Neste caso a ameaça e a violência ocorre Antes do roubo. 
Consumação: Se dá quando o individuo se utiliza de violência ou grave ameaça. 
Tentativa existe 2 posicionamentos: 
 Colhido pelo STJ que diz que o roubo impróprio se consuma no momento em 
que , após o agente torna-se possuidor da coisa a violência é empregada, não 
se admitindo pois a tentativa. 
 É quando o individuo após subtração da coisa ele tenta aplicar grave ameaça 
porem não consegue devido a coisas alheias a sua vontade. 
Roubo Agravado Artigo 157§2º CP: 
 § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
 I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; 
 II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
 III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal 
circunstância. 
 IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para 
outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. 
(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 
 Se usa arma de fogo aplica-se no próprio ou impróprio: 
 Arma própria: confeccionada com a finalidade de lesionar pessoas 
 Arma imprópria: não fabricada com a finalidade de lesionar pessoas . 
 Arma Branca: Faca 
A arma pode ser efetivamente utilizada ou mostrada a vítima para que nela 
desperte o temor do agente . 
A Arma simulada ,de brinquedo etc , não e considerado aumento de pena nestes 
casos. 
È indispensável que o agente conheça que a vítima esteja transportando valores , 
subjetividade passível . 
Artigo 157 IV V 
 IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para 
outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. 
(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
Incide em aumento de pena nestes casos acima. 
Concurso Material e sequestro 
 O aumento na 3º fase da aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado 
, exige-se fundamentação concreta , não é portanto suficiente para o seu aumento, 
além do mínimo a mera indicação do numero de marjorante. 
Roubo Qualificado 157 III 
 Lesão corporal grave 
 Morte da vítima 
Lesões corporais grave artigo 129 CP 
 Se a violência resultar em lesão corporal grave , a pena é de Reclusão de a 7 a 15 
anos , mais multa. 
 Se a violência resultar em morte a reclusão e de 20 a 30 anos mais multa . 
 Latrocínio so por meio de violência própria tem que ser doloso. 
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Lesão corporal de natureza grave 
§ 1º Se resulta: 
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
II - perigo de vida; 
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
IV - aceleração de parto: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
§ 2° Se resulta: 
I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
II - enfermidade incuravel; 
III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
IV - deformidade permanente; 
V - aborto: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
Lesão corporal seguida de morte 
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o 
resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
Diminuição de pena 
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou 
moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da 
vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
Substituição da pena 
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela 
de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis: 
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; 
II - se as lesões são recíprocas. 
Lesão corporal culposa 
§ 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
Aumento de pena 
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer qualquer das hipóteses dos §§ 
4o e 6o do art. 121 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012) 
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121. (Redação dada pela Lei 
nº 8.069, de 1990) 
Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) 
§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou 
companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o 
agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada 
pela Lei nº 11.340, de 2006) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, 
de 2006) 
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as 
indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela 
Lei nº 10.886, de 2004) 
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime 
for cometido contra pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 
2006) 
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de 
Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu 
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição, a pena é aumentada de um a dois terços. (Incluído pela Lei nº 13.142, de 
2015) 
 
Principio da Consunção ou Absorção: Quando o crime mais grave absorve o mais leve. 
Crimes Hediondos Lei 8072/90 Artigo 1º 
 Roubo seguido de morte: Latrocinio 
 Roubo seguido de lesão corporal grave : Não é crime hediondo 
Exemplos: 
 
1- Ocorre a inversão da posse e o meio usado pelo agente para subtrair é matar a 
pessoa: Latrocínio Consumado 
2- O agente quis matar para subtrair a coisa alheia , ele atira para matar, porem a 
vitima sobrevive, quando ela cai ao chão o agente subtrai , rouba e deixa a 
vitima lá: Tentativa de Latrocínio 
 
3- O individuo atira na vítima que morre, para subtrair, porem quando ele esta 
pegando os pertences da vitima ele vê um policial e foge, sem levar nada , por 
ele ter matado a vitima e considerado : Latrocínio Consumado ( Sumula 610 
STF ) 
 
 
4- O individuo tentou subtrair porem por motivo alheios , não o fez, entretanto 
tem o dolo de matar a vítima mas não consegue: Latrocínio Tentado. 
5- Súmula 610 
6- Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize 
o agente a subtração de bens da vítima. 
Mesmo que ocorra a lesão ou morte antes da subtração é considerado 
latrocínio . 
 
Ex: vitimas diversas de subtração , trata-se de concurso de crime 
Se duas pessoas se unirem para subtrair e matar na qual um mata e o outro 
subtrai, isto é qualificadora, neste caso não tem aumento de pena. 
Extorsão Artigo 158 CP 
Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter 
para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou 
deixar de fazer alguma coisa: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
Conceito: 
 Constranger significa, forçar, coagir alguém , o agente ameaça para ter para si ou 
para outrem algo ou vantagem econômica . 
Bem jurídico: É o patrimônio da vítima , a liberdade a integridadefísica 
Objeto matéria: É a coisa referente ao patrimônio, pessoa sua liberdade e integridade 
física . 
Coisa alheia imóvel também pode ser caso de extorsão 
Núcleo do Tipo: São os verbos que comporta que neste caso são: 
 Constranger] 
 Fazer 
 Tolerar 
 Deixar de fazer 
Constranger significa retirar a liberdade da vítima de autodeterminação através de 
grave ameaça. 
Vantagem Indevida : fica a cargo do julgador conhecido por elemento normativo 
do tempo 
E a vantagem tem que ser financeiramente apreciável 
Distinção entre crime de extorsão e roubo 
 Na extorsão a vítima entrega ao agente, e esta colaboração é fundamental , 
pois neste caso a coisa não está diretamente disponível. 
 Se o bem for subtraído teremos o crime de roubo, mas se a própria vítima 
entrega a coisa ao agente, poderemos ter o crime de extorsão. 
Distinção entre Extorsão e Estelionato 
 Extorsão: é feito através de grave ameaça 
 Estelionato : è feito através de fraudes 
Sujeito ativo: qualquer pessoa , crime comum 
Sujeito passivo: Qualquer pessoa que racaia a conduta do agente 
Elemento subjetivo:é o dolo não cabe modalidade culposa no crime de extorsão, o 
elemento neste caso é a intenção de vantagem indevida 
Caso contrario seria baseado no artigo 345 cp : exercícios arbitrário das próprias razões 
( fazer justiça com as próprias mãos) 
Consumação e tentativa: por meio de violência e grave ameaça, e se consome no 
momento que a liberdade é tirada da pessoa 
Crime Formal: consumação antecipada, ou resultado Cortado 
STJ - Súmula 96 
O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem 
indevida. 
Tentativa: è possível , ex: quando o agente aborda uma pessoa com grave ameaça , 
porem, no mesmo momento ele é interrompido por forças alheias a sua vontade , ele 
não o faz, mesmo assim é tentativa de extorsão. 
Ação Penal: publica incondicionada 
Causa de aumento de pena: As marjorantes são aplicadas na 3ª fase de aumento de 
pena , são crimes cometidos por 2 ou mais pessoas pois trata-se de um crime 
acidentalmente coletivo. 
Extorsão Qualificada: Aplica-se as mesma qualificadoras que no crime de roubo : 
artigo Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à 
impossibilidade de resistência: 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze 
anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo 
da multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
Extorsão 
Sequestro relâmpago: Não se trata de privação de liberdade e sim de Restrição de 
liberdade , por ser uma forma temporária de restrição da liberdade da vítima. 
 
Crime de Extorsão Mediante Sequestro artigo 159 cp 
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer 
vantagem, como condição ou preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Vide Lei 
nº 10.446, de 2002) 
Pena - reclusão, de oito a quinze anos. . (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor 
de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando 
ou quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, 
de 25.7.1990) 
§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 Pena - reclusão, de vinte e 
quatro a trinta anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à 
autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a 
dois terços. (Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996) 
Extorsão indireta 
 
Objeto jurídico : patrimônio , liberdade individual, integridade física e a vida 
Objeto Material: 2 pessoas distinta que recai a conduta, um recai no patrimônio e o 
outro na liberdade da pessoa 
Núcleo do Tipo: Sequestrar, privar o individuo de sua liberdade por um tempo 
juridicamente relevante. 
Sujeito ativo: qualquer pessoa , trata-se de um crime comum , exceto se for 
funcionário publico no exercício de suas funções que efetivar este crime julgado na lei 
4898/65 art 3º alínea a , Lei de Abuso de autoridade. 
Sujeito passivo: a pessoa que perde a liberdade e a outra pessoa que sofre o dano 
material 
Elemento subjetivo: Dolo com finalidade obter para si ou para outrem qualquer 
vantagem 
Nestes casos não se admite: 
 Modalidade culposa 
 Mesmo que a intenção de finalidade ocorra após o sequestro ainda assim será 
extorsão mediante sequestro 
Consumação e Tentativa: Trata-se de um crime formal 
 Se consuma com a privação de liberdade da vitima 
 Crime permanente 
Quanto tempo durar o crime o agente pode ser preso em flagrante 
 Quando cessar o sequestro , que se iniciará a contar a prescrição. 
 Cabe tentativa 
Ação penal publica Incondicionada , e trata-se de crime hediondo que também e 
prevista na forma qualificada 
 
Figuras Qualificadas que torne mais gravosa art 159 § 1º 
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer 
vantagem, como condição ou preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Vide Lei 
nº 10.446, de 2002) 
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor 
de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando 
ou quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990) 
 
 Mesmo que a pessoa na hora do crime não esteja dentro das qualificadoras, 
mas por ser um crime permanente e a pessoa no decorrer deste período passar 
para o roll das qualificadoras assim será aplicada a pena. 
 Lei 12.850/13 artigo 288 CP (Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, 
para o fim específico de cometer crimes: (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 
2013) (Vigência) 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013) 
(Vigência) 
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação é armada ou se 
houver a participação de criança ou adolescente. (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 
2013) (Vigência)) 
 
 
Pena: 
 Lesão grave ou gravíssima : 16 a 24 anos 
 Em caso de Morte: 24 a 30 anos 
Neste caso e necessário que o resultado agravador atinja a pessoa sequestrada. 
 
Delação Premiada 
Requisitos: 
 Acometimento de um crime de extorsão mediante sequestro 
 Crime praticado em concurso de pessoa 
 Denuncia por parte de um dos criminosos a autoridade 
 Facilitação na liberação do sequestrado 
Efeitos 
Lei 9.807/99 e perdão judicial 
CAPÍTULO I 
DA PROTEÇÃO ESPECIAL A VÍTIMAS E A TESTEMUNHAS 
Art. 1o As medidas de proteção requeridas por vítimas ou por testemunhas de 
crimes que estejam coagidas ou expostas a grave ameaça em razão de colaborarem 
com a investigação ou processo criminal serão prestadas pela União, pelos Estados e 
pelo Distrito Federal, no âmbito das respectivas competências, na forma de programas 
especiais organizados com base nas disposições desta Lei. 
§ 1o A União, os Estados e o Distrito Federal poderão celebrar convênios, 
acordos, ajustes ou termos de parceria entre si ou com entidades não-governamentais 
objetivando a realização dos programas. 
§ 2o A supervisão e a fiscalização dos convênios, acordos, ajustese termos de 
parceria de interesse da União ficarão a cargo do órgão do Ministério da Justiça com 
atribuições para a execução da política de direitos humanos. 
Art. 2o A proteção concedida pelos programas e as medidas dela decorrentes 
levarão em conta a gravidade da coação ou da ameaça à integridade física ou 
psicológica, a dificuldade de preveni-las ou reprimi-las pelos meios convencionais e a 
sua importância para a produção da prova. 
§ 1o A proteção poderá ser dirigida ou estendida ao cônjuge ou companheiro, 
ascendentes, descendentes e dependentes que tenham convivência habitual com a 
vítima ou testemunha, conforme o especificamente necessário em cada caso. 
§ 2o Estão excluídos da proteção os indivíduos cuja personalidade ou conduta 
seja incompatível com as restrições de comportamento exigidas pelo programa, os 
condenados que estejam cumprindo pena e os indiciados ou acusados sob prisão 
cautelar em qualquer de suas modalidades. Tal exclusão não trará prejuízo a eventual 
prestação de medidas de preservação da integridade física desses indivíduos por parte 
dos órgãos de segurança pública. 
§ 3o O ingresso no programa, as restrições de segurança e demais medidas por 
ele adotadas terão sempre a anuência da pessoa protegida, ou de seu representante 
legal. 
§ 4o Após ingressar no programa, o protegido ficará obrigado ao cumprimento 
das normas por ele prescritas. 
§ 5o As medidas e providências relacionadas com os programas serão adotadas, 
executadas e mantidas em sigilo pelos protegidos e pelos agentes envolvidos em sua 
execução. 
Art. 3o Toda admissão no programa ou exclusão dele será precedida de consulta 
ao Ministério Público sobre o disposto no art. 2o e deverá ser subseqüentemente 
comunicada à autoridade policial ou ao juiz competente. 
Art. 4o Cada programa será dirigido por um conselho deliberativo em cuja 
composição haverá representantes do Ministério Público, do Poder Judiciário e de 
órgãos públicos e privados relacionados com a segurança pública e a defesa dos 
direitos humanos. 
§ 1o A execução das atividades necessárias ao programa ficará a cargo de um dos 
órgãos representados no conselho deliberativo, devendo os agentes dela incumbidos 
ter formação e capacitação profissional compatíveis com suas tarefas. 
§ 2o Os órgãos policiais prestarão a colaboração e o apoio necessários à execução 
de cada programa. 
Art. 5o A solicitação objetivando ingresso no programa poderá ser encaminhada 
ao órgão executor: 
I - pelo interessado; 
II - por representante do Ministério Público; 
III - pela autoridade policial que conduz a investigação criminal; 
IV - pelo juiz competente para a instrução do processo criminal; 
V - por órgãos públicos e entidades com atribuições de defesa dos direitos 
humanos. 
§ 1o A solicitação será instruída com a qualificação da pessoa a ser protegida e 
com informações sobre a sua vida pregressa, o fato delituoso e a coação ou ameaça 
que a motiva. 
§ 2o Para fins de instrução do pedido, o órgão executor poderá solicitar, com a 
aquiescência do interessado: 
I - documentos ou informações comprobatórios de sua identidade, estado civil, 
situação profissional, patrimônio e grau de instrução, e da pendência de obrigações 
civis, administrativas, fiscais, financeiras ou penais; 
II - exames ou pareceres técnicos sobre a sua personalidade, estado físico ou 
psicológico. 
§ 3o Em caso de urgência e levando em consideração a procedência, gravidade e 
a iminência da coação ou ameaça, a vítima ou testemunha poderá ser colocada 
provisoriamente sob a custódia de órgão policial, pelo órgão executor, no aguardo de 
decisão do conselho deliberativo, com comunicação imediata a seus membros e ao 
Ministério Público. 
Art. 6o O conselho deliberativo decidirá sobre: 
I - o ingresso do protegido no programa ou a sua exclusão; 
II - as providências necessárias ao cumprimento do programa. 
Parágrafo único. As deliberações do conselho serão tomadas por maioria 
absoluta de seus membros e sua execução ficará sujeita à disponibilidade 
orçamentária. 
Art. 7o Os programas compreendem, dentre outras, as seguintes medidas, 
aplicáveis isolada ou cumulativamente em benefício da pessoa protegida, segundo a 
gravidade e as circunstâncias de cada caso: 
I - segurança na residência, incluindo o controle de telecomunicações; 
II - escolta e segurança nos deslocamentos da residência, inclusive para fins de 
trabalho ou para a prestação de depoimentos; 
III - transferência de residência ou acomodação provisória em local compatível 
com a proteção; 
IV - preservação da identidade, imagem e dados pessoais; 
V - ajuda financeira mensal para prover as despesas necessárias à subsistência 
individual ou familiar, no caso de a pessoa protegida estar impossibilitada de 
desenvolver trabalho regular ou de inexistência de qualquer fonte de renda; 
VI - suspensão temporária das atividades funcionais, sem prejuízo dos respectivos 
vencimentos ou vantagens, quando servidor público ou militar; 
VII - apoio e assistência social, médica e psicológica; 
VIII - sigilo em relação aos atos praticados em virtude da proteção concedida; 
IX - apoio do órgão executor do programa para o cumprimento de obrigações 
civis e administrativas que exijam o comparecimento pessoal. 
Parágrafo único. A ajuda financeira mensal terá um teto fixado pelo conselho 
deliberativo no início de cada exercício financeiro. 
Art. 8o Quando entender necessário, poderá o conselho deliberativo solicitar ao 
Ministério Público que requeira ao juiz a concessão de medidas cautelares direta ou 
indiretamente relacionadas com a eficácia da proteção. 
Art. 9o Em casos excepcionais e considerando as características e gravidade da 
coação ou ameaça, poderá o conselho deliberativo encaminhar requerimento da 
pessoa protegida ao juiz competente para registros públicos objetivando a alteração 
de nome completo. 
§ 1o A alteração de nome completo poderá estender-se às pessoas mencionadas 
no § 1o do art. 2o desta Lei, inclusive aos filhos menores, e será precedida das 
providências necessárias ao resguardo de direitos de terceiros. 
§ 2o O requerimento será sempre fundamentado e o juiz ouvirá previamente o 
Ministério Público, determinando, em seguida, que o procedimento tenha rito 
sumaríssimo e corra em segredo de justiça. 
§ 3o Concedida a alteração pretendida, o juiz determinará na sentença, 
observando o sigilo indispensável à proteção do interessado: 
I - a averbação no registro original de nascimento da menção de que houve 
alteração de nome completo em conformidade com o estabelecido nesta Lei, com 
expressa referência à sentença autorizatória e ao juiz que a exarou e sem a aposição 
do nome alterado; 
II - a determinação aos órgãos competentes para o fornecimento dos 
documentos decorrentes da alteração; 
III - a remessa da sentença ao órgão nacional competente para o registro único 
de identificação civil, cujo procedimento obedecerá às necessárias restrições de sigilo. 
§ 4o O conselho deliberativo, resguardado o sigilo das informações, manterá 
controle sobre a localização do protegido cujo nome tenha sido alterado. 
§ 5o Cessada a coação ou ameaça que deu causa à alteração, ficará facultado ao 
protegido solicitar ao juiz competente o retorno à situação anterior, com a alteração 
para o nome original, em petição que será encaminhada pelo conselho deliberativo e 
terá manifestação prévia do Ministério Público. 
Art. 10. A exclusão da pessoa protegida de programa de proteção a vítimas e a 
testemunhas poderá ocorrer a qualquer tempo: 
I - por solicitação do próprio interessado; 
II - por decisão do conselho deliberativo, em conseqüência de: 
a) cessação dos motivos que ensejaram a proteção; 
b) conduta incompatível do protegido. 
Art. 11. A proteção oferecida pelo programa terá a duração máxima dedois anos. 
Parágrafo único. Em circunstâncias excepcionais, perdurando os motivos que 
autorizam a admissão, a permanência poderá ser prorrogada. 
Art. 12. Fica instituído, no âmbito do órgão do Ministério da Justiça com 
atribuições para a execução da política de direitos humanos, o Programa Federal de 
Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas, a ser regulamentado por decreto 
do Poder Executivo. (Regulamento) 
CAPÍTULO II 
DA PROTEÇÃO AOS RÉUS COLABORADORES 
Art. 13. Poderá o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, conceder o perdão 
judicial e a conseqüente extinção da punibilidade ao acusado que, sendo primário, 
tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e o processo criminal, 
desde que dessa colaboração tenha resultado: 
I - a identificação dos demais co-autores ou partícipes da ação criminosa; 
II - a localização da vítima com a sua integridade física preservada; 
III - a recuperação total ou parcial do produto do crime. 
Parágrafo único. A concessão do perdão judicial levará em conta a personalidade 
do beneficiado e a natureza, circunstâncias, gravidade e repercussão social do fato 
criminoso. 
Art. 14. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a 
investigação policial e o processo criminal na identificação dos demais co-autores ou 
partícipes do crime, na localização da vítima com vida e na recuperação total ou parcial 
do produto do crime, no caso de condenação, terá pena reduzida de um a dois terços. 
Art. 15. Serão aplicadas em benefício do colaborador, na prisão ou fora dela, 
medidas especiais de segurança e proteção a sua integridade física, considerando 
ameaça ou coação eventual ou efetiva. 
§ 1o Estando sob prisão temporária, preventiva ou em decorrência de flagrante 
delito, o colaborador será custodiado em dependência separada dos demais presos. 
§ 2o Durante a instrução criminal, poderá o juiz competente determinar em favor 
do colaborador qualquer das medidas previstas no art. 8o desta Lei. 
§ 3o No caso de cumprimento da pena em regime fechado, poderá o juiz criminal 
determinar medidas especiais que proporcionem a segurança do colaborador em 
relação aos demais apenados. 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 16. O art. 57 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, fica acrescido do 
seguinte § 7o: 
"§ 7º Quando a alteração de nome for concedida em razão de fundada coação ou 
ameaça decorrente de colaboração com a apuração de crime, o juiz competente 
determinará que haja a averbação no registro de origem de menção da existência de 
sentença concessiva da alteração, sem a averbação do nome alterado, que somente 
poderá ser procedida mediante determinação posterior, que levará em consideração a 
cessação da coação ou ameaça que deu causa à alteração." 
Art. 17. O parágrafo único do art. 58 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 
com a redação dada pela Lei no 9.708, de 18 de novembro de 1998, passa a ter a 
seguinte redação: 
"Parágrafo único. A substituição do prenome será ainda admitida em razão de fundada 
coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime, por 
determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o Ministério Público." (NR) 
Art. 18. O art. 18 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, passa a ter a 
seguinte redação: 
"Art. 18. Ressalvado o disposto nos arts. 45, 57, § 7o, e 95, parágrafo único, a certidão 
será lavrada independentemente de despacho judicial, devendo mencionar o livro de 
registro ou o documento arquivado no cartório." (NR) 
Art. 19. A União poderá utilizar estabelecimentos especialmente destinados ao 
cumprimento de pena de condenados que tenham prévia e voluntariamente prestado 
a colaboração de que trata esta Lei. 
Parágrafo único. Para fins de utilização desses estabelecimentos, poderá a União 
celebrar convênios com os Estados e o Distrito Federal. 
Art. 19-A. Terão prioridade na tramitação o inquérito e o processo criminal em 
que figure indiciado, acusado, vítima ou réu colaboradores, vítima ou testemunha 
protegidas pelos programas de que trata esta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.483, de 
2011) 
Parágrafo único. Qualquer que seja o rito processual criminal, o juiz, após a 
citação, tomará antecipadamente o depoimento das pessoas incluídas nos programas 
de proteção previstos nesta Lei, devendo justificar a eventual impossibilidade de fazê-
lo no caso concreto ou o possível prejuízo que a oitiva antecipada traria para a 
instrução criminal. (Incluído pela Lei nº 12.483, de 2011) 
Art. 20. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei, pela União, correrão à 
conta de dotação consignada no orçamento. 
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 13 de julho de 1999; 178o da Independência e 111o da República. 
Crime de Extorsão Indireta artigo 160 CP 
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, 
documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra 
terceiro: 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
 
 Consiste em um equilíbrio entre o Credor e o Devedor, neste caso o credor se 
prevalece de ser o detentor da coisa abusando da fragilidade do devedor. 
 Trata-se de uma ofensa ao interesse jurídico da normalidade entre credor e 
devedor , é portanto uma modalidade especial de extorsão em que o legislador busca 
resguardar o individuo face do mais fraco em face do mais forte. 
Objeto jurídico: patrimônio 
Objeto material: documento publico ou privado que serve para dar causa a 
instauração a um processo criminal contra a vítima. 
Nucleo do tipo: exigir e receber 
Sujeito ativo : qualquer pessoa , trata-se de crime comum 
Sujeito passivo: é a pessoa que se submete a essa exigência ou a uma terceira pessoa 
que seja prejudicada 
Elemento subjetivo: Dolo de aproveitamento quando o credor se vale da fragilidade 
do devedor , modalidade dolosa 
Exigir: crime formal 
Receber: crime material 
Admite-se tentativa 
Ação penal incondicionada publica 
 
Crime de alteração de limites , usurpação de aguas e esbulhos possessórios 
Artigo 161 Cp 
Artigo 161 do Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de 
linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia: 
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem: 
Usurpação de águas 
I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias; 
Esbulho possessório 
II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de 
duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório. 
§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada. 
§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se 
procede mediante queixa. 
Supressão ou alteração de marca em animais 
 
 Tomar para si sem aprovação , se apossar de coisa indevida de por meio de 
fraude ou de força. 
Objeto material: tapume , cerca ou linha divisória 
Objeto jurídico: patrimônio , bens sendo imóveis 
Nucleo do tipo: suprimir e deslocar 
Sujeito ativo: crime próprio , proprietário, futuro proprietário , possuidor do imóvel 
Sujeito passivo: proprietário ou possuidor 
Elementos subjetivos: Dolo, especifico com a finalidade de agir 
Neste caso não se admite a modalidade culposa 
Consumação: Com supressão ou deslocamento neste caso e necessário a prova 
pericial, pois é um crime que deixa vestígio 
 
Crime de usurpação das aguas 
 Quando a pessoa desvia ou represa em proveito próprio ou de outrem , aguas 
alheias 
Núcleo do tipo: desviar , represar 
Objeto material: aguas 
Objeto jurídico: patrimônio, uso e gozo 
Sujeito ativo: qualquer pessoa crime comumSujeito passivo: proprietário do imóvel que foi lesado física ou juridicamente 
Elemento subjetivo: Dolo tem a intenção de proveito de coisa própria ou alheia, não 
cabe modalidade culposa e é passível de tentativa 
Consumação: quando faz efetivamente o desvio da agua ou represa 
Ação penal: Privada mediante se a propriedade for particular e nestes casos e preciso 
que seja feito a pericia para se ter a prova do crime 
Ação penal publica: incondicionada se a propriedade for publica 
 
Esbulho possessório 
 
Tomar para si de forma não autorizada o imóvel 
Objeto material: patrimônio, imóvel invadido, terreno ou edifício 
Nucleo do tipo: invadir ( violência, grave ameaça ou concurso de pessoas) 
Resumo ate a aula de 19/03

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