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CIÊNCIAS CONTÁBEIS 2º Período CONTABILIDADE GERAL -II APRESENTAÇÃO Olá Colegas Contadores, Apresentamos agora outro material didático, com o título de Contabilidade Geral II, para que você consiga compreender com facilidade os principais procedimentos contábeis necessários aos registros dos diversos fatos que são realizados diariamente nas empresas comerciais. Procuramos apresentar os fatos mais importantes da gestão das entidades, de modo que você compreenda todo o processo contábil, ainda que tenha poucas noções de Contabilidade. Nas unidades que compõem este caderno de estudos, destacamos a constituição e a gestão das entidades através da contabilização minuciosamente explicada. Incluímos, logo na primeira e segunda unidade, resumidamente, as Noções Básicas da Contabilidade, com o intuito de permitir a você, no retorno às aulas, rever os pontos básicos da ciência contábil. No Tema 3 apresentamos o fluxo de como constituir uma entidade comercial. No Tema 4 demonstramos como registrar os gastos iniciais para constituir a entidade Individual, a LTDA e as Sociedades Por Ações. No Tema 5 exemplificamos a estrutura do Plano de Contas da entidade comercial. Nos Temas 6, 7, 8 e 9 falamos sobre as operações realizadas com as mercadorias compradas e vendidas, ou seja, seu registro, os fatos que podem alterar o valor da compra e da venda e as formas de controlar e valorar as mercadorias. No Tema 10 revisamos todo o conteúdo que será aplicado na primeira avaliação. No Tema 11 apresentamos as operações com Recursos Humanos. No Tema 12 falamos sobre as operações financeiras. No Tema 13 demonstramos a importância do Regime de Competência e seus reflexos na apropriação das receitas e despesas. No Tema 14 definimos e exemplificamos as Receitas e as Despesas realizadas pela entidade e como calcular o Lucro Operacional. No Tema 15 apresentamos como calcular o Lucro Líquido. No Tema 16 exemplificamos a apuração completa do resultado do exercício No Tema 17 elaboramos a Demonstração do Resultado do Exercício. No Tema 18 elaboramos o Balanço Patrimonial. No Tema 19 revisamos todo o conteúdo que será aplicado na segunda avaliação. Resumidamente podemos dizer que este material contém a teoria estritamente necessária para o bom entendimento dos conteúdos. Em cada unidade, há exercícios que visam capacitar você a fazer analogias e compreender a essência das práticas contábeis. Como você já deve ter percebido, a nossa principal preocupação é você, a quem dedicamos mais este volume, trabalhado com o objetivo de proporcionar-lhe as informações necessárias para que o estudo da Contabilidade seja mais fácil, completo e interessante. Bons estudos. NOTA: Material Didático cedida pela Fundação Universidade do Tocantins – UNITINS à Faculdade ITOP, fruto de um Contrato de Cessão de uso de Material Didático. Todos os direitos, desta obra são reservados para Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS. Não é permitida a reprodução parcial ou total desta obra, exceto com a autorização prévia da UNITINS. Plágio é crime, porque viola os direitos de autor (Lei nº 9.610/98 – Direitos Autorais), No Código Penal, se prevêem de três meses a quatro anos de PRISÃO Pirataria é crime. Entende-se por pirataria a reprodução, venda e distribuição de produtos sem a devida autorização e o pagamento dos direitos autorais (Lei nº 10.695, DE 1º DE JULHO DE 2003) PLANO DE ENSINO Resumo: Disciplina: CONTABILIDADE GERAL II Período do curso: 2º período Semestre Letivo: 2012/2 Número de Créditos: Carga horária semestral: 72 horas-aula Professor (a): E-mail do Professor (a): Telefone do Professor (a): Ementa: Formas jurídicas das empresas. Livros contábeis: Legislação básica, espécie, utilização, classificação, formalidades, registros, documentação de apoio ao registro. Lançamento no Livro diário: elementos essenciais; fórmulas. Acerto de erros no Livro Diário: estorno, complementação e transferência, acerto no histórico. Livro razão: registro, acertos. Métodos de escrituração. Escrituração contábil: Escrituração pelo inventário períodico, Escrituração pelo Inventário Permanente. Balancete de verificação. Ajustes nas contas de receitas e despesas. CMV. Apuração do resultado do exercício. Balanço Patrimonial e DRE. Escrituração da folha de pagamento, das operações com mercadorias e das operações financeiras. Objetivo Geral Apresentar as técnicas para controlar e registrar as operações com mercadorias, operações financeiras, operações com folha de pagamento e apuração do resultado do exercício Objetivos específicos Fazer o controle e registro das mercadorias Escriturar a folha de pagamento Registrar as operações financeiras Calcular, registrar e evidenciar o resultado do Exercício Elaborar o Balanço patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício Habilidades e Competências: O aluno ao final da disciplina deverá possuir capacidade para: Saber utilizar ferramentas e processos nas organizações Ter visão de negócio Ter postura profissional Escriturar os fatos contábeis Perfil do Aluno: Considerando que o contador é o responsável pela elaboração de informações contábeis e de controle gerencial, o curso de Ciências Contábeis da Faculdade ITOP tem como meta habilitar os futuros egressos para exercer as atribuições e prerrogativas previstas pela legislação pertinente, dentro de parâmetros éticos. Para isso, pretende-se que as seguintes competências e habilidades sejam desenvolvidas objetivando que os formandos sejam: Proficientes no uso da linguagem técnica Ser capaz de desenhar, analisar e implantar sistemas gerenciais Exercer com ética suas responsabilidades Compreender questões financeiras, econômicas nos diferentes modelos de organização Apresentar domínio pleno das responsabilidade funcionais Ter capacidade crítico analítico para operar com valores Conteúdo Programático: Inventário Permanente - método PEPS: registro da compra e da venda de mercadorias, das devoluções, descontos e abatimentos nas compras e vendas, frete e seguro sobre a compra e venda, ICMS sobre a compra e venda. Inventário Permanente - método UEPS: registro da compra e da venda de mercadorias, das devoluções, descontos e abatimentos nas compras e vendas, frete e seguro sobre a compra e venda, ICMS sobre a compra e venda. Inventário permanente - CUSTO MÉDIO: registro da compra e da venda de mercadorias, das devoluções, descontos e abatimentos nas compras e vendas, frete e seguro sobre a compra e venda, ICMS sobre a compra e venda. Registro de Fatos contábeis: constituição de empresa, gastos com despesas pré-operacionais, aquisição de bens de consumo e permanentes à vista e a prazo, depósito bancário, pagamento de obrigações e despesas, compra de seguro. Registro das operações com mercadorias pelo Inventário Permanente: compra de mercadoria à vista e a prazo; venda de mercadorias à vista e a prazo; desconto na compra e na venda, devolução de compra e de venda; frete na compra e na venda; recebimento das vendas; pagamento das compras. Tributos incidentes sobre a compra e a venda: ICMS, PIS, COFINS. Registro dos tributos. Operações com folha de pagamento: folha de pagamento e seus elementos, registro da folha, registro do INSS do empregado, registro do FGTS do empregado, registro do INSS patronal, registro do FGTS, registro do SAT, registro dos encargos sociais com terceiros, registro de adiantamento a funcionário, registro do salário família, provisão para férias e 13º salário. Operações financeiras: aplicações financeiras, empréstimos, operações com duplicatas, desconto de duplicata, empréstimo mediante caução de duplicatas. Operaçõescom o Ativo Não Circulante: investimentos, aquisição de móveis, imóveis, veículo, equipamentos, máquinas, computadores, ganho e perda na venda de bens ou direitos do ativo permanente.. Depreciação, Amortização e Exaustão: conceito, métodos e registros Operações envolvendo contas de despesas: conceito, classificação, apropriação de despesas devido ao regime de competência e encerramento. Operações envolvendo contas de receitas: conceito, classificação, apropriação de receitas devido ao regime de competência e encerramento Apuração completa do resultado do exercício:balancete de verificação, resultado operacional bruto, resultado operacional líquido, resultado líquido do exercício. Elaboração completa da DRE e do Balanço Patrimonial. Cronograma das aulas Metodologia: Exposições dialogadas; leitura e análise de textos; estudos de caso; discussões que auxiliem no desenvolvimento da capacidade de argumentação; trabalhos individuais e em grupo que dêem oportunidade à reflexão e ao exercício criativo. Aulas de reforço. Aulas de nivelamento. Monitorias Recursos Didáticos: Data show, pincel, quadro branco, Internet, textos diversos. Laboratório de informática, vídeos. Interdisciplinaridade dos Conteúdos: Estrutura das demonstrações contábeis Contabilidade e sistemas de custos Auditoria Contabilidade pública Contabilidade tributária Sistema de Avaliação: A avaliação será realizada da seguinte maneira: Participação nas atividades, discussões feitas em aula e contribuições pessoais, pontualidade; assiduidade e envolvimento, trabalhos em grupo (sessões de trabalho em sala e/ou seminários): 40%. Provas: 60% sendo assim constituídas: 60% de questões objetivas e 40% de questões subjetivas. Os alunos que não atingirem conceito C poderão realizar Prova de Recuperação no final do módulo. A equivalência entre a escala decimal (notas) e a alfabética (conceitos), para efeitos do conceito final é: A = Excelente (9,0 a 10,0) B = Ótimo (8,0 a 8,9) C = Bom (7,0 a 7,9) D = Regular (5,0 a 6,9) E = Fraco (3,0 a 4,9) F = Insuficiente (abaixo de 2,9 ou infrequente) 5.2. Conceito Mínimo para Aprovação: C (7,0 A 7,9) 5.3 Faltas Faltas acima de 25% (18 faltas) das aulas implicam em conceito FF ou falta de frequência, portanto, reprovação, independentemente dos demais conceitos. Não há abono de faltas exceto as previstas na legislação. 5.4. Prova Substitutiva Não há prova substitutiva para o aluno que perder uma das provas. O aluno estará automaticamente incluído na lista dos alunos que farão a prova de Exame Final caso sua média seja maior ou igual a 3,0. Bibliografia básica: SILVA, César Augusto Tibúrcio. Contabilidade Básica. 2.ed. São Paulo : Atlas,2007. MARION, Jose Carlos Marion. Contabilidade empresarial. São Paulo: Atlas, 2012. SÉRGIO, Iudícibus: Manual de contabilidade societária. São Paulo: Atlas, 2010 Bibliografia Complementar: RIBEIRO, Moura Osni. Contabilidade Comercial Fácil. São Paulo : Saraiva, 2011. IUDÍCIBUS, Sérgio de. et al. Contabilidade introdutória. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2007. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso Básico de Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2005 FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. São Paulo: Atlas, 2006. FAVERO, Hamilton Luiz. Contabilidade teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2006. Data de início da disciplina: Data de fechamento da disciplina: � SUMÁRIO 1. REVISÃO DOS PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS 11 1.1 Escrituração 1.2 Contas 1.3 Lançamento 1.4 Noções de débito e crédito 1.5 Razonetes 1.6 Método das Partidas Dobradas 1.9 Balancete de Verificação 2. PATRIMÔNIO 18 2.1 O Patrimônio das Empresas Comerciais 2.2 Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido 2.3 Equação Fundamental do patrimônio 2.4 Situação Líquida ou Patrimônio Líquido 3. EMPRESA COMERCIAL: CONSTITUIÇÃO 23 3.1 Definição de Empresa Comercial 3.2 Formas jurídicas de empresas comerciais 3.3 Características da atividade comercial 3.4 Fluxo de como constituir uma empresa comercial 3.4.1 Junta Comercial do Estado 3.4.2 Secretaria da Receita Federal 3.4.3 Secretaria da Fazenda do Estado 3.4.4 Secretaria Municipal de Finanças 3.4.5 Secretaria Municipal de Controle do Convívio Urbano 3.4.6 Corpo de Bombeiros 3.4.7 Vigilância Sanitária 4. EMPRESA COMERCIAL: REGISTROS INICIAIS 32 4.1 Conceitos de Capital 4.1.1 Registro do capital de firma individual 4.1.2 Registro do capital de Sociedade Ltda 4.1.3 Registro do capital de Sociedades Anônimas 4.1.4 Registro de alterações do capital social 4.2 Despesas Pré-Operacionais 4.3 Compra do Imóvel para instalar a empresa 4.4 Compra de Móveis e Utensílios 5. PLANO DE CONTAS DA EMPRESA COMERCIAL 40 5.1 Conceito e importância do Plano de Contas 5.2 O Planejamento do Plano de Contas 5.3 Estrutura Legal do Plano de Contas 5.4 Composição do Plano de Contas 5.5 Modelo de um Plano de Contas 6. OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS 49 6.1 Compras de mercadorias 6.1.1 Valor das mercadorias compradas 6.1.1.1 Valor da compra 6.1.1.2 Frete e seguro na compra 6.1.1.3 Devolução de mercadorias compradas 6.1.1.4 Desconto ou abatimento incondicional obtido 6.1.1.5 Tributos incidentes na compra 6.2 Vendas a vista e vendas a prazo 6.2.1 Valor das mercadorias vendidas 6.2.1.1 Valor da venda 6.2.1.2 Devolução de mercadorias vendidas 6.2.1.3 Desconto ou abatimento incondicional concedido 6.2.1.4 Tributos incidentes sobre a venda 6.3 Custo da Mercadorias Vendida - CMV 6.4 Resultado da venda de mercadorias 7. MÉTODOS PARA O REGISTRO DA COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS 55 7.1 Métodos para o registro das operações com mercadorias 7.2 Método da Conta Mista 7.3 Método da Conta Desdobrada 7.3.1 Método da conta desdobrada usando o Inventário Periódico 7.3.2 Método da conta desdobrada usando o Inventário Permanente 8. INVENTÁRIO PERIÓDICO DE MERCADORIAS 61 8.1 Conceito 8.2 Registro das operações com mercadorias pelo inventário periódico 8.2.1 Apuração extracontábil 8.2.2 Apuração contábil 8.3 Levantamento das mercadorias pelo inventário periódico 9. INVENTÁRIO PERMANENTE DE MERCADORIAS 67 9.1 Conceito 9.2 Registro das operações com mercadorias pelo inventário permanente 9.2.1 Registro pelo Método do Custo Médio 9.2.2 Apuração extracontábil pelo Inventário Permanente 9.2.3 Apuração contábil pelo Inventário Permanente 9.3 Levantamento e registro do inventário permanente de mercadorias 10. REVISÃO GERAL 74 10.1 Resumo dos conteúdos Atividades objetivas Atividade subjetiva 11. OPERAÇÕES COM RECURSOS HUMANOS 11.1 Folha de Pagamento e seu registro 11.2 Encargos Sociais e seus registros 11.3 Direitos Trabalhistas e seus registros 12. REGIME DE COMPETÊNCIA DE EXERCÍCIOS 89 12.1 Regime de competência 12.1.1 Receitas recebidas antecipadamente 12.1.2 Receitas realizadas e não-recebidas 12.1.3 Despesas incorridas 12.1.4 Despesas pagas antecipadamente 12.1.5 Despesas com consumo de estoque 13. RECEITAS E DESPESAS 94 13.1 Receita operacional bruta 13.2 Deduções da receita operacional bruta 13.2.1 Devoluções e abatimentos 13.2.2 Descontos comerciais 13.2.3 Impostos sobre vendas13.3 Receita operacional líquida 13.4 Custo das mercadorias, produtos ou serviços prestados 13.5 Lucro ou prejuízo operacional bruto 13.6 Despesas operacionais 13.6.1 Despesas administrativas 13.6.2 Despesas com vendas 13.6.3 Receitas financeiras 13.6.4 Despesas financeiras 13.7 Depreciação, amortização, exaustão 13.8 Lucro ou prejuízo operacional 14. RESULTADO NÃO OPERACIONAL E LUCRO LÍQUIDO 100 14.1 Resultado não operacional 14.1.1 Receitas não operacionais 14.1.2 Despesas não operacionais 14.1.3 Resultado da correção monetária 14.2 Resultado líquido do exercício antes do imposto de renda e contribuição social 14.2.1 Provisão para contribuição social 14.2.2 Provisão para pagamento do imposto de renda 14.3 Resultado líquido do exercício depois do imposto de renda 14.4 Participações 14.4.1 Administradores e funcionários 14.4.2 Debêntures 14.4.3 Partes beneficiárias 14.4.4 Assistência e Previdência 14.5 Lucro ou prejuízo do exercício 14.5.1 Reservas de lucros 14.5.2 Dividendos � Introdução Para que você possa ter um bom aproveitamento dos conteúdos que iremos estudar neste semestre, é importante que você esteja bem situado na disciplina. Por mais simples e fácil que sejam os conteúdos, é sempre conveniente que se tenha um ponto de partida. A Contabilidade é fácil de ser entendida, se estudada gradativamente. Contudo, esse estudo gradativo deve abranger principalmente a parte básica da matéria pois, se você tiver compreendido com bastante precisão o mecanismo da Contabilidade, você terá condições de assimilar qualquer assunto contábil. Contabilidade é prática, só é possível compreendê-la e dominá-la se você a exercitar constantemente. Para darmos continuidade às nossas atividades de Contabilidade Geral II, precisamos recapitular, para que você possa obter melhores resultados nos estudos deste período. Sendo assim, nesta unidade, em linhas gerais, apresentaremos as noções básicas de contabilidade (escrituração, contas, lançamento, razonete, método das partidas dobradas, noções de débito e crédito, balancete, apuração do resultado) para depois aprofundarmos no estudo da Contabilidade. 1.1 – Escrituração Para a Contabilidade alcançar a função de controle do Patrimônio, há a necessidade de registrar todos os fatos que ocorrem na empresa. Este registro é feito através da Escrituração. A escrituração, uma das técnicas da Contabilidade, consiste em registrar nos livros próprios (Diário, Razão etc), através do lançamento, todos os fatos que modificam o Patrimônio da empresa. 1.2 – Contas Para Ribeiro (1999, p. 22) CONTA, em Contabilidade, é o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (bem, direito, obrigação) e aos elementos de resultado (receita e despesa). A conta pode representar um elemento isoladamente ou vários componentes que tenham o mesmo fim. Se a conta está representando bem, direito ou obrigação será classificada como Conta Patrimonial, mas se estiver representando receita ou despesa será classificada como Conta de Resultado. CONTAS PATRIMONIAIS CONTAS DE RESULTADO ATIVO PASSIVO Contas de Bens Caixa Veículo Contas de Direitos Nota a receber Contas de Obrigações Fornecedores Nota a pagar Contas do PL Capital Social Reservas Lucro ou Prejuízo Contas de Receita Venda de mercadorias Receita de serviços Contas de Despesa Água Material de limpeza A função de cada conta é identificar o fato registrado, facilitar o trabalho de planejamento e controle contábil, possibilitar o registro das variações patrimoniais e informar o saldo de cada elemento patrimonial em um determinado momento. Assim, uma vez criada a conta, todas as operações realizadas que têm a mesma natureza deverão ser nela registradas. Cada conta é representada hoje por fichas ou folhas soltas, cujo conjunto forma o livro chamado Razão. Essas fichas ou folhas podem ter estrutura diferenciada. Veja um exemplo abaixo: Título da Conta: Banco Itaú – conta corrente Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C 10/01/05 11/01/05 Depósito nº 123 Cheque nº 888 emitido em 10/01/05 100 80 100 20 D D A partir da ilustração acima podemos perceber que a conta possui os seguintes elementos: título, data, histórico, coluna do débito, coluna do crédito, coluna que indica a natureza do saldo, coluna do saldo. Desse modo, cada conta é controlada em fichas separadas. 1.3 – Lançamento Todos os fatos realizados na empresa são registrados nos livros próprios, através da técnica denominada lançamento. 1º passo: Verificar que documento foi emitido na operação. 2º passo: Identificar o local e a data da ocorrência do fato. 3º passo: Identificar, no fato os elementos patrimoniais envolvidos (bens, direitos, obrigações, receitas e despesas). Haverá, no mínimo, dois elementos envolvidos. 4º passo: Identificar as contas que serão utilizadas para registrar os elementos patrimoniais através do Plano de Contas. 5º passo: Identificar que conta será debitada e que conta será creditada, conforme explicação no tópico noções de débito e crédito. 6º passo: Preparar o histórico do lançamento. 7º passo: Elaborar o lançamento no Livro Diário. 1.4 – Noções de Débito e Crédito Débito e crédito são convenções contábeis. No dia-a-dia, ou seja, na linguagem comum Débito significa dívidas e Crédito significa valores a receber. Na Contabilidade, Débito significa aplicação de recursos e Crédito significa origem de recursos. Portanto procure, a partir de agora, não ligar os significados técnicos, com o que eles representam na sua linguagem comum. Vamos ver agora como se faz a localização de débito e crédito: Débito está no lado esquerdo da conta; Crédito está no lado direito da conta. Veja baixo o esquema técnico para o registro das contas: CONTAS PATRIMONIAIS CONTAS DO ATIVO (Bens e Direitos) CONTAS DO PASSIVO (Obrigações) DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO Quando seu valor aumenta Quando é aplicação Quando seu valor diminui Quando é origem Quando seu valor diminui Quando é aplicação Quando seu valor aumenta Quando é origem Todas as contas do ativo devem ter SALDO DEVEDOR Todas as contas do Passivo devem ter SALDO CREDOR CONTAS DE RESULTADO CONTAS DE RECEITAS CONTAS DE DESPESAS DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO Quando seu valor é cancelado Quando seu valor aumenta Porque é origem de recurso Quando seu valor aumenta Porque é aplicação de recurso Quando seu valor é cancelado Todas as contas de Receita devem ter SALDO CREDOR Todas as contas de Despesa devem ter SALDO DEVEDOR Como você pôde observar, há regras específicas para registrar a movimentação de cada elemento patrimonial. Tenha sempre em mente essas regras, pois são elas que fundamentarão todo o processo contábil. 1.5 – Razonetes O registro dos fatos é realizado inicialmente no Livro Diário e depois nos demais livros de escrituração, dentre eles o livro Razão. Entretanto, para atender aos fins didáticos, em substituição ao livro Razão, podemos utilizar os Razonetes. Mas o que é razonete? Razonete é uma simplificação do livro Razão, em que são usadas somente as colunas de débito e crédito deste livro. Título da conta : Banco conta corrente Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C Observando as colunas sombreadas na tabela acima podemos concluir que o Razonete têm a forma de um “T”. A função de cada razonete é possibilitar o registro dos valores movimentados em cada elemento patrimonial e informar o seu respectivo saldo em um determinado momento. Cada razonete possui os seguintes elementos: título da conta, colunaesquerda (Débito), coluna direita (Crédito) e saldo. NOME DA CONTA CONTA BANCO Lado do Débito R$ .... Lado do Crédito R$ ... 200 300 50 150 Saldo Devedor Saldo Credor Soma 500 Soma 200 Saldo 300 O saldo em cada razonete é apurado pela diferença entre as somas das duas colunas. 1.6 – Método das Partidas Dobradas Para registrar os valores nos razonetes devemos utilizar o Método das Partidas Dobradas. Este método tem como princípio fundamental o fato de que para cada lançamento a débito de uma ou mais contas, deverá corresponder um crédito equivalente ao mesmo valor em uma ou mais contas, ou seja, não há débito sem crédito correspondente. Como para cada débito há um crédito equivalente, então a soma dos valores debitados será igual à soma dos valores creditados. Como a natureza dos saldos corresponde à diferença entre os valores debitados e creditados na mesma conta, a soma dos saldos devedores será igual aos valores da soma dos saldos credores. E, também, o total do Ativo será igual ao total do Passivo. Como conseqüência do método das partidas dobradas, o registro de um fato administrativo exige a movimentação de, no mínimo, duas contas. Por essa razão é conhecido como partida dobrada. Assim, não há devedor sem credor. Este método foi divulgado pela primeira vez na cidade de Veneza, Itália, em 10 de novembro de 1494, pelo frade Luca Pacioli. É o método que foi empregado pelos comerciantes desde o século XV e até hoje é utilizado pelos contabilistas, ou seja, é um método de uso universal. O Método das Partidas Dobradas já fez 500 anos de idade após sua oficialização. Nos últimos 50 anos observamos as maiores descobertas e invenções do mundo, entretanto, nada ainda substituiu na Contabilidade este método. Na verdade, este método é tão perfeito que nunca sofreu qualquer ameaça de substituição.(MARION, 1004, p. 152). Veja, a seguir, um exemplo de registro pelo Método das Partidas Dobradas: FATO: Compra de um veículo, à vista, no valor de R$ 8.000. DÉBITO: Veículo 8.000 É um bem, está no Ativo, Aumentou de valor. CRÉDITO: Caixa 8.000 É um bem, está no Ativo Diminuiu de valor. 1.7 – Balancete de Verificação Após o registro dos fatos há a necessidade de verificar se todos os lançamentos foram realizados sem omissão de valores entre os débitos e os créditos. A ferramenta contábil que permite fazer esta verificação é o Balancete de Verificação, ou simplesmente Balancete. A forma mais comum de Balancete é a de duas colunas, em que você trabalhará com o saldo de cada uma das contas. Entretanto, há outros modelos mais completos, trazendo outras informações, como o Balancete de quatro, seis ou oito colunas. Suponhamos que uma empresa realizou as seguintes transações: a) Constituição da empresa com dinheiro no valor de R$ 1.000 b) Compra de mercadorias à vista no valor de R$ 300,00 c) Compra, à vista, de um móvel no valor de R$ 200. Registro no Livro Diário FATO 1 FATO 2 FATO 3 Debitar:Caixa 1.000 Creditar: Capital 1.000 Debitar: Mercadorias 300 Creditar: Caixa 300 Debitar: Móvel 200 Credita: Caixa 200 Registro nos Razonetes ( Livro Razão) Caixa Mercadorias Móvel Capital 1.000 300 200 300 200 1.000 1.000 500 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO Contas Movimento Saldo Devedor Credor Devedor Credor 1 2 3 4 Caixa Mercadorias Móvel Capital 1.000 300 200 ...... 500 ..... ..... 1.000 500 300 200 .... .... ... ... 1.000 Totais 1.500 1.500 1.000 1.000 Nas colunas movimento ocorre a pura transcrição do que consta no Razonete. As colunas do saldo correspondem à diferença entre o débito e o crédito das colunas do movimento. Olhando o Balancete, observamos que os totais das colunas Movimento e Saldo são iguais. Quando este fato acontecer, ou seja, quando esta igualdade quantitativa ocorrer, significará que o Método das Partidas Dobradas foi obedecido e que não há excesso ou omissão de débitos e créditos, mas não significará que as contas foram corretamente lançadas. 1.8 Plano de Contas Atualmente, o Plano de Contas deve obedecer às disposições contidas na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações). Esta lei regulamentou a disposição de grupos e as contas pertencentes a eles. Apresentamos a seguir a estrutura básica de um plano de contas, onde estão relacionados os principais grupos de contas. A – CONTAS PATRIMONIAIS 1 – ATIVO 2 - PASSIVO Ativo Circulante Disponível Direitos Estoques 1.1.4Despesas Antecipadas Ativo Não Circulante 1.2.1 Ativo Realizável a longo Prazo 1.2.2 Investimentos 1.2.3 Tangível 1.2.4 Intangível 2.1 Passivo Circulante 2.2 Passivo Não Circulante (Longo Prazo) 2.3 Patrimônio Líqüido 2.4.1 Capital 2.4.2 Reservas 2.4.3 Prejuízo 2.4.4 Ações em Tesouraria B – CONTAS DE RESULTADO 3 – DESPESAS E CUSTOS 3.1 DESPESAS OPERACIONAIS 3.1.1 Despesas com Vendas 3.1.2 Despesas Administrativas 3.1.3 Despesas Financeiras 3.1.4 Outras despesas operacionais 3.2 CUSTOS OPERACIONAIS 3.2.1 Custo das Compras 3.3 DESPESAS NÃO-OPERACIONAIS 4 – RECEITAS 4.1 RECEITAS OPERACIONAIS 4.1.1 Receita Bruta com as Vendas 4.1.2 Receitas Financeiras 4.1.3 Outras receitas operacionais 4.2 RECEITAS NÃO-OPERACIONAIS 5 – APURAÇÃO DO RESULTADO 5.1 Resultado Bruto 5.2 Resultado Não-Operacional 5.3 Resultado Líquido 1.9 Princípios Contábeis O registro dos fatos contábeis deve ser realizado de acordo com as normas contábeis, pois o contabilista não deve fazer aquilo que ele acha que deve ser feito, mas sim o que determina a legislação. A desobediência acarretará em multas e até mesmo a suspensãp do registro profissional (Resolução do CFC nº 750/93 art. 11) Essas regras são emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 1.10 Estrutura Legal da DRE A legislação que especifica sobre a estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício, é a Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas), artigo 187. A sua regulamentação consiste em enumerar os itens que dela fazem parte, como a seguir: GRUPOS DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO RECEITA OPERACIONAL BRUTA É a receita principal da empresa, incluindo todos os impostos e contribuições incidentes. Por exemplo: venda de mercadorias, venda de produtos, venda de serviços. DEDUÇÕES DAS VENDAS Devoluções de venda ou venda anulada Valor das mercadorias devolvidas pelos clientes para a empresa. Descontos Incondicionais concedidos Descontos concedidos no ato da venda da mercadoria para os clientes. Impostos sobre a venda Valor dos impostos incidentes sobre a venda de mercadorias/serviços aos clientes (ICMS, PIS, COFINS). RECEITA OPERACIONAL LÍQÜIDA É a diferença entre a receita operacional bruta e as deduções de venda. É considerada como a receita real obtida pela empresa, já que os impostos serão repassados as repartições públicas e as devoluções de venda e deverão ser abatidas da receita bruta. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS Representa quanto a empresa gastou na mercadoria que foi vendida, no serviço que foi prestado ou no produto fabricado e já vendido. É conhecido pelas siglasCMV, CPV ou CSP. A formula do CMV é estoque inicial + compra liquida – estoque final. LUCRO OU PREJUÍZO BRUTO É a diferença entre a Receita Operacional Líqüida e o Custo da mercadoria vendida. É o resultado da venda das mercadorias. DESPESA OPERACIONAL Despesa com Vendas São os gastos para comercializar e distribuir os produtos da empresa. Por exemplo: comissão sobre venda, viagens dos vendedores, propaganda, perdas estimadas com as vendas, salário do vendedor etc. Despesas Financeiras São os gastos oriundos da utilização de capitais de terceiros. Por exemplo: tarifas bancárias, desconto concedido ao cliente pelo pagamento antecipado, juros bancários. Despesas Administrativas São gastos inerentes à atividade da área administrativa da empresa, ou seja, sua gestão. Por exemplo: aluguel, energia, honorário da diretoria, despesas judiciais, salário da administração etc. OUTRA DESPESA São gastos realizados com transações que não estão ligados a atividade principal da empresa. Por exemplo: custo do bem do ativo permanente que está sendo vendido etc. OUTRA RECEITA São ganhos obtidos pela realização de operações acessórias a atividade principal da empresa. Por exemplo: dividendos recebidos de um investimento em outra empresa etc. São ganhos com transações que não estão ligados à atividade principal da empresa. Por exemplo: recebimento de doações, venda do bem que está registrado no ativo permanente etc LUCRO OU PREJUÍZO OPERACIONAL É a diferença entre o Lucro Bruto e as despesas operacionais acrescido de outras receitas operacionais. É o resultado das atividades principais e acessórias da empresa. LUCRO ANTES DOS TRIBUTOS É a diferença entre o Lucro Operacional e as despesas não-operacionais acrescidas das receitas não operacionais. É classificado como Lucro Contábil. Esse lucro será transferido para o Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), para a apuração do valor do imposto de renda de pessoa jurídica tributada com base no lucro real (lucro tributável). Para o Imposto de Renda, o lucro real e o lucro ou prejuízo contábil do período-base ajustado pelas inclusões, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. PROVISÕES Imposto de Renda É o valor que a empresa deverá pagar aos cofres públicos por ter obtido Lucro no exercício. Sua alíquota está prevista na legislação do Imposto de Renda. Atualmente ela é de 15%. Contribuição Social É o valor que a empresa deverá pagar aos cofres públicos por ter obtido Lucro no exercício. Sua alíquota está prevista na legislação do Imposto de Renda. Atualmente ela é de 9%. LUCRO DEPOIS DOS TRIBUTOS É a diferença entre o lucro antes dos tributos e as provisões. Se for lucro, será a base de cálculo para a empresa fazer a sua distribuição as pessoas que poderão participar desse resultado. Essas pessoas estão previstas no contrato ou estatuto social da empresa. PARTICIPAÇÕES Debêntures São títulos de longo prazo emitidos pelas S/A. As pessoas que os possui têm direito a juros, participação nos lucros etc. Empregados Se valor deve estar previsto em convenção coletiva ou de acordo com as decisões tomadas pela administração. Administradores Seu valor deve estar estabelecido no estatuto ou contrato social. Partes Beneficiárias São títulos mobiliários que dão direitos a pessoas que prestaram relevantes serviços à empresa participarem do lucro da empresa Contribuição para os institutos de previdência ou assistência de empregados São contribuições destinadas a entidades preestabelecidas que tratam da complementação de aposentadoria dos empregados da empresa. LUCRO OU PREJUÍZO LÍQÜIDO É a diferença entre o lucro depois dos tributos e as participações. Representa a confrontação entre todas as despesas incorridas e todas as receitas realizadas em um determinado período. Esse resultado será transferido para o Balanço Patrimonial, no grupo do passivo, subgrupo Patrimônio Líqüido, em conta denominada “Lucros Acumulados”. Modelo de uma DRE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO JOSE CARLOS S/A 31/12/2004 +Receita Operacional Bruta (venda Bruta) (-) Deduções com as vendas Desconto, devolução, ICMS, PIS, COFINS = Receita Líqüida (venda líquida) (-) CMV – custo mercadoria vendida =Lucro Bruto (-) Despesas Operacional de vendas administrativa depreciação financeira + Receita Operacional Receita financeira (-) Outras Despesas (Não-Operacional) + Outras Receitas (não-operacional) = Lucro Operacional (antes do imposto) (-) Provisão para Contribuição Social (-) Provisão para o Imposto de Renda =Lucro Depois do Imposto (-) Participações participações de debenturistas participação de empregado e/ou administrador participação de partes beneficiárias participação de institutos de previdência = Lucro Líqüido do exercício Lucro Líqüido por Ações 800 (10) 790 (650) 140 (30) (60) (10) (30) 10 (0) 00 20 (2) (6) 12 00 (4) 00 00 8 CÁLCULO DO LUCRO LÍQUIDO POR AÇÕES OU QUOTAS Ações, se a empresa é uma sociedade anônima. Quotas, se a empresa é limitada. 1,11 – BALANÇO PATRIMONIAL a) GRUPOS E SUBGRUPOS DO ATIVO ATIVO CIRCULANTE- AC (curto prazo) Contém contas que representam bens e direitos que serão convertidos em dinheiro até o final do próximo exercício. O Ativo Circulante é conhecido como capital de giro. Disponível Valores que já estão convertidos em dinheiro e que a empresa pode usar a qualquer momento. Por exemplo: caixa, banco, aplicação financeira. Direitos Valores que a empresa tem a receber de terceiros. Por exemplo: duplicata a receber, clientes, títulos a receber. Estoques São os bens que a empresa tem para vender, ou para usar na produção ou no seu dia-a-dia. Por exemplo: estoque de mercadorias, estoque de produtos acabados, estoque de matéria-prima, estoque de material para consumo. Despesas Antecipadas São gastos com bens ou serviços, já pagos ou a pagar, e que ainda não foram consumidos pela empresa. Por exemplo: seguro a vencer, juros pagos antecipadamente. ATIVO NÃO CIRCULANTE Contém contas que representam bens e direitos que a empresa comprou e que não tem a intenção de vendê-los, isto é, não serão convertidos em dinheiro. REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - RLP Contém contas que representam bens e direitos que serão convertidos em dinheiro após o final do próximo exercício. Bens: Bens desativados, desimobilizados e colocados à venda. Direitos: Valores que a empresa tem a receber de terceiros, decorrentes de vendas ou de operações financeiras. Por exemplo: duplicata a receber, adiantamento e empréstimos a coligadas, diretores, administradores. Investimento Contém bens e direitos que não são usados na atividade da empresa, mas que geram receitas. Por exemplo: obras de arte, ações de outras empresas, terrenos para alugar. Imobilizado Contém bens e direitos MATERIAIS que são usados pela empresa. Por exemplo: veículos, móveis, instalações, marcas e patentes, concessões obtidas, terrenos, edifícios. Intangível Contém bens e direitos IMATERIAIS que são usados pela empresa. Por exemplo:marcas, fundo de comercio, etc b) GRUPOS E SUBGRUPOS DO PASSIVO PASSIVO CIRCULANTE - PC (curto prazo) Contém contas que representam dívidas que a empresa deve pagar a terceiros até o final do próximo exercício. Obrigações com Fornecedores Dívidascontraídas pela compra de mercadorias a prazo. Por exemplo: Fornecedores, Duplicata a pagar Obrigações Sociais e Trabalhistas Dívidas decorrentes da contratação de mão-de-obra ou serviços, com vínculo empregatício. Por exemplo: Salário a pagar, INSS a pagar, FGTS a pagar, Obrigações Tributárias Dívidas decorrentes de impostos e taxas diversas. Por exemplo: IR a pagar, ICMS a recolher. Outras obrigações Dívidas contraídas com instituições financeiras, gastos mensais. Por exemplo: empréstimo a pagar, energia a pagar PASSIVO NÃO CIRCULANTE (EXIGÍVEL A LONGO PRAZO- PELP) Contém contas que representam dívidas que a empresa deve pagar a terceiros após o final do próximo exercício. Obrigações Dívidas tributárias, sociais e trabalhistas, com fornecedores, bancárias etc PATRIMÔNIO LÍQUIDO - PL Contém contas que representam a verdadeira riqueza da empresa. O patrimônio líquido é conhecido como capital próprio. Capital Contém o valor inicial que os sócios aplicaram na empresa (Capital Social). Apresenta também, por dedução, a parcela de capital ainda não integralizada pelos sócios (Capital a realizar). Reservas Representam a parte do lucro ou da valorização de bens e direitos, que não foram distribuídos aos sócios. Estão classificadas em Reservas de Capital, Ajuste Avaliação Patrimonial e Reserva de Lucro. Resultado Apresenta o prejuízo acumulado em vários exercícios. Modelo de Balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL Ativo Passivo 2004 2004 CIRCULANTE Caixa Cliente Estoque de mercadoria .......... 13.900 2.000 6.000 21.900 CIRCULANTE Duplicata a pagar Imposto a pagar ........ 3.100 1.200 4.300 NÃO CIRCULANTE Títulos a pagar longo prazo ........ 5.000 ATIVO NÃO CIRCULANTE DP a receber longo prazo Móveis e utensilios (-)Depreciação acum. ........ 3.000 7.000 (700) 6.300 PATRIMÔNIO LÍQÜIDO Capital social Lucro Acumulado .......... 15.000 6.900 21.900 TOTAL 31.200 TOTAL 31.200 Você deve entender bem a estrutura do Balanço Patrimonial. Esse conhecimento lhe proporcionará analisar e interpretar a situação financeira e econômica da empresa PRINCIPAIS DEDUÇÕES DO ATIVO E DO PASSIVO Deduções são contas que irão diminuir o valor da conta principal. Seus saldos serão o contrário do da conta principal. As principais contas redutoras do Balanço Patrimonial estão apresentadas no Ativo Circulante, no Ativo Não Circulante e no Patrimônio Líquido. a) DEDUÇÕES DO ATIVO CIRCULANTE CONTA DUPLICATA A RECEBER (terá duas deduções) Provisão para Devedores Duvidosos É a parcela estimada pela empresa que não será recebida, em decorrência dos maus pagadores. Seu valor é obtido pela aplicação de um percentual que foi calculado pela média considerada incobrável em períodos anteriores. Duplicata Descontada É o valor obtido em uma instituição financeira, quando a empresa negocia parte das duplicatas a receber que possui. A empresa troca as duplicatas a receber por dinheiro. CONTA ESTOQUES (terá uma dedução) Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado Quando o valor de mercado do estoque for inferior ao valor de compra ou produção, a empresa deverá fazer um ajuste no valor desses estoques (Princípio do Conservadorismo ou Prudência). Veja, a seguir, a estrutura do ativo circulante com as contas redutoras. ATIVO CIRCULANTE Disponível Caixa Direitos Duplicata a Receber (-) Provisão Devedores Duvidosos (-) Duplicata Descontada Estoques Mercadoria (-) Provisão para ajuste de mercado Despesa Antecipada Seguro a vencer 400 1.000 ( 200) (500) 4.000 (500) 1.200 Total do Circulante 5.400 b) DEDUÇÕES DO ATIVO NÃO CIRCULANTE SUBGRUPO INVESTIMENTOS (terá uma dedução) Provisão para Perda de Investimentos É a parcela provável de perdas na realização financeira dos investimentos, quando comprovada que esta perda é permanente. SUBGRUPO IMOBILIZADO (terá três deduções) Depreciação Acumulada É um montante que representa a diminuição do valor de aquisição dos bens tangíveis (veículos, máquinas, computador etc) devido ao seu uso, desgaste físico ou tecnológico. Amortização Acumulada É um montante que representa a diminuição do valor de aquisição dos bens intangíveis (marcas, patentes, direitos autorais, benfeitorias em imóveis de terceiros etc) em razão do tempo. Exaustão Acumulada É um montante que representa a diminuição do valor de aquisição dos recursos naturais – minerais ou florestais (jazidas, poço de petróleo, reflorestamento), devido a sua exploração (extração ou aproveitamento). SUBGRUPO INTANGÍVEL (terá uma dedução) Amortização Acumulada É um montante que representa a diminuição do valor das despesas diferidas, em virtude de sua distribuição proporcional aos exercícios sociais (no mínimo cinco e no máximo dez anos) devido ao seu consumo. Veja, a seguir, a estrutura do ativo não circulante com as contas redutoras. ATIVO NÃO CIRCULANTE Investimento Ações Outras CIAS (-) Provisão para perda de investimentos Imobilizado Veículo (-) Depreciação Acumulada Benfeitorias em imóveis de terceiros (-) Amortização Acumulada Intangível Marcas (-) Amortização Acumulada 4.000 (1.000) 3.000 9.000 (2.000) 3.000 (500) 9.500 3.000 (2.000) 1.000 Total do Permanente 13.500 c) DEDUÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO CONTA CAPITAL (terá uma dedução) Capital a Realizar ou a Integralizar É a parcela de capital que a empresa ainda tem a receber do titular da empresa. CONTA LUCRO ACUMULADO (terá uma dedução) Prejuízo do Exercício Valor obtido pela subtração das receitas com as despesas no final do exercício social. Veja, a seguir, a estrutura do Patrimônio Líquido com as contas redutoras. PASSIVO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital (-) Capital a Realizar Reserva Lucro Lucro Acumulado (-) Prejuízo do Exercício 5.000 (1.000) 4.000 6.600 (1.600) Total do Patrimônio Líquido 13.000 1.12 – Demonstrações contábeis Os relatórios são informes padronizados que relatam a situação da empresa, seja no aspecto financeiro, patrimonial ou econômico. As informações contidas nesses relatórios são essenciais para a empresa avaliar o seu desempenho e estabelecer planos e negócios futuros. Daí a importância que se dá não só à sua elaboração, mas a sua correta leitura e análise. Dos inúmeros relatórios contábeis, destacamos aqueles que são obrigatórios de acordo com a Lei nº 6.404, de 15/12/76. Esta lei, conhecida como Lei das Sociedades Anônimas (LSA) denomina os relatórios contábeis de demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras estão regulamentadas por esta lei, no capítulo XV, artigos 175 a 205, na Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007 e na Medida Provisória n. 449/ 2008.. O Novo Código Civil (NCC), Lei nº 10.406/02, que entrou em vigor em 11/01/2003, também regulamenta sobre as demonstrações financeiras em seus arts. 1.183, 1.184, 1.188, 1.189 e outros. As demonstrações obrigatórias são: Balanço Patrimonial (BP); Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), no NCC é denominada de Demonstração dos Resultados Econômicos ou Demonstração de Lucros e Perdas; Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) Demonstração do lucro ou prejuízo acumulado (DLPA); Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido (DMPL); Demonstração do Valor Adicionado (DVA). 2.1– O Patrimôniodas Entidades Comerciais Um dos atributos da Contabilidade é permitir o controle da movimentação do Patrimônio das empresas. Essa movimentação é realizada devido as operações de compra, venda, pagamentos, recebimento etc que são executadas diariamente pelos gestores das entidades. Ao registrar esses fatos administrativos, a Contabilidade terá condições de fornecer informações sobre a situação patrimonial, situação econômica e situação financeira da empresa, sempre que solicitada. Sendo assim podemos definir Patrimônio como sendo o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações das empresas (entidades ou aziendas). Mas vejamos o que significa cada um dos elementos do Patrimônio: BENS: são coisas capazes de satisfazer as necessidades do ser humano e que são suscetíveis de avaliação econômica. Podem ser classificados em bens de uso (prateleiras, máquinas, calculadoras), bens de venda (mercadorias) e bens de consumo (papel, caneta, material de limpeza). DIREITOS: são todos os valores que a empresa tem a receber de terceiros. Ao serem registrados recebem o nome do documento acrescido da expressão a Receber (Duplicata a receber, Nota Promissória a Receber). OBRIGAÇÕES: são todos os valores que a empresa deve pagar a terceiros. Ao serem registrados recebem o nome do documento acrescido da expressão a Pagar (Duplicata a pagar, Nota Promissória a pagar, Impostos a pagar). Para que a Contabilidade alcance seu objetivo de fornecer informações sobre a situação patrimonial, ela precisa representar o Patrimônio de alguma forma. A maneira escolhida foi a representação em forma gráfica, conforme o modelo a seguir: PATRIMÔNIO BENS DIREITOS OBRIGAÇÕES 2.2– Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido ATIVO: É o lado esquerdo do gráfico patrimonial. Recebe este nome porque é composto pelos Bens e pelos Direitos, que formam o conjunto dos elementos positivos da empresa. PASSIVO: É o lado direito do gráfico patrimonial. Recebe este nome porque é composto pelas Obrigações, as quais formam o grupo dos elementos negativos da empresa. Partindo do princípio de que os elementos patrimoniais são registrados pelo Método das Partidas Dobradas, podemos concluir que a soma do lado esquerdo deve ser igual à soma do lado direito. Mas na prática, nem sempre a soma dos bens e direitos é igual à soma das obrigações. Para que essa igualdade seja concretizada, aparecerá no gráfico um outro grupo de elementos patrimoniais que denominaremos de Patrimônio Líquido. PATRIMÔNIO LÍQUIDO: é a diferença entre o total do Ativo e o total das Obrigações. Representa a riqueza que a empresa possui. Ele será composto por apenas três elementos: Capital, Reservas e Lucros ou Prejuízos Acumulados. PATRIMÔNIO ATIVO PASSIVO Bens Direitos Obrigações Patrimônio Líquido 2.3– Equação Fundamental do Patrimônio Todos os elementos patrimoniais são avaliados em moeda, portanto podemos representar o Patrimônio através da seguinte equação: ATIVO = OBRIGAÇÕES + PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Bens + Direitos) = Obrigações + (Capital + Reservas + Lucro) 2.4– Situação Líquida ou Patrimônio Líquido Os elementos patrimoniais, devidamente representados em valores monetários, poderão apresentar cinco Situações Líquidas diferentes: SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA, ATIVA OU SUPERAVITÁRIA BALANÇO PATRIMONIAL Ativo é maior que Obrigações A = O + PL O = A – PL PL = A – O Ativo é maior que zero Obrigações é maior que zero PL é maior que zero ATIVO (A) PASSIVO (P) Bens (B) R$ 100 Direitos (D) R$ 80 Obrigações (O) R$ 50 Patrimônio Líquido (PL) R$ 130 TOTAL ATIVO R$ 180 TOTAL PASSIVO R$ 180 SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA, PASSIVA, DEFICITÁRIA, PASSIVO A DESCOBERTO BALANÇO PATRIMONIAL Ativo é menor que Obrigações A = O - PL O = A + PL PL = O – A Ativo é maior que zero Obrigações é maior que zero PL é menor que zero ATIVO (A) PASSIVO (P) Bens (B) 80 Direitos (D) 20 Obrigações (O) 150 Patrimônio Líquido (PL) ( 50) TOTAL ATIVO 100 TOTAL PASSIVO 100 SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA, INEXISTENTE BALANÇO PATRIMONIAL Ativo é igual a Obrigações A = O O = A PL = ZERO Ativo é maior que zero Obrigações é maior que zero PL é igual a zero ATIVO (A) PASSIVO (P) Bens (B) 180 Direitos (D) 20 Obrigações (O) 200 Patrimônio Líquido (PL) 00 TOTAL ATIVO 200 TOTAL PASSIVO 200 SITUAÇÃO LÍQUIDA DE INEXISTÊNCIA DE ATIVO BALANÇO PATRIMONIAL Ativo é menor que Obrigações A = ZERO O = A + PL PL = A - O Ativo é IGUAL a zero Obrigações é maior que zero PL é menor que zero ATIVO (A) PASSIVO (P) Bens (B) 00 Direitos (D) 00 Obrigações (O) 40 Patrimônio Líquido (PL) (40) TOTAL ATIVO 00 TOTAL PASSIVO 00 SITUAÇÃO LÍQUIDA PLENA (não há dívidas exigíveis) BALANÇO PATRIMONIAL Ativo é maior que Obrigações A = O + PL O = A - PL PL = A - O Ativo é maior que zero Obrigações é igual a zero PL é maior que zero ATIVO (A) PASSIVO (P) Bens (B) 80 Direitos (D) 20 Obrigações (O) 000 Patrimônio Líquido (PL) 100 TOTAL ATIVO 100 TOTAL PASSIVO 100 Ao analisar as situações patrimoniais apresentadas, você deverá ter concluído que o Ativo e o Passivo somente poderão ser iguais ou maiores que zero, mas o Patrimônio Líquido (PL) poderá ser menor, igual ou maior que zero. Sendo assim, a única situação impossível de acontecer será aquela em que o Patrimônio Líquido nunca poderá ser superior ao valor total do Ativo. 4 – Conhecendo os termos técnicos Termos técnicos envolvendo o Balanço Patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL DO SR. ADÃO ATIVO PASSIVO BENS Dinheiro no Banco........ R$ 100 Poupança ................. R$ 3.000 TV a cores ................ R$ 900 Automóvel ............... R$ 10.000 Apartamento ........... R$ 35.000 R$ 49.000 OBRIGAÇÕES Prestações do Apartamento ..... R$ 20.000 Prestações do automóvel ......... R$ 8.500 Prestações da TV ..................... R$ 500 R$ 29.000 PATRIMÔNIO LÍQÜIDO Capital social R$19.000 Lucro R$ 2.000 R$ 21.000 DIREITOS Valor a receber de José R$ 1.000 TOTAL DO ATIVO R$ 50.000 TOTAL DO PASSIVO R$ 50.000 Capital total = Recurso total = R$ 50.000 Capital Nominal = Capital Social = Capital Inicial R$ 19.000 = Capital Subscrito Capital de Terceiros = Obrigações Exigíveis = R$ 29.000 Capital Próprio =Obrigação não-exigível = Patrimônio Líqüido = R$ 21.000 Patrimônio Bruto = R$ 50.000 = Total ativo = Total passivo Total das origens = Total do Passivo = R$ 50.000 Total das Aplicações = Total do Ativo = R$ 50.000 Situação Líquida = Patrimônio Líqüido = R$ 21.000 Introdução Toda e qualquer atividade econômica é realizada por meio das entidades econômico-administrativas. Portanto, há entidades que transformam os elementos da natureza em objetos que irão satisfazer as necessidades dos homens - indústrias, há as que realizam a intermediação entre o consumidor e o produtor - comércio e há aquelas que prestam um serviço à comunidade – prestadoras de serviço. Para que estas empresas possam desenvolver suas atividades, é necessárioque estejam devidamente legalizadas e constituídas. A Constituição é feita através da elaboração do Contrato Social ou do Estatuto Social. A legalização se dá através do registro dos atos constitutivos nas repartições públicas (Junta Comercial, Secretaria da Receita Federal, Prefeitura Municipal da localidade, Secretaria da Fazenda do Estado, Previdência Social, Delegacia Regional do Trabalho). E, dependendo do ramo de atividade a ser desenvolvido, poderão ainda estar sujeitas a registros em outros órgãos e a concessão de alvarás. Nesta unidade, apresentaremos a você o conceito, a forma jurídica, as características e os procedimentos que o contador deve realizar para constituir e legalizar as entidades que realizam os atos de comércio. 3.1 – Definição de entidade (empresa) comercial Para definir o que seja uma empresa comercial vamos analisar a conversa entre Ana e o administrador Pedro: Após analisar o diálogo acima, você deve ter elaborado a seguinte definição: EMPRESA COMERCIAL é uma entidade criada para exercer a atividade mercantil visando obter o lucro. A FUNÇÃO DA EMPRESA COMERCIAL é servir de intermediária entre o produtor e o consumidor, objetivando o lucro. A EMPRESA COMERCIAL PODERÁ SER CONSTITUÍDA por uma só pessoa (Individual) ou por um grupo de pessoas (Sociedades). 3.2 – Formas jurídicas de empresas comerciais Há duas formas jurídicas pelas quais as empresas comerciais poderão ser constituídas. No entanto, a forma jurídica não é determinante do ramo que vai ser explorado. Você poderá ter uma Sociedade LTDA para empresa comercial, para empresa industrial ou para empresa de prestação de serviço. EMPRESAS INDIVIDUAIS: são aquelas formadas por uma única pessoa. EMPRESAS COLETIVAS OU SOCIEDADE: são as formadas por diversas pessoas, reunidas através de um contrato social ou de estatutos. De acordo com os interesses dos sócios ou componentes, a sociedade poderá assumir uma das seguintes formas jurídicas 3.3 – Características da atividade comercial As empresas comerciais se constituem com o fim de servirem de intermediárias, entre os produtores e os consumidores. Nesse sentido, podemos caracterizar a atividade comercial como sendo as operações de compra e venda de mercadorias para alcançar o lucro. Em termos contábeis, podemos dizer que: a compra representa o gasto (despesa) para o exercício da atividade comercial; a venda representa a receita decorrente da atividade comercial, e do confronto entre a venda e a compra surge o resultado positivo (lucro) ou negativo (prejuízo). 3.4 – Fluxo de como constituir uma empresa comercial Apresentamos o fluxograma abaixo para que você possa ter uma visão da seqüência de etapas do processo de constituição e legalização de uma empresa. Este é um fluxo genérico, assim as etapas podem ser diversificadas de estado para estado e de município para município. Verifique no seu município, quais são as exigências vigentes, das etapas descritas no fluxo, para a legalização de uma empresa. Ao realizar esta verificação, você poderá identificar quais etapas do fluxo serão realizadas na constituição e legalização de empresa no seu Estado. Ressaltamos que os custos e a burocracia são os principais fatores que levam os empreendedores a exercer uma atividade econômica sem o registro nos órgãos oficiais, ou seja, operar na informalidade. Para obter maiores informações sobre a constituição e legalização de um empreendimento acesse o seguinte endereço eletrônico http://www.geranegocio.com.br/html/geral/p18a.html. Você verá o mesmo fluxo que será apresentado nesta unidade. Clique nas diversas etapas para obter as informações necessárias para realizar a legalização de uma empresa. NÃO SIM NÃO SIM SIM NÃO NÃO SIM Entidade Comercial: Constituição Informamos, como fonte de consulta, a relação de documentos exigidos em cada órgão, lembrando que pode variar de estado para estado. 3.4.1 JUNTA COMERCIAL DO ESTADO Documentos para registro de empresas, segundo a Junta Comercial, Tipo Empresarial “Empresário (antiga Firma Individual)”. RELAÇÃO DE DOCUMENTOS 1) Capa de Processo 2) Declaração de Requerimento de Empresário 3) Pesquisa de Nome Empresarial 4) DARF 5) DAR 6) Consulta da Situação 7) Declaração de ME ou EPP 8) Cópia da Certidão de Casamento 9) Cópia da Carteira de Identidade 10) Cópia do CPF Documentos para registro de empresas, segundo a Junta Comercial Tipo Empresarial “Sociedade Empresária (antiga Ltda)” RELAÇÃO DE DOCUMENTOS 1) Capa de Processo 2) Contrato Social ( 3) Pesquisa de Nome Empresarial ( 4) Ficha do Cadastro Nacional, fls. 1 e 2 ( 5) Declaração de ME ou EPP ( 6) DARF 7) DAR ( 8) Consulta da Situação ( 9) Cópia da Certidão de Casamento - Administradores 10) Cópia da Carteira de Identidade – Administradores 11) Cópia do CPF - Administradores 3.4.2. SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL Documentos para inscrição no CNPJ, na esfera da Receita Federal. RELAÇÃO DE DOCUMENTOS 1) Baixar o programa gerador do CNPJ (www.receita.fazenda.gov.br), inserir dados e enviar pelo ReceitaNet 2) Imprimir formulário Documento Básico de Entrada – DBE (1 via), após análise do envio de dados à Receita Federal 3) Declaração do Empresário ou Contrato Social 4) Consulta de Situação (1 via) 5) Cópia da Carteira de Identidade (Empresário ou Administradores) 6) Cópia do CPF (Empresário ou Administradores) 3.4.3. SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO Documentos para inscrição estadual, na esfera da Secretaria de Fazenda. RELAÇÃO DE DOCUMENTOS 1) Formulário FAC, com etiqueta do Contador (1 via) 2) Cópia da Declaração do Empresário ou Contrato Social 3) Cópia da Carteira de Identidade (Empresário ou Administradores) 4) Cópia do CPF 5) Comprovantes de residência 6) Cópia do CNPJ 7) Certidão Negativa do Empresário ou Administradores 8) Alvará de Funcionamento, obtido na Prefeitura 9) Contrato de Locação ou Escritura do estabelecimento 3.4.4 SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS Documentos para inscrição municipal, na Secretaria de Finanças. RELAÇÃO DE DOCUMENTOS 1) Requerimento Padrão 2) Cópia da Declaração do Empresário ou Contrato Social 3) Cópia do CNPJ 4) Cópia da Consulta Prévia 5) Cópia da Carteira de Identidade do Empresário ou Administrador 6) Cópia do CPF do Empresário ou Administrador 7) Cópia do Atestado da Vigilância Sanitária (depende da atividade) 3.4.5 SECRETARIA MUNICIPAL DE CONTROLE DO CONVÍVIO URBANO Documentos para pesquisa de localização e funcionamento da empresa e verificação da atividade econômica,na Secretaria de Municipal de Controle Urbano. RELAÇÃO DE DOCUMENTOS 1) Termo de Responsabilidade 2) Croqui de localização do estabelecimento 3) Contrato de Locação ou Escritura do Estabelecimento 4) Formulário Consentimento dos Vizinhos (caso o estabelecimento esteja localizada fora da área de zoneamento) 5) Taxa de Licenciamento, Localização e Funcionamento 6) Requerimento Padrão 7) Declaração do Empresário ou Contrato Social 8) Cópia da CI do Empresário ou dos Administradores 9) Cópia do CPF do Empresário ou Administrador 10) Cópia do CNPJ da Empresa 11) Cópia do Visto Prévio 12) Atestado da Vigilância Sanitária 3.4.6 CORPO DE BOMBEIROS Documentos para emissão do Certificado de Aprovação, na esfera do Corpo de Bombeiros RELAÇÃO DE DOCUMENTOS 1) Requerimento de Solicitação de Vistoria (2 vias) 2) Projeto de Segurança contra Incêndio e Pânico (1 via), se a área do estabelecimento superior a 40 m2 3) Planta de Situação e Localização do estabelecimento, para área superior a 40 m2 4) Guia de Pagamento do Laudo de Exigência ou Certificado de Aprovação 3.4.7 VIGILÂNCIA SANITÁRIA Documentos para emissão do Alvará Sanitário, na esfera da Vigilância Sanitária ELAÇÃO DE COUMENTOS 1) Requerimento Padrão 2) Declaração do Empresário ou Contrato Social 3) Cópia do CNPJ 4) Declaração de Responsável Técnico 5) Termo de Responsabilidade Sanitária 6) Taxa de Vistoria 7) Croqui do Estabelecimento Introdução Para a empresa iniciar suas atividades necessitará de recursos. Estes recursos são fornecidos pelo titular (se empresa individual), acionistas (se for uma sociedade por ações) ou cotistas (se for empresa de responsabilidade limitada). O montante inicial, denominado de Capital Social está discriminado no Contrato Social ou no Estatuto Social, sendo estes instrumentos a base para o registro do capital. Na fase de constituição da empresa, os sócios ou o proprietário efetua uma série de gastos necessários à sua organização e instalação. Esses gastos, normalmente, envolvem as Despesas de Legalização (pagamento ao contador pelo serviço prestado, pagamentos de taxas nas repartições públicas, compras de impressos, compra de livros fiscais) e as Despesas com Reformas (pagamento a pedreiros, engenheiros, decoradores, pintores, treinamento de pessoal), assim como aquisições bens (equipamentos, móveis, de material de expediente) para que possa desenvolver sua atividade econômica. Nesta aula falaremos dos procedimentos contábeis para a registro do Capital bem como os registros contábeis correspondentes aos gastos de organização, legalização e instalação. 4.1 – Conceitos de Capital Capital é o total de recursos (dinheiro vivo, bens ou direitos) que você aplicaria para o início de um determinado empreendimento. Esse capital pode aumentar ou diminuir. Essas alterações acontecem de acordo com a vontade dos sócios ou acionistas. Citamos como exemplo de acréscimo a aplicação de novos recursos pelo proprietário da empresa e, como diminuição, a retirada de um sócio ou acionista da empresa. Mas você deve distinguir no momento da constituição da empresa o capital que foi simplesmente registrado, ou seja, que consta no Contrato Social e o que foi efetivamente realizado, isto é, aplicado na empresa. Digamos que Ana e Carlos estão combinando a constituição de uma empresa. Analise o diálogo dos dois: Na elaboração do Contrato, constará um total de R$ 2.000, sendo que cada sócio está subscrevendo (prometendo) R$ 1.000. No caixa da empresa estará registrado R$ 1.300, representando neste momento a realização ou integralização do capital. Mas a empresa ainda tem a receber R$ 700 do Sr. Carlos, este é denominado de capital a realizar. Analisando o texto acima podemos concluir os seguintes conceitos: CAPITAL SUBSCRITO: é o valor que está descrito no contrato social. Também é conhecido por capital nominal, capital inicial, capital social. CAPITAL INTEGRALIZADO: é o valor que os sócios ou acionistas depositaram no caixa ou na conta banco da empresa. Também é conhecido como capital realizado. CAPITAL A REALIZAR: é o valor que o sócio ou acionista deve, ainda, entregar para a empresa. Também é conhecido como capital a integralizar. Ao analisar um Balanço Patrimonial, você poderá identificar os três conceitos acima, assim como os dois termos descritos abaixo: CAPITAL PRÓPRIO: corresponde ao valor total do Patrimônio Líquido. CAPITAL DE TERCEIROS: são os recursos que a empresa obteve com terceiros, ou seja, são todas as obrigações, de curto e de longo prazo, assumidas pela empresa. BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Ativo Circulante 130 Realizável Longo Prazo 100 Ativo Permanente 300 Passivo Circulante 150 Exigível de Longo Prazo 50 Patrimônio Líquido Capital 300 (-) Capital a realizar (70) Lucro 100 430 TOTAL DO ATIVO 530 TOTAL DO PASSIVO 530 4.1.1 – Registro do capital de firma individual A empresa individual é formada por uma só pessoa, que a representa e reponde de forma ilimitada pelas obrigações assumidas. Seu capital pode ser composto por dinheiro ou dinheiro e outros bens, inclusive direitos. Veja como são realizados os lançamentos de constituição do capital: a) CAPITAL REALIZADO EM DINHEIRO Debitar o Caixa R$ 100 Creditar o Capital R$ 100 b) CAPITAL REALIZADO EM DINHEIRO E OUTROS BENS Debitar o Caixa R$ 100 Debitar o Veículo R$ 5.000 Creditar o Capital R$ 5.100 c) CAPITAL REALIZADO EM DINHEIRO E DIREITOS Debitar Caixa R$ 100 Debitar Duplicata a Receber R$ 150 Creditar Capital R$ 250 4.1.2 – Registro do capital de Sociedade Ltda Sociedade é a reunião de duas ou mais pessoas para exercer uma atividade comum. Na Sociedade Limitada, os sócios têm responsabilidade limitada ao valor do capital social (Decreto-Lei nº 3.708, de 10/01/1919). Veja como são realizados os lançamentos de constituição do capital: a) SUBSCRIÇÃO DO CAPITAL Debitar o Capital a Realizar Ana R$ 1.000 Debitar o Capital a Realizar Carlos R$ 1.000 Creditar o Capital Social R$ 2.000 b) INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL Debitar o Caixa R$ 1.300 Creditar o Capital a Realizar Ana R$ 1.000 Creditar o Capital a Realizar Carlos R$ 300 4.1.3 – Registro do capital de Sociedades Anônimas (S/A) Sociedade Anônima é aquela empresa cujo capital é dividido em ações. A responsabilidade dos sócios é limitada o valor de suas ações. (Lei nº 6.404, de 15/11/1976). Os artigos de nºs 80, 81 e seguintes dispõem dos requisitos preliminares para a constituição dessa modalidade de sociedade. Para a constituição desta sociedade deverá haver um depósito, em uma conta especial no valor de 10% do montante do capital subscrito no estatuto, no Banco do Brasil, ou em outro banco autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Para fins didáticos, Geraldo e Hugo, empreendedores natos, resolvem montar uma S/A, com capital de R$ 1.000, subscrito da seguinte maneira: Em Assembléia Geral foi constituída a sociedade; O capital foi dividido em 1.000 ações de R$ 1,00 cada uma. Geraldo possui 60% das ações e Hugo 40%; Eles realizaram em dinheiro 10% de suas ações, sendo R$ 60 de Geraldo e R$ 40 de Hugo; Foi depositado no Banco o Capital Realizado; Após sua constituição e legalização da sociedade, o Banco do Brasil transfere o depósito da conta especial para a conta movimento em nome da empresa.Veja como são realizados os lançamentos de constituição do capital: a) SUBSCRIÇÃO DO CAPITAL Debitar o Capital a Realizar Hugo R$ 400 Debitar o Capital a Realizar Geraldo R$ 600 Creditar o Capital Social R$ 1.000 b) INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL (10% DO CAPITAL TOTAL) Debitar o Caixa R$ 100 Debitar o Capital a Realizar Hugo R$ 40 Creditar o Capital a Realizar Geraldo R$ 60 c) DEPOSITO DO CAPITAL REALIZADO NA CONTA ESPECIAL Debitar Banco Conta Especial R$ 100 Creditar Caixa R$ 100 d) TRANSFERÊNCIA DO DEPOSITO DA CONTA ESPECIAL PARA CONTA MOVIMENTO Debitar Banco Conta Movimento R$ 100 Creditar Banco Conta Especial R$ 100 4.1.4 – Registro de alterações do capital social O capital pode ser alterado com aumentos ou diminuições. No quadro abaixo estão esquematizadas as alterações do capital social: AUMENTOS Por admissão de sócio, sem alteração de firma. Por admissão de sócio, com alteração de firma. Por nova subscrição, dos mesmos sócios. Por conversão de reservas e lucros acumulados. DIMINUIÇÕES Por reembolso do capital aos sócios. Por absorção de prejuízos acumulados. Por retirada de sócio, sem alteração de firma. Por retirada de sócio, com alteração de firma. 4.2 – Despesas pré-operacionais Entre a data de constituição e a data do efetivo funcionamento mercantil há um período variável, de empresa para empresa, para preparar as instalações, treinar o pessoal contratado, montar as vitrinas e dispor do estoque de mercadorias. Os gastos realizados, neste período, apesar de serem classificados como despesas terão tratamento diferenciado porque irão beneficiar diversos exercícios financeiros. Assim, por força da legislação fiscal e da técnica contábil, eram classificados no Ativo Permanente Agora são registradas como despesas operacionais As despesas pagas ou incorridas nessa fase pré-operacional deverão ser registradas da seguinte maneira: DEBITAR : Despesas pré-operacionais R$ 100 CREDITAR: Caixa (avista) ou Conta a pagar (a prazo) R$ 100 Que significa despesa incorrida? Despesa Incorrida é aquela cujo fato gerador ocorreu antes da data prevista para seu pagamento. Como exemplo podemos citar a provisão da Folha de Pagamento, Impostos sobre a venda, aluguéis etc. É evidente que, se há o registro da despesa e esta não é paga, criamos uma dívida para pagamento futuro. 4.3 – Compra do Imóvel para instalar a empresa Se o empresário comprar um imóvel para instalar sua empresa, você, como Contador deverá registrar o valor do terreno, do prédio e dos tributos incidentes sobre essa aquisição. O lançamento será realizado da seguinte maneira: COMPRA DO IMÓVEL E PAGAMENTO DE DESPESAS DEBITAR: Imóveis e Edificações R$ 200 DEBITAR: Terrenos R$ 800 CREDITAR: Caixa (avista) ou Conta a pagar (a prazo) R$ 1.000 Porque o edifício poderá ser depreciado ao final de cada exercício financeiro, enquanto o terreno, por sua vez, não poderá ser depreciado. É a diminuição do valor dos bens classificados no Ativo Permanente, resultante do desgaste pelo uso, da ação da natureza ou da obsolescência normal dos bens. 4.4 – Compra do Móveis e Utensílios Esses bens serão utilizados na empresa para o seu funcionamento. O registro da aquisição desses bens é feito da seguinte maneira: DEBITAR: Móveis e utensílios R$ 200 CREDITAR: Caixa (avista) ou Duplicata a Pagar (a prazo) R$ 200 Registrando uma empresa individual (exemplos de lançamentos Para uma empresa iniciar suas atividades, necessitará de recursos. Esses recursos são fornecedidos pelo titular (se empresa individual), acionistas (se empresa for uma Sociedade Anônima) ou cotista (se for empresa de responsabilidade limitada – Ltda). O montante inicial, denominado de Capital Social está discriminado no Contrato Social ou no estatuto Social. Na fase de constituição da empresa, os proprietários efetuam uma série de gastos necessários à sua organização, instalação e legalização. Esses gastos, normalmente, envolvem as Despesas de Legalização (pagamento ao contador para legalizar a empresa, taxas nas repartições públicas, compra de impresos etc.), as Despesas com Reformas (pagamento a predreiros, decoradores, treinamento de pessoal etc.), assim como aquisições de bens (equipamentos, móveis, material de expediente etc.) para que possa desenvolver sua atividade econômica. Em seguida efetua a compra de mercadorias para revenda. No decorrer de seu funcionamento efetua pagamentos, recebimentos, compras, vendas, obtenção de empréstimos etc. Apresentamos alguns fatos e seus respectivos lançamentos para que você desenvolva o raciocínio correto na aplicação da técnica de lançamento. O controle e registro do estoque estão sendo realizados pelo inventário periódico com contas desdobradas. Inventário periódico: controla o estoque ao final do exercício social mediante contagem física. Conta desdobrada: as transações que envolvem compras e vendas de mercadorias são registradas em várias contas, tais como: devolução de compras, compras, descontos na compra, frete na compra, seguro na compra, vendas, devolução de vendas, desconto concedido na venda, impostos sobre a venda. Os fatos e lançamentos abaixo se referem à empresa do Sr.João. 1 – João montou uma empresa com capital em dinheiro de R$ 2.000 Débito – Caixa (aplicação) 2000. Crédito – Capital Social (origem) 2000. 2 – João pagou o contador p/ legalizar a empresa R$ 100 Débito – Despesa (aplicação) 100. Crédito – Caixa (origem) 100. 3 – João comprou mercadorias à vista R$ 200,00 estamos usando o inventário permanente para controlar o estoque de mercadorias. Débito – Estoque de mercadoria (aplicação) 200. Crédito – Caixa (origem) 200. 4 – João comprou mercadorias a prazo na loja Soares num total de R$ 300 em seis parcelas de R$ 50 cada uma. Débito – Estoque de mercadorias (aplicação) 300. Crédito – DP a Pagar ou Fornecedor (origem) 300. 5 – João Vendeu mercadorias a vista R$ 200,00. O custo foi de 100,00. Débito – Caixa (aplicação) 200. Débito – Custo 100 Crédito – Vendas de mercadoria (origem) 200. Credito – Estoque mercadorias 100 6 – João Vendeu mercadorias a prazo para Maria num total de R$ 250 em 5 parcelas de 50 cada. O custo foi de R$ 100 Débito – DP a receber (aplicação) 250 Debito – Custo 100 Crédito – Vendas de mercadoria (origem) 250 Credito – Estoque mercadoria 100 7 – João pagou energia R$ 30 Débito – energia paga (aplicação) 30 Crédito – caixa (origem) 30 8 – João pagou a primeira prestação na Loja Soares R$ 50,00 (fato nº 4 Débito – DP a pagar (aplicação) 50 Crédito – Caixa (origem) 50 9 – João recebeu a primeira prestação de Maria R$ 50,00 (fato nº 6) Débito – caixa (aplicação) 50 Crédito – DP a receber (origem) 50 10 – João pagou a segunda prestação na loja soares com juros de R$ 5 (valor da prestação R$ 50). Débito – Juros pagos (aplicação) R$ 5 Débito – DP a pagar (aplicação) R$ 50 Crédito – caixa (origem) R$ 55 11 – João recebeu de Maria a segunda prestação com juros de R$ 3, (valor da prestação R$ 50). Débito – Caixa (aplicação) R$ 53 Crédito – juros recebido (origem) R$ 3 Crédito – DP a receber (origem) R$ 50 12 – João pagou a terceira prestação na loja soares com desconto