Buscar

Apostila de Contabilidade Comercial

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 125 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 125 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 125 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

CIÊNCIAS CONTÁBEIS
 
 
 2º Período
			
CONTABILIDADE GERAL -II
APRESENTAÇÃO 
Olá Colegas Contadores,
	Apresentamos agora outro material didático, com o título de Contabilidade Geral II, para que você consiga compreender com facilidade os principais procedimentos contábeis necessários aos registros dos diversos fatos que são realizados diariamente nas empresas comerciais.
	Procuramos apresentar os fatos mais importantes da gestão das entidades, de modo que você compreenda todo o processo contábil, ainda que tenha poucas noções de Contabilidade.
	Nas unidades que compõem este caderno de estudos, destacamos a constituição e a gestão das entidades através da contabilização minuciosamente explicada. Incluímos, logo na primeira e segunda unidade, resumidamente, as Noções Básicas da Contabilidade, com o intuito de permitir a você, no retorno às aulas, rever os pontos básicos da ciência contábil. No Tema 3 apresentamos o fluxo de como constituir uma entidade comercial. No Tema 4 demonstramos como registrar os gastos iniciais para constituir a entidade Individual, a LTDA e as Sociedades Por Ações. No Tema 5 exemplificamos a estrutura do Plano de Contas da entidade comercial. Nos Temas 6, 7, 8 e 9 falamos sobre as operações realizadas com as mercadorias compradas e vendidas, ou seja, seu registro, os fatos que podem alterar o valor da compra e da venda e as formas de controlar e valorar as mercadorias. No Tema 10 revisamos todo o conteúdo que será aplicado na primeira avaliação. No Tema 11 apresentamos as operações com Recursos Humanos. No Tema 12 falamos sobre as operações financeiras. No Tema 13 demonstramos a importância do Regime de Competência e seus reflexos na apropriação das receitas e despesas. No Tema 14 definimos e exemplificamos as Receitas e as Despesas realizadas pela entidade e como calcular o Lucro Operacional. No Tema 15 apresentamos como calcular o Lucro Líquido. No Tema 16 exemplificamos a apuração completa do resultado do exercício No Tema 17 elaboramos a Demonstração do Resultado do Exercício. No Tema 18 elaboramos o Balanço Patrimonial. No Tema 19 revisamos todo o conteúdo que será aplicado na segunda avaliação.
Resumidamente podemos dizer que este material contém a teoria estritamente necessária para o bom entendimento dos conteúdos. Em cada unidade, há exercícios que visam capacitar você a fazer analogias e compreender a essência das práticas contábeis.
Como você já deve ter percebido, a nossa principal preocupação é você, a quem dedicamos mais este volume, trabalhado com o objetivo de proporcionar-lhe as informações necessárias para que o estudo da Contabilidade seja mais fácil, completo e interessante.	
 Bons estudos.
NOTA:
Material Didático cedida pela Fundação Universidade do Tocantins – UNITINS à Faculdade ITOP, fruto de um Contrato de Cessão de uso de Material Didático.
Todos os direitos, desta obra são reservados para Fundação Universidade do Tocantins - UNITINS. 
Não é permitida a reprodução parcial ou total desta obra, exceto com a autorização prévia da UNITINS. 
Plágio é crime, porque viola os direitos de autor (Lei nº 9.610/98 – Direitos Autorais), No Código Penal, se prevêem de três meses a quatro anos de PRISÃO
Pirataria é crime. Entende-se por pirataria a reprodução, venda e distribuição de produtos sem a devida autorização e o pagamento dos direitos autorais (Lei nº 10.695, DE 1º DE JULHO DE 2003)
 
PLANO DE ENSINO
	Resumo:
 
Disciplina: CONTABILIDADE GERAL II
Período do curso: 2º período
Semestre Letivo: 2012/2
Número de Créditos: 
Carga horária semestral: 72 horas-aula 
Professor (a):
E-mail do Professor (a):
Telefone do Professor (a):
	Ementa:
Formas jurídicas das empresas. Livros contábeis: Legislação básica, espécie, utilização, classificação, formalidades, registros, documentação de apoio ao registro. Lançamento no Livro diário: elementos essenciais; fórmulas. Acerto de erros no Livro Diário: estorno, complementação e transferência, acerto no histórico. Livro razão: registro, acertos. Métodos de escrituração. Escrituração contábil: Escrituração pelo inventário períodico, Escrituração pelo Inventário Permanente. Balancete de verificação. Ajustes nas contas de receitas e despesas. CMV. Apuração do resultado do exercício. Balanço Patrimonial e DRE. Escrituração da folha de pagamento, das operações com mercadorias e das operações financeiras.
	Objetivo Geral
Apresentar as técnicas para controlar e registrar as operações com mercadorias, operações financeiras, operações com folha de pagamento e apuração do resultado do exercício
Objetivos específicos
Fazer o controle e registro das mercadorias
Escriturar a folha de pagamento
Registrar as operações financeiras
Calcular, registrar e evidenciar o resultado do Exercício
Elaborar o Balanço patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício
	Habilidades e Competências:
O aluno ao final da disciplina deverá possuir capacidade para:
Saber utilizar ferramentas e processos nas organizações
Ter visão de negócio
Ter postura profissional
Escriturar os fatos contábeis
	Perfil do Aluno:
Considerando que o contador é o responsável pela elaboração de informações contábeis e de controle gerencial, o curso de Ciências Contábeis da Faculdade ITOP tem como meta habilitar os futuros egressos para exercer as atribuições e prerrogativas previstas pela legislação pertinente, dentro de parâmetros éticos.
 Para isso, pretende-se que as seguintes competências e habilidades sejam desenvolvidas objetivando que os formandos sejam: 
Proficientes no uso da linguagem técnica
Ser capaz de desenhar, analisar e implantar sistemas gerenciais
Exercer com ética suas responsabilidades
Compreender questões financeiras, econômicas nos diferentes modelos de organização
Apresentar domínio pleno das responsabilidade funcionais
Ter capacidade crítico analítico para operar com valores
	Conteúdo Programático:
Inventário Permanente - método PEPS: registro da compra e da venda de mercadorias, das devoluções, descontos e abatimentos nas compras e vendas, frete e seguro sobre a compra e venda, ICMS sobre a compra e venda.
Inventário Permanente - método UEPS: registro da compra e da venda de mercadorias, das devoluções, descontos e abatimentos nas compras e vendas, frete e seguro sobre a compra e venda, ICMS sobre a compra e venda.
Inventário permanente - CUSTO MÉDIO: registro da compra e da venda de mercadorias, das devoluções, descontos e abatimentos nas compras e vendas, frete e seguro sobre a compra e venda, ICMS sobre a compra e venda.
Registro de Fatos contábeis: constituição de empresa, gastos com despesas pré-operacionais, aquisição de bens de consumo e permanentes à vista e a prazo, depósito bancário, pagamento de obrigações e despesas, compra de seguro.
Registro das operações com mercadorias pelo Inventário Permanente: compra de mercadoria à vista e a prazo; venda de mercadorias à vista e a prazo; desconto na compra e na venda, devolução de compra e de venda; frete na compra e na venda; recebimento das vendas; pagamento das compras. 
Tributos incidentes sobre a compra e a venda: ICMS, PIS, COFINS. Registro dos tributos. 
Operações com folha de pagamento: folha de pagamento e seus elementos, registro da folha, registro do INSS do empregado, registro do FGTS do empregado, registro do INSS patronal, registro do FGTS, registro do SAT, registro dos encargos sociais com terceiros, registro de adiantamento a funcionário, registro do salário família, provisão para férias e 13º salário.
Operações financeiras: aplicações financeiras, empréstimos, operações com duplicatas, desconto de duplicata, empréstimo mediante caução de duplicatas.
 Operaçõescom o Ativo Não Circulante: investimentos, aquisição de móveis, imóveis, veículo, equipamentos, máquinas, computadores, ganho e perda na venda de bens ou direitos do ativo permanente..
 Depreciação, Amortização e Exaustão: conceito, métodos e registros
Operações envolvendo contas de despesas: conceito, classificação, apropriação de despesas devido ao regime de competência e encerramento.
Operações envolvendo contas de receitas: conceito, classificação, apropriação de receitas devido ao regime de competência e encerramento
Apuração completa do resultado do exercício:balancete de verificação, resultado operacional bruto, resultado operacional líquido, resultado líquido do exercício.
Elaboração completa da DRE e do Balanço Patrimonial.
	Cronograma das aulas
	Metodologia:
Exposições dialogadas; leitura e análise de textos; estudos de caso; discussões que auxiliem no desenvolvimento da capacidade de argumentação; trabalhos individuais e em grupo que dêem oportunidade à reflexão e ao exercício criativo. Aulas de reforço. Aulas de nivelamento. Monitorias
	Recursos Didáticos:
Data show, pincel, quadro branco, Internet, textos diversos. Laboratório de informática, vídeos.
	Interdisciplinaridade dos Conteúdos:
Estrutura das demonstrações contábeis
Contabilidade e sistemas de custos
Auditoria
Contabilidade pública
Contabilidade tributária
	Sistema de Avaliação:
A avaliação será realizada da seguinte maneira:
Participação nas atividades, discussões feitas em aula e contribuições pessoais, pontualidade; assiduidade e envolvimento, trabalhos em grupo (sessões de trabalho em sala e/ou seminários): 40%.
Provas: 60% sendo assim constituídas: 60% de questões objetivas e 40% de questões subjetivas.
Os alunos que não atingirem conceito C poderão realizar Prova de Recuperação no final do módulo.
A equivalência entre a escala decimal (notas) e a alfabética (conceitos), para efeitos do conceito final é:
A = Excelente (9,0 a 10,0)
B = Ótimo (8,0 a 8,9)
C = Bom (7,0 a 7,9)
D = Regular (5,0 a 6,9)
E = Fraco (3,0 a 4,9)
F = Insuficiente (abaixo de 2,9 ou infrequente)
5.2. Conceito Mínimo para Aprovação: C (7,0 A 7,9)
5.3 Faltas
Faltas acima de 25% (18 faltas) das aulas implicam em conceito FF ou falta de frequência, portanto, reprovação, independentemente dos demais conceitos.
Não há abono de faltas exceto as previstas na legislação.
5.4. Prova Substitutiva
Não há prova substitutiva para o aluno que perder uma das provas. O aluno estará automaticamente incluído na lista dos alunos que farão a prova de Exame Final caso sua média seja maior ou igual a 3,0.
	Bibliografia básica:
SILVA, César Augusto Tibúrcio. Contabilidade Básica. 2.ed. São Paulo : Atlas,2007. 
MARION, Jose Carlos Marion. Contabilidade empresarial. São Paulo: Atlas, 2012.
SÉRGIO, Iudícibus: Manual de contabilidade societária. São Paulo: Atlas, 2010
	Bibliografia Complementar:
RIBEIRO, Moura Osni. Contabilidade Comercial Fácil. São Paulo : Saraiva, 2011. 
IUDÍCIBUS, Sérgio de. et al. Contabilidade introdutória. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Curso Básico de Contabilidade. São Paulo: Atlas, 2005
FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. São Paulo: Atlas, 2006.
FAVERO, Hamilton Luiz. Contabilidade teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2006.
	Data de início da disciplina:
	Data de fechamento da disciplina:
�
SUMÁRIO
1. REVISÃO DOS PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS			11
 1.1 Escrituração
 1.2 Contas
 1.3 Lançamento
 1.4 Noções de débito e crédito
 1.5 Razonetes
 1.6 Método das Partidas Dobradas
 1.9 Balancete de Verificação 
2. PATRIMÔNIO 									18
2.1 O Patrimônio das Empresas Comerciais
2.2 Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido
2.3 Equação Fundamental do patrimônio
2.4 Situação Líquida ou Patrimônio Líquido
 
3. EMPRESA COMERCIAL: CONSTITUIÇÃO 					23
3.1 Definição de Empresa Comercial
3.2 Formas jurídicas de empresas comerciais
3.3 Características da atividade comercial 
 3.4 Fluxo de como constituir uma empresa comercial 
 3.4.1 Junta Comercial do Estado
 3.4.2 Secretaria da Receita Federal
 3.4.3 Secretaria da Fazenda do Estado
 3.4.4 Secretaria Municipal de Finanças
 3.4.5 Secretaria Municipal de Controle do Convívio Urbano
 3.4.6 Corpo de Bombeiros
 3.4.7 Vigilância Sanitária 
4. EMPRESA COMERCIAL: REGISTROS INICIAIS				32
 4.1 Conceitos de Capital 
 4.1.1 Registro do capital de firma individual 
 4.1.2 Registro do capital de Sociedade Ltda
 4.1.3 Registro do capital de Sociedades Anônimas 
 4.1.4 Registro de alterações do capital social 
 4.2 Despesas Pré-Operacionais
 4.3 Compra do Imóvel para instalar a empresa
 4.4 Compra de Móveis e Utensílios
5. PLANO DE CONTAS DA EMPRESA COMERCIAL 			40
 5.1 Conceito e importância do Plano de Contas
 5.2 O Planejamento do Plano de Contas
 5.3 Estrutura Legal do Plano de Contas
 5.4 Composição do Plano de Contas
 5.5 Modelo de um Plano de Contas
6. OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS 		49
 6.1 Compras de mercadorias
 6.1.1 Valor das mercadorias compradas 
 6.1.1.1 Valor da compra
 6.1.1.2 Frete e seguro na compra
 6.1.1.3 Devolução de mercadorias compradas
 6.1.1.4 Desconto ou abatimento incondicional obtido 
 6.1.1.5 Tributos incidentes na compra
 6.2 Vendas a vista e vendas a prazo 
 6.2.1 Valor das mercadorias vendidas
 6.2.1.1 Valor da venda 
 6.2.1.2 Devolução de mercadorias vendidas
 6.2.1.3 Desconto ou abatimento incondicional concedido 
 6.2.1.4 Tributos incidentes sobre a venda
 6.3 Custo da Mercadorias Vendida - CMV 
 6.4 Resultado da venda de mercadorias 
7. MÉTODOS PARA O REGISTRO DA COMPRA 
E VENDA DE MERCADORIAS						55
 7.1 Métodos para o registro das operações com mercadorias
 7.2 Método da Conta Mista
 7.3 Método da Conta Desdobrada
 7.3.1 Método da conta desdobrada usando o Inventário Periódico
 7.3.2 Método da conta desdobrada usando o Inventário Permanente 
8. INVENTÁRIO PERIÓDICO DE MERCADORIAS 			61
 8.1 Conceito
 8.2 Registro das operações com mercadorias pelo inventário periódico
 8.2.1 Apuração extracontábil
 8.2.2 Apuração contábil
 8.3 Levantamento das mercadorias pelo inventário periódico
9. INVENTÁRIO PERMANENTE DE MERCADORIAS 		67
 9.1 Conceito
 9.2 Registro das operações com mercadorias pelo inventário permanente
 9.2.1 Registro pelo Método do Custo Médio
 9.2.2 Apuração extracontábil pelo Inventário Permanente
 9.2.3 Apuração contábil pelo Inventário Permanente
 9.3 Levantamento e registro do inventário permanente de mercadorias
10. REVISÃO GERAL							74
 10.1 Resumo dos conteúdos
Atividades objetivas
Atividade subjetiva
11. OPERAÇÕES COM RECURSOS HUMANOS			
 11.1 Folha de Pagamento e seu registro
 11.2 Encargos Sociais e seus registros 
 11.3 Direitos Trabalhistas e seus registros
12. REGIME DE COMPETÊNCIA DE EXERCÍCIOS				89
12.1 Regime de competência
12.1.1 Receitas recebidas antecipadamente
12.1.2 Receitas realizadas e não-recebidas
12.1.3 Despesas incorridas
12.1.4 Despesas pagas antecipadamente
12.1.5 Despesas com consumo de estoque
13. RECEITAS E DESPESAS							94
13.1 Receita operacional bruta
13.2 Deduções da receita operacional bruta
13.2.1 Devoluções e abatimentos
13.2.2 Descontos comerciais
13.2.3 Impostos sobre vendas13.3 Receita operacional líquida
13.4 Custo das mercadorias, produtos ou serviços prestados
13.5 Lucro ou prejuízo operacional bruto
13.6 Despesas operacionais
13.6.1 Despesas administrativas
13.6.2 Despesas com vendas
13.6.3 Receitas financeiras
13.6.4 Despesas financeiras
13.7 Depreciação, amortização, exaustão
13.8 Lucro ou prejuízo operacional
14. RESULTADO NÃO OPERACIONAL E LUCRO LÍQUIDO 100
14.1 Resultado não operacional
14.1.1 Receitas não operacionais
14.1.2 Despesas não operacionais
14.1.3 Resultado da correção monetária
14.2 Resultado líquido do exercício antes do imposto de renda e contribuição social
14.2.1 Provisão para contribuição social
14.2.2 Provisão para pagamento do imposto de renda
14.3 Resultado líquido do exercício depois do imposto de renda
14.4 Participações
14.4.1 Administradores e funcionários
14.4.2 Debêntures
14.4.3 Partes beneficiárias
14.4.4 Assistência e Previdência
14.5 Lucro ou prejuízo do exercício
14.5.1 Reservas de lucros
14.5.2 Dividendos
�
Introdução
Para que você possa ter um bom aproveitamento dos conteúdos que iremos estudar neste semestre, é importante que você esteja bem situado na disciplina. Por mais simples e fácil que sejam os conteúdos, é sempre conveniente que se tenha um ponto de partida.
A Contabilidade é fácil de ser entendida, se estudada gradativamente. Contudo, esse estudo gradativo deve abranger principalmente a parte básica da matéria pois, se você tiver compreendido com bastante precisão o mecanismo da Contabilidade, você terá condições de assimilar qualquer assunto contábil.
Contabilidade é prática, só é possível compreendê-la e dominá-la se você a exercitar constantemente. Para darmos continuidade às nossas atividades de Contabilidade Geral II, precisamos recapitular, para que você possa obter melhores resultados nos estudos deste período.
Sendo assim, nesta unidade, em linhas gerais, apresentaremos as noções básicas de contabilidade (escrituração, contas, lançamento, razonete, método das partidas dobradas, noções de débito e crédito, balancete, apuração do resultado) para depois aprofundarmos no estudo da Contabilidade.
	
1.1 – Escrituração
	
Para a Contabilidade alcançar a função de controle do Patrimônio, há a necessidade de registrar todos os fatos que ocorrem na empresa. Este registro é feito através da Escrituração.
A escrituração, uma das técnicas da Contabilidade, consiste em registrar nos livros próprios (Diário, Razão etc), através do lançamento, todos os fatos que modificam o Patrimônio da empresa. 
1.2 – Contas
	Para Ribeiro (1999, p. 22) CONTA, em Contabilidade, é o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (bem, direito, obrigação) e aos elementos de resultado (receita e despesa).
	A conta pode representar um elemento isoladamente ou vários componentes que tenham o mesmo fim. Se a conta está representando bem, direito ou obrigação será classificada como Conta Patrimonial, mas se estiver representando receita ou despesa será classificada como Conta de Resultado.
	CONTAS PATRIMONIAIS
	CONTAS DE RESULTADO
	ATIVO
	PASSIVO
	
	Contas de Bens
 Caixa
 Veículo
Contas de Direitos
 Nota a receber
	Contas de Obrigações
 Fornecedores
 Nota a pagar 
Contas do PL
 Capital Social
 Reservas
 Lucro ou Prejuízo
	Contas de Receita
 Venda de mercadorias
 Receita de serviços
Contas de Despesa
 Água
 Material de limpeza
A função de cada conta é identificar o fato registrado, facilitar o trabalho de planejamento e controle contábil, possibilitar o registro das variações patrimoniais e informar o saldo de cada elemento patrimonial em um determinado momento. Assim, uma vez criada a conta, todas as operações realizadas que têm a mesma natureza deverão ser nela registradas. 
 Cada conta é representada hoje por fichas ou folhas soltas, cujo conjunto forma o livro chamado Razão. Essas fichas ou folhas podem ter estrutura diferenciada. Veja um exemplo abaixo:
	Título da Conta: Banco Itaú – conta corrente
	Data
	Histórico
	Débito
	Crédito
	Saldo
	D/C
	10/01/05
11/01/05
	Depósito nº 123
Cheque nº 888 emitido em 10/01/05 
	100
	
80
	100
20
	D
D
A partir da ilustração acima podemos perceber que a conta possui os seguintes elementos: título, data, histórico, coluna do débito, coluna do crédito, coluna que indica a natureza do saldo, coluna do saldo. Desse modo, cada conta é controlada em fichas separadas.
1.3 – Lançamento
Todos os fatos realizados na empresa são registrados nos livros próprios, através da técnica denominada lançamento.
	1º passo: Verificar que documento foi emitido na operação.
2º passo: Identificar o local e a data da ocorrência do fato.
3º passo: Identificar, no fato os elementos patrimoniais envolvidos (bens, direitos, obrigações, receitas e despesas). Haverá, no mínimo, dois elementos envolvidos.
4º passo: Identificar as contas que serão utilizadas para registrar os elementos patrimoniais através do Plano de Contas.
5º passo: Identificar que conta será debitada e que conta será creditada, conforme explicação no tópico noções de débito e crédito.
6º passo: Preparar o histórico do lançamento.
7º passo: Elaborar o lançamento no Livro Diário.
1.4 – Noções de Débito e Crédito
Débito e crédito são convenções contábeis. 
No dia-a-dia, ou seja, na linguagem comum Débito significa dívidas e Crédito significa valores a receber. Na Contabilidade, Débito significa aplicação de recursos e Crédito significa origem de recursos. Portanto procure, a partir de agora, não ligar os significados técnicos, com o que eles representam na sua linguagem comum. 
Vamos ver agora como se faz a localização de débito e crédito:
Débito está no lado esquerdo da conta;
Crédito está no lado direito da conta.
Veja baixo o esquema técnico para o registro das contas:
	CONTAS PATRIMONIAIS
	CONTAS DO ATIVO (Bens e Direitos)
	CONTAS DO PASSIVO (Obrigações) 
	DÉBITO
	CRÉDITO
	DÉBITO
	CRÉDITO
	Quando seu valor aumenta
Quando é aplicação
	Quando seu valor diminui
Quando é origem 
	
Quando seu valor diminui
Quando é aplicação
	Quando seu valor aumenta
Quando é origem
	Todas as contas do ativo devem ter SALDO DEVEDOR
	Todas as contas do Passivo devem ter SALDO CREDOR
	CONTAS DE RESULTADO
	CONTAS DE RECEITAS
	CONTAS DE DESPESAS
	DÉBITO
	CRÉDITO
	DÉBITO
	CRÉDITO
	
Quando seu valor é cancelado
	Quando seu valor aumenta
Porque é origem de recurso 
	Quando seu valor aumenta
Porque é aplicação de recurso
	
Quando seu valor é cancelado
	Todas as contas de Receita devem ter SALDO CREDOR
	Todas as contas de Despesa devem ter SALDO DEVEDOR
Como você pôde observar, há regras específicas para registrar a movimentação de cada elemento patrimonial. Tenha sempre em mente essas regras, pois são elas que fundamentarão todo o processo contábil.
1.5 – Razonetes
	O registro dos fatos é realizado inicialmente no Livro Diário e depois nos demais livros de escrituração, dentre eles o livro Razão. Entretanto, para atender aos fins didáticos, em substituição ao livro Razão, podemos utilizar os Razonetes. Mas o que é razonete?
Razonete é uma simplificação do livro Razão, em que são usadas somente as colunas de débito e crédito deste livro. 
	Título da conta : Banco conta corrente
	Data
	Histórico
	Débito
	Crédito
	Saldo
	D/C
Observando as colunas sombreadas na tabela acima podemos concluir que o Razonete têm a forma de um “T”. 
A função de cada razonete é possibilitar o registro dos valores movimentados em cada elemento patrimonial e informar o seu respectivo saldo em um determinado momento.
Cada razonete possui os seguintes elementos: título da conta, colunaesquerda (Débito), coluna direita (Crédito) e saldo. 
	NOME DA CONTA
	
	CONTA BANCO
	Lado do Débito
R$ ....
	Lado do Crédito
R$ ...
	
	200
300
	50
150
	Saldo Devedor
	Saldo Credor
	
	Soma 500
	Soma 200
	
	
	
	Saldo 300
	
O saldo em cada razonete é apurado pela diferença entre as somas das duas colunas.
1.6 – Método das Partidas Dobradas
Para registrar os valores nos razonetes devemos utilizar o Método das Partidas Dobradas. Este método tem como princípio fundamental o fato de que para cada lançamento a débito de uma ou mais contas, deverá corresponder um crédito equivalente ao mesmo valor em uma ou mais contas, ou seja, não há débito sem crédito correspondente. 
Como para cada débito há um crédito equivalente, então a soma dos valores debitados será igual à soma dos valores creditados. Como a natureza dos saldos corresponde à diferença entre os valores debitados e creditados na mesma conta, a soma dos saldos devedores será igual aos valores da soma dos saldos credores. E, também, o total do Ativo será igual ao total do Passivo. 
Como conseqüência do método das partidas dobradas, o registro de um fato administrativo exige a movimentação de, no mínimo, duas contas. Por essa razão é conhecido como partida dobrada. Assim, não há devedor sem credor. 
Este método foi divulgado pela primeira vez na cidade de Veneza, Itália, em 10 de novembro de 1494, pelo frade Luca Pacioli. É o método que foi empregado pelos comerciantes desde o século XV e até hoje é utilizado pelos contabilistas, ou seja, é um método de uso universal. 
O Método das Partidas Dobradas já fez 500 anos de idade após sua oficialização. Nos últimos 50 anos observamos as maiores descobertas e invenções do mundo, entretanto, nada ainda substituiu na Contabilidade este método. Na verdade, este método é tão perfeito que nunca sofreu qualquer ameaça de substituição.(MARION, 1004, p. 152).
Veja, a seguir, um exemplo de registro pelo Método das Partidas Dobradas:
	FATO: Compra de um veículo, à vista, no valor de R$ 8.000.
	DÉBITO: Veículo 8.000
	É um bem, está no Ativo, Aumentou de valor.
	CRÉDITO: Caixa 8.000
	É um bem, está no Ativo Diminuiu de valor.
1.7 – Balancete de Verificação
	Após o registro dos fatos há a necessidade de verificar se todos os lançamentos foram realizados sem omissão de valores entre os débitos e os créditos. A ferramenta contábil que permite fazer esta verificação é o Balancete de Verificação, ou simplesmente Balancete.
	A forma mais comum de Balancete é a de duas colunas, em que você trabalhará com o saldo de cada uma das contas. Entretanto, há outros modelos mais completos, trazendo outras informações, como o Balancete de quatro, seis ou oito colunas.
	Suponhamos que uma empresa realizou as seguintes transações:
a) Constituição da empresa com dinheiro no valor de R$ 1.000
b) Compra de mercadorias à vista no valor de R$ 300,00
c) Compra, à vista, de um móvel no valor de R$ 200.
	Registro no Livro Diário
	FATO 1
	FATO 2
	FATO 3
	Debitar:Caixa 1.000
Creditar: Capital 1.000
	Debitar: Mercadorias 300
Creditar: Caixa 300
	Debitar: Móvel 200
Credita: Caixa 200
	
	Registro nos Razonetes ( Livro Razão)
	Caixa
	Mercadorias
	Móvel
	Capital
	1.000
	300
200
	300
	
	200
	
	
	1.000
	1.000
	500
	
	
	
	
	
	
	
	BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
	
	Contas
	Movimento
	Saldo
	
	
	Devedor
	Credor
	Devedor
	Credor
	1
2
3
4
	Caixa
Mercadorias
Móvel
Capital
	1.000
 300
 200
......
	500
.....
.....
1.000
	500
300
200
....
	....
...
...
1.000
	
	Totais
	1.500
	1.500
	1.000
	1.000
Nas colunas movimento ocorre a pura transcrição do que consta no Razonete. As colunas do saldo correspondem à diferença entre o débito e o crédito das colunas do movimento. 
	Olhando o Balancete, observamos que os totais das colunas Movimento e Saldo são iguais. Quando este fato acontecer, ou seja, quando esta igualdade quantitativa ocorrer, significará que o Método das Partidas Dobradas foi obedecido e que não há excesso ou omissão de débitos e créditos, mas não significará que as contas foram corretamente lançadas.
1.8 Plano de Contas
Atualmente, o Plano de Contas deve obedecer às disposições contidas na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações). Esta lei regulamentou a disposição de grupos e as contas pertencentes a eles. Apresentamos a seguir a estrutura básica de um plano de contas, onde estão relacionados os principais grupos de contas.
	A – CONTAS PATRIMONIAIS
	1 – ATIVO
	2 - PASSIVO
	Ativo Circulante
Disponível
Direitos
Estoques
1.1.4Despesas Antecipadas
Ativo Não Circulante
1.2.1 Ativo Realizável a longo Prazo
1.2.2 Investimentos
1.2.3 Tangível
1.2.4 Intangível
	2.1 Passivo Circulante
2.2 Passivo Não Circulante (Longo Prazo)
2.3 Patrimônio Líqüido
 2.4.1 Capital 
 2.4.2 Reservas
 2.4.3 Prejuízo
 2.4.4 Ações em Tesouraria 
	B – CONTAS DE RESULTADO
	3 – DESPESAS E CUSTOS
 3.1 DESPESAS OPERACIONAIS
 3.1.1 Despesas com Vendas
 3.1.2 Despesas Administrativas
 3.1.3 Despesas Financeiras
 3.1.4 Outras despesas operacionais
 3.2 CUSTOS OPERACIONAIS
 3.2.1 Custo das Compras
 3.3 DESPESAS NÃO-OPERACIONAIS
	4 – RECEITAS
 4.1 RECEITAS OPERACIONAIS
 4.1.1 Receita Bruta com as Vendas
 4.1.2 Receitas Financeiras
 4.1.3 Outras receitas operacionais
 4.2 RECEITAS NÃO-OPERACIONAIS
	5 – APURAÇÃO DO RESULTADO
 5.1 Resultado Bruto
 5.2 Resultado Não-Operacional
 5.3 Resultado Líquido
1.9 Princípios Contábeis
O registro dos fatos contábeis deve ser realizado de acordo com as normas contábeis, pois o contabilista não deve fazer aquilo que ele acha que deve ser feito, mas sim o que determina a legislação. A desobediência acarretará em multas e até mesmo a suspensãp do registro profissional (Resolução do CFC nº 750/93 art. 11)
	
Essas regras são emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
1.10 Estrutura Legal da DRE
A legislação que especifica sobre a estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício, é a Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades Anônimas), artigo 187. A sua regulamentação consiste em enumerar os itens que dela fazem parte, como a seguir:
	GRUPOS DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
	RECEITA OPERACIONAL BRUTA
	É a receita principal da empresa, incluindo todos os impostos e contribuições incidentes. Por exemplo: venda de mercadorias, venda de produtos, venda de serviços.
	
DEDUÇÕES DAS VENDAS
	Devoluções de venda ou venda anulada
	Valor das mercadorias devolvidas pelos clientes para a empresa.
	
	Descontos Incondicionais concedidos
	Descontos concedidos no ato da venda da mercadoria para os clientes.
	
	Impostos sobre
 a venda
	Valor dos impostos incidentes sobre a venda de mercadorias/serviços aos clientes (ICMS, PIS, COFINS).
	RECEITA OPERACIONAL LÍQÜIDA
	É a diferença entre a receita operacional bruta e as deduções de venda. É considerada como a receita real obtida pela empresa, já que os impostos serão repassados as repartições públicas e as devoluções de venda e deverão ser abatidas da receita bruta.
	CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
	Representa quanto a empresa gastou na mercadoria que foi vendida, no serviço que foi prestado ou no produto fabricado e já vendido. É conhecido pelas siglasCMV, CPV ou CSP. A formula do CMV é estoque inicial + compra liquida – estoque final.
	LUCRO OU PREJUÍZO BRUTO
	É a diferença entre a Receita Operacional Líqüida e o Custo da mercadoria vendida. É o resultado da venda das mercadorias.
	
DESPESA OPERACIONAL
	Despesa com Vendas
	São os gastos para comercializar e distribuir os produtos da empresa. Por exemplo: comissão sobre venda, viagens dos vendedores, propaganda, perdas estimadas com as vendas, salário do vendedor etc.
	
	Despesas Financeiras
	São os gastos oriundos da utilização de capitais de terceiros. Por exemplo: tarifas bancárias, desconto concedido ao cliente pelo pagamento antecipado, juros bancários.
	
	Despesas Administrativas
	São gastos inerentes à atividade da área administrativa da empresa, ou seja, sua gestão. Por exemplo: aluguel, energia, honorário da diretoria, despesas judiciais, salário da administração etc.
	OUTRA DESPESA
	São gastos realizados com transações que não estão ligados a atividade principal da empresa. Por exemplo: custo do bem do ativo permanente que está sendo vendido etc.
	
OUTRA RECEITA 
	São ganhos obtidos pela realização de operações acessórias a atividade principal da empresa. Por exemplo: dividendos recebidos de um investimento em outra empresa etc.
São ganhos com transações que não estão ligados à atividade principal da empresa. Por exemplo: recebimento de doações, venda do bem que está registrado no ativo permanente etc
	LUCRO OU PREJUÍZO OPERACIONAL
	É a diferença entre o Lucro Bruto e as despesas operacionais acrescido de outras receitas operacionais. É o resultado das atividades principais e acessórias da empresa.
	
LUCRO ANTES DOS TRIBUTOS 
	É a diferença entre o Lucro Operacional e as despesas não-operacionais acrescidas das receitas não operacionais. É classificado como Lucro Contábil. Esse lucro será transferido para o Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR), para a apuração do valor do imposto de renda de pessoa jurídica tributada com base no lucro real (lucro tributável).
Para o Imposto de Renda, o lucro real e o lucro ou prejuízo contábil do período-base ajustado pelas inclusões, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal.
	
PROVISÕES
	Imposto de Renda
	É o valor que a empresa deverá pagar aos cofres públicos por ter obtido Lucro no exercício. Sua alíquota está prevista na legislação do Imposto de Renda. Atualmente ela é de 15%.
	
	Contribuição Social
	É o valor que a empresa deverá pagar aos cofres públicos por ter obtido Lucro no exercício. Sua alíquota está prevista na legislação do Imposto de Renda. Atualmente ela é de 9%.
	
LUCRO DEPOIS DOS TRIBUTOS 
	É a diferença entre o lucro antes dos tributos e as provisões. Se for lucro, será a base de cálculo para a empresa fazer a sua distribuição as pessoas que poderão participar desse resultado. Essas pessoas estão previstas no contrato ou estatuto social da empresa.
	
PARTICIPAÇÕES
	Debêntures
	São títulos de longo prazo emitidos pelas S/A. As pessoas que os possui têm direito a juros, participação nos lucros etc.
	
	Empregados
	Se valor deve estar previsto em convenção coletiva ou de acordo com as decisões tomadas pela administração.
	
	Administradores
	Seu valor deve estar estabelecido no estatuto ou contrato social.
	
	Partes Beneficiárias
	São títulos mobiliários que dão direitos a pessoas que prestaram relevantes serviços à empresa participarem do lucro da empresa
	
	Contribuição para os institutos de previdência ou assistência de empregados
	São contribuições destinadas a entidades preestabelecidas que tratam da complementação de aposentadoria dos empregados da empresa.
	
LUCRO OU PREJUÍZO LÍQÜIDO
	É a diferença entre o lucro depois dos tributos e as participações. Representa a confrontação entre todas as despesas incorridas e todas as receitas realizadas em um determinado período. Esse resultado será transferido para o Balanço Patrimonial, no grupo do passivo, subgrupo Patrimônio Líqüido, em conta denominada “Lucros Acumulados”.
Modelo de uma DRE
	DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
JOSE CARLOS S/A
	
	31/12/2004
	+Receita Operacional Bruta (venda Bruta) 
(-) Deduções com as vendas
 Desconto, devolução, ICMS, PIS, COFINS
= Receita Líqüida (venda líquida)			
(-) CMV – custo mercadoria vendida 		 
=Lucro Bruto 			 
(-) Despesas Operacional
 de vendas 			
 administrativa 			 
 depreciação 			 
 financeira 			 
+ Receita Operacional
 Receita financeira 			 
(-) Outras Despesas (Não-Operacional)
+ Outras Receitas (não-operacional)
= Lucro Operacional (antes do imposto)
(-) Provisão para Contribuição Social 
(-) Provisão para o Imposto de Renda		 
=Lucro Depois do Imposto 		 
(-) Participações
 participações de debenturistas		
 participação de empregado e/ou administrador
 participação de partes beneficiárias
 participação de institutos de previdência
= Lucro Líqüido do exercício	
Lucro Líqüido por Ações		
	800
(10)
790
(650)
140
(30)
(60)
(10)
(30)
10
(0)
00
20
(2)
(6)
12
00
(4)
00
00
8
	CÁLCULO DO LUCRO LÍQUIDO POR AÇÕES OU QUOTAS
	
Ações, se a empresa é uma sociedade anônima.
Quotas, se a empresa é limitada.
1,11 – BALANÇO PATRIMONIAL
a) GRUPOS E SUBGRUPOS DO ATIVO
	
ATIVO
CIRCULANTE- AC
(curto prazo)
Contém contas que representam bens e direitos que serão convertidos em dinheiro até o final do próximo exercício.
O Ativo Circulante é conhecido como capital de giro.
	Disponível
	Valores que já estão convertidos em dinheiro e que a empresa pode usar a qualquer momento. Por exemplo: caixa, banco, aplicação financeira.
	
	Direitos
	Valores que a empresa tem a receber de terceiros. Por exemplo: duplicata a receber, clientes, títulos a receber.
	
	Estoques
	São os bens que a empresa tem para vender, ou para usar na produção ou no seu dia-a-dia. Por exemplo: estoque de mercadorias, estoque de produtos acabados, estoque de matéria-prima, estoque de material para consumo.
	
	Despesas Antecipadas
	São gastos com bens ou serviços, já pagos ou a pagar, e que ainda não foram consumidos pela empresa. Por exemplo: seguro a vencer, juros pagos antecipadamente.
	
ATIVO
NÃO CIRCULANTE
Contém contas que representam bens e direitos que a empresa comprou e que não tem a intenção de vendê-los, isto é, não serão convertidos em dinheiro.
	REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - RLP
Contém contas que representam bens e direitos que serão convertidos em dinheiro após o final do próximo exercício.
	Bens: Bens desativados, desimobilizados e colocados à venda.
	
	
	Direitos: Valores que a empresa tem a receber de terceiros, decorrentes de vendas ou de operações financeiras. Por exemplo: duplicata a receber, adiantamento e empréstimos a coligadas, diretores, administradores.
	
	Investimento
	Contém bens e direitos que não são usados na atividade da empresa, mas que geram receitas. Por exemplo: obras de arte, ações de outras empresas, terrenos para alugar.
	
	Imobilizado
	Contém bens e direitos MATERIAIS que são usados pela empresa. Por exemplo: veículos, móveis, instalações, marcas e patentes, concessões obtidas, terrenos, edifícios. 
	
	Intangível
	Contém bens e direitos IMATERIAIS que são usados pela empresa. Por exemplo:marcas, fundo de comercio, etc
b) GRUPOS E SUBGRUPOS DO PASSIVO
	
PASSIVO
CIRCULANTE - PC
(curto prazo)
Contém contas que representam dívidas que a empresa deve pagar a terceiros até o final do próximo exercício.
	Obrigações com Fornecedores
	Dívidascontraídas pela compra de mercadorias a prazo. Por exemplo: Fornecedores, Duplicata a pagar
	
	Obrigações Sociais e Trabalhistas
	Dívidas decorrentes da contratação de mão-de-obra ou serviços, com vínculo empregatício. Por exemplo: Salário a pagar, INSS a pagar, FGTS a pagar, 
	
	Obrigações Tributárias
	Dívidas decorrentes de impostos e taxas diversas. Por exemplo: IR a pagar, ICMS a recolher.
	
	Outras obrigações
	Dívidas contraídas com instituições financeiras, gastos mensais. Por exemplo: empréstimo a pagar, energia a pagar 
	
	
	PASSIVO NÃO CIRCULANTE (EXIGÍVEL A LONGO PRAZO- PELP)
Contém contas que representam dívidas que a empresa deve pagar a terceiros após o final do próximo exercício.
	
Obrigações 
	
Dívidas tributárias, sociais e trabalhistas, com fornecedores, bancárias etc 
	
PATRIMÔNIO LÍQUIDO - PL
Contém contas que representam a verdadeira riqueza da empresa.
O patrimônio líquido é conhecido como capital próprio.
	Capital
	Contém o valor inicial que os sócios aplicaram na empresa (Capital Social).
Apresenta também, por dedução, a parcela de capital ainda não integralizada pelos sócios (Capital a realizar).
	
	Reservas
	Representam a parte do lucro ou da valorização de bens e direitos, que não foram distribuídos aos sócios. Estão classificadas em Reservas de Capital, Ajuste Avaliação Patrimonial e Reserva de Lucro.
	
	Resultado
	Apresenta o prejuízo acumulado em vários exercícios.
Modelo de Balanço Patrimonial
	BALANÇO PATRIMONIAL
	Ativo
	Passivo
	
	2004
	
	2004
	CIRCULANTE
Caixa
Cliente
Estoque de mercadoria
	..........
13.900
2.000
6.000
21.900
	CIRCULANTE
Duplicata a pagar
Imposto a pagar
	........
3.100
1.200
4.300
	
	
	NÃO CIRCULANTE
Títulos a pagar longo prazo
	........
5.000
	ATIVO NÃO CIRCULANTE
DP a receber longo prazo
Móveis e utensilios
(-)Depreciação acum.
	........
3.000
7.000
(700)
6.300
	PATRIMÔNIO LÍQÜIDO
Capital social
Lucro Acumulado
	..........
15.000
6.900
21.900
	TOTAL
	31.200
	TOTAL
	31.200
Você deve entender bem a estrutura do Balanço Patrimonial. Esse conhecimento lhe proporcionará analisar e interpretar a situação financeira e econômica da empresa
PRINCIPAIS DEDUÇÕES DO ATIVO E DO PASSIVO 
	Deduções são contas que irão diminuir o valor da conta principal. Seus saldos serão o contrário do da conta principal. As principais contas redutoras do Balanço Patrimonial estão apresentadas no Ativo Circulante, no Ativo Não Circulante e no Patrimônio Líquido.
a) DEDUÇÕES DO ATIVO CIRCULANTE
	
	
CONTA 
DUPLICATA A RECEBER
(terá duas deduções)
	Provisão para Devedores Duvidosos 
É a parcela estimada pela empresa que não será recebida, em decorrência dos maus pagadores. 
Seu valor é obtido pela aplicação de um percentual que foi calculado pela média considerada incobrável em períodos anteriores.
	
	Duplicata Descontada
É o valor obtido em uma instituição financeira, quando a empresa negocia parte das duplicatas a receber que possui. A empresa troca as duplicatas a receber por dinheiro.
	
CONTA
ESTOQUES
(terá uma dedução)
	Provisão para Ajuste ao Valor de Mercado
Quando o valor de mercado do estoque for inferior ao valor de compra ou produção, a empresa deverá fazer um ajuste no valor desses estoques (Princípio do Conservadorismo ou Prudência).
	Veja, a seguir, a estrutura do ativo circulante com as contas redutoras.
	ATIVO
	CIRCULANTE
 Disponível
 Caixa 
 Direitos
 Duplicata a Receber
 (-) Provisão Devedores Duvidosos
 (-) Duplicata Descontada
 Estoques
 Mercadoria
 (-) Provisão para ajuste de mercado 
 Despesa Antecipada
 Seguro a vencer 
	
 400
 
1.000
( 200)
(500)
4.000
 (500)
1.200 
	Total do Circulante
	5.400
b) DEDUÇÕES DO ATIVO NÃO CIRCULANTE
	
	SUBGRUPO
INVESTIMENTOS
(terá uma dedução)
	Provisão para Perda de Investimentos
É a parcela provável de perdas na realização financeira dos investimentos, quando comprovada que esta perda é permanente. 
	
SUBGRUPO
IMOBILIZADO
(terá três deduções)
	Depreciação Acumulada
É um montante que representa a diminuição do valor de aquisição dos bens tangíveis (veículos, máquinas, computador etc) devido ao seu uso, desgaste físico ou tecnológico.
	
	Amortização Acumulada
É um montante que representa a diminuição do valor de aquisição dos bens intangíveis (marcas, patentes, direitos autorais, benfeitorias em imóveis de terceiros etc) em razão do tempo.
	
	Exaustão Acumulada
É um montante que representa a diminuição do valor de aquisição dos recursos naturais – minerais ou florestais (jazidas, poço de petróleo, reflorestamento), devido a sua exploração (extração ou aproveitamento).
	SUBGRUPO
INTANGÍVEL
(terá uma dedução)
	Amortização Acumulada
É um montante que representa a diminuição do valor das despesas diferidas, em virtude de sua distribuição proporcional aos exercícios sociais (no mínimo cinco e no máximo dez anos) devido ao seu consumo.
	Veja, a seguir, a estrutura do ativo não circulante com as contas redutoras.
	ATIVO
	NÃO CIRCULANTE
 Investimento
 Ações Outras CIAS
 (-) Provisão para perda de investimentos
 Imobilizado
 Veículo
 (-) Depreciação Acumulada
 Benfeitorias em imóveis de terceiros
 (-) Amortização Acumulada
 Intangível
 Marcas
 (-) Amortização Acumulada
	
4.000
(1.000)
	
	3.000
	
	
9.000
(2.000)
3.000
 (500)
	
	9.500
	
	
3.000
(2.000)
	
	1.000
	Total do Permanente
	13.500
c) DEDUÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	
	CONTA
CAPITAL
(terá uma dedução)
	Capital a Realizar ou a Integralizar
É a parcela de capital que a empresa ainda tem a receber do titular da empresa. 
	
CONTA
LUCRO ACUMULADO
(terá uma dedução)
	
Prejuízo do Exercício
Valor obtido pela subtração das receitas com as despesas no final do exercício social.
	Veja, a seguir, a estrutura do Patrimônio Líquido com as contas redutoras.
	PASSIVO
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Capital
 (-) Capital a Realizar
 Reserva Lucro
 Lucro Acumulado
 (-) Prejuízo do Exercício
	
5.000
(1.000)
4.000
6.600
(1.600)
	
	
	
	
	Total do Patrimônio Líquido
	13.000
1.12 – Demonstrações contábeis
Os relatórios são informes padronizados que relatam a situação da empresa, seja no aspecto financeiro, patrimonial ou econômico. As informações contidas nesses relatórios são essenciais para a empresa avaliar o seu desempenho e estabelecer planos e negócios futuros. Daí a importância que se dá não só à sua elaboração, mas a sua correta leitura e análise.
Dos inúmeros relatórios contábeis, destacamos aqueles que são obrigatórios de acordo com a Lei nº 6.404, de 15/12/76. Esta lei, conhecida como Lei das Sociedades Anônimas (LSA) denomina os relatórios contábeis de demonstrações financeiras. As demonstrações financeiras estão regulamentadas por esta lei, no capítulo XV, artigos 175 a 205, na Lei nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007 e na Medida Provisória n. 449/ 2008.. O Novo Código Civil (NCC), Lei nº 10.406/02, que entrou em vigor em 11/01/2003, também regulamenta sobre as demonstrações financeiras em seus arts. 1.183, 1.184, 1.188, 1.189 e outros.
As demonstrações obrigatórias são:
Balanço Patrimonial (BP);
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), no NCC é denominada de Demonstração dos Resultados Econômicos ou Demonstração de Lucros e Perdas;
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) 
Demonstração do lucro ou prejuízo acumulado (DLPA);
Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
2.1– O Patrimôniodas Entidades Comerciais
Um dos atributos da Contabilidade é permitir o controle da movimentação do Patrimônio das empresas. Essa movimentação é realizada devido as operações de compra, venda, pagamentos, recebimento etc que são executadas diariamente pelos gestores das entidades. Ao registrar esses fatos administrativos, a Contabilidade terá condições de fornecer informações sobre a situação patrimonial, situação econômica e situação financeira da empresa, sempre que solicitada.
Sendo assim podemos definir Patrimônio como sendo o conjunto de Bens, Direitos e Obrigações das empresas (entidades ou aziendas).
Mas vejamos o que significa cada um dos elementos do Patrimônio:
BENS: são coisas capazes de satisfazer as necessidades do ser humano e que são suscetíveis de avaliação econômica. Podem ser classificados em bens de uso (prateleiras, máquinas, calculadoras), bens de venda (mercadorias) e bens de consumo (papel, caneta, material de limpeza).
DIREITOS: são todos os valores que a empresa tem a receber de terceiros. Ao serem registrados recebem o nome do documento acrescido da expressão a Receber (Duplicata a receber, Nota Promissória a Receber).
OBRIGAÇÕES: são todos os valores que a empresa deve pagar a terceiros. Ao serem registrados recebem o nome do documento acrescido da expressão a Pagar (Duplicata a pagar, Nota Promissória a pagar, Impostos a pagar).
	Para que a Contabilidade alcance seu objetivo de fornecer informações sobre a situação patrimonial, ela precisa representar o Patrimônio de alguma forma. A maneira escolhida foi a representação em forma gráfica, conforme o modelo a seguir:
	PATRIMÔNIO
	BENS
DIREITOS
	OBRIGAÇÕES
2.2– Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido
ATIVO: É o lado esquerdo do gráfico patrimonial. Recebe este nome porque é composto pelos Bens e pelos Direitos, que formam o conjunto dos elementos positivos da empresa.
PASSIVO: É o lado direito do gráfico patrimonial. Recebe este nome porque é composto pelas Obrigações, as quais formam o grupo dos elementos negativos da empresa.
	Partindo do princípio de que os elementos patrimoniais são registrados pelo Método das Partidas Dobradas, podemos concluir que a soma do lado esquerdo deve ser igual à soma do lado direito. Mas na prática, nem sempre a soma dos bens e direitos é igual à soma das obrigações. Para que essa igualdade seja concretizada, aparecerá no gráfico um outro grupo de elementos patrimoniais que denominaremos de Patrimônio Líquido.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: é a diferença entre o total do Ativo e o total das Obrigações. Representa a riqueza que a empresa possui. Ele será composto por apenas três elementos: Capital, Reservas e Lucros ou Prejuízos Acumulados.	 
 
	
	PATRIMÔNIO
	ATIVO
	PASSIVO
	Bens
Direitos
	Obrigações
Patrimônio Líquido
2.3– Equação Fundamental do Patrimônio
	Todos os elementos patrimoniais são avaliados em moeda, portanto podemos representar o Patrimônio através da seguinte equação:
	ATIVO = OBRIGAÇÕES + PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(Bens + Direitos) = Obrigações + (Capital + Reservas + Lucro)
2.4– Situação Líquida ou Patrimônio Líquido 
Os elementos patrimoniais, devidamente representados em valores monetários, poderão apresentar cinco Situações Líquidas diferentes:
SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA, ATIVA OU SUPERAVITÁRIA
	BALANÇO PATRIMONIAL
	Ativo é maior que Obrigações
A = O + PL
O = A – PL
PL = A – O
Ativo é maior que zero
Obrigações é maior que zero
PL é maior que zero
	ATIVO (A)
	PASSIVO (P)
	
	Bens (B) R$ 100
Direitos (D) R$ 80
	Obrigações (O) R$ 50
Patrimônio Líquido (PL) R$ 130
	
	
TOTAL ATIVO R$ 180
	
TOTAL PASSIVO R$ 180
	
SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA, PASSIVA, DEFICITÁRIA, PASSIVO A DESCOBERTO
	BALANÇO PATRIMONIAL
	Ativo é menor que Obrigações
A = O - PL
O = A + PL
PL = O – A
Ativo é maior que zero
Obrigações é maior que zero
PL é menor que zero
	ATIVO (A)
	PASSIVO (P)
	
	Bens (B) 80
Direitos (D) 20
	Obrigações (O) 150
Patrimônio Líquido (PL) ( 50)
	
	
TOTAL ATIVO 100
	
TOTAL PASSIVO 100
	
SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA, INEXISTENTE 
	BALANÇO PATRIMONIAL
	Ativo é igual a Obrigações
A = O
O = A
PL = ZERO
Ativo é maior que zero
Obrigações é maior que zero
PL é igual a zero
	ATIVO (A)
	PASSIVO (P)
	
	Bens (B) 180
Direitos (D) 20
	Obrigações (O) 200
Patrimônio Líquido (PL) 00
	
	
TOTAL ATIVO 200
	
TOTAL PASSIVO 200
	
SITUAÇÃO LÍQUIDA DE INEXISTÊNCIA DE ATIVO
	BALANÇO PATRIMONIAL
	Ativo é menor que Obrigações
A = ZERO
O = A + PL
PL = A - O
Ativo é IGUAL a zero
Obrigações é maior que zero
PL é menor que zero
	ATIVO (A)
	PASSIVO (P)
	
	Bens (B) 00
Direitos (D) 00
	Obrigações (O) 40
Patrimônio Líquido (PL) (40)
	
	
TOTAL ATIVO 00
	
TOTAL PASSIVO 00
	
SITUAÇÃO LÍQUIDA PLENA (não há dívidas exigíveis)
	BALANÇO PATRIMONIAL
	Ativo é maior que Obrigações
A = O + PL
O = A - PL
PL = A - O
Ativo é maior que zero
Obrigações é igual a zero
PL é maior que zero
	ATIVO (A)
	PASSIVO (P)
	
	Bens (B) 80
Direitos (D) 20
	Obrigações (O) 000
Patrimônio Líquido (PL) 100
	
	
TOTAL ATIVO 100
	
TOTAL PASSIVO 100
	
Ao analisar as situações patrimoniais apresentadas, você deverá ter concluído que o Ativo e o Passivo somente poderão ser iguais ou maiores que zero, mas o Patrimônio Líquido (PL) poderá ser menor, igual ou maior que zero.
Sendo assim, a única situação impossível de acontecer será aquela em que o Patrimônio Líquido nunca poderá ser superior ao valor total do Ativo.
	
4 – Conhecendo os termos técnicos
Termos técnicos envolvendo o Balanço Patrimonial
	BALANÇO PATRIMONIAL DO SR. ADÃO
	ATIVO
	PASSIVO
	BENS
Dinheiro no Banco........ R$ 100
Poupança ................. R$ 3.000
TV a cores ................ R$ 900
Automóvel ............... R$ 10.000
Apartamento ........... R$ 35.000
 R$ 49.000
	OBRIGAÇÕES
Prestações do Apartamento ..... R$ 20.000
Prestações do automóvel ......... R$ 8.500
Prestações da TV ..................... R$ 500
 R$ 29.000
	
	PATRIMÔNIO LÍQÜIDO
Capital social R$19.000
Lucro R$ 2.000
 R$ 21.000
	DIREITOS
Valor a receber de José R$ 1.000
	
	TOTAL DO ATIVO R$ 50.000
	TOTAL DO PASSIVO R$ 50.000
Capital total = Recurso total = R$ 50.000
Capital Nominal = Capital Social = Capital Inicial R$ 19.000 = Capital Subscrito 
Capital de Terceiros = Obrigações Exigíveis = R$ 29.000
Capital Próprio =Obrigação não-exigível = Patrimônio Líqüido = R$ 21.000
Patrimônio Bruto = R$ 50.000 = Total ativo = Total passivo
Total das origens = Total do Passivo = R$ 50.000
Total das Aplicações = Total do Ativo = R$ 50.000
Situação Líquida = Patrimônio Líqüido = R$ 21.000
Introdução
Toda e qualquer atividade econômica é realizada por meio das entidades econômico-administrativas. Portanto, há entidades que transformam os elementos da natureza em objetos que irão satisfazer as necessidades dos homens - indústrias, há as que realizam a intermediação entre o consumidor e o produtor - comércio e há aquelas que prestam um serviço à comunidade – prestadoras de serviço. Para que estas empresas possam desenvolver suas atividades, é necessárioque estejam devidamente legalizadas e constituídas.
		A Constituição é feita através da elaboração do Contrato Social ou do Estatuto Social. A legalização se dá através do registro dos atos constitutivos nas repartições públicas (Junta Comercial, Secretaria da Receita Federal, Prefeitura Municipal da localidade, Secretaria da Fazenda do Estado, Previdência Social, Delegacia Regional do Trabalho). E, dependendo do ramo de atividade a ser desenvolvido, poderão ainda estar sujeitas a registros em outros órgãos e a concessão de alvarás.
	Nesta unidade, apresentaremos a você o conceito, a forma jurídica, as características e os procedimentos que o contador deve realizar para constituir e legalizar as entidades que realizam os atos de comércio.
 
3.1 – Definição de entidade (empresa) comercial
Para definir o que seja uma empresa comercial vamos analisar a conversa entre Ana e o administrador Pedro:
	
Após analisar o diálogo acima, você deve ter elaborado a seguinte definição:
	EMPRESA COMERCIAL é uma entidade criada para exercer a atividade mercantil visando obter o lucro.
	A FUNÇÃO DA EMPRESA COMERCIAL é servir de intermediária entre o produtor e o consumidor, objetivando o lucro.
	A EMPRESA COMERCIAL PODERÁ SER CONSTITUÍDA por uma só pessoa (Individual) ou por um grupo de pessoas (Sociedades).
3.2 – Formas jurídicas de empresas comerciais
Há duas formas jurídicas pelas quais as empresas comerciais poderão ser constituídas. No entanto, a forma jurídica não é determinante do ramo que vai ser explorado. Você poderá ter uma Sociedade LTDA para empresa comercial, para empresa industrial ou para empresa de prestação de serviço.
	EMPRESAS INDIVIDUAIS: são aquelas formadas por uma única pessoa. 
	EMPRESAS COLETIVAS OU SOCIEDADE: são as formadas por diversas pessoas, reunidas através de um contrato social ou de estatutos. De acordo com os interesses dos sócios ou componentes, a sociedade poderá assumir uma das seguintes formas jurídicas
3.3 – Características da atividade comercial
As empresas comerciais se constituem com o fim de servirem de intermediárias, entre os produtores e os consumidores. Nesse sentido, podemos caracterizar a atividade comercial como sendo as operações de compra e venda de mercadorias para alcançar o lucro.
Em termos contábeis, podemos dizer que:
a compra representa o gasto (despesa) para o exercício da atividade comercial;
a venda representa a receita decorrente da atividade comercial, e
do confronto entre a venda e a compra surge o resultado positivo (lucro) ou negativo (prejuízo).
3.4 – Fluxo de como constituir uma empresa comercial
Apresentamos o fluxograma abaixo para que você possa ter uma visão da seqüência de etapas do processo de constituição e legalização de uma empresa. Este é um fluxo genérico, assim as etapas podem ser diversificadas de estado para estado e de município para município. Verifique no seu município, quais são as exigências vigentes, das etapas descritas no fluxo, para a legalização de uma empresa. Ao realizar esta verificação, você poderá identificar quais etapas do fluxo serão realizadas na constituição e legalização de empresa no seu Estado.
	Ressaltamos que os custos e a burocracia são os principais fatores que levam os empreendedores a exercer uma atividade econômica sem o registro nos órgãos oficiais, ou seja, operar na informalidade.
	Para obter maiores informações sobre a constituição e legalização de um empreendimento acesse o seguinte endereço eletrônico http://www.geranegocio.com.br/html/geral/p18a.html. Você verá o mesmo fluxo que será apresentado nesta unidade. Clique nas diversas etapas para obter as informações necessárias para realizar a legalização de uma empresa.
	
 NÃO
 SIM
 
 
 NÃO
 
 SIM
 SIM
 NÃO
 
 
 NÃO
 SIM 
Entidade Comercial: Constituição
Informamos, como fonte de consulta, a relação de documentos exigidos em cada órgão, lembrando que pode variar de estado para estado.
3.4.1 JUNTA COMERCIAL DO ESTADO 
Documentos para registro de empresas, segundo a Junta Comercial, Tipo Empresarial “Empresário (antiga Firma Individual)”.
	RELAÇÃO DE DOCUMENTOS
	1) Capa de Processo 
	2) Declaração de Requerimento de Empresário 
	3) Pesquisa de Nome Empresarial 
	4) DARF 
	5) DAR 
	6) Consulta da Situação 
	7) Declaração de ME ou EPP 
	8) Cópia da Certidão de Casamento 
	9) Cópia da Carteira de Identidade
	10) Cópia do CPF
Documentos para registro de empresas, segundo a Junta Comercial Tipo Empresarial “Sociedade Empresária (antiga Ltda)”
	RELAÇÃO DE DOCUMENTOS
	1) Capa de Processo 
	2) Contrato Social (
	3) Pesquisa de Nome Empresarial (
	4) Ficha do Cadastro Nacional, fls. 1 e 2 (
	5) Declaração de ME ou EPP (
	6) DARF 
	7) DAR (
	8) Consulta da Situação (
	9) Cópia da Certidão de Casamento - Administradores
	10) Cópia da Carteira de Identidade – Administradores
	11) Cópia do CPF - Administradores
3.4.2. SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
Documentos para inscrição no CNPJ, na esfera da Receita Federal.
	RELAÇÃO DE DOCUMENTOS
	1) Baixar o programa gerador do CNPJ (www.receita.fazenda.gov.br), inserir dados e enviar pelo ReceitaNet
	2) Imprimir formulário Documento Básico de Entrada – DBE (1 via), após análise do envio de dados à Receita Federal
	3) Declaração do Empresário ou Contrato Social
	4) Consulta de Situação (1 via)
	5) Cópia da Carteira de Identidade (Empresário ou Administradores)
	6) Cópia do CPF (Empresário ou Administradores)
3.4.3. SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO
Documentos para inscrição estadual, na esfera da Secretaria de Fazenda. 
	RELAÇÃO DE DOCUMENTOS
	1) Formulário FAC, com etiqueta do Contador (1 via)
	2) Cópia da Declaração do Empresário ou Contrato Social
	3) Cópia da Carteira de Identidade (Empresário ou Administradores)
	4) Cópia do CPF
	5) Comprovantes de residência
	6) Cópia do CNPJ
	7) Certidão Negativa do Empresário ou Administradores
	8) Alvará de Funcionamento, obtido na Prefeitura
	9) Contrato de Locação ou Escritura do estabelecimento
3.4.4 SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS
 Documentos para inscrição municipal, na Secretaria de Finanças.
	RELAÇÃO DE DOCUMENTOS
	1) Requerimento Padrão 
	2) Cópia da Declaração do Empresário ou Contrato Social
	3) Cópia do CNPJ
	4) Cópia da Consulta Prévia
	5) Cópia da Carteira de Identidade do Empresário ou Administrador
	6) Cópia do CPF do Empresário ou Administrador
	7) Cópia do Atestado da Vigilância Sanitária (depende da atividade)
3.4.5 SECRETARIA MUNICIPAL DE CONTROLE DO CONVÍVIO URBANO
Documentos para pesquisa de localização e funcionamento da empresa e verificação da atividade econômica,na Secretaria de Municipal de Controle Urbano.
	RELAÇÃO DE DOCUMENTOS
	1) Termo de Responsabilidade
	2) Croqui de localização do estabelecimento
	3) Contrato de Locação ou Escritura do Estabelecimento
	4) Formulário Consentimento dos Vizinhos (caso o estabelecimento esteja localizada fora da área de zoneamento)
	5) Taxa de Licenciamento, Localização e Funcionamento 
	6) Requerimento Padrão
	7) Declaração do Empresário ou Contrato Social
	8) Cópia da CI do Empresário ou dos Administradores
	9) Cópia do CPF do Empresário ou Administrador
	10) Cópia do CNPJ da Empresa
	11) Cópia do Visto Prévio
	12) Atestado da Vigilância Sanitária
3.4.6 CORPO DE BOMBEIROS
Documentos para emissão do Certificado de Aprovação, na esfera do Corpo de Bombeiros
 
	RELAÇÃO DE DOCUMENTOS
	1) Requerimento de Solicitação de Vistoria (2 vias)
	2) Projeto de Segurança contra Incêndio e Pânico (1 via), se a área do estabelecimento superior a 40 m2 
	3) Planta de Situação e Localização do estabelecimento, para área superior a 40 m2
	4) Guia de Pagamento do Laudo de Exigência ou Certificado de Aprovação
3.4.7 VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Documentos para emissão do Alvará Sanitário, na esfera da Vigilância Sanitária
	ELAÇÃO DE COUMENTOS
	1) Requerimento Padrão
	2) Declaração do Empresário ou Contrato Social
	3) Cópia do CNPJ
	4) Declaração de Responsável Técnico
	5) Termo de Responsabilidade Sanitária 
	6) Taxa de Vistoria
	7) Croqui do Estabelecimento
Introdução
		Para a empresa iniciar suas atividades necessitará de recursos. Estes recursos são fornecidos pelo titular (se empresa individual), acionistas (se for uma sociedade por ações) ou cotistas (se for empresa de responsabilidade limitada). O montante inicial, denominado de Capital Social está discriminado no Contrato Social ou no Estatuto Social, sendo estes instrumentos a base para o registro do capital.
		Na fase de constituição da empresa, os sócios ou o proprietário efetua uma série de gastos necessários à sua organização e instalação.
		Esses gastos, normalmente, envolvem as Despesas de Legalização (pagamento ao contador pelo serviço prestado, pagamentos de taxas nas repartições públicas, compras de impressos, compra de livros fiscais) e as Despesas com Reformas (pagamento a pedreiros, engenheiros, decoradores, pintores, treinamento de pessoal), assim como aquisições bens (equipamentos, móveis, de material de expediente) para que possa desenvolver sua atividade econômica.
		Nesta aula falaremos dos procedimentos contábeis para a registro do Capital bem como os registros contábeis correspondentes aos gastos de organização, legalização e instalação.
4.1 – Conceitos de Capital
	Capital é o total de recursos (dinheiro vivo, bens ou direitos) que você aplicaria para o início de um determinado empreendimento. 
	Esse capital pode aumentar ou diminuir. Essas alterações acontecem de acordo com a vontade dos sócios ou acionistas. Citamos como exemplo de acréscimo a aplicação de novos recursos pelo proprietário da empresa e, como diminuição, a retirada de um sócio ou acionista da empresa.
	Mas você deve distinguir no momento da constituição da empresa o capital que foi simplesmente registrado, ou seja, que consta no Contrato Social e o que foi efetivamente realizado, isto é, aplicado na empresa. 
Digamos que Ana e Carlos estão combinando a constituição de uma empresa. Analise o diálogo dos dois:
	Na elaboração do Contrato, constará um total de R$ 2.000, sendo que cada sócio está subscrevendo (prometendo) R$ 1.000. No caixa da empresa estará registrado R$ 1.300, representando neste momento a realização ou integralização do capital. Mas a empresa ainda tem a receber R$ 700 do Sr. Carlos, este é denominado de capital a realizar.
	Analisando o texto acima podemos concluir os seguintes conceitos:
CAPITAL SUBSCRITO: é o valor que está descrito no contrato social. Também é conhecido por capital nominal, capital inicial, capital social.
CAPITAL INTEGRALIZADO: é o valor que os sócios ou acionistas depositaram no caixa ou na conta banco da empresa. Também é conhecido como capital realizado.
CAPITAL A REALIZAR: é o valor que o sócio ou acionista deve, ainda, entregar para a empresa. Também é conhecido como capital a integralizar.
 	Ao analisar um Balanço Patrimonial, você poderá identificar os três conceitos acima, assim como os dois termos descritos abaixo:
CAPITAL PRÓPRIO: corresponde ao valor total do Patrimônio Líquido.
CAPITAL DE TERCEIROS: são os recursos que a empresa obteve com terceiros, ou seja, são todas as obrigações, de curto e de longo prazo, assumidas pela empresa.
	BALANÇO PATRIMONIAL
	ATIVO
	PASSIVO
	Ativo Circulante 130
Realizável Longo Prazo 100
Ativo Permanente 300
	Passivo Circulante 150
Exigível de Longo Prazo 50
Patrimônio Líquido
 Capital 300
 (-) Capital a realizar (70) 
 Lucro 100
 430 
	TOTAL DO ATIVO 530
	TOTAL DO PASSIVO 530
 
4.1.1 – Registro do capital de firma individual 
	A empresa individual é formada por uma só pessoa, que a representa e reponde de forma ilimitada pelas obrigações assumidas. Seu capital pode ser composto por dinheiro ou dinheiro e outros bens, inclusive direitos. Veja como são realizados os lançamentos de constituição do capital:
a) CAPITAL REALIZADO EM DINHEIRO 
 	Debitar o Caixa 	R$ 100
 Creditar o Capital 	R$ 100
b) CAPITAL REALIZADO EM DINHEIRO E OUTROS BENS 
 	Debitar o Caixa 			 R$ 100
 Debitar o Veículo 			 R$ 5.000
 Creditar o Capital 			 R$ 5.100
c) CAPITAL REALIZADO EM DINHEIRO E DIREITOS 
 Debitar Caixa			R$ 100
 	Debitar Duplicata a Receber	R$ 150
	Creditar Capital			R$ 250
4.1.2 – Registro do capital de Sociedade Ltda
	Sociedade é a reunião de duas ou mais pessoas para exercer uma atividade comum. Na Sociedade Limitada, os sócios têm responsabilidade limitada ao valor do capital social (Decreto-Lei nº 3.708, de 10/01/1919). Veja como são realizados os lançamentos de constituição do capital:
a) SUBSCRIÇÃO DO CAPITAL 
 	Debitar o Capital a Realizar Ana 	R$ 1.000
 	Debitar o Capital a Realizar Carlos	R$ 1.000
 Creditar o Capital Social			R$ 2.000
b) INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL 
 	Debitar o Caixa 			 	R$ 1.300
 Creditar o Capital a Realizar Ana	 	R$ 1.000
 Creditar o Capital a Realizar Carlos	R$ 300
4.1.3 – Registro do capital de Sociedades Anônimas (S/A)
	Sociedade Anônima é aquela empresa cujo capital é dividido em ações. A responsabilidade dos sócios é limitada o valor de suas ações. (Lei nº 6.404, de 15/11/1976). Os artigos de nºs 80, 81 e seguintes dispõem dos requisitos preliminares para a constituição dessa modalidade de sociedade.
	Para a constituição desta sociedade deverá haver um depósito, em uma conta especial no valor de 10% do montante do capital subscrito no estatuto, no Banco do Brasil, ou em outro banco autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM. 
	Para fins didáticos, Geraldo e Hugo, empreendedores natos, resolvem montar uma S/A, com capital de R$ 1.000, subscrito da seguinte maneira:
Em Assembléia Geral foi constituída a sociedade;
O capital foi dividido em 1.000 ações de R$ 1,00 cada uma. Geraldo possui 60% das ações e Hugo 40%;
Eles realizaram em dinheiro 10% de suas ações, sendo R$ 60 de Geraldo e R$ 40 de Hugo;
Foi depositado no Banco o Capital Realizado;
Após sua constituição e legalização da sociedade, o Banco do Brasil transfere o depósito da conta especial para a conta movimento em nome da empresa.Veja como são realizados os lançamentos de constituição do capital:
a) SUBSCRIÇÃO DO CAPITAL 
 	Debitar o Capital a Realizar Hugo	R$ 400
 Debitar o Capital a Realizar Geraldo 	R$ 600
 Creditar o Capital Social		 	R$ 1.000
b) INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL (10% DO CAPITAL TOTAL) 
 	Debitar o Caixa 			 R$ 100
 Debitar o Capital a Realizar Hugo 	R$ 40 			 
 Creditar o Capital a Realizar Geraldo 	R$ 60
c) DEPOSITO DO CAPITAL REALIZADO NA CONTA ESPECIAL 
 Debitar Banco Conta Especial	R$ 100
	Creditar Caixa			R$ 100
d) TRANSFERÊNCIA DO DEPOSITO DA CONTA ESPECIAL PARA CONTA MOVIMENTO 
 Debitar Banco Conta Movimento		R$ 100
	Creditar Banco Conta Especial		R$ 100
 
4.1.4 – Registro de alterações do capital social 
	O capital pode ser alterado com aumentos ou diminuições. No quadro abaixo estão esquematizadas as alterações do capital social:
	AUMENTOS
	Por admissão de sócio, sem alteração de firma.
Por admissão de sócio, com alteração de firma.
Por nova subscrição, dos mesmos sócios.
Por conversão de reservas e lucros acumulados.
	DIMINUIÇÕES
	Por reembolso do capital aos sócios.
Por absorção de prejuízos acumulados.
Por retirada de sócio, sem alteração de firma.
Por retirada de sócio, com alteração de firma.
 
4.2 – Despesas pré-operacionais
	Entre a data de constituição e a data do efetivo funcionamento mercantil há um período variável, de empresa para empresa, para preparar as instalações, treinar o pessoal contratado, montar as vitrinas e dispor do estoque de mercadorias. 
Os gastos realizados, neste período, apesar de serem classificados como despesas terão tratamento diferenciado porque irão beneficiar diversos exercícios financeiros. Assim, por força da legislação fiscal e da técnica contábil, eram classificados no Ativo Permanente Agora são registradas como despesas operacionais
	As despesas pagas ou incorridas nessa fase pré-operacional deverão ser registradas da seguinte maneira:
	DEBITAR : Despesas pré-operacionais 			R$ 100
 	CREDITAR: Caixa (avista) ou Conta a pagar (a prazo) R$ 100 
 
Que significa despesa incorrida?
Despesa Incorrida é aquela cujo fato gerador ocorreu antes da data prevista para seu pagamento. Como exemplo podemos citar a provisão da Folha de Pagamento, Impostos sobre a venda, aluguéis etc. É evidente que, se há o registro da despesa e esta não é paga, criamos uma dívida para pagamento futuro.
4.3 – Compra do Imóvel para instalar a empresa
	Se o empresário comprar um imóvel para instalar sua empresa, você, como Contador deverá registrar o valor do terreno, do prédio e dos tributos incidentes sobre essa aquisição. O lançamento será realizado da seguinte maneira:
COMPRA DO IMÓVEL E PAGAMENTO DE DESPESAS
	DEBITAR: Imóveis	e Edificações			 R$ 200
	DEBITAR: Terrenos	 R$ 800
	CREDITAR: Caixa (avista) ou Conta a pagar (a prazo)	R$ 1.000
 
	Porque o edifício poderá ser depreciado ao final de cada exercício financeiro, enquanto o terreno, por sua vez, não poderá ser depreciado.
 
É a diminuição do valor dos bens classificados no Ativo Permanente, resultante do desgaste pelo uso, da ação da natureza ou da obsolescência normal dos bens. 
4.4 – Compra do Móveis e Utensílios
	Esses bens serão utilizados na empresa para o seu funcionamento. O registro da aquisição desses bens é feito da seguinte maneira:
	DEBITAR: Móveis e utensílios					R$ 200
	CREDITAR: Caixa (avista) ou Duplicata a Pagar (a prazo)	R$ 200
Registrando uma empresa individual (exemplos de lançamentos
Para uma empresa iniciar suas atividades, necessitará de recursos. Esses recursos são fornecedidos pelo titular (se empresa individual), acionistas (se empresa for uma Sociedade Anônima) ou cotista (se for empresa de responsabilidade limitada – Ltda). O montante inicial, denominado de Capital Social está discriminado no Contrato Social ou no estatuto Social. Na fase de constituição da empresa, os proprietários efetuam uma série de gastos necessários à sua organização, instalação e legalização. Esses gastos, normalmente, envolvem as Despesas de Legalização (pagamento ao contador para legalizar a empresa, taxas nas repartições públicas, compra de impresos etc.), as Despesas com Reformas (pagamento a predreiros, decoradores, treinamento de pessoal etc.), assim como aquisições de bens (equipamentos, móveis, material de expediente etc.) para que possa desenvolver sua atividade econômica. Em seguida efetua a compra de mercadorias para revenda. No decorrer de seu funcionamento efetua pagamentos, recebimentos, compras, vendas, obtenção de empréstimos etc. 
Apresentamos alguns fatos e seus respectivos lançamentos para que você desenvolva o raciocínio correto na aplicação da técnica de lançamento. O controle e registro do estoque estão sendo realizados pelo inventário periódico com contas desdobradas.
Inventário periódico: controla o estoque ao final do exercício social mediante contagem física.
Conta desdobrada: as transações que envolvem compras e vendas de mercadorias são registradas em várias contas, tais como: devolução de compras, compras, descontos na compra, frete na compra, seguro na compra, vendas, devolução de vendas, desconto concedido na venda, impostos sobre a venda.
Os fatos e lançamentos abaixo se referem à empresa do Sr.João.
1 – João montou uma empresa com capital em dinheiro de R$ 2.000
Débito – Caixa (aplicação) 2000.
Crédito – Capital Social (origem) 2000.
2 – João pagou o contador p/ legalizar a empresa R$ 100
Débito – Despesa (aplicação) 100.
Crédito – Caixa (origem) 100.
3 – João comprou mercadorias à vista R$ 200,00 estamos usando o inventário permanente para controlar o estoque de mercadorias.
Débito – Estoque de mercadoria (aplicação) 200.
Crédito – Caixa (origem) 200.
4 – João comprou mercadorias a prazo na loja Soares num total de R$ 300 em seis parcelas de R$ 50 cada uma.
Débito – Estoque de mercadorias (aplicação) 300.
Crédito – DP a Pagar ou Fornecedor (origem) 300.
5 – João Vendeu mercadorias a vista R$ 200,00. O custo foi de 100,00.
Débito – Caixa (aplicação) 200. Débito – Custo 100
Crédito – Vendas de mercadoria (origem) 200.		Credito – Estoque mercadorias 100
6 – João Vendeu mercadorias a prazo para Maria num total de R$ 250 em 5 parcelas de 50 cada. O custo foi de R$ 100
Débito – DP a receber (aplicação) 250			Debito – Custo 100
Crédito – Vendas de mercadoria (origem) 250		Credito – Estoque mercadoria 100
7 – João pagou energia R$ 30
Débito – energia paga (aplicação) 30
Crédito – caixa (origem) 30
8 – João pagou a primeira prestação na Loja Soares R$ 50,00 (fato nº 4
Débito – DP a pagar (aplicação) 50
Crédito – Caixa (origem) 50 
9 – João recebeu a primeira prestação de Maria R$ 50,00 (fato nº 6)
Débito – caixa (aplicação) 50
Crédito – DP a receber (origem) 50
10 – João pagou a segunda prestação na loja soares com juros de R$ 5 (valor da prestação R$ 50).
Débito – Juros pagos (aplicação) R$ 5
Débito – DP a pagar (aplicação) R$ 50
Crédito – caixa (origem) R$ 55
11 – João recebeu de Maria a segunda prestação com juros de R$ 3, (valor da prestação R$ 50).
Débito – Caixa (aplicação) R$ 53
Crédito – juros recebido (origem) R$ 3
Crédito – DP a receber (origem) R$ 50
12 – João pagou a terceira prestação na loja soares com desconto