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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA Responsabilidade

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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
A relação jurídico-tributária tem início com a ocorrência da hipótese de incidência, que é uma previsão legal, assim abstrata.
A concretização da hipótese de incidência é denominada de fato gerador.
A adaptação do fato concreto à previsão legal denomina-se subsunção e é no momento de sua ocorrência que nasce a obrigação tributária.
A Obrigação Tributária possui como elementos o sujeito ativo, o sujeito passivo, o objeto e causa.
O sujeito Ativo é aquele que ocupa a posição de credor da obrigação tributária e é uma pessoa jurídica de Direito Público, titular de competência para exigir o cumprimento da obrigação.
Existem duas espécies de sujeito ativo:
Sujeito ativo direto: é o ente detentor da competência tributária, do poder de legislar e de instituir os tributos.
Sujeito ativo indireto: é o ente detentor da competência de arrecadar os tributos e de fiscalizar o procedimento de arrecadação tributária.
O sujeito passivo é aquele que ocupa a posição de devedor da obrigação tributária, e que se mostra em duas espécies:
Sujeito passivo direto: é o contribuinte que possui uma relação pessoal e direta com o fato gerador.
Sujeito passivo indireto: é o responsável, uma terceira pessoa escolhida pela lei para pagar o tributo, sem que tenha realizado o fato gerador.
O objeto da obrigação tributária corresponde à prestação que deve ser realizada pelo sujeito passivo da obrigação tributária, que nasceu com a subsunção do fato concreto à previsão legal.
A causa da obrigação tributária surge com o nascimento do vínculo jurídico entre os sujeitos passivo e ativo. Tal vínculo decorre da subsunção do fato gerador à hipótese de incidência, fixando as posições dos sujeitos envolvidos na obrigação tributária.
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
O tributo deve ser cobrado de uma pessoa que pratica o fato gerador, assim surge o sujeito passivo direto (CONTRIBUINTE).
Em certos casos o Estado pode ter a necessidade de cobrar o tributo de uma terceira pessoa que será o sujeito passivo indireto (RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO).
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.	
Assim, cumpre destacar o conceito de contribuinte e de Responsável.
CONTRIBUINTE: Pessoa física ou jurídica, que tenha uma relação de natureza econômica, pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. CTN, art. 121, Parágrafo Único, I.
RESPONSÁVEL: Pessoa que, sem se revestir da condição de contribuinte, tem sua obrigação decorrente de disposição expressa de lei. CTN, art. 121, Parágrafo Único, II.
O legislador impôs tal obrigação com o objetivo de facilitar a fiscalização e a arrecadação de tributos.
A responsabilidade pode ser:
Por Substituição: Quando a lei determina que o responsável (substituto) ocupe o lugar do contribuinte (substituído), desde a ocorrência do fato gerador, de forma que, desde o nascimento da Obrigação Tributária, o responsável já é o sujeito passivo.
Em tal situação o contribuinte não é sequer indicado como sujeito passivo, pois o legislador o substitui pelo responsável. Exemplo: IRRF.
Por transferência: Quando, através de lei, um fato posterior ao surgimento da obrigação, transfere a um terceiro a condição de sujeito passivo da Obrigação Tributária, que até então era lugar do contribuinte.
São situações possíveis de responsabilidade por transferência: 
b.1) Responsabilidade por solidariedade: também chamada de responsabilidade dos devedores solidários ou responsabilidade solidária e se dá quando cada um dos devedores solidários responde pelo todo perante a obrigação tributária correspondente. Podendo ser: 
* Solidariedade Natural: Ocorre entre pessoas que tenham interesse na situação que constitua o fato gerador da obrigação tributária principal. Exemplo: Imóvel pertence a um casal, assim ambos devem IPTU e o Fisco pode exigir de qualquer um deles o pagamento de toda a obrigação tributária.
* Solidariedade Legal: Decorre da determinação legal que indica expressamente as pessoas que deverão responder solidariamente pela obrigação tributária.
Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; 
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; 
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; 
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; 
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário; 
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; 
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório. 
DENÚNCIA ESPONTÂNEA
A Denúncia Espontânea, confissão espontânea ou autodenúncia é a permissão para que o devedor compareça à repartição fiscal, em prazo oportuno, a fim de noticiar a ocorrência de infração e pagar os tributos em atraso, saneando voluntariamente sua falta.
A Denúncia Espontânea afasta a aplicação de multa.

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