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ÍNDICE���� Análise de Vibração I 1. Conceitos de Manutenção......................................................... 02 2. Técnicas Utilizadas e base tecnológica.................................... 03 3. Conhecimento de Máquinas...................................................... 04 4. A vibração................................................................................... 05 5. Grandezas da Vibração.............................................................. 07 6. Nível de vibração........................................................................ 10 7. Parâmetros de vibração............................................................. 12 8. Escolha do Parâmetro de Vibração.......................................... 13 9. Transdutores de Vibração......................................................... 14 10. Pontos de Medição................................................................ 16 11. Curvas de Tendência............................................................. 17 12. Avaliação das Vibrações....................................................... 17 13. Guia de orientação de causas.............................................. 19 14. Causas.................................................................................... 25 15. Anexos.................................................................................... 34 DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 2 1. CONCEITOS DE MANUTENÇÃO 1.1 - MANUTENÇÃO: São todas as ações necessárias para que um equipamento, máquina ou componente seja conservando ou restaurado de modo a poder permanecer de acordo com uma condição especificada. 1.2 - TIPOS DE MANUTENÇÕES: 1.2.1 Manutenção Corretiva - É o serviço de manutenção realizado após a falha, como o próprio nome sugere é o trabalho de corrigir. Equivale a uma atitude de defesa enquanto se espera uma próxima falha acidental. É chamada “manutenção catastrófica” ou “manutenção tipo bombeiro”. Ou seja, é norteada pela idéia: “nada se faz enquanto não houver fumaça (defeito ou falha)”. Este ainda é o método tradicional de se fazer manutenção e sempre gera altos custos de material, mão de obra e tempo elevado de equipamento parado, devido a dificuldade de se planejar as intervenções. 1.2.2 Manutenção Preventiva – Define-se como sendo um conjunto de procedimentos que visam manter a máquina em funcionamento, executando rotinas que previnam paradas imprevistas. É o método onde as intervenções têm previsão, preparação, programação e controle. Ou seja, as intervenções são planejadas. As rotinas de manutenção preventiva compreendem: - Lubrificação. - Inspeção com máquina parada. - Inspeção com máquina em operação. - Ajuste ou troca de componentes em períodos predeterminados. - Revisão de garantia. - Cuidados com transporte e armazenamento. - Reparos de defeitos detectados pela inspeção. 1.2.3 Manutenção Preditiva – É um aperfeiçoamento da manutenção preventiva, baseado no real conhecimento das condições da máquina, equipamento ou componente. A manutenção preditiva nasceu de uma constatação: muitos componentes ainda em bom estado são trocados nas intervenções de preventiva.Devido a isso, buscou-se modos de rever o momento da falha para intervir pouco antes da ocorrência. Seu objetivo é prevenir falhas nos equipamentos ou sistemas através de acompanhamento de parâmetros diversos, permitindo a operação continua do equipamento pelo maior tempo possível. Ou seja a manutenção preditiva privilegia a disponibilidade à medida que não promove a intervenção nos equipamentos ou sistemas, pois as medições e verificações são efetuadas com o equipamento produzindo. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 3 1.2.4 Manutenção Pró-ativa - Tem como objetivo fazer com que as instalações e/ou equipamentos atinjam, com “start-up vertical”, o desempenho das funções requeridas nos processos, promovendo as condições necessárias para que esse desempenho padrão seja mantido ao longo do seu ciclo de vida. Início das ações ainda na fase de projeto. 1.2.5 Manutenção Detectiva – É a atuação efetuada em sistemas de proteção buscando detectar falhas ocultas ou não perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção. Um exemplo simples e objetivo é o Botão de teste de lâmpadas de sinalização e alarme em painéis. Na manutenção Detectiva, especialistas fazem verificações no sistema, sem tirá-lo de operação, são capazes de detectar falhas ocultas, e preferencialmente podem corrigir a situação, mantendo o sistema operando. 2. TÉCNICAS UTILIZADAS E BASE TECNOLÓGICA 2.1 Análise de Vibração Definição – Através da monitoração dos parâmetros de vibração, tais como, aceleração, velocidade e deslocamento, é possível detectar prematuramente os defeitos e assim manter a saúde dinâmica dos equipamentos, de modo a inibir a evolução de “não conformidades”. Tipo de Análise – Análise de Onda no Tempo, FFT, ODS, Modal, Medição Síncrona, Análise de Corrente Elétrica, Análise de Órbita, Ensaio de ressonância Estático e Dinâmico. Instrumentos Utilizados – Coletor de Dados, Analisadores, Caneta de vibração, Osciloscópio, Transdutores, Acelerômetros, Alinhadores Laser ou Mecânicos, Balanceadores, Alicate Amperímetro e Lâmpada Estroboscópica. 2.2 Análise Termográfica Definição – A termografia é a técnica preditiva que permite o acompanhamento de temperaturas e a formação de imagens térmicas, conhecidas por termogramas. Tipo de Análise – Termogramas. Instrumentos Utilizados – Termovisores compostos por câmera e unidade de vídeo. 2.3 Análise de Óleo Definição – As análises de óleo tradicionais implicam na retirada de amostras, a intervalos regulares, de modo que o acompanhamento das características do lubrificante possa ser feito ao longo do tempo. Tipo de Análises – Análise espectrográfica, ferrografia, viscosidade e cromatografia. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 4 Instrumentos Utilizados – Espectrógrafo, Espectrômetro de absorção, Cromatógrafo Gasoso, Ferrógrafo e Viscosímetro. 2.4 Análise Acústica Definição – É a técnica utilizada para detectar ruídos de alta freqüência produzidos por vazamentos, particularmente de ar comprimidos gases e vapor. O sensor é um microfone apropriado e o ruído é convertido para uma freqüênciaaudível ou mostrado em um indicador. Tipo de Análise – Análise de Freqüência Ultra-sônica. Instrumentos Utilizados – Detector Ultra-sônico e fone de ouvido. 2.5 Inspeção Estacionária Definição – É utilizada para detectar defeitos como: trincas, desgastes internos ou externos, porosidades, defeitos em soldas ou dupla laminação em estruturas mecânicas de máquinas ou componentes estacionários. Tipo de Análise – Partícula Magnética, Ultra Som (espessura), Raios-X e Liquido Penetrante. Instrumentos Utilizados – Medidor de espessura Ultra-Sônico, Luz Ultravioleta, Líquidos Penetrantes e Reveladores, Magna Flux e Aparelho para Raio X. 3. CONHECIMENTO DE MÁQUINAS Como veremos, a análise de vibração proporcionará uma valiosa ajuda na identificação de causas, e se confirmado que é o caso de desbalanceamento, uma técnica correta aplicada facilitará a execução. Quanto mais você conhece sobre o defeito, maior a confiança com a qual você pode diagnosticar. Em análise de vibração, isto deve ser adquirido passo a passo. Um pouco de teoria é necessário para o entendirnento de procedimentos. O grande sucesso é influenciado pela qualidade dos instrumentos e técnica utilizada, mas sobretudo, pela habilidade do executante em lidar com as informações geradas pelos instrumentos, e o seu domínio sobre a máquina a qual será realizada a monitoração, desde seu funcionamento até conhecer todos os seus componentes e para isso é muito importante elaborar um dossiê com o croqui do equipamento e os dados importantes para identificar a causa da vibração. Uma realimentação sobre acertos e erros auxilia o desenvolvimento pessoal, desbloqueando o raciocínio e promovendo a empatia com o assunto. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 5 4. A VIBRAÇÃO Através da monitoração dos parâmetros de vibração, tais como, aceleração, velocidade e deslocamento, é possível detectar prematuramente os defeitos e assim manter a saúde dinâmica dos equipamentos, de modo a inibir a evolução de “não conformidades”. Para tanto, utiliza-se de dois tipos de medição que permitem planejar correções seguras com base na tendência de desvios: Off-line – refere-se a medições intermitentes, cuja periodicidade é estabelecida de acordo com a criticidade de cada equipamento. On-line – refere-se a medições contínuas, possibilitando um acompanhamento das condições do equipamento em tempo real. Um corpo está vibrando, quando descreve um movimento de oscilação em torno de uma posição de referência e seus parâmetros de projetos são alterados. Vibrações mecânicas podem ser geradas intencionalmente para produzir um trabalho útil como em alimentadores, britadores, compactadores, vibradores para concreto, uso em ensaios de fadiga, etc; porém, a vibração é considerada indesejável, e sua presença em equipamentos rotativos acelera consideravelmente as falhas, provocando paradas inoportunas, elevando os custos de produção. Este trabalho, dedica-se ao entendimento da vibração não desejada, identificando a origem pelo estudo de seu comportamento, registrada por instrumentos de medição, de modo a promover um diagnóstico exato, que permita uma correção definitiva. Pois o entendimento do problema é um precioso passo no caminho da solução. Na prática, a vibração existe devido a efeitos dinâmicos, tolerância de fabricação, folgas, atrito entre partes em contato, folgas desequilibradas em elementos rotativos e recíprocos, ficando em níveis admissíveis enquanto as condições de projeto são mantidas. Um aumento do nível de vibração, está relacionado com alterações ocorridas em um ou mais elementos da máquina, influenciando também outros componentes por estarem interligados. Uma pequena vibração pode excitar freqüências de ressonância de outras partes estruturais e ser amplificada para um nível maior de vibração, que geralmente será percebido na estrutura e não diretamente na fonte de vibração. ������� � �� � � � �� � � ��������� � � ���� �� ������ � � �������� �� ���� �� ��� ���� � �� � � �������� ��� ��� ���������������� � DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 6 Ex: Se uma lâmina for segurada e sua outra extremidade for puxada até o limite máximo, ao soltá- la oscilará positiva e negativamente até voltar ao seu ponto de referência. Porém, o que se encontram nos equipamentos industriais, são vários componentes vibrando em freqüências diferentes, ao mesmo tempo, de modo que estas vibrações se somam e se subtraem formando um espectro em função do tempo, no qual não se distingue a quantidade de componentes existentes, tampouco as freqüências em que ocorrem. Estes componentes podem ser revelados, plotando nível de vibração pela frequência. Quando se analisa as freqüências de vibração de uma máquina, normalmente encontra-se um certo número de DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 7 componentes de freqüências, as quais estão diretamente relacionadas aos movimentos fundamentais das várias partes da máquina. 5. GRANDEZAS FÍSICAS DA VIBRAÇÃO As principais grandezas são Freqüência, Amplitude e Fase 5.1 FREQUÊNCIA Freqüência é o numero de ciclos por segundo, medidos na unidade Hz (Hertz). Ex: As estações de um rádio são divididas em ondas de freqüências. A amplitude de cada estação determina a nitidez do som. F = Freqüência 1 = nº de ciclos T = Tempo A investigação dos sinais através da freqüência é a técnica fundamental no diagnóstico de vibrações. A análise de freqüência facilita o trabalho para a detecção de fontes de vibrações Exemplo: F = 1 TDOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 8 Causa Amplitude x Tempo Freqüência Nível de Velocidade RMS Desbalanceamento do conjunto do Motor Elétrico 6,41 mm/s 1180 RPM (19,68 Hz) Desbalanceamento do conjunto do Rotor do Ventilador 0,6 mm/s 1548,6 RPM (25,81 Hz) Efeito Aerodinâmico 0,049 mm/s 18576 RPM (309,7 Hz) Rolamento 0,45 mm/s 96.000 RPM (1.600 Hz) Chaveta com folga no rotor 0,75 mm/s 6.940 RPM (115,67 Hz) Falha elétrica 2,50 mm/s 7.200 RPM (120 Hz) Correia 0,80 mm/s 900 RPM (15 Hz) Poli-harmônica 12,74 mm/s Valor Global A análise de freqüência é representada com o parâmetro escolhido para a medição em função da freqüência. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 9 5.1.1 Movimento Harmônico Movimento harmônico é o movimento que se repete, dentro de um mesmo ciclo, chamado de período de vibração, de acordo com a figura abaixo. Representação de um movimento harmônico 5.1.2 Movimento Periódico O movimento periódico é o intervalo de tempo, chamado de período de vibração, designado pelo símbolo T (tempo) 3.1.3 Movimento Randômico 5.1.3 Movimento Randômico O movimento randômico ocorre de uma maneira aleatória, não repetitiva. Contém todas as freqüências de uma banda específica de freqüência, podendo ser também chamando ruído. Exemplo: o estourar de pipocas dentro de uma panela. 5.2 AMPLITUDE A AMPLITUDE relaciona-se com a quantidade de energia contida no sinal vibratório mostrando a criticidade e destrutividade dos eventos presentes. É plotada no “EIXO Y” cartesiano. x(t ) t T 12 3 6 9 Representação de um movimento periódico Exemplo: Ponteiro de um relógio Exemplo do prato de bateria DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 10 É o tamanho da onda, variando conforme a energia emitida no sinal de vibração, determinando sua criticidade e seu grau destrutivo. 5.3 FASE Informa a interação cinética entre os esforços atuantes e a reação física da máquina ou componente. Em máquinas rotativas tem-se o seguinte evento: Em um ponto de referência da máquina existe a atuação da força num determinado instante “t” e, para toda AÇÃO existe uma REAÇÃO igual e contrária. A força de ação é rotacional e quando ocorrer à reação, o ponto forçante não estará no ponto de referência. Esta diferença de fase é chamada de fase do movimento. 6. NÍVEL DE VIBRAÇÃO 0 nível de vibração de um espectro, em função do tempo, pode ser medido em valor pico a pico, valor de pico e valor RMS (Root mean-Square). Tamanho da amplitude, maior energia Tamanho da amplitude, menor energia Ní v el de Vi br aç ão Nível Pico a Pico Nível de Pico Nível RMS Tempo Valor Médio Retificado DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 11 O valor pico-a-pico indica o percurso máximo da onda, e pode ser útil quando o deslocamento vibratório da parte da máquina é crítico para a tensão máxima ou a folga mecânica é limitante. É aplicada tanto para indicar o início prematuro do defeito e também para seu estágio avançado. O valor de pico é válido para indicação de choques de curta duração, porém, indica somente a ocorrência do pico, não levando em consideração o histórico no tempo da onda. O valor médio retificado leva em consideração o histórico da onda no tempo, mas é considerado de interesse prático limitado, por não estar relacionado diretamente com qualquer quantidade física útil. O valor RMS (Root Mean Square) é a medida de nível mais relevante, porque leva em consideração o histórico da onda no tempo e registra um valor de nível que é diretamente relacionado à energia contida no sinal, e portanto, à capacidade destrutiva da vibração. Correlação entre nível pico-a-pico, nível de Pico, nível médio retificado e nível RMS, para uma onda seno: N ív el de Vi br aç ão V, D, A Nível Pico a Pico (2,0) Nível de Pico (1,0) Nível RMS (0,707) T Nível Médio Retificado (0,637) Tempo DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 12 7. PARÂMETROS DE VIBRAÇÃO Os parâmetros de medição de vibração são: deslocamento, velocidade ou aceleração. Observando a vibração de um componente simples, como uma lâmina fina, considera-se a amplitude da onda, como sendo o deslocamento físico da extremidade da lâmina, para ambos os lados da posição de repouso. Pode-se também descrever o movimento da ponta da lâmina, em termos de sua velocidade e sua aceleração. Qualquer que seja o parâmetro considerado, deslocamento, velocidade ou aceleração, a forma e o período da vibração permanecem similares. A divergência principal é que existe uma diferençade fase entre os três parâmetros. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 13 Para sinais senoidais, amplitudes de deslocamento, velocidade e aceleração estão relacionadas matematicamente em função da freqüência e tempo. Para "n" fontes de vibração: Os parâmetros de vibração são universalmente medidos em unidades métricas de acordo com recomendações ISO, sendo: deslocamento : m, mm, µm. velocidade : m/s, mm/s. aceleração : m/s2, km/s2 8. ESCOLHA DO PARÂMETRO DE VIBRAÇÃO O transdutor utilizado numa medição de vibração é o sensor, o qual transforma o sinal vibratório em sinal elétrico, para ser interpretado pelo instrumento de medição e mostrado ao usuário na forma solicitada. Os medidores de vibração estão equipados para medir todos os três parâmetros, convertendo (através de integradores eletrônicos) o sinal medido pelo transdutor, no parâmetro escolhido pelo usuário. Assim temos que decidir qual parâmetro utilizar numa medição de vibração. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 14 Cada parâmetro tem um comportamento característico em função da freqüência, conforme demonstra figura abaixo: 8.1 O deslocamento realça componentes de baixa freqüência, sendo recomendado para medições abaixo de 10 Hz (600 rpm). Deslocamento é usado como uma indicação de desbalanceamento em partes de máquinas rotativas, pois amplitudes relativamente grandes ocorrem na freqüência de rotação de um eixo com rotor desbalanceado. Devido a isto, em balanceamento de campo apresenta boa performance até 20 Hz (1200 rpm) e eventualmente até 30 Hz (1800 rpm), dependendo da rigidez do sistema. 8.2 A velocidade de vibração é o parâmetro menos influenciado por ruídos de baixa ou alta freqüência, se mostrando num espectro a mais aplainada das curvas, sendo, por isso, o parâmetro normalmente escolhido para avaliação da severidade de vibração entre 10 Hz e 1000 Hz. 8.3 A aceleração de vibração é o parâmetro que representa melhor os componentes de alta freqüência, sua aplicação é recomendada na monitoração de rolamentos, engrenamentos, problemas elétricos entre 1000 Hz e 10000 Hz de faixa de freqüência. 8.3.1 Fator de Crista - Um procedimento típico de avaliar a condição de deterioração de rolamento é verificar a curva de tendência por fator de crista. O fator de crista é definido como sendo a relação entre o valor de pico e o seu correspondente valor RMS. 9. TRANSDUTORES DE VIBRAÇÃO Os transdutores de vibração são dispositivos que fazem a codificação de um sinal mecânico em um sinal elétrico representativo. Existem basicamente dois tipos de transdutores: absoluto e relativo. 9.1 Transdutor relativo: D ES LO CA M EN TO VE LO CI D A D E A CE LE R A Çà O FREQÜÊNCIA FREQÜÊNCIA FREQÜÊNCIA Fator de Crista Início Pico Início RMS RMS cresce quando aumenta a falha Pico cresce quando aumenta a falha DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 15 É montado no mancal de forma a medir a vibração no eixo somente, ou seja, o deslocamento entre o eixo e seu alojamento “transdutores sem contato” que são utilizados, na maioria dos casos, em mancais de deslizamento de máquinas, cujos rotores atuam em altas velocidades e possuem pequena massa relativa, contra uma carcaça de massa considerável. Os outros transdutores em geral não teriam respostas satisfatórias aos impulsos vibratórios do eixo, pois as vibrações seriam bem atenuadas devido a grande diferença de massa existente entre rotor e carcaça, o que restringe suas utilizações. Os transdutores sem contato são fixos nas caixas de mancais, onde transmitem um sinal oscilante de alta freqüência, aproximadamente 1,5 MHz, ao eixo giratório da máquina, gerado por um oscilador/demodulador através de um cabo de extensão. À medida que o eixo se aproxima do sensor são induzidas correntes elétricas, chamadas de corrente de Eddy, através do material condutivo do eixo que extrai energia do sinal excitador. Então essa variação entre o eixo e o transdutor devido à vibração fará produzir na saída do gerador/demodulador um sinal bem característico, que será representativo da vibração equivalente no eixo. A figura abaixo mostra, esquematicamente, o sistema de aquisição conhecido como “transdutor sem contato”. 9.2 Transdutor absoluto: É comumente utilizado em medição de vibração, montado, por exemplo, em mancais de sustentação do eixo com seu rotor e mede a vibração total existente no mancal. É preparado para medir um dos três parâmetros: deslocamento, velocidade e aceleração. O transdutor, quando fixo a uma superfície vibrante, produz em seus terminais de saída uma tensão ou descarga que é proporcional à aceleração na qual está submetido, ou seja, seu princípio de funcionamento está na utilização de discos cerâmicos piezelétricos, que por sua vez, possuem a propriedade física de gerar descargas elétricas quando solicitados a esforços. No projeto deste sensor, os elementos piezelétricos são arranjados para que sejam submetidos a uma carga na forma de massa em uma mola pré-tensionada, onde todo este conjunto é montado assentado em uma base, sendo que o sistema massa-mola fica preso no topo e protegido por um invólucro resistente. A figura abaixo ilustra um acelerômetro do tipo compressão. Sensor Oscilador / demodulador Sinal de vibração modulado em alta freqüência Sinal de saída Vibração Cristal piezelétrico Mola Massa Conector Sensor de aceleração (tipo compressão) DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/200516 A forma que o transdutor é fixado no ponto de medição, altera sua freqüência de ressonância e conseqüentemente o alcance de freqüência. Uma prática conceituada é ter o limite superior da faixa de freqüência de interesse da medição a 1/3 da faixa de freqüência a qual tem como limite superior de ressonância do transdutor. Um acelerômetro piezelétrico, por exemplo, tem sua freqüência de ressonância em torno de 32 Khz, obtida na calibração, na qual a superfície de montagem é completamente plana e lisa. Quando o acelerômetro é montado e rosqueado por um parafuso prisioneiro, fixo na carcaça da máquina, há pouca alteração da freqüência de ressonância: 31 Khz, sendo este método o mais recomendado para execução de medição para alcance para até – 10 Khz. Onde os pontos de medição permanentes em máquinas estão para ser estabelecidos, e não é desejado furar e fazer rosca de fixação, pode ser utilizado prisioneiro colado, usando cola dura, tipo epóxi ou cianoacilato. Outras colas macias reduzem consideravelmente a faixa de freqüência do acelerômetro. O posicionamento do acelerômetro piezelétrico com imã permanente, altera a freqüência de ressonância para aproximadamente 7 Khz, conseqüentemente com este modo de fixação, não se recomenda medições acima de 2 Khz. O transdutor transforma um sinal de vibração mecânica em um sinal elétrico que é transmitido ao instrumento de medição, através do cabo que liga o transdutor ao instrumento. O cabo para uso com acelerômetro não deve ficar tracionado ou flexionado, para evitar ruído triboelétrico (eletrização por atrito). Não há problema com o cabo arrumado linearmente e bem apoiado. 10. PONTOS DE MEDIÇÃO Os pontos de medições para se realizar a coleta nos equipamentos são diretamente nos mancais, pois este é o local onde se concentra toda a força de desequilíbrio causadora das vibrações. A recomendação básica para um equipamento horizontal é que sejam feitas medições na radial horizontal, vertical e na axial. No caso de bombas instaladas verticalmente deve-se adotar coleta radialmente em cada rolamento deslocando-se 90° um do outro. Para enumerar os pontos da máquina é importante seguir o fluxo de energia através do sistema, partindo da unidade acionadora para a unidade acionada. 3 65 4 87 Motor redutor Bomba 1 2 10 9 DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 17 11. CURVAS DE TENDÊNCIA O gráfico que registra os níveis globais ao longo do tempo, chama-se CURVA DE TENDÊNCIA. Através dessa curva, pode-se extrapolar com os resultados obtidos, realizando uma previsão da data de ocorrência de níveis de falha programando-se assim as intervenções com antecedência. As plotagens de tendência permitem que você compare facilmente uma leitura mais recente do PONTO de medição com as leituras anteriores e os pontos de ajuste de alarme, permitindo que você veja qual a “tendência” do PONTO com o decorrer do tempo. Ajuste de Curva Aplica um ajuste de curva linear à plotagem de tendência ativa, sendo um meio de projetar a tendência no futuro (dois anos). 12. AVALIAÇÃO DAS VIBRAÇÕES Para todos os pontos de medição, é registrado o nível global de vibração, que representa a composição de várias fontes de vibração. Estes níveis avaliados, devendo permanecer dentro de faixas admissíveis. A partir de uma tendência de evolução desses níveis de vibração, é feita uma análise de freqüência para identificação da origem do problema. Curva de Tendência Ajuste de Curva DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 18 Os critérios de avaliação das condições de um equipamento estão baseados em normas como ISO 2372, tabela a seguir, que especificam limites que dependem somente da potência da máquina e do tipo de fundação. Indicações Confiáveis das condições de uma máquina é baseada na alteração das medidas relativas, isto é, a especificação de um espectro de referência, ou nível a acompanhar a sua evolução. O principal critério da avaliação de máquina rotativa em velocidade RMS é a norma ISO 2372 de 1974. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 19 13. GUIA DE ORIENTAÇÃO DE CAUSA CAUSA DA VIBRAÇÃO FREQÜÊNCIA PLANO DOMINANTE Desbalanceamento 1 x RPM Radial Ë Desbalanceamento Estático - 0° Correlação de fase Ê Par desbalanceado - 180° Desbalanceamento Dinâmico - 0° a 180° Ê. A correlação de fase dada é a diferença de fase aproximada medida nos dois mancais de sustentação do rotor, estando os dois transdutores na mesma direção, por exemplo, radial horizontal. Ë.Rotores em balanço apresentam também vibração axial significativa. Um par desbalanceado também provoca vibração axial. Eixo empenado ou desalinhamento Angular 1 X, 2 X RPM Ì AXIAL Ì. A componente 2 X RPM pode ser esperada dependendo da magnitude do problema e da mobilidade do sistema. CORRELAÇÃO Axial - 180° Í DA FASE Radial - 0° Í. Transdutores colocados axialmente em cada mancal, podem estar posicionados em direções opostas, apresentando correlação de fase medida de 0° para uma correlação verdadeira de 180°°°°. A leitura de fase é influenciada pela forma de fixação axial do eixo do rotor em seus mancais, se comportando conforme descrito acima, onde os dois mancais suportam carga axial, fugindo da correlação de fase citada quando apenas um dos mancais suporta carga axial, ficando o outro mancal livre para dilatação,. Desalinhamento paralelo 1 X, 2 X RPM Ì RADIAL CORRELAÇÃO Radial - 180° DE FASE Axial - 180° Í DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO:Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 20 Falta de rigidez mecânica 1 X, 2 X, 3 X, 4 X RPM etc..., também 0,5 X, 1,5 X RPM, etc... Î RADIAL Î. Harmônicas superiores estarão presentes, e também inter-harmônicas de 1 X RPM, isto é, 0,5 X, 1,5 X RPM, etc ..., podem muitas vezes estar presente, resultante da não linearidade causada por truncação, ou seja, na prática, quando ocorrer uma excessiva falta de rigidez. Correia de transmissão defeituosa 1 X, 2 X, 3 X, 4 X RPM da CORREIA RADIAL Com auxílio de lâmpada estroboscópica, é possível localizar visualmente a correia defeituosa, posicionando-a na freqüência previamente calculada. Nc = pi. D. n Lc Massa com movimento alternativo 1 X, 2 X, 4 X Freqüência do curso Ï Radial Os níveis de vibração medidos geralmente diminuem com o aumento do número de ordem, para um elemento alternativo somente. Ï. A ordem das harmônicas superiores depende do número de cilindros da máquina, composição angular entre eles e ciclo de carga dos cilindros (um tempo, dois tempos, etc). Chicote ou turbilhonamento do filme de óleo em mancais de deslizamento 0,43 a 0,48 X RPM Radial Pode ocorrer em equipamentos de alta rotação com mancais de deslizamento, tipo turbinas. É um problema de projeto e também de difícil ocorrência. Pode ser confundida com a sua freqüência com ½ x RPM. A resolução do espectro deverá ser suficiente para diferenciar este tipo de defeito. Folga em mancais de deslizamento 1/3 X, ½ X RPM Radial Nc = rotação da correia. (RPM) Lc = comprimento nominal da correia. (m) D = diâmetro de uma das polias. (m) N = rotação da polia de diâmetro D. (RPM) DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 21 Observado na rotação e temperatura de operação da máquina. É, também um problema de falta de rigidez mecânica. Harmônicos de 1x RPM são esperados. Engrenamento Defeituoso Z X RPM e Harmônicos Radial e axial Z = número de dentes da engrenagem. Bandas laterais em torno da freqüência de engrenamento (Z X RPM), indicam modulação de freqüência, para a freqüência correspondente ao espaçamento das bandas laterais. Por exemplo, uma freqüência de engrenamento fundamental em 75 Hz, com bandas laterais espaçadas à esquerda e à direita por 3 Hz, que é a freqüência de rotação do pinhão, mostra-se como um problema de excentricidade do eixo do pinhão e deficiência de contato no engrenamento. Um desalinhamento entre eixos de um par engrenado pode provocar harmônicos múltiplos da freqüência do eixo desalinhado, mostrando um pico na freqüência de engrenamento, e bandas laterais em torno da segunda harmônica de engrenamento, espaçadas na freqüência do eixo desalinhado. Harmônicos de 10 Hz (eixo Bandas laterais de 10 Hz 1x engrenamento (191 Hz) 2x engrenamento 4x eng 3x eng 2x eng 75 Hz 75 Hz 75 Hz 1x eng 75 Hz 75 Hz Bandas laterais de 3 Hz 2 1 f e = 75 Hz f 2 = 0,6 Hz f 1 = 3 Hz Z1 = 25 dentes n1 = 180 RPM Z2 = 125 dentes n2 = 36 RPM fe = Z1 . n1 f e = 25 . 180 fe = 75 Hz. 60 DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 22 Neste exemplo temos harmônicos de 10 Hz (eixo de entrada de um redutor), um pico na freqüência de engrenamento (191 Hz), bandas laterais de 10 Hz em torno de 2x engrenamento. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 23 Rolamento Danificado Freqüências Fundamentais Ð Freqüências Induzidas Ñ Radial e Axial Ð. Os rolamentos são compostos de elementos como pista externa, pista interna, elementos girantes e gaiola. O início de defeito em um destes elementos, apresenta uma vibração de freqüência fundamental. A dificuldade de diagnosticar através da procura de vibração nestas freqüências, é que elas são de baixas amplitudes e baixas freqüências, ficando obscurecidas por outras vibrações e ruídos de baixa freqüência. Instrumentos que possibilitam aplicação da Técnica de Envelope, conseguem auxiliar o usuário na identificação das freqüências fundamentais. f = freqüência fundamental (Hz) fr = freqüência relativa entre pista externa e pista interna (Hz) Dp= diâmetro primitivo (mm) D = diâmetro da esfera ou rolo (mm) n = número de esferas ou rolos β = ângulo de contato Defeito na pista externa: f = n . fr.(1 - D . cos β) [Hz] 2 Dp Defeito na pista interna: f = n . fr.(1 + D . cos β) [Hz] 2 Dp Defeito na esfera ou rolo: f = Dp . fr [ 1 - ( D . cos β) 2 ] [Hz] D Dp Defeito na gaiola: f = 1 . fr. ( 1 - D . cos β ) [Hz] 2 Dp Nestas equações é assumido um movimento de giro puro, sendo que na realidade ocorre algum tipo de escorregamento tornando os resultados aproximados. Harmônicas superiores das freqüências fundamentais normalmente estão presentes. Softwares existentes no mercado, como por exemplo o FAM da SKF, possuem um banco de dados bastante completo e podem calcular estas freqüências rapidamente, dependendo apenas do modelo do rolamento utilizado. Ñ. As vibrações de rolamentos provocam ressonância induzida na carcaça do rolamento e estrutura da máquina, na faixa de 1000 Hz a 20.000 Hz. A freqüência natural é excitada por impactos no local da falha do rolamento. Comparação de espectro medindo aceleração (m/s2) na faixa de 1 kHz a 20 kHz permite boa avaliação da evolução do estado do rolamento. A principal técnica utilizada na detecção de problemas em rolamentos é a técnica de envelope de aceleração, inclusive em se tratando de baixas e baixíssimas rotações. Medições simples de velocidade não são totalmente eficazes na diagnose, não sendo proibido procurarpor vibrações de rolamentos aí. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 24 Histerese e Ressonância Rotação crítica do eixo. Freqüência natural da estrutura Radial Vibração excitada na passagem pela rotação crítica do eixo ou pela freqüência natural da estrutura. Ocorre em máquinas cuja rotação de operação está acima da crítica. Em estruturas, um exemplo comum é a vibração momentânea provocada quando um esmeril de pedestal é acionado ou desligado. Correções podem ser feitas alterando a rigidez da parte excitada, eixo, rotor ou estrutura. É um problema de projeto. Pode ocorrer influência entre máquinas que operam próximas na mesma freqüência, provocando flutuação na vibração. As soluções podem ser de eliminar fontes de vibração de cada máquina, mudando de rotação de operação e amortecimento da vibração através de isoladores. Perturbação Hidráulica Ou Aerodinâmica N° de pás X RPM Radial e Axial Ocorre na freqüência de passagem de lâminas, pás ou hélices, do rotor propulsor. Verificar rigidez das lâminas, pás ou hélices, e/ou influência de turbulência do fluído sobre o rotor. Em Torres de Resfriamento pode-se ter inclinação das pás com desvios de ângulos, causando turbulência no fluxo de ar. Em bombas de múltiplo estágio deve-se montar os rotores defasados de forma a reduzir a energia do bombeamento em uma determinada freqüência (n° pás x rpm). VIBRAÇÃO EM MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO Excentricidade estática 2 X Freqüência da linha e componentes para: W x [n.Rs.(1-s) / ρ ± K1} Radial W = freqüência da linha [Hz] N = número inteiro qualquer Rs = número de ranhuras do rotor S = escorregamento unitário ρ = número de pares de pólos K1 = zero ou n° par (2, 4, 6, 8, ...) Pode resultar de alinhamento interno deficiente, rolamento desgastado, ou de aquecimento local do estator. Vibração mais intensa com o motor superaquecido. Aquecimento local do estator pode ser causado por Iâminas em curto. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 25 Fragilidade / afrouxamento do suporte do estator. Desbalanceamento de fase, resistência ou bobina. Lâminas do estator em curto / enrolamento. 2 X Freqüência da linha Radial Referido como "ferro solto". Difícil diferenciar entre este grupo usando somente análise de vibração. A vibração estará presente com ou sem carga. Lâminas soltas do estator 2 X Freqüência da linha e componentes espaçados por 2 X freqüência da linha em torno de 1 KHz. ** Radial Pode ter alta amplitude, mas normalmente não é destrutiva. Os componentes de alta freqüência podem ser similares aos de excentricidade estática. Excentricidade Dinâmica 1 X RPM com 2 X FREQUÊNCIA de escorregamento em bandas laterais e componentes de : W X [((n.Rs ± Ke) x (1-s) / ρ) ± K1] Radial Ke = grau de excentricidade: zero para excentricidade estática e um valor baixo de número inteiro para excentricidade dinâmica. Pode resultar de rotor curvo, rotor danificado, ou de um aquecimento local do rotor. Vibração mais intensa com motor superaquecido. Aquecimento local do rotor pode ser causado por lâminas em curto ou barra(s) do rotor interrompida(s) ou trincada(s). • Barra de rotor rompida ou trincada. • Barra de rotor solta • Lâminas de rotor em curto • Junta do anel final deficiente. 1 X RPM com 2 X freqüência de escorregamento em bandas laterais e componentes similares àqueles dados anteriormente para excentricidade dinâmica Radial As bandas laterais de escorregamento podem ser de nível baixo, porém o instrumento deve ter condições de detectá-las. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 26 14. CAUSAS 14.1 Desbalanceamento Ocorre em 1x RPM e é um dos grandes problemas causadores de vibração em equipamentos rotativos nas indústrias. Algumas vezes, equipamentos expostos a processos severos e que são atingidos diretamente por produtos (algum tipo de massa) apresentam desbalanceamento de tempos em tempos, cabendo uma limpeza do rotor para que o problema seja resolvido após a análise de vibração haver detectado a elevação em 1x RPM. As vibrações se apresentam com maior intensidade nas proximidades do rotor indicando a fonte do problema. Em contrapartida, diversas empresas (ou pessoas) têm em mente que todo o pro- blema possa ser resolvido após um balanceamento, o que é verdade, se o caso for apenas de desbalanceamento. 14.2 Desalinhamento Desalinhamentos ocorrem nas empresas como o maior índice de problemas detectados através da manutenção monitorada. Um desalinhamento angular apresenta vibrações elevadas na direção axial, portanto, sendo de fácil identificação nas medições. Um valor elevado na direção axial em 1x RPM indicará um desalinhamento angular. Uma vibração em 2x RPM também indicará um desalinhamento (paralelo). Quando surgem vibrações em 1x RPM o diagnóstico deverá levar em conta todas as medições executadas em todos os pontos. Em se tratando de desalinhamento paralelo, a vibração se manifestará na direção radial, o que às vezes torna a análise mais demorada. Análise de envelope apresenta a 2ª harmônica elevada quando se tratar de um desalinhamento, e apresentará a 1ª harmônica elevada quando se tratar de um desbalanceamento. Rotor desbalanceado devido a abrasão. Vibração em 1x RPM. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 27 14.3 Falta de rigidez mecânica ou folga Sintomas de falta de rigidez não estão ligados somente a uma base solta, mas também a uma deficiênciade projeto em muitos casos. É comum encontrarmos equipamentos trabalhando com bases de apoio subdimensionadas e a prática requer um redimensionamento que implicará em reforço adicional da estrutura. Em diversos casos de moto-bombas, a colocação de concreto na base que são construídas apenas com vigas pode resultar em grande melhora. Vibração em 2x RPM, causada por desalinhamento. Este tipo de espectro também é gerado quando se trata de um eixo empenado, pois ele gera o mesmo sintoma. Falta de rigidez mecânica. Harmônicos de 1x RPM. Ex: falta de rigidez mecânica: 1. Corrosão na chapa da base onde é fixado o parafuso do pedestal de um ventilador; 2. Base mal projetada. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 28 14.4. Correia de transmissão defeituosa As vibrações provenientes da correia são em geral de baixas freqüências, podendo ser detectadas em velocidade, porém, sua energia de vibração é pequena. Uma vibração proveniente de correia defeituosa é esperada acompanhada de um desalinhamento das polias, geralmente, o que não acontecerá se apenas a correia estiver defeituosa. O uso de lâmpada estroboscópica auxilia na visualização da correia em movimento. Calculando-se a rotação da correia posiciona-se a lâmpada e pode-se então ver se há escorregamento de alguma correia ou mesmo se ela está transmitindo força pela lateral do canal e não pelo fundo. Um tensionamento incorreto na correia também implicará em vibração excessiva na freqüência de correia. 14.5 Movimento Alternativo Equipamentos que possuem movimento alternativo apresentam vibrações em harmônicos de 1x RPM em níveis maiores que aqueles que não possuem estas características. Compressores, motores diesel são os mais comumente encontrados. Estes equipamentos transmitem tais vibrações e, assim como em motores veiculares, são montados sobre coxins, evitando a transmissão da vibração. O monitoramento das vibrações pode ser executado via espectros e tendências das freqüências. Os níveis de alarme devem ser ajustados para cada equipamento em específico. 14.6 Turbilhonamento do Filme de Óleo É um problema de projeto e bastante incomum de ser encontrado como fonte de problema. Espera- se o aparecimento desta vibração tão logo o equipamento entre em funcionamento. Movimento alternativo (motor diesel). Harmônicos de 1x RPM. Um exemplo de desalinhamento atacado da forma incorreta. Para suportar a vibração, foi fixados o mancal monobloco com uma chapa. A causa não foi atacada: desalinhamento e correia defeituosa. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 29 Importante analisar com boa definição para diferenciar entre 0.48 x RPM e 0.50 x RPM. Turbilhonamento do filme de óleo. Boa resolução para a análise. 14.7. Engrenamento Defeituoso 14.7.1 - Sintomas e Problemas É sabido que vibrações no engrenamento proporcionam vibrações na freqüência calculada por número de dentes vezes a rotação do eixo e harmônicos. Para saber-se qual eixo contém a engrenagem defeito (pinhão ou engrenagem), observa-se a presença de bandas laterais em torno desta freqüência de engrenamento, conforme figura abaixo. Exemplo 1: Para um eixo pinhão que rotacione em 130 Hz, e possua 31 dentes, teremos uma freqüência de engrenamento de 4030 Hz. Encontrando-se vibração em 4030 Hz, com bandas laterais de 130 Hz, comprova-se uma excentricidade do eixo pinhão, provocando deficiência no contato do engrenamento. 0.5x RPM 0.48x RPM 1 X RPM Fe = Z x rpm Fe bandas laterais de 1x rpm Figura 44 - Freqüência de engrenamento com bandas laterais de 1x rpm do eixo problema. Engrenamento com pitting. Detecção através da análise de vibrações. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 30 Esta vibração com relação à freqüência de engrenamento é apresentada de acordo com o tipo de problema existente no equipamento. Uma folga no eixo pinhão provocará uma vibração de 1x rpm e harmônicos deste eixo, além de 1x freq. engrenamento e harmônicos. Um eixo desalinhado pode provocar uma elevação da 2ª harmônica do engrenamento, além do surgimento da 3ª harmônica. Bandas laterais podem ou não surgir em torno destas freqüências, dependendo da gravidade do problema. Exemplo 2: Um caso prático das vibrações na freqüência de engrenamento pode ser comprovado na seqüência do trabalho a seguir, onde foi-se “desalinhando” e “realinhando” o eixo pinhão e registrando-se as vibrações geradas por este problema. Vibrações elevadas neste acionamento são repassados para a peça a ser usinada, causando rugosidade elevada na sua superfície e provocando a rejeição pelo controle de qualidade. Este equipamento apresenta a engrenagem intermediária com “pitting” em alguns dentes, diagnosticada através dos níveis de vibração encontrados na freqüência de engrenamento. Sucessivas tentativas de baixar os níveis de vibração na freqüência de engrenamento mostraram aumentos das harmônicas superiores, sem a queda esperada da primeira harmônica. Na figura abaixo temos a amplitude da segunda harmônica maior que a primeira, mostrando que um desalinhamento do eixo pinhão provoca tal sintoma. Novas posições no eixo de entrada (inferior na figura), mostraram que além do agravamento do desalinhamento, um engrenamento defeituoso aumenta o número de harmônicas do engrenamento. E1 E2 ENGRENAMENTO E1 = E2 = 121,5 Hz Engrenamentos (121.5 Hz) e espectro mostrando a supremacia da segunda harmônica do engrenamento. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 31 A figura abaixo mostra o aumento das harmônicas de 1x freqüência de engrenamento, devido ao desalinhamento do eixo de acionamento (pinhão) e engrenamento defeituoso. É sabido que um problema em uma engrenagem deve ser corrigido atuando-se no par engrenado, e não se consegue a melhora com outro tipo de correção. Neste caso específico, o acionamento foi substituído, passando a ser feito por corrente dentada que absorve os choques que possam surgir com a operação. A prática de análise de vibrações tem demonstrado que em redutores pesados onde há desgastes nos dentes, as vibrações se apresentam na primeira harmônica do engrenamento, em princípio; passando a se apresentar aumentar a segunda harmônica à medida que o problema se agrava, chegando a apresentar apenas a segunda harmônica num estágio avançado do defeito. 14.8 Falhas em Motores Elétricos de Indução É necessário, primeiramente, conhecermos algumas freqüências fundamentais inerentes a este tipo de equipamento, são elas: 14.8.1. Rotação nominal do motor (Nm): Rotação que normalmente aparece como dado de placa, 1185 Rpm por exemplo. Harmônicos de 1x engrenamento. Medição após a intervenção. Desaparecimento da freqüência de engrenamento. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 32 14.8.2. Rotação síncrona do campo (Ns): É utilizada para o cálculo da freqüência de escorregamento, é a rotação do campo magnético girante pelas bobinas do estator. Ns = 120. Freq. Linha (Hz) 60 . número de pólos 14.8.3. Rotação real do motor no instante da coleta (Nr): Deve ser confirmada a rotação exata do motor, via análise de vibração (Velocidade Rms até 35, 45 ou 75Hz). 14.8.4. Freqüência de escorregamento (Fe): É dada pelo escorregamento unitário vezes a freqüência da rede. Fe = Ns - Nr . freq. linha Ns Exemplo de cálculo 14.8.5. Freqüência de alimentação da rede: Padrão no Brasil = 60Hz. 14.8.6. Freqüência de passagem de ranhuras do rotor (Fr): Fr = Nm . Rs Onde Rs = número de ranhuras. Conhecidas estas freqüências, pode-se analisar as possíveis falhas mecânicas e magnéticas que podem surgir. 14.9 Defeitos em Rolamentos Figura demonstrando região de ressonância do rolamento. Os rolamentos são elementos de máquinas bastante estudados em termos de vibração e a razão disto é que raramente se encontra uma máquina onde não os utilizem. Os defeitos de rolamento podem gerar quatro freqüências fundamentais características: uma devido a defeito na pista DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 33 externa, outra na interna, outra nos separadores ou gaiolas e por fim outra devido a defeito nos elementos rolantes (esferas ou roletes). Nas equações apresentadas abaixo, os cálculos das freqüências fundamentais características de defeito para cada elemento, consideram o rolamento de esfera com rotação no anel interno. As freqüências e amplitudes no espectro de vibração provocado por defeitos nos rolamentos, variam em função do tipo e estágio de deterioração do elemento. Para o cálculo das freqüências fundamentais de rolamentos usa-se a geometria do rolamento (que é o que os softwares fazem automaticamente): Pd = diâmetro nominal; Bd = diâmetro do elemento; n = número de elementos girantes; Ø = ângulo de contato. Sem possuir-se um software para o cálculo em se possuindo as dimensões do rolamento, é possível calcular manualmente. Estas equações assumem que o elemento não desliza, apenas rola nas pistas. Uma aproximação bastante interessante para um rolamento que não se possui as medidas internas (freqüências fundamentais) é: Pista interna = rpm x n°°°° elementos girantes x 0.6 Pista externa = rpm x n°°°° elementos girantes x 0.4 Estas duas equações dão uma idéia da região da localização das freqüências destas duas componentes, porém não permitindo uma maior precisão na análise. DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 34 14.10 Vibração Aero-hidrodinâmica O fluxo do fluido que passa pelas pás dos rotores tanto de bombas quanto de turbinas, provocam uma freqüência bem característica, que é equivalente ao número de pás multiplicado pela freqüência de rotação do mesmo e, em alguns casos, seus harmônicos também aparecem. O plano dominante quando se trata de bombas é o radial, na direção da tubulação de descarga, a amplitude se apresenta flutuante e aparecem harmônicas da freqüência das pás, quando existe mais de uma saída de descarga. Um exemplo de aumento das vibrações devido ao processo hidrodinâmico em uma bomba é mostrado na Fig. abaixo. Espectro característico de falha devido ao fluxo hidro- dinâmico, onde pode ser constatado alto nível exatamente a seis vezes a rotação do rotor, que por sua vez também possui seis pás. RMB - BOMBA BB-04 -E4H MANCAL Route Spectrum 14-APR-99 15:52 OVRALL= 14.54 V-DG RMS = 14.39 CARGA = 100.0 RPM = 1750. RPS = 29.16 0 10000 20000 30000 40000 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 Freqüência em CPM R M S Ve lo ci da de e m m m /S e c Freq: Ordr: Spec: 10500 6.002 10.20 6x 1x DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/200535 15. ANEXOS DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 36 100 80 63 50 40 31.5 25 20 16 12.5 10 8 6.3 5 4 3.1 2.5 2 1.6 1.25 1 0.8 0.63 0.5 0.4 0.315 0.25 100 80 60 50 40 30 25 20 15 10 8 6 5 4 3 2.5 2 1.5 1 0.8 0.6 0.5 0.4 0.25 0.3 12.5 16 20 25 31.5 40 50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 500 630 800 1000 15 20 25 30 40 50 60 80 100 150 200 250 300 400 500 600 800 1000 8 10 15 20 25 30 40 50 60 80 100 150 200 250 300 400 500 600 (x 10 )2Frequência Períodos/minuto S Vef (RMS) mm/sm CORREÇÕES URGENTES veff=4 ,5 m m/s CORREÇÕES NECESSÁRIAS OU DESEJÁVEIS 1 ,8 m m/s ADMISSÍVEL 0 ,7 m m/s BOM OU MUITO BOMLIMITE DA PERCEPÇÃO HUMANA 0 ,11 m m/s Frequência Hz GRUPO K' Pequenas, máquinas, partes fixas de motores, motores elétricos fabricados em série (até 15 KW). AM PL IT UD E D AS VI BR AÇ ÕE S m s DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 37 S Vef (RMS) mm/sm 400 375 250 200 160 125 100 80 63 50 40 31.5 25 20 16 12.5 10 8 6.3 5 4 3,15 2,5 2 1,6 1.25 1.0 400 300 250 200 150 100 80 60 50 40 30 25 20 15 10 8 6 5 4 3 2,5 2 1.0 1.5 5.0 6.3 8 10 12.5 16 20 25 31.5 40 50 63 80 100 125 160 200 250 315 400 5 6 8 10 15 20 25 30 40 50 60 80 100 150 200 250 300 400 3 4 5 6 8 10 15 20 25 30 40 50 60 80 100 150 200 Frequência Período/minuto Frequência Hz GRUPO G ' Máquinas maiores (acima de 300 KW) sobre fundações especiais (especialmente grandes motores). (x10 )2 CORREÇÕES URGENTES Veff=11 m m/s CORREÇÕES NECESSÁRIAS OU DESEJÁVEIS 4 ,5 m m/s ADMISSÍVEL 1 ,8 m m/s BOM OU MUITO BOM LIMITE DA PERCEPÇÃO HUMANA 0 ,11 m m/s AM PL IT UD E D AS VI BR AÇ ÕE S m s DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 38 CORREÇÕES NECESSÁRIAS OU DESEJÁVEIS CORREÇÕES URGENTES AM PL IT UD E D AS VI BR AÇ ÕE S BOM OU MUITO BOM ADMISSÍVEL 20 20 1.5 1.0 2 2,5 3 4 5 6 8 10 15 LIMITE DA PERCEPÇÃO HUMANA 0 ,11 m m/s 12.5 5 3 1.25 1.0 5.0 1086 4 5 6 6.3 8 10 15 25 25 2015 8 10 16 20 504030 20 25 30 4031.5 50 2 1,6 2,5 3,15 4 5 10 8 6.3 12.5 16 25 30 40 50 60 80 100 150 200 250 300 400 s m 375 80 40 31.5 25 50 63 160 100 125 200 250 m 400 150 250 250 Frequência Período/minuto 125 1008060 5040 60 8063 100 200150 10080 Frequência Hz 160 200 400300 200 (x10 )2 315 400 mm/s S Vef (RMS) GRUPO T: Grandes máquinas sobre fundações de baixa frequência própria (particularmente turbo-geradores, turbinas e turbo-alternadores) 2 ,8 m m/s 7 m m/s Veff = 18 m m/s DOCUMENTO Nº: ORGÃO EMISSOR; DATA EMISSÃO: Inspeção Dinâmica 04/07/2005 Nº REVISÃO: 00 VIGÊNCIA: 04/07/2005 APROVADOR: APOSTILA ANÁLISE DE VIBRAÇÃO - Nível I COMITÊ Diretivo – 10/01/2005 39 LIMITE DA PERCEPÇÃO HUMANA 0 ,11 m m/s BOM OU MUITO BOM 30 31.5 AM PL IT UD E D AS VI BR AÇ ÕE S 0.6 0.3 0.25 0.4 0.5 8 10 15 0.25 12.5 0.315 0.4 0.5 2016 15 20 25 25 0.8 1.5 2 2.5 3 4 5 6 2 1 1 0.63 0.8 1.25 1.6 2.5 3.1 5 4 6.3 80 8 10 15 20 25 30 40 50 60 80 m s 25 12.5 8 10 16 20 31.5 40 63 50 100 100 CORREÇÕES NECESSÁRIAS OU DESEJÁVEIS CORREÇÕES URGENTES Frequência Hz Frequência Períodos/minuto 600 630 2520 30 40 50 60 80 6340 40 50 50 60 10080 80 125 100 100 150 250200 300 300 315 200 200160 150 250 250 400 400 500 500 ADMISSÍVEL (x 10 ) 400 500 600 2 800 800 1000 1000 m mm/s S Vef (RMS) Veff =7 ,1 m m/s 2 ,8 m m/s 1 ,1 m m/s GRUPO M: Máquinas médias, em particular motores elétricos sem bases especiais (de 15 à 75 kw) ou máquinas com bases especiais (até 300 kw)
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