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de 
 A RESPONSABILIDADE CIVIL PELOS DANOS CAUSADOS AO MEIO AMBIENTE
 RESPONSABILIDADE CIVIL PELOS DANOS AMBIENTAIS
O homem é o principal responsável pelos danos ambientais que trouxeram como consequências , problemas irreversíveis para esta e as futuras gerações. Nosso planeta nunca esteve preparado para receber tanta poluição. No entanto, a preocupação com este tema, a responsabilidade civil ambiental e suas formas de reparação não é recente. Com a ocorrência de tanta poluição e catástrofes ambientais, procura-se identificar e conscientizar as pessoas físicas e jurídicas e até mesmo os órgãos fiscalizadores sobre a preservação ambiental, pautando-se nos direitos , deveres e na legislação ambiental vigente.
Desde o século XVI existem discussões acerca desse assunto, mas o objetivo era tratar da exploração, uso e comercialização de recursos naturais como minérios, o ouro e pedras preciosas, vegetais como a madeira, por exemplo, o pau-brasil, que foi excessivamente explorado e comercializado pelos portugueses no Brasil colônia.
Já no século XIX, o imperador Dom Pedro II sancionou a Lei de Terras Lei nº 601/1850 ¹. Essa lei versava sobre terras devolutas, na qual não havia outro meio de aquisição de terras que não fosse a compra, proibindo a apropriação e doação. Essa lei proibia que os proprietários derrubassem árvores ou ateassem fogo em seus terrenos e se o fizessem, seriam despejados, seriam presos e pagariam multa. Entretanto, o propósito da referida lei não era de proteção ambiental, porém uma forma de arrecadar impostos e valorizar as terras brasileiras.
O ser humano, em geral, não se preocupa com o meio ambiente em que vive, pois há séculos, a civilização humana explora desenfreadamente os recursos naturais de toda espécie em nosso planeta. A partir da Revolução Industrial, nos séculos XVII e XIX, que começou na Inglaterra e depois se expandiu por toda Europa, o trabalho artesanal foi substituído pelo assalariado e com o uso de máquinas.
No início a Revolução Industrial ficou limitada à Inglaterra, com as indústrias têxteis com o uso do tear mecânico até o aperfeiçoamento das máquinas a vapor. Até este momento grande parte do povo europeu vivia no campo e produzia o que consumia, tudo realizado de forma artesanal onde o produtor dominava todas as etapas do processo de produção.
A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, apresentou ao mundo uma nova forma de fabricar produtos. Em pouco tempo, o homem se tornou capaz de produzir mais do que o necessário para sobreviver.
Vale a pena ressaltar que como a Inglaterra foi a pioneira na Revolução Industrial, a matéria prima utilizada pelas fábricas era o carvão mineral, utilizado como principal fonte de energia para movimentar as máquinas. Contudo, a queima deste combustível fóssil emite grandes quantidades de gases tóxicos, intensificando o efeito estufa e causando a chuva ácida.
"A relação humanidade/ambiente mudou radicalmente com a invenção das máquinas que multiplicaram a capacidade do homem de alterar o ambiente " (BIAGIO; ALMEIDA, 2007, p.76).
A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII e a utilização de combustíveis fósseis em larga escala, trouxeram uma série de consequências, que podem ser descritas como resultado de um crescimento descontrolado capaz de, eventualmente destruir a biosfera : efeito estufa, destruição da camada de ozônio, acidificação do e de águas superficiais, dissipação de substâncias tóxicas no ambiente, acúmulo de substâncias biodegradáveis , de lixo radioativo, diminuição das áreas de florestas e da biodiversidade.
 Em seguida países como a Alemanha, França, Rússia e Itália também, se industrializaram com o emprego do aço, da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo até os produtos químicos e por último, já nos séculos XX e XXI, o computador, “os smartphones” num mundo onde tudo ou quase tudo é informatizado.
¹ Documento Histórico, Regimento Pau Brasil, Disponível em www.históriadobrasil.net.documetos
 2. ANÁLISE DOS DANOS AMBIENTAIS E SEUS RESPONSÁVEIS NOS SÉCULOS XX E XXI
os seres humanos em geral e principalmente o Estado que não fiscaliza as empresas que estão causando tantos males aos humanos e a todos os seres vivos e não vivos também, além de pessoas físicas que junto com as pessoas jurídicas são as principais responsáveis pela degradação ambiental. Ao longo dos séculos as civilizações humanas exploraram desenfreadamente os recursos naturais de toda espécie em nosso planeta sem se preocupar com as presentes e futuras gerações.
A partir de 1972, houve em Estocolmo, a primeira Conferência das Nações Unidas ou ONU sobre o Meio Ambiente, um grande evento para discutir as questões ambientais do planeta com o objetivo de conscientizar os Estados ali presentes da grande responsabilidade pelos danos e abordar uma visão comum de prevenção dos recursos naturais, que estão cada vez mais escassos. Entre eles destacam-se:
 - As mudanças climáticas;
- A qualidade da água;
- Como reduzir os desastres naturais;
- Limitar o uso de pesticidas na agricultura;
- Reduzir a quantidade de metais pesados lançados na natureza;
Nessa conferência compareceram 113 (cento e treze) países, entre eles o Brasil. Os países em desenvolvimento não concordaram com as metas de reduzir suas atividades industriais, para não comprometer sua economia. Enfim, após os debates foi elaborada a Declaração sobre o Meio Ambiente Humano.
A segunda conferência ocorreu no Rio de Janeiro em 1992 e ficou conhecida como a ECO-92. Um pouco antes, em 1979, o Presidente da República, o General Batista de Figueiredo, sancionou a Lei de Parcelamento de Solo, que tratava das divisões de lotes a edificação, proibindo o parcelamento de solo em áreas de preservação ambiental.²
O ordenamento jurídico brasileiro ainda não possuía nenhuma legislação que amparasse o meio ambiente de maneira integral e em todos os seus aspectos, no entanto, a Lei nº 6938 de 31 de agosto de 1981, ainda vigente, veio para tampar brechas que ainda existiam dispondo sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, com a finalidade de garantir a preservação, o desenvolvimento, a restauração, a reparação e o equilíbrio ambiental.
Com esta lei foi criado o SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente, que é a junção de todos os órgãos e entes federativos, com o intuito de gerir e administrar todos os assuntos ambientais em território brasileiro. Em 1985, após a criação da Política Nacional do Meio Ambiente e a caracterização de todos os crimes ambientais, a legislação carecia de um meio de defesa ao meio ambiente e assim foi criada a Lei 7.347, que estipula a Ação Civil Pública como meio de requerer judicialmente a reparação por todos os danos morais e patrimoniais causados ao meio ambiente.
 Faltavam, até então, normas constitucionais que fundamentassem uma visão global ambiental, que propende para a proteção do patrimônio ambiental global 
 considerado em todas as suas limitações, em face da atuação conjunta dos fatores desagregantes de todos os objetos (água, ar, solo e sossego) de tutela.(SILVA, 2010,P. 39) . 
 
 
 .
Assim, com o advento da Constituição Federal em 1988, passou-se a ter a proteção ambiental com seus fundamentos constitucionais, em seu artigo 225, que dispõe sobre os direitos e deveres do Poder Público e da coletividade, em defender, preservar e usufruir de um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
A notável preocupação com o meio ambiente pelo legislador constitucional dentro do “Título-VII- Da Ordem Social”, o capítulo VI, específico sobre o tema “Meio Ambiente como “conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga,e rege a vida em todas as suas formas”( Art. 3º, da Lei nº 6938/81.
Apesar de tantas leis e tratados internacionais, na realidade os problemas continuam e são gravíssimos. No Brasil, por exemplo, a maior cidade, São Paulo, que está entre as maiores metrópoles do mundo, onde vivem mais de 12(doze) milhões de habitantes, existe um parque industrial gigantesco, isto é 60% de toda atividade industrial do estado e além disso, possui uma frota 6(seis) milhões de veículos e a qualidade de vida é péssima, começando pelo ar e as águas poluídas. A poluição do ar é a que mais atinge as pessoas com doenças respiratórias e câncer do pulmão, conforme pesquisas feitas pelo IBGE e ONU. Em segundo lugar, está a poluição da água dos rios, onde são lançados metais pesados e outros poluentes que as próprias pessoas jogam sem pensar nas consequências para as futuras gerações e de todo ecossistema.
A humanidade deveria se conscientizar de que os recursos naturais são limitados, porém o consumismo constante afeta demais a escassez desses recursos. São responsáveis as indústrias do petróleo que produzem tantos impactos ambientais, porém não são as únicas vilãs da poluição. O segundo lugar nesse “ranquing” pertence à indústria da moda, por exemplo, o poliéster é a fibra sintética mais usada em todo mundo e requer , segundo especialistas, 70 milhões de barris de petróleo todos os anos, e demora mais de duzentos anos para se decompor; também a viscose, outra fibra artificial feita de celulose, exige a derrubada de 70 milhões de árvores todos os anos.
O algodão é a fibra que mais demanda o uso de substâncias tóxicas em seu cultivo no mundo – 24 % de todos os inseticidas e pesticidas poluem o solo e a água, Nem o algodão orgânico escapa: uma simples camiseta necessita de 2.700 litros de água para ser confeccionada,
Outros fatores que dão origem ao maior dano são causados pelo consumismo exagerado que existe no mundo capitalista influenciando a moda rápida de usar e jogar fora, descartar, uma peça de roupa que usamos poucas vezes e jogamos fora após um mês produz mais de 400 % de emissões de gás carbônico.
Diante dessa situação crítica, o governo não pode ficar desprovido, nem ignorar os danos à saúde dos habitantes dessa grande cidade, sabe-se que as principais fontes de poluição do ar são originárias dos veículos e das indústrias. De acordo com as peculiaridades acima, a responsabilidade será apurada de três formas, com finalidades diversas, podendo ser aplicadas em conjunto, a saber, responsabilidade penal, responsabilidade administrativa e responsabilidade civil, que visa a reparação do dano causado e diante dos dados fornecidos pelos órgãos de controle da poluição, localizando as principais fontes de poluentes.
Todos sofrem com a escassez de água potável no mundo inteiro e o Brasil também
vem apresentando níveis baixos de água em seus reservatórios. Essa ocorrência é uma contradição, pois o Brasil é considerado a maior potência hídrica mundial, então por que essa escassez de água potável ? Simplesmente porque a maior parte da população brasileira não reside onde há agua abundante, como na região norte onde está a maior concentração de água do país, na Bacia do Rio Amazonas.
Existem também as questões referentes à utilização e gestão dos recursos no país. De acordo com a Constituição Federal, cabe aos governos estaduais administrar e gerir a captação e distribuição de água e cabe à União fornecer verbas públicas e obras interestaduais. Atualmente o estado que vem passando por situações críticas é SP, onde uma seca pode afetar milhões de pessoas.
3. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
3.1 O Meio Ambiente
Considera-se que o meio ambiente é um direito de todos e um bem de uso comum. A legislação não estipula número certo de pessoas ou tempo de utilização. O que se percebe é a garantia de direito e imposição de deveres quanto à utilização e preservação.
O princípio do desenvolvimento sustentável consiste na proteção e preservação de um meio ambiente ecologicamente equilibrado. A instituição deste princípio traz a certeza de que os recursos ambientais que o homem obtém não são intermináveis, sendo necessária a adoção de métodos que possam garantir a evolução econômica do país sem prejuízos ao meio ambiente.
Foi na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92, que instaurou definitivamente o termo "desenvolvimento sustentável", implantou-o na sua Agenda 21, com o objetivo que mesmo com o grande avanço da economia e a possibilidade de que através desta ocorra uma degradação dos recursos naturais, a preservação do meio ambiente fosse contínua, certificando o equilíbrio entre economia e o meio ambiente.
4. DA OBRIGATORIEDADE DA INTERVENÇÃO ESTATAL
A Declaração de Estocolmo de 1972 assegura a existência de tarefas que competem ser exercidas pelos Estados, com o intuito de melhorar o meio ambiente.
No evento da Rio-92, seus artigos dispunham reiteradamente sobre o assunto, no qual os Estados deveriam intervencionar nos assuntos ambientais, promulgando leis que visavam a proteção do mesmo.
Conforme ressalta Machado: " os Estados são os gestores do meio ambiente, devendo resguardar sua preservação para a presente e futuras gerações."
Insta salientar que este princípio encontra-se também expresso na CF/88 , artigo 225, bem como no artigo 2º da Lei 6038/81, no qual a Administração Pública tem o dever de adotar medidas que visem proteger o meio ambiente, para garantir o desenvolvimento econômico e a dignidade de vida humana.
5. RESPONSABILIDADE CIVIL
A responsabilidade é um dever jurídico sucessivo, ou seja, decorre sempre da violação de um dever originário. Dessa maneira, no ordenamento jurídico brasileiro, como forma de solucionar todos os problemas oriundos de atos ilícitos e violação de obrigações, no intuito de repará-los, tem-se a responsabilidade do agente.
Existem inúmeras classificações de responsabilidade, a civil objetiva que é independente de culpa. A responsabilidade civil objetiva baseia-se no risco que a conduta do agente possa causar a outrem, dispensando a culpa.
Assim, na responsabilidade objetiva, para que o agente seja obrigado a reparar o dano, moral ou material, bastando a comprovação que seu ato causa riscos, deve então assim indenizá-lo.
Na responsabilidade objetiva, adota-se a teoria do risco, pois risco é probabilidade de dano, considerando então que aquele que produz riscos deverá arcar com os danos recorrentes de sua conduta, sendo essa culposa ou não.
Percebe-se, no entanto, outro pressuposto necessário para a configuração da responsabilidade objetiva, sendo ele, o nexo de causalidade entre a conduta e dano , e diante da dificuldade em caracterizar a culpa de agentes de grande porte no âmbito ecológico, é possível destacar a responsabilidade civil objetiva como a norteadora dos assuntos relacionados à responsabilidade dos assuntos relacionados à responsabilidade no direito ambiental.
6. A Responsabilidade subjetiva
Para a responsabilidade subjetiva é imprescindível a caracterização da culpa para configurar a obrigação de reparar o dano.
Logo se percebe que o nexo de causalidade e o dever de indenizar caminham juntos, o que ocorre é que, antes que se concretize se o agente agiu com culpa ou dolo, é necessário saber se a atitude do mesmo está vinculada ao resultado final. Assim sendo, será preciso comprovar se foi o agente que deu causa ao dano.
Contudo, para que realmente exista o dever de indenizar, é necessário que se conclua que ocorreu um dano. Não é possível indenizar sem que haja um risco evidente.
Cavaliere Filho (2007) destaca sua percepção com relação ao conceito gera de dano: [...] " Conceitua-se, então, o dano como sendo a subtração ou diminuição de um bem jurídico, qualquer que seja a sua natureza, quer se trate de um bem patrimonial, quer se trate de um bem integrante da própria personalidade da vítima, como a sua honra, a imagem, a liberdade , etc. em suma , dano é lesão de um bem jurídico, tanto patrimonialquanto moral [...] ( CAVALIERI FILHO, 2007, p,. 71).
 7. A TEORIA DO RISCO
Como já se sabe, a responsabilidade civil objetiva, se baseia na teoria do risco. Para esta teoria, todo dano causado é de responsabilidade de quem o praticou, independentemente da culpa do agente. Assim, visa-se analisar o alcance e a amplitude do risco causado.
8. RISCO PROVEITO
A teoria do risco proveito baseia-se na ideia de que, a partir do momento em que a atividade danosa praticada gera lucro para o agente, este responde pelas lesões praticadas.
Assim Cavalieri (2007) afirma que todo aquele que tira proveito ou colhe frutos decorrentes de uma atividade danosa, mesmo que seja lícita, deve repará-la indubitavelmente. Lógico que aquele que prospera a partir de uma atividade danosa, deve, em todas as formas, arcar com os custos da reparação do dano que tal atividade causou ao bem lesado.
8. A RESPONSABILIDADE CIVIL E O CASO SAMARCO
Ao falar sobre danos ambientais e sobre responsabilidade civil, é impossível não associar ao caso ocorrido em novembro de 2015, intitulado Caso Samarco.
Como se sabe, esse caso trata de um dos maiores desastres ambientais ocorridos no Brasil, que causou danos irreparáveis à coletividade e ao meio ambiente. Esse fato ocorreu devido a um tremor no solo desencadear o rompimento de uma das barragens de rejeitos de minérios, na região da cidade de Mariana em MG, atingindo o povoado e ocasionando mortes e uma poluição incalculável nos rios e florestas.
Sabe-se também que, a atividade mineradora é uma das mais arriscadas no meio ambiente, o que configura responsabilidade civil objetiva, pautada na teoria do risco integral, na qual independe de culpa e basta que a atividade ofereça riscos ao meio ambiente, logo a Mineradora Samarco, arcou com o dever de indenizar e reparar todos os danos que sua atividade ocasionou.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
AMADO, Frederico Augusto. Direito Ambiental Esquematizado.
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, 1992
 BRASIL. Constituição Federal/1988

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