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MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA Edited with the trial version of Foxit Advanced PDF Editor To remove this notice, visit: www.foxitsoftware.com/shopping Microbiologia e Imunologia • Conceituação – MICROBIOLOGIA: mikros / bios / logus – É a ciência que estudas os micro-organismos, ou seja, os seres vivos microscópicos, geralmente não observados a olho nu. – Estuda-se: procariotos (bactérias e arqueas), eucariotos (fungos e protozoários) e acelulares (vírus). Microbiologia e Imunologia • Histórico – Antony van Leeuwenhoek (1632-1723): foi o primeiro a observar e descrever MO; – Descrições de protozoários, formas básicas de bactérias, fungos e algas: “pequenos animais”; – 1683: relatou MO encontrados em sua cavidade bucal, com precisão de detalhes, descrevendo formas e movimentos aceitos até os dias atuais. Microbiologia e Imunologia • Histórico – Louis Pasteur (1822-1896): foi o primeiro a atribuir uma função biológica para os MO; – Contribuições importantes para medidas mais eficazes na prevenção de doenças infecciosas e na compreensão de aspectos básicos da vida dos MO; – Relatou descobertas nas fermentações microbianas, pasteurização de produtos e alimentos, desenvolvimento de vacinas como carbúnculo e raiva; – Contribuiu para a queda da “Teoria da Geração Espontânea” Microbiologia e Imunologia • Histórico – Robert Koch (1843-1910): demonstrou o significado etiológico das bactérias como agentes de doença infecciosa (“Teoria Microbiana das Doenças”); – Postulou: • O agente etiológico deve estar presente em todos os casos da doença; • O MO deve ser isolado do hospedeiro e crescer em cultura pura; • A cultura pura deve ser capaz de reproduzir a doença específica quando inoculada em animal suscetível e saudável; • O MO deve ser “re-isolado” do hospedeiro infectado. Microbiologia e Imunologia • Histórico – Miller (1890): publicação do livro “Microorganisms of the Human Health”, com estudos prévios que visaram estabelecer associações entre MO da cavidade bucal e a cárie dentária, doença periodontal e infecção pulpar; – Black (1899): publicou relatos clínicos e epidemiológicos sobre a cárie como doença infecciosa; – Clarke (1924): relatou pela primeira vez um MO específico com a cárie dental, o Streptococcus mutans; – Keys (1960): descreveu a cárie dentária como doença infecciosa, multifatorial, dependente do hospedeiro, dieta e da microbiota. Classificação dos MO Bactérias • Aspectos Morfológicos – 3 tipos morfológicos principais: • Cocos; • Bacilos; • Formas espiraladas (Espiroquetas, Espirilos, Vibriões) Bactérias • Aspectos Morfológicos – Cocos: são bactérias esféricas ou secção elíptica que, dependendo do plano e do número de divisoes a partir das quais as bactérias continuam unidas, formam grupamentos típicos: • Diplococos: aos pares, divisão em apenas um plano; • Tétrades: em tétrades (4), já que se dividem em 2 planos; • Cubos: se dividem em 3 planos, formando cubos; • Estreptococos: dispostos em cadeia, divisão em 1 plano; • Estafilococos: dispostos em cachos, divisão sem planos definidos. Bactérias • Aspectos Morfológicos Bactérias • Aspectos Morfológicos Bactérias • Aspectos Morfológicos – Bacilos ou Bastonetes: são bactérias de formas cilíndricas (bacillu / pequeno bastão). Apresentam morfologia bastante variada. • Cocobacilos: são bastonetes com comprimento pouco maior que a largura; • Diplobacilos e Estreptobacilos; • Fusiformes: bastonetes com extremidades afiladas; • Bastonetes com extremidades retas; • Formas filamentosas: de formas longas e delgadas; • Bastonetes pleomórficos: de formas irregulares. Bactérias • Aspectos Morfológicos Bactérias • Aspectos Morfológicos – Espiralados: apresentam-se como forma de hélice ou saca- rolhas, considerados “bastonetes torcidos sobre si mesmos”. • Vibrião: apresenta forma de vírgula (espiras parciais); • Espirilo: formas espiraladas rígidas; • Espiroquetas: espira flexível e mobilidade através de filamento axial Bactérias • Membrana Celular – Estrutura Química: estrutura molecular semelhante à membrana citoplasmática de células eucarióticas, ou seja, proteínas imersas em uma bicamada fosfolipídica. Bactérias Bactérias • Membrana Celular – Funções: • Transporte ativo moléculas: por ser uma membrana altamente seletiva, impede a livre passagem de íons e moléculas entre os meios extra e intracelular. • Produção de energia: função análoga à parede interna de mitocôndrias, nas células eucarióticas. • Biossíntese: presença de enzimas de sínteses de lipídios e outras macromoléculas externas às MP, como peptideoglicano, ácidos teicóicos, lipopolissacarídios etc. • Duplicação do DNA • Secreção: liberação de enzimas hidrolíticas (nutrição bacteriana), toxinas, bacteriocinas e penicilinases. Bactérias • Parede Celular – Estrutura rígida que recobre a membrana citoplasmática, conferindo forma, rigidez e impedindo a lise bacteriana; – A rigidez da parede celular deve-se à presença de uma substância presente apenas em Procariontes, denominada Peptideoglicano (ou ainda, mureína, mucopeptídeo, mucocomplexo e glicopeptídeo); – A composição peptídica pode variar, porém o esqueleto de peptídeoglicano é o mesmo em todas as espécies de bactérias. • Ácido N-Acetilmurâmico - NAM • Ácido N-Acetilglicosamina - NAG Bactérias • Parede Celular Bactérias • Parede Celular – Sua síntese é realizada por meio de 4 estágios distintos: • Inicialmente, os precursores da parede celular (fragmentos de peptideoglicano) são sintetizados no citoplasma; • Os fragmentos são transportados pela membrana citoplasmática através de uma molécula de natureza lipídica; • No exterior celular, os precursores são unidos formando cadeiras lineares (POLIMERIZAÇÃO); • Ocorre a união das cadeiras lineares por ligações cruzadas (TRANSPEPTIDIZAÇÃO), formando a estrutura final. Bactérias • Parede Celular e Coloração GRAM – Método criado por Hans Gram em 1884; – Obter uma melhor visualização das bactérias no material infectado; – Consiste, basicamente, em tratar bactérias sucessivamente com cristal violeta, lugol, álcool e fucsina ou safranina, em 1 min, 1min, 15s e 30s respectivamente; Bactérias • Parede Celular e Coloração GRAM Bactérias • Parede Celular e Coloração GRAM Bactérias • Parede Celular e Coloração GRAM Bactérias • Parede Celular e Coloração GRAM • Gram+ – Cerca de 90% da PC é composta de peptidioglicano; – Presença de Ácido Teicóico (polímeros formados por resíduos de glicerol); – Ácido Teicóico: • Facilita a ligação e regulação de entrada e saída de cátions na célula. • Regula parte do processo de divisão bacteriana; • Constituem sítios receptores de bacteriófagos; • Servem como sítio de ligação com o epitélio do hospedeiro • Importantes antígenos celulares, tornando possível a identificação sorológica de Gram-positivas. Bactérias • Parede Celular e Coloração GRAM • Gram- – A PC é formada por uma fina camada de peptidioglicano e por uma membrana externa; – Espaço Periplasmático: região localizada entre a membrana plasmática e membrana externa; – Ausência de Ác. Teicóicos.– Membrana Externa: • Evasão à ação de células fagocitárias; • Barreira adicional à entrada de substâncias (p.ex.: antibióticos). – Espaço Periplasmático: • Enzimas hidrolíticas (proteases, lipases e nuclases); • Enzimas capazes de inativar drogas. Bactérias Bactérias • Cápsula e Camada Mucóide – Bactérias sintetizam Polissacarídeos Extracelulares (PEC) e são depositados para fora da parede celular, formando uma camada fina e restrita, com íntimo contato (Cápsula) ou então uma massa mais amorfa e dispersa (Camada Mucóide/Mucosa/Viscosa). • Importância: – Reservatório de água e nutrientes; – Aumento da capacidade invasiva de bactérias patogênicas; – Aderência: por meio de sítios específicos de ligação a outras superfícies, gerando, (a) formação de biofilmes e (b) aumento do por poder infectante – Aumento da resistência a antimicrobianos; – Interfere na fagocitose Bactérias • Flagelos – São estruturas responsáveis pela mobilidade bacteriana; – Longos filamentos delgados e ondulados, constituídos de uma proteína contrátil, a flagelina; – São constituídos em 3 regiões distintas: • Corpúsculo basal: porção imersa na parede celular e membrana citoplasmática, caracterizada por uma série de discos que ligam o gancho à MP e PC. • Região do Gancho: conecta o corpúsculo à porção distal do flagelo • Filamento externo: parte externa à PC, constituídos por subunidade de flagelina Bactérias • Flagelos Bactérias • Flagelos – Nem todas as bactérias possuem flagelos; – Podem ser atríquias, monotríquias (A), lofotríquias (B), anfitríquias (C) e peritríquia (D); – Movimentos produzidos por agentes “estimulantes” (p.ex.: luz, substâncias químicas). Bactérias • Fímbrias ou pili – Menores, mais numerosas e mais finas que os flagelos; – Não estão associados a deslocamento; – Constituídas de proteína denominada pilina – Fímbria F (ou pili F): transporte do material genético de uma bactéria para outra, no processo de Conjugação. – Sítios receptores de bacteriófagos (vírus) – Auxilia na Aderência bacteriana a superfícies (células de mamíferos). Bactérias • Fímbrias ou pili Bactérias • Esporos (Endósporos) – São células de repouso, altamente resistentes, produzidas por algumas bactérias; – Associados a condições nutricionais desfavoráveis (falta de fontes de Carbono e/ou Nitrogênio); – É uma forma de sobrevivência, não de reprodução – Processo denominado Esporulação; – Cada célula produz um único esporo; – Nas bactérias patogênicas, é encontrado nos gêneros Bacillus e Clostriudium Bactérias • Esporos (Endósporos) – Apresentam: • Cerne: representam o protoplasto (citoplasma + núcleo) do esporo. Contém cromossomo completo, componentes para a síntese proteica e sistema para gerar energia baseado em glicólise; • Parede do esporo: camada mais interna, recobrindo a membrana interna, formada de peptídeoglicano; • Córtex: camada mais espessa, peptideoglicano específico; • Capa: camada de proteína semelhante à queratina, é bastante impermeável , garantindo resistência a agentes antibacterianos; • Exosporo: camada mais externa, formada por lipoproteína e açúcares Bactérias • Esporos (Endósporos) • PESQUISAR para a próxima aula: – Glicólise (via Embden-Meyerhof) – Fermentação – Respiração
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