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ESTADO DO PARÁ DEFENSORIA PÚBLICA EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __ VARA DA FAMÍLIA DA COMARCA DE BELÉM – ESTADO DO PARÁ DIOGO SANTOS DA SILVA, brasileiro, casado, montador de móveis, portador da cédula de identidade n° 6532482 SSP/PA, CPF n° 539.041.922-72, residente e domiciliado a Passagem Jarbas Passarinho, n° 38, Bairro: Una, CEP n° 66652-030, Belém/PA, vem, respeitosamente, por intermédio da Defensoria Pública do Estado, através do NPJ-FAP, com fulcro no artigo 226, § 6º, da CF/88 e art. 1.571 e seguintes do Código Civil, promover a presente AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO, em face de MAYZA CRISTINA BATISTA PAES, brasileira, casada, desempregada, portadora da cédula de identidade Nº 6907390 SSP/PA, CPF: 026.827.092-90, residente e domiciliada na Rua Alberto Regateiro, Nº 160, Bairro: Mangueirão, CEP: 66640-405, Belém/PA, face às razões de fato e de direito a seguir articuladas. 1. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA Inicialmente pleiteia os benefícios da Justiça Gratuita assegurado pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV, Lei Federal 1.060/50, e artigos 98 e 99, § 3º, do CPC/2015, por não ter condições de arcar com custas, despesas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de suas famílias, conforme atestado de hipossuficiência econômica em anexo, indicando a Defensoria Pública do Pará para o patrocínio da causa. 2. DAS PRERROGATIVAS LEGAIS DA DEFENSORIA PÚBLICA A DEFENSORIA PÚBLICA possui as prerrogativas legais da dispensa de apresentação de mandato e prazos em dobro, intimação pessoal mediante entrega dos autos com vista, além de outras, (cf. Lei Complementar Federal n.º 80/94; Lei Complementar Estadual n.º 54/2006; Lei n.º 1.060/50; e CPC/2015). 3. DA INEXISTÊNCIA DE E-MAIL O Assistido informou não possuir endereço eletrônico, destarte, não há infringência ao inciso II, na forma do § 3º do art. 319 do Código de Processo Civil/2015. 4. DA AUSÊNCIA DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS À luz do que dispõe o art. 976 do Código de Processo Civil/2015, vale afirmar ao Douto Juízo que o caso em tela não se trata de uma demanda repetitiva, nem configura um risco de ofensa à isonomia e nem à segurança jurídica. 5. DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO/MEDIAÇÃO O assistido pleiteia, com fulcro no art. 319, inciso VII, do Diploma Adjetivo, que seja realizada audiência de autocomposição comprometendo-se a parte autora a comparecer na referida assentada. Requer, ainda, que as intimações para comparecimento à audiência sejam feitas na pessoa da Parte, dada as peculiaridades das atribuições defensoriais, com fulcro no art. 186, §2º, do CPC. 6. DOS FATOS O autor e a ré, casaram-se no dia 16/06/2015, conforme Registro de Casamento lavrado sob matricula Nº 0656560155 2015 2 00025 192 0007392 64, do Cartório do Registro Civil das Pessoas Naturais 2º Ofício da Comarca de Belém /PA, sob o regime de comunhão parcial de bens, conforme se denota da certidão de casamento em anexo. O casamento se dissolveu em novembro de 2016 ressaltando-se que a possibilidade de qualquer estabelecimento conjugal se mostra inviável. A união tornou-se insustentável, face a incompatibilidade de objetivos e anseios do casal, o que tornou a convivência inviável, e não obteve patrimônios a partilhar. Dessa união nasceram dois filhos, Laíssa Vitória Paes da Silva, nascida em 23/05/2013 e Daniel Paes da Silva, nascido em 14/07/2014, sendo ainda menores (conforme certidões em anexo) Desse modo, o requerente pretende o divórcio litigioso. 7. DO DIREITO 7.1 DO DIVORCIO Com o advento da Emenda Constitucional nº 66 de 2010, que modificou a redação do art. 226, da Carta Magna de 1988, não se faz necessária a prévia separação judicial ou a separação de fato por mais de dois anos conforme se depreende: A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. (...) § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. Desta feita, não existe mais a necessidade de comprovação de culpa, pois apenas a comprovação do desejo de desfazer o vínculo conjugal, e o preenchimento dos requisitos legais e constitucionais, já ensejam à decretação do divórcio. 7.2 DOS ALIMENTOS O requerente dispensa pensão alimentícia reciproca que porventura faça jus, pois tem o suficiente para sua subsistência e também se compromete a dar como pensão alimentícia para seus filhos, o valor de R$300,00 (Trezentos reais). 7.3 DA PARTILHA DOS BENS O autor e a Ré não construíram patrimônio familiar que possa ser pleiteada a partilha. DO NOME O Não haverá mudança de nome, pois a ré não acrescentou o sobrenome do cônjuge ao contrair matrimônio. 8. DO PEDIDO Diante de todo o exposto, o autor requer: 1. Os benefícios da Justiça Gratuita; 2. Seja dispensada a juntada de instrumento de mandato, bem como, seja esta Defensoria intimada pessoalmente de todos os atos do processo, contando-se em dobro todos os prazos, conforme ditame do art.128, da Lei Complementar Federal nº80/1994. 3. Seja realizado pelo juízo requisição de informação sobre o endereço da ré nos cadastros públicos ou de concessionárias de serviços públicos, nos moldes do §3º do art. 256 do CPC/15; 4. Caso infrutíferas a diligência, seja a ré citada por edital para comparecer à audiência de mediação, sob pena de responder pela multa prevista no § 8º do artigo 334 do CPC; 5. Seja ao final julgada procedente a ação com decretação do divórcio do ex-casal, pondo-se termo final ao vínculo conjugal e material existente, com as seguintes providências em sentença: 6. Seja emitido o competente mandado de averbação para o cartório de registro de casamento, sem custas. 7. A título de pensão alimentícia dos filhos, fica o autor do divórcio responsável a pagar mensalmente o importe de R$300,00 (trezentos reais), a ser depositado na conta a definir pela genitora das crianças, até o quinto dia útil do mês. 8. A condenação da ré a pagar as verbas de sucumbência, isto é, custas processuais e honorários advocatícios, estes a serem arbitrados por esse Juízo, na forma do CPC, os quais deverão ser revestido para o FUNDO ESTADUAL DA DEFENSORIA PÚBLICA-FUNDEP, como dispõe a Lei Estadual n°. 6.717/2005, regulamentada pelo Decreto n°. 2.275/2006, na Conta Corrente n°. 182900-9, Agência 015, Banco do Estado do Pará -BANPARÁ – 037, em nome da DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARÁ, CNPJ n.º 34.639.526/0001-38; 9. Requer a produção de todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente as provas documentais e o depoimento pessoal da ré. Dá-se a causa o valor de R$ 3.600,00 (Três mil e seiscentos reais). Nesses Termos, Pede Deferimento. Belém, 07 de Novembro de 2017. Defensor Público DOCUMENTOS ANEXOS: 1- Declaração de Hipossuficiência; 2- Cópia da Certidão de casamento; 3- Cédula de identidade e CPF do autor; 4- Comprovante de residência do autor; 5- Cópia das certidões de nascimento dos filhos. 7 Tv. Padre Prudêncio, nº. 154, Belém/PA, 66.019-000. Telefone/Fax: (91)3201-2700 www.defensoria.pa.gov.br
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