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O PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES

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O PROCESSO DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES
Pedro Fonseca
Processo de Substituição de Importações (PSI):
A crise dos anos 1930 como impulso ao processo
PSI: não é simplesmente começar a produzir internamente o que antes se importava.
Liderança do crescimento econômico repousa no setor industrial. 
Responsável pela dinâmica econômica. Geração de emprego e renda.
Distinção entre desenvolvimento industrial ocorrido antes e depois de 1930. 
Antes é crescimento industrial induzido pelo crescimento da renda interna resultante da expansão do setor exportador. 
O desenvolvimento industrial posterior a 1930 é caracterizado como industrialização substitutiva de importações. 
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Pode ocorrer um crescimento industrial na economia agro-exportadora. 
Mas era insuficiente para dar autonomia à atividades internas. 
O crescimento econômico interno estava ligado ao crescimento da demanda externa. 
Por isso, a economia era “reflexa e dependente”.
Década de 1930 é um ponto de inflexão. 
A importância relativa do setor exportador diminuiu na renda interna. 
1930 marca uma mudança básica de modelo com relação ao período anterior:
_____________ _______________ 
“voltado p/fora” 1930 “voltado p/dentro”
 Y = f(X) Y = f(I, C, G)
 Exógeno Endógeno
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
CEPAL : 
Teoria dos Choques Adversos
Entende o processo de substituição de importações como resposta ao estrangulamento externo. 
As crises da agroexportação, incidindo em cheio sobre a balança comercial, traziam à tona as contradições de uma economia que, embora, voltada para fora, não conseguia gerar divisas para manter sua pauta de importações e pagar o serviço de sua dívida externa.
Crise Internacional (choque adverso):
Queda da demanda por exportações => deteriora o preço dos bens exportáveis no mercado internacional; 
Dificuldade em acessar capitais e empréstimos para financiar déficits em transações correntes.
Queda na arrecadação de tributos => governos adotam políticas monetárias expansionistas para cobrir déficits orçamentários. => queda taxas de juros, incentivando I (mercado interno).
Déficits comerciais => governos elevam tarifas sobre importados.
Mudança nos preços relativos em favor da produção nacional.
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
CEPAL : 
Teoria dos Choques Adversos
Desvalorização cambial, expansão monetária e tarifas alfandegárias.
São respostas dos governos federais à deterioração das finanças públicas. 
Industrialização: não é uma opção, fruto de consciência política. É não planejada, fruto de uma crise do setor agroexportador.
Limites da crise para explicar a industrialização
A “industrialização liderada pela expansão das exportações”.
Os principais representantes dessa visão são Dean (1976); Peláez (1972) e Left (1982).
Estabelece uma relação entre a expansão industrial e as exportações que passa a ter validade estrutural: 
significa que a indústria desenvolve-se durante períodos de bom desempenho exportador e retarda-se com uma crise desse mesmo setor. OPOSTO DA CEPAL!
Mostra que a indústria já existia e tinha relativa importância antes de 1930, bem como negligencia o crescimento industrial posterior.
Perde o sentido entender a substituição de importações como um processo iniciado em 1930 (indústria centro dinâmico).
PSI: lento e gradual. Originado pela dinâmica da economia agroexportadora.
A “industrialização liderada pela expansão das exportações”.
Advoga uma relação linear entre a expansão das exportações (café) e a industrialização. 
Seu objetivo era produzir uma crítica à teoria dos choques adversos. 
O café lançou as bases da indústria por várias razões: 
monetarização da economia e crescimento da renda interna;
investimentos em infra-estrutura e desenvolvimento das estradas de ferro, eletrificação e portos;
comércio de importação e exportação contribui para a criação de um sistema de distribuição de produtos manufaturados;
a imigração aumentou a oferta de mão de obra;
forneceu recursos para a importação de bens de capital.
Versiani
Se é verdade que a Substituição de Importações teve lugar nas crises do modelo agroexportador, mais especificamente na maior de suas crises, a da década de 1930, qual a origem dos bens de capital?
Versiani: 
a evolução da industria parece caracterizar-se justamente pela sucessão de fases distintas de expansão da capacidade produtiva e de aceleração da produção, etapas até certo ponto complementares de um mesmo modelo de industrialização. 
A I Guerra foi um período importante em virtude do aumento da produção e dos lucros, com conseqüências positivas sobre a expansão posterior da capacidade produtiva. 
A década de 1920 apesar de demonstrar estagnação da produção, foi um período de aumento significativo da capacidade produtiva. 
Versiani:
Surtos de produção X surtos de Investimento
É possível que períodos de aumentos rápidos de produção não sejam coincidentes com fases de expansão acelerada da capacidade produtiva.
As condições que facilitam de um modo geral as importações, vão, de um lado, favorecer a compra de bens de capital, e, de outro, dificultar o aumento da produção interna, pela queda do preço das importações competitivas. 
O que existe é uma oposição entre fases de expansão da capacidade produtiva e períodos de aumento da produção. 
Versiani: O papel dos importadores
Há, por parte dos importadores, uma tendência de diversificar a aplicação de seus capitais, para diminuir a possibilidade de perdas decorrentes da desvalorização do câmbio. 
Uma via naturalmente indicada para isso seria o investimento na produção interna. 
Passavam a serem produtores dos artigos que importavam, para ganharem como produtores o que deixavam de ganhar como importadores, nas épocas de encarecimento das importações. 
Versiani: O papel dos importadores
As flutuações do câmbio, inerentes à instabilidade da economia cafeeira agroexportadora, da República Velha, possibilitavam que, nos momentos de mil-réis valorizados, houvesse facilidade às importações de bens de capital.
Nos períodos de desvalorização cambial crescia a produção de bens de consumo doméstico. 
Boa parte do empresariado nascente teve sua matriz no comércio importador/exportador, com experiência não só por seu conhecimento do mercado consumidor como dos mercados fornecedores externos, além da familiaridade com as oscilações e peculiaridades do mercado cambial. 
Versiani:
Surtos de produção X surtos de Investimento
Esse tipo de abordagem busca superar a dicotomia teoria dos choques adversos versus industrialização induzida pelas exportações, pois mostra que ambas podem ser associadas para uma explicação mais acabada das fases iniciais do PSI.
Esta interpretação também atribui grande importância a políticas intencionais do governo para a promoção da industrialização, principalmente através da proteção tarifária e da concessão de incentivos e subsídios. 
GABRIEL COHN
Abordagem sociológica e antropológica. Chama a atenção para aspectos decisivos para se ter uma visão mais acurada do processo histórico.
Por que grandes crises, como da década de 1930, incitaram a industrialização em alguns países como Brasil, Argentina e México, e não em outros da AL? 
Por que outros países enfrentaram regressão?
GABRIEL COHN
A crise do sistema de base não-industrial oferece o que se poderia chamar de “oportunidade” histórica para a sua mudança. 
Para que isso resulte um movimento industrializante intensivo, com dinâmica própria, é necessária a presença simultânea de um conjunto de condições históricas. 
1º) Condição primordial para o desenvolvimento de uma economia capitalista é a existência de um forte excedente. 
2º) Em seguida, uma parcela significativa desse excedente, ao invés de distribuir-se por todo o conjunto social, deve concentrar-se em poder de um grupo minoritário.3º) Depois, esse grupo deve se suficientemente diferenciado para incorporar e introduzir inovações na atividade econômica. 
4º) Por ultimo, esses novos agentes devem contar com um suprimento de mão-de-obra e de consumidores, matéria-prima disponível e fontes de energia. 
A industrialização, longe de ser uma fase “natural” do desenvolvimento histórico de todas as nações, é um processo difícil, que só alcança êxito à custa de reorganizações de tensões muito intensas no interior da sociedade. 
Pensamento CEPALINO: 
Substituição de Importações como modelo de Industrialização
Quando se analisa a substituição de importações como um processo, está-se chamando atenção para um fenômeno histórico bem determinado:
Ocorrido no tempo e no espaço – por exemplo, no Brasil, no século XX.
Sujeito a avanços, recuos e crises, circundado por motivações políticas e decisões humanas, governamentais ou de mercado. 
Mas o mesmo fenômeno pode ser analisado como modelo:
Suas determinações mais gerais e abstratas, procurando reter o essencial de sua configuração e apreendendo suas características definidoras básicas, para tentar entender sua lógica de desenvolvimento, sua dinâmica. 
O modelo, sendo construído com alto grau de abstração, é capaz de abarcar várias situações históricas distintas e servir como alicerce para o entendimento do PSI em qualquer país latino-americano.
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
TAVARES. 
O processo de substituição de importações como modelo de desenvolvimento na América Latina.
Escrito em 1963, fruto de dois anos de pesquisa empírica e discussão teórica da autora, ocasião em que se encontrava à serviço da CEPAL, no Chile. 
Trata-se de uma tentativa de construção de um modelo teórico capaz de explicar a transição de vários países da AL (em especial Brasil) a uma nova etapa de desenvolvimento: a ISI.
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Ponto de partida: modelo cepalino centro/periferia.
Países desenvolvidos (Europa): 
não havia uma separação nítida entre capacidade produtiva para atender mercados interno e externo. 
Exportações + Investimento Autônomo (inovações) = crescimento endógeno. 
Produção interna pode ser X ou C.
Importações: alimentos e matérias-primas
Centro / Periferia
Nos países centrais as exportações são importantes mas não determinam o nível de renda e de emprego quase exclusivamente, como nas economias periféricas:
Centro: o investimento privado ou público (I e G) são, tal qual as exportações (X), imprescindíveis para explicar o crescimento de longo prazo daqueles países. 
Nos países centrais não há dualismo:
A produção para o mercado interno não é substancialmente diferente da do mercado externo; esta não é uma especialização, mas um desdobramento natural do progresso tecnológico dos países líderes. 
Centro: não se pode distinguir um setor exportador quase à parte da economia interna, como nos países periféricos.
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Centro / Periferia
Economias da AL: o setor exportador era a única componente autônomo de crescimento e renda.
“Crescimento para fora”.
Crescimento econômico: atrelado ao comportamento da demanda externa de produtos primários.
Caráter dependente e reflexo das econômicas da AL.
DUALISMO: 
Enquanto a maioria da população, devido aos seus níveis muito baixos de renda, ficava à margem do mercado monetário, as classes de altas renda apresentavam padrões de consumo similares aos dos países europeus, em grande parte atendidos por importações.
Efeito demonstração.
Estrangulamento Externo:
Deterioração dos Termos de Troca
DUALIDADE
Exportações dos países periféricos centradas geralmente em um ou dois produtos, que pouco irradiam seu dinamismo internamente.
Por isso, a dualidade da divisão internacional do trabalho reproduz-se internamente, pois se configuram dois setores:
Um exportador voltado para o exterior;
Outro de subsistência, para o mercado interno;
Pouca ou nenhuma interação entre ambos.
A mensagem cepalina era clara: 
O modelo agroexportador condenava os países latino-americanos à estagnação e ao subdesenvolvimento. 
Crises (os choques adversos): possibilitavam romper com o modelo, pois o estrangulamento externo forçava o país começar a produzir internamente os bens anteriormente importados. 
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
A quebra do modelo tradicional e a passagem para o novo modelo.
1914/45: crises sucessivas no comércio exterior da AL forçam a passagem para um novo modelo econômico.
Demanda interna mantém-se, demanda externa não.
Setor produtor para mercado interno passa a oferecer melhores oportunidades de investimento.
Situação nova na economia brasileira.
“A importância das exportações como determinante do nível de renda e do crescimento (exógeno) foi substituída pela variável endógena investimento”.
Estrangulamento Externo: absoluto e relativo
Absoluto: quando a capacidade de importar é estagnada ou declinante, como acontece nas crises. 
Relativo: quando a capacidade de importar cresce, mas em ritmo inferior ao da renda, uma tendência de longo prazo das economias especializadas na exportação de produtos primários. 
Esta diferença não é apenas formal: 
Se o estrangulamento externo for absoluto pode inviabilizar a própria substituição de importações, pois impede que o país adquira do exterior máquinas, equipamentos, insumos e outros itens indispensáveis à produção industrial. 
O estrangulamento externo não é apenas o incentivo e a razão de ser da substituição de importações, mas pode-se transformar em seu limite, pois será barreira ao crescimento industrial caso atinja uma magnitude tal que impeça manter o fluxo mínimo de importações necessárias ao processo produtivo industrial. 
Essa dupla face do estrangulamento externo, ser simultaneamente fator desencadeador e limitante, remete diretamente ao que significa substituição de importações.
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Muda a função do setor exportador. 
Antes: responsável pelo crescimento da renda (X). 
Depois: contribui para a diversificação produtiva (industrialização) mediante fornecimento de divisas para importação de equipamentos e bens intermediários.
Significado do termo Substituição de Importações.
Processo de desenvolvimento interno;
Se orienta sob impulso de restrição externa;
Se manifesta através de uma ampliação e diversificação da capacidade produtiva.
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Concepção errônea do conceito “substituição de importações”: 
visa simplesmente retirar produtos da pauta de importação e substituí-los por produtos nacionais. 
“Uma extensão deste critério simplista poderia levar a crer que o objetivo ‘natural’ seria eliminar todas as importações, isto é, alcançar a autarcia. Nada está tão longe da realidade, porém, quanto a esse desideratum”. (TAVARES)
É imposta por restrições do setor externo. 
Não desejada.
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Quantum de importações: 
pode não diminuir, mas até mesmo aumentar. 
Ocorre um aumento da demanda derivada por importações (BK e BI) a medida que o processo avança. 
Contradição interna do processo: 
Finalidade é o crescimento do PIB via substituição de M; 
Limitação: escassez de recursos externos para substituir M.
Economia: se torna quantitativamente menos dependente do exterior, mas qualitativamente mais dependente. 
Muda a natureza da dependência. 
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
“nas condições do modelo de substituição de importações, é praticamente impossível que o processo de industrialização se dê da base para o vértice da pirâmide produtiva, isto é, partindo dos bens menos elaborados e progredindo lentamente até atingir os bens de capital. É necessário (para usar uma linguagem figurada) que o ‘edifício’ seja construído em vários andares simultaneamente, mudando apenas o grau de concentração em cada um deles de período paraperíodo”. (TAVARES).
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
É uma industrialização por etapas: 
apesar de ao final se buscar uma industria completa, a industrialização se faz por partes (rodadas)
a pauta de importações ditava a seqüência dos setores objeto dos investimentos industriais 
bens de consumo não duráveis:
têxteis, calçados, alimentos 
bens de consumo duráveis:
eletrodomésticos, automóveis 
bens intermediários:
ferro, aço, cimento, petróleo, químicos 
bens de capital:
máquinas, equipamentos 
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Industrialização por Etapas: Brasil
 Bens de consumo popular Bens de consumo duráveis Bens Intermediários e de K
 I------------------I--------------------I----------------
 1955 1974 
		Era Vargas JK/milagre II PND
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Fases do PSI:
1930 à II guerra: queda abrupta da capacidade de importar. Substituídos BCND. Utilização da capacidade instalada. Tecnologia exige pouco capital.
Término da II guerra até 1954: melhora na capacidade de importar. PSI avançou para BCD, mas permanece a dependência do consumo das classes de renda alta.
1956/61: aumento da participação do capital estrangeiro (Brasil). Aumento da participação do Estado na econômica.
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Importante: crescimento econômico via PSI
Economia não cresce em decorrência de um aumento da produtividade dentro do país em comparação aos outros países, de onde provém os produtos importados. 
Economia cresce em conseqüência de uma queda do seu coeficiente de importações (diminui a propensão marginal a importar). Em razão do “choque adverso”, não desejado.
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Papel do Estado
Nem todos os investimentos podem ser apenas induzidos pela demanda presente. 
Pressupõe uma capacidade de previsão e de decisão autônoma que só pode ser atribuída ao Estado.
E/ou a alguns raros empresários inovadores.
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Problemas do PSI
Distribuição de renda pré-existente no inicio do PSI: 
Causa: orientação do sistema produtivo para demanda insatisfeita das classes de renda alta. 
Conseqüências: Mercado interno reduzido, não possibilidade de aproveitar economias de escala. Concentração.
Setores dinâmicos com incapacidade de criar emprego.
Causa: utilização de técnicas poupadoras de mão de obra. Problema da tecnologia adaptada.
Conseqüências: Não é criado mercado consumidor em massa. 
Circulo vicioso: crescimento com concentração de renda. 
Desequilíbrio social: taxa de ocupação da agricultura superior da indústria. 
Tecnologia Adaptada
Ao avançar o processo, com a exigência de maior volume de capital e tecnologias mais sofisticadas, poupadoras de mão-de-obra, o emprego não crescia a taxas capazes de garantir um mercado de massas. 
cresciam as relações capital/produto (K/Y) e capital/trabalho (K/L).
Descompasso entre a baixa absorção relativa de mão-de-obra e as necessidades de formação de um mercado consumidor capaz de absorver a produção doméstica;
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Inflação e Desemprego: Estruturais
Capitalismo desequilibrado, onde o subconsumo coexistia com inflação e desemprego. 
Inflação estrutural:
Decorrente da própria estrutura fundiária (a inelasticidade da oferta agrícola). Visão dos proprietários de terras como rentistas (exemplo da antiga nobreza) e não capitalistas (Lucro => Investimento). Reforma Agrária => levar capitalismo ao campo.
Decorrente da incapacidade de o Estado aumentar as receitas, seja por pressão política dos segmentos de altas rendas seja por sua incapacidade de cortar despesas, frente à ampliação das demandas sociais.
Desemprego estrutural:
Mesmo que todo o estoque de capital — máquinas e equipamentos — da indústria estivesse plenamente empregado, havia uma parte da população estruturalmente desempregada. 
Tratava-se de problema mais sério que o desemprego involuntário keynesiano. 
O desemprego estrutural da mão-de-obra evidencia o desequilíbrio das economias latino-americanas, já que pode ocorrer com pleno emprego do capital. 
Reflete a escassez deste, de modo que só políticas de longo prazo, centradas no desenvolvimento econômico, poderiam reverter este quadro.
Prof. Marcelo Arend - FEB II (UFSC)
Crise do Modelo ou Crise no Modelo
Crise generalizada nas economias latino-americanas no inicio dos anos 1960.
Interpretação cepalina: perda de dinamismo do modelo causada pela reduzido mercado interno X tecnologia estrangeira adaptada, resultava em uma tendência à estagnação ou subconsumismo.
Crise do Modelo SI. Crise derradeira!
Necessidade de reformas estruturais. Ampliar o mercado interno, distribuição de renda, reforma agrária, educacional, tributária, financeira, relações externas.
Críticas: foi uma crise no Modelo. 
Brasil logo cresceria a taxas elevadíssimas até final anos 1970.
Críticas ao Modelo Cepalino
Teoria do bolo: é preciso crescer o bolo para depois distribuir. 
Militares, para abandonar políticas distributivistas (populistas). S é pré-requisito ao I. Rostow: etapas, fases iniciais requerem sacrifícios. 
Teoria da dependência: Cepal subestimou variáveis políticas, classes sociais e sua relação com o Estado. 
Vínculos com o exterior. Dependência e desenvolvimento são coexistentes, não excludentes.
Crítica a razão dualista: Dualismo entre setor moderno e atrasado é criticado. 
Moderno cresce e se alimenta da existência do atrasado. 
Análise do ciclo endógeno: não há tendência à estagnação. 
PIB pode crescer com queda dos W. Demanda é mantida pelos próprios capitalistas. Lucro => I. Concentração de renda é funcional ao crescimento.

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