Buscar

A importância das cartas e a concentração da ação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CAMINHOS DO ROMANTISMO Camilo Castelo Branco | Amor de Perdição 
 
Amor-paixão 
O amor em Amor de Perdição é sofrimento. Teresa e Simão vivem um amor impossível e proibido, no 
entanto, apesar dos obstáculos impostos pela família, não desistem da sua felicidade. As adversidades 
parecem até dar-lhes mais força para lutarem pelos seus objetivos. 
Como creem no amor eterno, encaram a morte/transcendência como superação das dificuldades da 
vida, achando que encontrarão nela a felicidade que não conseguiram alcançar em vida. A morte é 
encarada como salvação e única saída para o sofrimento que vivem, ou seja, para Simão e Teresa só a 
morte permitirá a concretização do seu amor. Nas cartas que os dois apaixonados trocam pode 
encontrar-se o desenvolvimento do conceito de amor eterno. 
Para além de estas funcionarem como o verdadeiro diálogo entre os amantes, cumprem outras funções: 
✓são um meio de comunicação entre os amantes; 
✓traduzem uma transgressão em relação às normas impostas; 
✓completam a caracterização das personagens, evidenciando a sua dimensão de heróis românticos; 
✓relatam acontecimentos; 
✓refletem as memórias dos apaixonados; 
✓comunicam decisões; 
✓veiculam promessas e sentimentos; 
✓revelam projetos; 
✓expressam apelos e desabafos; 
✓constituem momentos de prosa poética. 
 
 
Concentração temporal da ação 
Capítulo I - analepse que apresenta antecedentes da ação. 
1801 – Simão tem quinze anos. 
1803 – Teresa escreve uma carta a Simão, dizendo-lhe que o seu pai a ameaça com a ida para o 
convento. 
1084 – Simão tem dezoito anos quando é preso. 
1805-1807 – Simão encontra-se preso (20 meses na prisão e decorrem mais 6 meses antes de partir 
para a Índia, degredado). 
17 de março de 1807 – Simão parte para a Índia. 
28 de março de 1807 – Simão morre.

Outros materiais