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APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA NUCLEAR MEDICINA NUCLEAR (PARTE I)

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18/04/2018 EPI UNINOVE - Biofísica I . Aula 9 . Página 1
https://ava.uninove.br/seu/AVA/ferramentas/principal.php#fecha 1/1
 APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA NUCLEAR: MEDICINA NUCLEAR (PARTE I)
 
 
 Medicina Nuclear
 
 A Medicina nuclear é reconhecida como especialidade médica desde a década de 70. É uma área da tecnologia
nuclear que emprega radiofármacos para formar imagens do corpo, avaliando, concomitantemente, a função de
órgãos e sistemas e sua estrutura anatômica. Os exames relacionados à medicina nuclear possibilitam o
diagnóstico precoce de uma determinada anormalidade no funcionamento e, conseqüentemente, oferecem
maiores chances de cura ao paciente. Além das técnicas descritas acima, ainda é empregada no tratamento de
câncer da tireóide (radioiodoterapia), diagnóstico de osteoporose (densitometria óssea) e no alívio de dor de
pacientes com metástase óssea.
 
 O que é radiofármaco?
 Para entendermos melhor o que é um radiofármaco, pensemos no seguinte: quando queremos estudar a
migração de alguns animais, pássaros, por exemplo, não é obrigatório viajar junto com eles. Para avaliar a rota de
migração que possuem ou estudar fatores que estão associados ao mecanismo de imigração e emigração,
podemos monitorá-los com auxílio de aparelhos, implantados em alguns espécimes, que emitem ondas de rádio
cujas informações são recebidas por satélites. Logo, não é necessário procurar o animal pelo mundo afora,
contudo apenas acompanhar, via satélite, o sinal de radiofreqüência enviado. O radiofármaco seria algo
semelhante. Podemos sintetizar moléculas orgânicas, como a albumina, e marcá-las com um átomo radioativo,
em geral com tecnécio-99. Ao administrarmos a substância no organismo, não precisamos “procurar” a albumina;
porém procuramos a radiação emitida pelo átomo de tecnécio-99. Desta forma, onde encontrarmos a radiação, ali
estará também a albumina.
 
 Mas, qual a utilidade de tais exames?
 Os exames de Medicina Nuclear podem avaliar o funcionamento de um determinado órgão de forma não invasiva.
Para compreendermos melhor, citemos o exemplo do SPECT (tomografia computadorizada por emissão de fóton
único), que utiliza a glicose marcada com flúor radioativo. Em áreas mais ativas do cérebro, a absorção de glicose
será maior. Portanto, sendo a glicose radiomarcada, também em áreas mais ativas será encontrada maior
radioatividade. A detecção da radiação emitida pelos radionuclídeos é feita com detector de fótons que gira em
torno do corpo do paciente. Então são formadas imagens ou filmes que informam do estado funcional do órgão
avaliado. Com as imagens produzidas, o médico faz o diagnóstico.
 
 
As áreas vermelhas correspondem a maior radioatividade, enquanto
as azuis correspondem a menor intensidade da radiação. Logo, as
áreas vermelhas, devido à maior captação de glicose, são áreas
mais funcionantes, e as áreas azuis apresentam menor atividade
funcional.

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