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Sistema Somatossensorial e Codificação Sensorial

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Sistema	
  somatossensorial	
  
Larissa	
  Aquino	
  
Fisiologia	
  Veterinária	
  1	
  
Codificação	
  da	
  informação	
  sensorial	
  
•  A	
  percepção	
  de	
  todos	
  os	
  sen>dos	
  seguem	
  os	
  
mesmos	
  passos:	
  
– es@mulo	
  
–  transdução	
  
–  resposta	
  
•  percepção/consciência	
  
– cores,	
  tons,	
  cheiros	
  e	
  sabores	
  são	
  criações	
  
mentais	
  a	
  par>r	
  das	
  experiências	
  sensoriais	
  
Terminações	
  nervosas	
  (receptores)	
  
Codificação	
  da	
  informação	
  sensorial	
  
•  Receptores	
  sensoriais	
  
– estruturas	
  especializadas	
  responsáveis	
  por	
  
transformar	
  a	
  energia	
  do	
  es@mulo	
  externo	
  em	
  
energia	
  elétrica	
  (transdução)	
  
– potencial	
  receptor	
  
•  amplitude	
  e	
  duração	
  
Codificação	
  da	
  informação	
  sensorial	
  
•  Os	
  receptores	
  fornecem	
  4	
  informações	
  
básicas	
  sobre	
  o	
  es@mulo	
  ao	
  SNC:	
  
– modalidade	
  
–  localização	
  
–  intensidade	
  
–  início,	
  duração	
  e	
  término	
  
•  Sistemas	
  sensoriais	
  =	
  receptor	
  +	
  ramificações	
  
centrais	
  +	
  respec>va	
  área	
  no	
  SNC	
  
Transdução	
  
•  Transformação	
  do	
  es@mulo	
  sensorial	
  em	
  
impulso	
  nervoso	
  
– potencial	
  receptor	
  
•  deformação	
  mecânica,	
  ligação	
  de	
  químicos,	
  alteração	
  
da	
  temperatura,	
  radiação	
  eletromagné>ca	
  
•  abertura	
  de	
  canais	
  iônicos	
  ou	
  mudança	
  permeabilidade	
  
•  limiar	
  -­‐>	
  PA	
  
•  o	
  número	
  de	
  PAs	
  é	
  proporcional	
  à	
  força	
  do	
  es@mulo	
  
(potencial	
  receptor)	
  
Mecanismos	
  dos	
  potenciais	
  de	
  receptor	
  
	
  
Por	
  deformação	
  mecânica	
  do	
  receptor,	
  que	
  distende	
  a	
  membrana	
  e	
  os	
  canais	
  
iônicos,	
  
•  Por	
  aplicação	
  de	
  composto	
  químico	
  sobre	
  sua	
  membrana,	
  abrindo	
  os	
  canais	
  
iônicos,	
  
•  Alterando	
  a	
  temperatura	
  da	
  membrana,	
  o	
  que	
  altera	
  sua	
  permeabilidade,	
  
•  Por	
  efeitos	
  de	
  radiações	
  eletromagné:cas,	
  como	
  a	
  luz,	
  alterando	
  direta	
  ou	
  
indiretamente	
  as	
  caracterís>cas	
  da	
  membrana	
  e	
  permi>ndo	
  o	
  fluxo	
  de	
  íons	
  para	
  
o	
  interior.	
  
O	
  receptor	
  deve	
  ser	
  sensibilizado,	
  para	
  que	
  possa	
  transmi>r	
  um	
  sinal	
  
para	
  a	
  fibra	
  nervosa	
  adjacente;	
  essa	
  sensibilização	
  a	
  ser	
  ob>da	
  é	
  o	
  
Potencial	
  do	
  receptor.	
  
Relação	
  do	
  potencial	
  de	
  receptor	
  com	
  potencial	
  de	
  ação	
  
	
  	
  
•  Quando	
  o	
  potencial	
  de	
  receptor	
  a>nge	
  o	
  limiar,	
  começam	
  a	
  aparecer	
  os	
  
potenciais	
  de	
  ação.	
  Além	
  disso,	
  quanto	
  mais	
  o	
  potencial	
  de	
  receptor	
  ultrapassa	
  o	
  
limiar,	
  maior	
  fica	
  a	
  freqüência	
  dos	
  potenciais	
  de	
  ação.	
  
•  	
  Quando	
  se	
  aumenta	
  a	
  amplitude	
  do	
  potencial	
  de	
  receptor,	
  no	
  início	
  essa	
  
amplitude	
  aumenta	
  rapidamente,	
  mas	
  em	
  seguida	
  fica	
  cada	
  vez	
  mais	
  lenta,	
  
coincidindo	
  com	
  altas	
  intensidades	
  de	
  es>mulação.	
  Essa	
  diminuição	
  da	
  
sensibilidade	
  é	
  um	
  importante	
  princípio,	
  pois	
  permite	
  ao	
  receptor	
  ser	
  muito	
  
sensível	
  a	
  experiências	
  sensoriais	
  fracas	
  e,	
  apesar	
  disso,	
  só	
  a>ngir	
  a	
  freqüência	
  
máxima	
  de	
  descarga	
  depois	
  que	
  a	
  experiência	
  sensorial	
  chega	
  a	
  um	
  nível	
  
extremo.	
  Essa	
  caracterís>ca	
  permite	
  que	
  o	
  receptor	
  tenha	
  uma	
  amplitude	
  de	
  
resposta,	
  de	
  muito	
  fraco	
  a	
  	
  muito	
  intenso.	
  
Relação	
  potencial	
  receptor	
  e	
  potencial	
  
de	
  ação	
  
Potencial	
  receptor	
  em	
  um	
  
mecanorreceptor	
  –	
  Corpúsculo	
  de	
  
Pacini	
  
Modalidade	
  
•  Visão,	
  audição,	
  toque,	
  olfato,	
  paladar,	
  dor,	
  
temperatura,	
  prurido,	
  propriocepção	
  e	
  equilíbrio	
  
•  O	
  princípio	
  do	
  código	
  linear	
  rotulado	
  
–  especificidade	
  do	
  receptor	
  
•  Des>no	
  no	
  SNC	
  onde	
  as	
  fibras	
  enviam	
  seus	
  
impulsos	
  
–  cada	
  nervo	
  termina	
  em	
  um	
  ponto	
  específico	
  do	
  SNC,	
  e	
  o	
  
6po	
  de	
  sensação	
  sen6da	
  quando	
  a	
  fibra	
  é	
  es6mulada	
  é	
  
determinada	
  pelo	
  ponto	
  no	
  SNC	
  no	
  qual	
  a	
  fibra	
  termina	
  
Modalidade	
  
•  Classes	
  de	
  receptores	
  
–  mecânicos	
  (amplamente	
  distribuídos)	
  
•  abertura	
  canais	
  
–  químicos	
  
–  eletromagné>cos	
  
•  segundos	
  mensageiros	
  
–  térmicos	
  
–  nociceptores	
  (dor)	
  
•  Subclasses	
  
–  sintonizados	
  para	
  um	
  >po	
  de	
  energia	
  
–  não	
  é	
  absoluto	
  (Ex:	
  fotorreceptores	
  e	
  es@mulos	
  
mecânicos)	
  
Localização	
  
•  Campos	
  sensoriais	
  
–  região	
   diretamente	
   inervada	
   pelos	
   terminais	
   de	
  
um	
  neurônio	
  sensorial	
  capaz	
  de	
  ser	
  es>mulada;	
  
– cada	
   neurônio	
   sensorial	
   é	
   responsável	
   por	
   uma	
  
região	
   e	
   atribui	
   uma	
   localização	
   topográfica	
  
específica	
  	
  no	
  SNC	
  para	
  um	
  es@mulo	
  determinado;	
  
– a	
   intensidade	
  de	
  um	
  es@mulo	
  também	
  é	
  definida	
  
pela	
   quan>dade	
   de	
   campos	
   sensoriais	
   que	
   ele	
  
excita;	
  	
  	
  
Campos	
  sensoriais	
  
Campos	
  sensoriais	
  
•  Campos	
  sensoriais	
  periféricos	
  
– o	
  tamanho	
  e	
  o	
  número	
  dos	
  campos	
  definem	
  o	
  
detalhamento	
  com	
  a	
  qual	
  uma	
  informação	
  é	
  
transmi>da	
  
– distância	
  mínima	
  entre	
  2	
  es@mulos	
  detectáveis	
  
(limiar	
  de	
  2	
  pontos)	
  
– Ex:	
  boca,	
  orelhas,	
  (fóvea,	
  ponta	
  dedos,	
  lábios)	
  
•  muitos	
  campos	
  sensoriais	
  de	
  pequeno	
  tamanho,	
  
dis>nguem	
  es@mulos	
  muito	
  próximos	
  entre	
  si	
  
•  permite	
  ao	
  animal	
  localizar	
  e	
  discriminar	
  o	
  es@mulo	
  
•  maior	
  representa>vidade	
  no	
  córtex	
  	
  	
  
Campos	
  sensoriais	
  
-­‐	
  o	
  aumento	
  no	
  número	
  de	
  receptores	
  e	
  diminuição	
  de	
  seus	
  campos	
  sensoriais	
  melhora	
  
o	
  detalhamento	
  e	
  precisão	
  do	
  es@mulo.	
  Ampla	
  representação	
  cor>cal.	
  
Campos	
  sensoriais	
  
•  Campos	
  sensoriais	
  periféricos	
  
– neurônio	
  sensoriais	
  para	
  audição	
  e	
  paladar	
  
•  distribuição	
  espacial	
  de	
  acordo	
  com	
  a	
  sensibilidade	
  	
  	
  
Intensidade	
  
•  Limiar	
  sensorial	
  
– menor	
  força	
  de	
  es@mulo	
  capaz	
  de	
  ser	
  detectada;	
  
– es@mulo	
  com	
  amplitude	
  igual	
  ou	
  superior	
  ao	
  
limiar	
  da	
  fibra	
  nervosa;	
  
•  Potencial	
  receptor	
  
– efeito	
  no	
  potencial	
  de	
  membrana	
  gerado	
  pelo	
  
es@mulo	
  
– cria-­‐se	
  um	
  código	
  digital	
  com	
  frequências	
  de	
  PAs	
  
proporcional	
  àintensidade	
  do	
  es@mulo	
  	
  	
  
EsGmulo	
  
adequado	
   Intensidade	
  do	
  esGmulo	
  
Potencial	
  da	
  membrana	
  (mV)	
  
Potencial	
  do	
  receptor	
  
Potencial	
  do	
  receptor	
  
Limiar	
  
Terminal	
  
aferente	
  
Axônio	
  
Despolarização	
  da	
  membrana	
  
Frequência	
  de	
  descarga	
  do	
  
potencial	
  de	
  ação	
  
Potencial	
  do	
  receptor	
   Potenciais	
  de	
  ação	
  
Intensidade	
  do	
  esGmulo	
  
Limiar	
  
Despolarização	
  da	
  
membrana	
  
Intensidade	
  
•  Somação	
  
– espacial	
  
–  temporal	
  
– contribuição	
  para	
  elevar	
  o	
  potencial	
  receptor	
  e	
  
gerar	
  mais	
  potenciais	
  de	
  ação,	
  o	
  que	
  será	
  
interpretado	
  como	
  maior	
  intensidade	
  	
  	
  
Duração	
  da	
  sensação	
  
•  Determinada	
  pela	
  taxa	
  de	
  adaptação	
  do	
  
receptor	
  
– adaptação	
  
•  diminuição	
  na	
  quan>dade	
  de	
  PAs	
  gerados	
  conforme	
  o	
  
es@mulo	
  persiste	
  sem	
  alterações	
  
•  lenta	
  x	
  rápida	
  
•  processos	
  de	
  adaptação	
  
–  ina>vação	
  canais	
  Na+	
  e	
  Ca+	
  pela	
  despolarização	
  
–  abertura	
  canais	
  K+	
  dependentes	
  de	
  Ca+	
  
–  mudança	
  conformação	
  isica	
  do	
  receptor	
  	
  	
  
Adaptação	
  
•  Diante	
  de	
  um	
  es@mulo	
  sensorial	
  con@nuo,	
  os	
  
receptores	
  são	
  capazes	
  de	
  se	
  adaptar	
  total	
  ou	
  
parcialmente.	
  Ou	
  seja,	
  no	
  início	
  do	
  es@mulo	
  os	
  
receptores	
  respondem	
  com	
  alta	
  frequencia	
  de	
  
PAs	
  que	
  progressivamente	
  diminuem	
  
– mecanoreceptores	
  (rápida)	
  
•  respondem	
  apenas	
  quando	
  o	
  sinal	
  muda	
  
– quimirreceptores,	
  nociceptores	
  (lenta	
  e	
  parcial)	
  	
  
Adaptação dos receptores sensoriais 
 
•  Todos os receptores sensoriais se adaptam parcial ou totalmente ao 
estímulo após algum tempo. 
•  Com estímulo sensorial contínuo, há uma freqüência inicial muito 
elevada de emissão de estímulos, até que essa freqüência vai se 
tornando cada vez menor; por fim muitos deles não respondem mais. 
•  Receptores de adaptação rápida não podem ser utilizados para 
transmitir sinal contínuo, pois respondem quando a intensidade do 
estímulo se modifica. São denominados receptores de velocidade ou 
de movimento por serem estimulados apenas quando está ocorrendo 
uma alteração e emitirem número de impulsos diretamente relacionado 
à velocidade dessa alteração. 
 
•  A adaptação ao estímulo é específica para cada tipo de receptor. 
	
  Comparação	
  entre	
  diferentes	
  padrões	
  de	
  potencial	
  do	
  receptor	
  e	
  
descarga	
  do	
  potencial	
  de	
  ação	
  na	
  fibra	
  nervosa,	
  a	
  par:r	
  do	
  mesmo	
  
esGmulo.	
  A.	
  Receptor	
  de	
  adaptação	
  lenta,	
  B.	
  Receptor	
  de	
  adaptação	
  rápida	
  
(sensilbilidade	
  ao	
  início	
  e	
  final	
  do	
  movimento).	
  
A	
   B	
  
a	
  resposta	
  é	
  man:da,	
  
porém	
  declina	
  
Resposta	
  é	
  limitada	
  a	
  
sinal	
  de	
  ‘on’	
  e	
  ‘off’	
  
Adaptação	
  =	
  Tendência	
  dos	
  receptores	
  diminuírem	
  sua	
  velocidade	
  de	
  
produção	
  de	
  impulsos	
  frente	
  a	
  um	
  es@mulo	
  persistente	
  
•  Mecanismo	
  de	
  adaptação	
  
•  	
  	
  Ex:	
  corpúsculos	
  de	
  Pacini,	
  cones/bastonetes	
  
–  redistribuição	
  dos	
  fluídos	
  ou	
  ina>vação	
  dos	
  canais	
  
de	
  Na+;	
  
•  Os	
  receptores	
  de	
  adaptação	
  lenta	
  informam	
  
ao	
  SNC	
  con>nuamente	
  (receptores	
  tônicos)	
  
– proprioceptores,	
  aparelho	
  ves>bular,	
  
nociceptores,	
  baroreceptores	
  
Os	
  sen>dos	
  corporais	
  
•  Sensibilidade	
  somá>ca	
  
–  toque/pressão/vibração	
  
– propriocepção	
  
– dor	
  
–  temperatura	
  
•  Sensibilidades	
  especiais	
  
– visão	
  
– audição	
  
– paladar	
  
– olfato	
  
Os	
  sen>dos	
  corporais	
  
•  Sensibilidade	
  somá>ca	
  
– Toque,	
  pressão,	
  vibração	
  
– Propriocepção	
  
– Dor	
  
– Temperatura	
  
–  gânglios	
  dorsais	
  da	
  medula	
  espinhal	
  
–  vias	
  ascendentes	
  para	
  o	
  córtex	
  específicas	
  na	
  substância	
  
branca	
  da	
  medula	
  espinhal	
  
–  informação	
  somatossensorial	
  das	
  estruturas	
  cranianas	
  são	
  
transmi>das	
  pelos	
  neurônios	
  sensoriais	
  trigeminais	
  	
  
Fibra	
  aferente	
  primária	
  
Terminações	
  nervosas	
  (receptores)	
  
Os	
  sen>dos	
  corporais	
  somá>cos	
  
•  Toque,	
  pressão,	
  vibração	
  
– mecanoreceptores	
  
•  superficiais	
  (pequenos,	
  detectam	
  mudanças	
  pontuais)	
  
–  corpúsculos	
  de	
  Meissner	
  
–  discos	
  de	
  Merkel	
  
•  profundos	
  (maiores,	
  detectam	
  mudanças	
  amplas)	
  
–  corpúsculos	
  de	
  Pacini	
  
–  terminações	
  de	
  Ruffini	
  	
  
Mecanorreceptores	
  
4.6 Detecção e transmissão de sensações táteis 
 
•  O corpúsculo de Pacini é o mecanorreceptor estudado com maior 
detalhamento. É preenchido por estrutura viscoelástica e transmite 
qualquer pressão de distorção instantaneamente; em centésimos de 
seg. contudo ocorre redistribuição do líquido no interior do 
corpúsculo, e a pressão passa a ser semelhante em todos os pontos. 
 
•  Todos os receptores táteis participam da detecção de vibrações, 
embora receptores diferentes detectem freqüências distintas de 
vibração: 
 
•  Ex.1: Os corpúsculos de Meissner (excitam fibra mielinizada) se 
adaptam dentro de frações de segundo após o estímulo. São 
extremamente sensíveis ao movimento de objetos leves sobre a 
superfície da pele e também às vibrações de baixa frequência. 
•  Ex.2: Os discos de Merkel (excitam fibra mielinizada) transmitem 
inicialmente um sinal forte e em seguida um sinal contínuo porém 
fraco, se adaptando de forma bem lenta. 
•  A detecção é variada. Corpúsculos de Pacini detectam sinais 
vibratórios de 30 a 800 ciclos por segundo; corpúsculos de Meissner 
são estimulados por freqüências de até 80 ciclos por segundo. 
4.7 Velocidade de transmissão de sensações táteis pelos neurônios 
periféricos 
 
•  A maioria dos mecanorreceptores especializados (corpúsculo de 
Meissner, discos de Merkel, corpúsculo de Pacini, corpúsculo de 
Ruffini) transmitem sinais pelas fibras nervosas do tipo A-β (30 a 70 
m/s). Conduzem importantes sinais sensoriais com precisão. 
•  Terminações nervosas livres transmitem sinais por fibras mielinizadas 
finas tipo A-δ (5 a 30 m/s), ou por fibras do tipo C (até 2 m/s). Essas 
últimas enviam sinais para a medula espinhal e parte inferior do tronco 
cerebral, como sensação de cócegas, por exemplo. Transmitem sinais 
grosseiros. 
•  1	
  neurônio	
  sensorial	
  recebe	
  a	
  informação	
  de	
  
10-­‐25	
  corpúsculos	
  de	
  Meissner,	
  o	
  que	
  abrange	
  
um	
  campo	
  sensorial	
  de	
  2-­‐10	
  mm	
  
– campo	
  sensorial	
  
-­‐	
  receptores	
  dos	
  folículos	
  pilosos	
  
Os	
  sen>dos	
  corporais	
  somá>cos	
  
•  Propriocepção	
  
– posição	
  e	
  movimento	
  dos	
  membros	
  sem	
  o	
  uso	
  da	
  
visão	
  
– musculatura	
  e	
  ar>culações	
  
–  receptores	
  (mecanoreceptores)	
  
•  fuso	
  muscular	
  
•  órgão	
  tendinoso	
  de	
  Golgi	
  
•  mecanorreceptores	
  no	
  interior	
  das	
  cápsulas	
  ar>cularese	
  ligamentos	
  	
  
Fuso	
  muscular	
   Orgão	
  tendinoso	
  de	
  Golgi	
  
Os	
  sen>dos	
  corporais	
  
•  Dor	
  
– nociceptores	
  
•  térmicos,	
  mecânicos,	
  polimodais	
  
•  Terminações	
  nervosas	
  livres	
  
•  Temperatura	
  
–  termoreceptores	
  	
  
•  Terminações	
  nervosas	
  livres	
  
Transmissão	
  ao	
  SNC	
  
•  Fibras	
   aferentes	
   conduzindo	
   diversas	
  
modalidades	
  somá>cas	
  tem	
  padrões	
  terminais	
  
diferentes	
   na	
   medula	
   espinhal,	
   tronco	
  
cerebral	
  e	
  córtex	
  
Área	
  somatossensorial	
  no	
  córtex	
  
Esquema do sistema 
coluna dorsal – 
lemnisco medial 
Notar	
  a	
  decussão	
  –	
  esse	
  fato	
  “inverte”	
  
as	
  sensações	
  percebidas	
  pelo	
  córtex	
  	
  
•  Sistema	
  coluna-­‐dorsal	
  –	
  lemnisco	
  medial	
  
–  fibras	
  calibrosas	
  e	
  mielinizadas	
  
–  alto	
  grau	
  de	
  orientação	
  espacial	
  em	
  relação	
  à	
  origem	
  
das	
  fibras	
  
–  transmite	
  apenas	
  informações	
  táteis	
  precisas	
  e	
  de	
  
propriocepção	
  
•  Sistema	
  anterolateral	
  
–  fibras	
  de	
  pequeno	
  calibre,	
  mielinizadas	
  ou	
  não;	
  
–  pouca	
   precisão	
   quanto	
   à	
   orientação	
   espacial,	
  
localização	
  e	
  discriminação	
  de	
  intensidade;	
  	
  
–  temperatura,	
  dor,	
  sensações	
  táteis	
  grosseiras;	
  
•  O	
  Sistema	
  coluna	
  dorsal-­‐lemnisco	
  transmite	
  (vel.	
  30-­‐110m/s):	
  
-­‐  Sensações	
  táteis	
  com	
  alto	
  grau	
  de	
  localização	
  do	
  es@mulo.	
  
Organização	
  das	
  fibras	
  quanto	
  a	
  sua	
  origem*	
  
-­‐  Sensações	
  táteis	
  com	
  transmissão	
  de	
  finas	
  gradações	
  de	
  
intensidade	
  
-­‐  Sensações	
  fásicas,	
  tais	
  como	
  vibração	
  
-­‐  Sensação	
  de	
  movimento	
  contra	
  a	
  pele	
  
-­‐  Sensação	
  de	
  pressão,	
  com	
  fino	
  grau	
  de	
  julgamento	
  de	
  intensidade	
  
-­‐  Propriocepção	
  (receptores	
  musculares	
  e	
  ar>culares)	
  
•  O	
  Sistema	
  ântero-­‐lateral	
  transmite	
  (até	
  40m/s):	
  
	
  
	
  
-­‐  Dor	
  
-­‐  Sensações	
  térmicas	
  tanto	
  calor	
  quanto	
  frio	
  
-­‐  Sensações	
  de	
  tato	
  grosseiro	
  e	
  pressão	
  com	
  capacidade	
  grosseira	
  de	
  
localização	
  sobre	
  a	
  supericie	
  do	
  corpo	
  
-­‐  Sensações	
  de	
  cócegas	
  e	
  prurido	
  
-­‐  Sensações	
  sexuais	
  
Esquema do sistema 
anterolateral 
Via	
  trigeminal	
  
•  Importância	
  da	
  região	
  oral	
  e	
  facial	
  para	
  os	
  animais	
  
domés>cos	
  (alimentação	
  e	
  interação)	
  
•  Informações	
  sobre	
  toque,	
  pressão,	
  dor	
  e	
  movimento	
  
ar>cular	
  na	
  face	
  são	
  transmi>dos	
  pelos	
  aferentes	
  do	
  
nervo	
  trigêmeo	
  (V	
  par)	
  
–  3	
  divisões:	
  
•  núcleo	
  trato	
  espinhal	
  (dor,	
  temperatura)	
  
•  núcleo	
  pon>no	
  sensorial	
  (pressão,	
  toque)	
  
•  núcleo	
  do	
  trato	
  mesencefálico	
  (propriocepção)	
  
–  Presentes	
  na	
  porção	
  caudal	
  da	
  medula	
  oblonga	
  
–  Trato	
  trigemeotalâmico	
  para	
  o	
  tálamo	
  e	
  daí	
  para	
  o	
  cortéx	
  
de	
  maneira	
  somatotópica	
  
Medula espinhal 
Cerebelo 
Lobo 
occipital 
Lobo 
parietal 
Córtex primário 
somatosensorial 
 
Sulco 
central 
Córtex 
motor 
primário 
Lobo 
frontal 
Bulbo 
olfatório Lobo 
temporal 
Área	
  cor:cal	
  sensorial	
  de	
  humanos,	
  mostrando	
  mapeamento	
  da	
  recepção	
  dos	
  sinais	
  
relacionado	
  à	
  sua	
  origem	
  somá:ca	
  
...	
  e	
  vão	
  ao	
  córtex:	
  
Representação	
  somatotópica	
  
•  Somatotópico	
  
–  iden>ficação	
  de	
  um	
  lugar	
  do	
  corpo	
  e	
  seu	
  ponto	
  correspondente	
  no	
  
cérebro	
  (lados	
  opostos)	
  
–  a	
  área	
  dedicada	
  a	
  uma	
  parte	
  do	
  corpo	
  varia	
  de	
  acordo	
  com	
  a	
  
necessidade	
  da	
  espécie	
  (proporcional	
  ao	
  nº	
  de	
  receptores)	
  
•  quanto	
  maior	
  a	
  importância,	
  maior	
  a	
  densidade	
  de	
  impulsos	
  
sensoriais	
  na	
  região	
  do	
  córtex	
  correspondente	
  
•  Ex:	
  face,	
  vibrissas,	
  nariz	
  e	
  boca	
  dos	
  roedores	
  e	
  gatos	
  
•  membros	
  torácicos	
  gato	
  e	
  macaco	
  
•  língua,	
  lábios,	
  dedo	
  polegar/indicador	
  humanos	
  
Representação	
  somatotópica	
  
Áreas	
  cor:cais	
  e	
  suas	
  funções	
  específicas	
  
•  Para	
  funções	
  motoras	
  ou	
  sensoriais	
  há	
  áreas	
  diferenciadas.	
  Dependendo	
  da	
  espécie	
  
animal,	
  o	
  posicionamento	
  e	
  a	
  dimensão	
  de	
  cada	
  área	
  variam,	
  como	
  p.ex.	
  as	
  áreas	
  
sensoriais	
  visual,	
  audi>va	
  e	
  olfa>va.	
  
•  As	
  áreas	
  motoras	
  e	
  sensoriais	
  são	
  divididas	
  em	
  	
  1árias	
  e	
  2árias,	
  sendo	
  as	
  1árias	
  
conectadas	
  diretamente	
  com	
  músculo	
  ou	
  receptor	
  sensorial	
  específicos,	
  permi>ndo	
  
precisão;	
  as	
  2árias	
  aprimoram	
  a	
  a>vidade	
  primária.	
  
	
  
Ex.1:	
  as	
  áreas	
  sensoriais	
  2árias	
  ficam	
  próximas	
  às	
  áreas	
  primárias	
  e	
  permitem	
  a	
  percepção	
  
da	
  cor,	
  da	
  intensidade	
  luminosa,	
  das	
  linhas	
  e	
  dos	
  ângulos,	
  relacionados	
  à	
  sensação	
  
visual.	
  
Ex.2:	
  áreas	
  suplementar	
  e	
  pré-­‐motora,	
  junto	
  com	
  os	
  gânglios	
  da	
  base,	
  auxiliam	
  o	
  córtex	
  
motor	
  primário	
  a	
  promover	
  a:vidade	
  motora	
  altamente	
  específica.	
  
	
  
•  Existem	
  também	
  áreas	
  no	
  córtex	
  que	
  não	
  podem	
  simplesmente	
  ser	
  consideradas	
  
como	
  sendo	
  motoras	
  e	
  sensoriais,	
  1árias	
  ou	
  2árias;	
  são	
  chamadas	
  áreas	
  de	
  associação,	
  
porque	
  recebem	
  e	
  analisam	
  sinais	
  de	
  várias	
  regiões	
  do	
  córtex	
  e	
  de	
  estruturas	
  
subcor>cais.	
  
Campo receptivo do aferente A de 2ª. ordem 
Campo receptivo do aferente B de 2ª. ordem 
Aferente de 
1ª. ordem 
Aferente A 
de 2ª. ordem 
Divergência	
  de	
  
informação	
  
Aferente B de 
2ª. ordem 
Convergência	
  
de	
  informação	
  
Campo receptivo de periférico de 1ª. Ordem 
(neurônios mostrando alguma sobreposição) 
Organização dos campos receptivos, mostrando convergência 
e divergência de sinais nos neurônios de 2ª. ordem 
Aferente de 
2ª. ordem 
Interneurônio 
inibitório 
Frequência	
  de	
  descarga	
  
Tempo	
  (seg)	
  	
  	
  Inibitório	
  
Excitatório	
  	
  	
  	
  Excitatório	
  
CAMPOS	
  RECEPTIVOS	
  EXCITATÓRIOS	
  E	
  
INIBITÓRIOS	
  DOS	
  NEURÔNIOS	
  
SENSORIAIS	
  CENTRAIS	
  
 
A.   A	
  área	
  azul	
  representa	
  o	
  campo	
  recep:vo	
  
excitatório,	
  área	
  em	
  que	
  os	
  esGmulos	
  
produzem	
  excitação	
  do	
  neurônio.	
  
Circundando-­‐a	
  há	
  um	
  campo	
  inibitório	
  
(em	
  vermelho),	
  no	
  qual	
  os	
  esGmulos	
  
inibem	
  o	
  neurônio	
  central	
  por	
  meio	
  de	
  
interneurônio	
  inibitório.	
  
	
  
B.	
  Efeito	
  da	
  es:mulação	
  dos	
  campos	
  
excitatórios	
  e	
  inibitóriossobre	
  a	
  
freqüência	
  da	
  descarga	
  do	
  neurônio	
  de	
  
2ª.	
  ordem.

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