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Fundamentos dos materiais de construção 2 – Estrutura atômica e ligação interatômica Universidade Federal de Santa Maria – UFSM Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas Curso de Engenharia de Produção Prof. Cristiano J. Scheuer ONDE ESTAMOS? Introdução à ciência dos materiais. • 1ª Avaliação: Estrutura e ligações atômicas. Estrutura dos sólidos cristalinos. Imperfeições nos sólidos cristalinos. Solidificação dos metais e ligas. Difusão em sólidos. Propriedades mecânicas dos materiais. Discordância e mecanismos de aumento de resistência. ROTEIRO DA AULA • Introdução. • Estrutura atômica. • Ligações atômicas nos átomos. O QUE LEMBRAR DA AULA 1? • Materiais estão intimamente ligados a nossa vida. • Propriedades dos materiais dependem da composição e estrutura. • Correlação propriedade-estrutura-processamento-desempenho. OBJETIVOS DA AULA 2 • Identificar os dois modelos atômicos apresentados e entender suas diferenças. • Descrever o princípio quântico-mecânico que está relacionado às energias dos elétrons. • Descrever de forma sucinta as ligações iônica, covalente, metálica, e de van der Waals. • Identificar quais materiais exibem cada um dos tipos de ligações citadas anteriormente. INTRODUÇÃO Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 16. • Exemplo: diamante x grafite INTRODUÇÃO ESTRUTURA ATÔMICA • Conceitos fundamentais – o átomo: Número atômico (Z): número de prótons (neutralidade = número de elétrons). Massa atômica (A) soma da massa de prótons e nêutrons (A Z + N). Isótopos: diferentes massas atômicas. Peso atômico: média ponderada da massa dos isótopos. Elétrons (-) -1,6 x 10-19 C 9,11 x 10-31 kg Nêutrons (N) 1,67 x 10-27 kg Prótons (+) +1,6 x 10-19 C 1,67 x 10-27 kg • Conceitos fundamentais – modelos atômicos: Modelo de Bohr. − Energia dos elétrons é quantizada (valores específicos). ESTRUTURA ATÔMICA Modelo planetário Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 18 . − Níveis ou estados de energia. − Salto quântico → mudança da energia do elétron. − Não explica alguns fenômenos. • Conceitos fundamentais – modelos atômicos: Modelo mecânico-ondulatório → probabilidade do átomo estar na posição. ESTRUTURA ATÔMICA Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 20. n, l, ml, ms → determina o tamanho a forma e a orientação da nuvem. ESTRUTURA ATÔMICA Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 20. Momento de spin Princípio da exclusão de Pauli• Números quânticos: • Nem todos os átomos tem os níveis energéticos completos. • Estado fundamental. • Transições eletrônicas para estados de maior energia. ESTRUTURA ATÔMICA • Configuração eletrônica (ocupação dos estados energético). • Elétrons de valência (ocupam a camada mais externa). • Configuração eletrônicas estáveis (ganha ou perde e-). ESTRUTURA ATÔMICA Fonte: https://www.slideshare.net/DeividPrates/cincia-eengenhariadosmateriais, slide 19. ESTRUTURA ATÔMICA Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 22 e 23. ESTRUTURA ATÔMICA • A tabela periódica: Colunas relacionadas com a Valência (propriedades semelhantes). Elementos eletropositivos: Doam elétrons para se tornar íons +. Elementos eletronegativos: Recebem elétrons para se tornar íons - D o a 1 e D o a 2 e D o a 3 e G as es I n er te s A ce it a 1 e A ce it a 2 e O Se Te Po At I Br He Ne Ar Kr Xe Rn F ClS Li Be H Na Mg BaCs RaFr CaK Sc SrRb Y Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 24. • A tabela periódica: eletronegatividade. Gama de 0,7 a 4. Valores elevados: Tendência de receber elétrons. Menor eletronegatividade. Maior eletronegatividade Metal → eletropositivo → cede elétrons ESTRUTURA ATÔMICA Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 24. • A tabela periódica: eletronegatividade. ESTRUTURA ATÔMICA Fonte: http://www.cienciadosmateriais.org/index.php?acao=exibir&cap=2&top=209 . LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS • Forças de energias de ligação: Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 25. Propriedades → forças interatômicas. Aproximação → forças atrativas e repulsivas. Equilíbrio com F=0 ou E=min. Energia de ligação entre os átomos • Tipos (ligações primárias – químicas): Iônicas. Covalentes Metálicas. • A ligação envolve os elétrons de valência. • Depende da estrutura eletrônica dos elementos. • Ligações secundárias (físicas – mais fracas). LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS • Ligações primárias (ligações iônicas): Um átomo sede um elétron e o outro recebe. É a ligação predominante nos cerâmicos. Energia de ligação elevada (600 a 1500 kJ/mol). Temperaturas de fusão elevadas. Materiais duros e quebradiços. Isolante térmico e elétrico. Não direcional. LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS Exemplo do NaCl. Na (metal) Instável Cl (não metal) Instável elétron + - Atração Columbiana Na (cátion) Estável Cl (ânion) Estável LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 27. • Ligações primárias (ligações iônicas): • Ligações primárias (ligações covalentes): Um átomo compartilha elétrons com outro átomo adjacente. Ex: H2O, HCl, Cl2, H2, diamante, Si, etc. Podem ser forte (diamante: 713 kJ/mol) ou fracas (bismuto: 450 kJ/mol). Número de ligações covalentes (8-N’). Nenhuma ligação é 100% iônica ou covalente (posição e eletronegatividade). Direcional. Principal tipo de ligação entre os materiais poliméricos. LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS • Ligações primárias (ligações covalentes): LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 28. LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS • Ligações primárias (ligações iônicas vs ligações covalentes): Fonte: http://www.cienciadosmateriais.org/index.php?acao=exibir&cap=2&top=203. • Ligações primárias (ligações metálicas): LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 29. Elétrons de valência não se ligam à elétrons de outros átomos. Núcleos iônicos. Ligação pode ser fraca (Hg, Sn) ou forte (W) (68 a 849 kJ/mol). Elétrons livres mantém os núcleos iônicos colados. Não direcional. Ligação existente nos materiais metálicos. • Ligações primárias (ligações metálicas): LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS Fonte: http://www.cienciadosmateriais.org/index.php?acao=exibir&cap=2&top=213. • Ligações secundárias ou ligações de Van der Waals. Fracas comparadas as ligações primárias (10 kJ/mol). Existe em todo átomo ou molécula (pequena quando comparada às primárias). Força de ligação surge a partir de um dipolo elétrico. LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 29. • Ligações secundárias ou ligações de Van der Waals. Dipolo Induzido Flutuante: (ex: gases raros, H2 e Cl2) Dipolo Induzido – moléculas polares: (mais intensa que a flutuante) Dipolo permanente: Mais forte (ponte de Hidrogênio) LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 31. • Ligações secundárias: LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS Fonte: http://www.cienciadosmateriais.org/index.php?acao=exibir&cap=2&top=33. • Ligações (exemplos): LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 28. • Ligações e os materiais: LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS Fonte: Shackelford, J. F.. Ciência dos materiais. 6ª ed. São Paulo: Editora Pearson, 2008, Pág. 38. • Estudos de caso: LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS Fonte: Callister, W.D.; Rethwisch, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012, Pág. 32. LIGAÇÕES ATÔMICAS NOS SÓLIDOS Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=molecula-individual-fotografada& O QUE É IMPORTANTE LEMBRAR? • Tipo de ligação atômica influencia nas propriedades. • Elétrons de valência são fundamentais para formação de ligações. • Os três tipos de ligações e suas características. • Existência das ligações secundárias e sua importância. REFERÊNCIAS • CALISTER, W.D.; RETHWISCH, D.G. Ciência e engenharia de materiais: uma introdução. 8ª ed. São Paulo: Editora LTC, 2012. ► Capítulo 2 – Estrutura atômica e ligação interatômica → Páginas: 16 – 32.