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Crimes Hediondos - Leis Especiais - Gabriel Habib

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Matéria:Leis Especiais – Prof: Gabriel Habib 
 
 
 
DISCIPLINA: Leis Especiais 
PROFESSOR: Gabriel Habib 
MATÉRIA: Crimes Hediondos 
 
Indicações de bibliográficas: 
• Lei 8.072/90 
 
Palavras-chave: 
• Conceito 
• Equiparação 
 
TEMA: Crimes Hediondos 
 
PROFESSOR: Gabriel Habib 
 
 
Crimes Hediondos – Lei 8.072/90 
Previsão Constitucional 
Art. 5°, XLIII, CFRB – Equiparou os crimes de tortura, tráfico e terrorismo a crimes hediondos, 
vendado a eles a graça, anistia e a fiança. 
Critério utilizado para definir crimes como hediondos 
Critério legal – Apenas a lei pode dizer os crimes que são hediondos. Esta lei não cria novos tipos 
penas, apenas seleciona os que serão considerados hediondos. 
Art. 1° da Lei 8.072/90 
Inciso I – O homicídio simples será crime hediondo desde que praticado em atividade de grupo de 
extermínio. 
O homicídio qualificado-privilegiado não é considerado hediondo. 
Inciso II – A extorsão qualificada pela morte é hediondo (Art 158, § 2° CP). Porém o sequestro 
relâmpago com resultado morte (Art. 158 § 3°, CP) não é hediondo. 
Art. 2° da Lei 8.072/90 
O artigo repete a equiparação como feito na CFRB, incluindo a vedação ao indulto (que consite na 
anistia individual). 
 
 
Matéria:Leis Especiais – Prof: Gabriel Habib 
O tráfico privilegiado (Art. 33, § 4° da Lei 11.343/06) não é considerado equiparado a hediondo 
segundo o STF e o STJ. 
Art. 2°, § 1° da Lei 8.072/90 – Regime Inicialmente Fechado 
Redação originária – Regime integralmente fechado 
Essa disposição violava o princípio da individualização da pena, sendo assim, inconstitucional, 
tendo o STF feito tal declaração no HC 82.959/SP de 23/02/06 apenas com eficácia inter partes. 
Porém a maioria dos tribunais já começou a aplicar a progressão de regime. 
A alteração herga homnes se deu pela lei 11.464 de 28/03/07, passando a constar o termo 
“inicialmente fechado”, permanecendo portanto inconstitucional por ainda violar o princípio da 
individualização da pena segundo o informativo 672 do STF e 540 do STJ. 
Substituição de pena privativa de liberdade pela pena restritiva de direitos 
Como o único argumento para negar a substituição era o cumprimento do regime integralmente 
fechado, com o HC 82.959/SP de 28.03.06 passou a ser possível a progressão de regime, não 
havendo mais justificativa para tal vedação, passando portanto a ser possível a substituição. 
Art. 2°, § 2° da Lei 8.072/90 – Frações da Progressão de Regime no Tráfico de Drogas 
Primário – 2/5 
Reincidente – 3/5 
LEP – 1/6 – Aplica-se a crimes praticados antes da vigência da Lei 11.464/07 por força da súmula 
471 do STJ. 
Art. 83 do Código Penal – Prazo para Livramento Condicional 
V – Deve cumprir mais de 2/3 se for primário ou reincidente sem ser específico. 
Reincidente Específico – Quem pratica os crimes de tortura, terrorismo ou hediondos mais de 
uma vez (transitado em julgado), sem necessariamente ser o mesmo tipo penal. 
Tal disposição não retroage a quem praticou esses crimes antes do advento da Lei 8.072/90. 
A Lei 13.344/16 incluiu o crime de tráfico de Pessoas no rol dos crimes que tem de cumprir mais 
de 2/3 da pena para receber o livramento condicional, sem com isso torná-lo hediondo. 
Não Se aplica o art. 83 do CP ao tráfico pois na lei de drogas no art. 44 § único há previsão 
específica para tal concessão (2/3 sem mencionar a palavra “mais”) obedecendo o princípio da 
especialidade. 
Art. 8° da Lei 8.072/90 – Associação Criminosa 
Quando houver concurso de crimes entre a associação criminosa e crime hediondo ou 
equiparado, a pena da associação criminosa passará a ser de três a seis anos de reclusão. 
Quem praticou o crime de associação para o tráfico antes da vigência da Lei 11.343/06 terá a 
pena de três a seis anos conforme o artigo 288 do CP c/c art. 8° da Lei 8.072/90. 
 
 
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Por tratar-se de crime permanente, a associação para o tráfico que ainda estava em curso com o 
advento da Lei 11.343/06, deve por ela ser regida, ou seja, ter a pena de três a dez anos aplicada, 
com fundamento na súmula 711 do STF.

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