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Lei de Drogas - Leis Especiais - Gabriel Habib

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DISCIPLINA: Leis Especiais
PROFESSOR: Gabriel Habib
MATÉRIA: Lei de Drogas 
Indicações de bibliográficas:
• Lei 11.343/06
Palavras-chave: 
• Conceito
• Requisitos
TEMA: Lei de Drogas
PROFESSOR: Gabriel Habib
Tipos Penais
Art. 28 – Porte para uso
Houve uma despenalização, a conduta continua sendo crime e tendo pena, mas está é uma pena 
mais suave (Informativo 465, STF).
O uso de drogas é atípico.
Especial fim de agir – Para consumo pessoal.
§ 2º - Não há critérios específicos para definir se é para consumo próprio, deverá ser analisado 
pelo juiz no caso concreto.
§ 4º - Não precisa ser reincidente específico.
§ 6º, I – A admoestação verbal e a multa não são penas, são meios de coerção para obrigar o 
agente a cumprir a pena.
Competência – Jecrim (federal ou estadual)
Prescrição (Art. 30) – Aplicam-se as causas de interrupção do art. 117 do CP e as causas de 
suspensão do art. 116 do CP. Se refere a pretensão punitiva e executória.
Matéria:Leis Especiais – Prof: Gabriel Habib
Princípio da insignificância – Não se aplica porque o bem jurídico tutelado é a saúde pública, um 
bem de interesse supra-individual, coletivo.
Art. 32, § 4° - A desapropriação recairá sobre todo o terreno mesmo que o cultivo seja apenas em 
parte deste. Se o terreno for bem de família ainda assim poderá ser desapropriado.
Art. 33, caput – Tráfico de drogas
• Considera-se tráfico os arts. 33, caput, § 1° e art. 34 desta lei.
Competência (Art. 70) – Em regra será estadual, somente será da justiça federal quando se tratar 
de tráfico transnacional (bastando para isso que a droga transcenda o território nacional – Súmula 
522, STF).
Princípio da insignificância - Não se aplica porque o bem jurídico tutelado é a saúde pública, um 
bem de interesse supra-individual, coletivo.
Consumação – Com a prática das condutas. Negociação para aquisição de droga já é suficiente 
para configurar a aquisição da droga (informativo 569, STF).
• O grau de pureza da droga não pode ser levado em consideração para dosimetria da pena 
e aumento desta.
Art. 33, § 1°, I – Matéria prima para produção ou preparação da droga.
Podem ser absorvidos pelo art. 33 se houver uma unidade de contexto fático (informativo 791, 
STF).
Qualquer substância que possa ser empregada na produção, mesmo que seja lícita.
Importação de semente de maconha configura este crime.
Art. 33, § 1°, II – Utilização ou consentimento para que usem de local para tráfico de drogas.
Pode ser local móvel ou imóvel.
Crime próprio.
Art. 33, § 2° - Induzir instigar ou auxiliar alguém ao uso de droga.
Será auxílio desde que não configure nenhuma conduta do art. 33, caput.
Não é necessário que o indivíduo chegue a usar efetivamente a droga.
Podem ser absorvidos pelo art. 33 se houver uma unidade de contexto fático.
Matéria:Leis Especiais – Prof: Gabriel Habib
Art. 33, § 3° - Uso compartilhado
Eventualmente – Ocasional, não reiterado.
Se oferece a várias pessoas há concurso de crimes.
Sem objetivo de lucro, se houver será tráfico.
Consumação – Com a oferta, não sendo necessário que a pessoa aceite ou faça uso.
Especial fim de agir – para juntos consumirem.
Preceito secundário – Sem prejuízo das penas do art. 28.
Não é necessário que no momento da oferta esteja portando a droga, mas se o tiver haverá 
concurso com o art. 28.
Art. 33, § 4° - Tráfico privilegiado
Natureza – Causa de diminuição de pena.
Requisitos (não cumulativos):
• Ser primário
• De bons antecedentes
• Não se dedicar a atividade criminosa
• Não integrar organização criminosa
Aplica-se ao caput e ao § 1° do art. 33.
Não pode retroagir – Súmula 501 do STJ
Não é mais equiparado a hediondo (informativo 831, STF)
A redução é um direito do acusado, preenchidos os requisitos o juiz deve aplicá-lo, com base nos 
critérios do art. 59 do CP. Não importando a quantidade de droga (Informativo 850 do STF) já que 
isto já é utilizado para aplicação da pena base.
Art. 34 – Refere-se ao maquinário destinado a fabricação da droga. Objeto ligado a manufatura.
Objeto material – Maquinário, aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado a fabricação, 
preparação, produção ou transformação de drogas. A droga neste momento ainda não existe.
Deve provar a destinação do material para o tráfico de drogas.
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A aplicação deste artigo é subsidiária ao art. 33, sendo praticados no mesmo contexto fático as 
condutas do art. 34 serão absorvidas pelo art. 33 (informativo 791, STF).
Consumação – Com a prática da conduta.
Art. 35 – Associação para o tráfico
Crime associativo, plurisubjetivo ou de concurso necessário (2 ou mais pessoas).
Especial fim de agir – Finalidade tráfico de drogas, devendo ser estável e permanente a 
associação.
Não se equipara a hediondo.
Consumação – Basta a associação. Não cabe tentativa.
Princípio da especialidade – Art. 288, CP
Não exige exame pericial, pois não se exige que esteja portando a droga.
È possível concurso com o art. 33.
Art. 36 – Financiamento ou custeiro do tráfico de drogas.
Exceção a teoria monista do concurso de pessoas, aplica-se a teoria pluralista.
Exige-se estabilidade, reiteração e habitualidade no financiamento ou custeio.
Consumação – Coma prática das condutas.
Art. 37 – Informante do tráfico de drogas
Crime de livre execução
Consumação – Com a efetiva colaboração.
Se colaborar apenas com uma pessoa não configura este tipo penal, haverá apenas participação 
no tráfico alheio.
Tipo penal subsidiário ao art. 33 e 35. Só será aplicado se não configurar os mencionados artigos 
(informativo 527, STJ)
Art. 38 – Tipo exclusivamente culposo
Conduta - Prescrever (médico ou dentista) ou ministrar (médico, dentista, famaceutico ou 
profissional de enfermagem)
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Se houver dolo será o art. 33, caput.
Crime próprio – è necessário estar no exercício da profissão. Tipo misto alternativo.
Consiste em 3 hipóteses:
• Droga desnecessária ao paciente
• Droga necessária ao paciente em quantidade excessiva
• Droga necessária em desacordo com determinação legal ou regulamentar
Consumação – Prescrever – com a entrega da receita; ministrar – com a aplicação da droga, 
independente da consequência ulterior.
Não cabe tentativa.
Se em consequência houver morte ou lesão corporal haverá concurso de crimes.
Art. 39 – Consumo e posterior condução de embarcação ou aeronave
Crime comum de perigo concreto.
Consumação – Com a condução da embarcação ou aeronave expondo a perigo a incolumidade 
pública (necessita de prova).
Princípio da especialidade – Art. 306 do CTB, trata de veículo automotor. O art. 34 da LCP não se 
aplica mais.
Basta que haja um passageiro para que se configure o perigo.
Art. 40 – Causas de aumento de pena
I – Transnacionalidade
II – Função pública
III – Locais onde haja grande concentração de pessoas, se apenas utilizou o transporte público 
para locomover-se não se aplica esta majorante (informativo 547, STJ)
IV – Violência ou grave ameaça, uso de arma
V – Interestadual (sem transposição necessária (Informativo 586 e 587 do STJ)
VI – Para criança ou adolescente (informativo 576 do STJ)
VII – Financiar ou custear (não se aplica aos art. 35, § único e 36) Só incide se o custeio for 
ocasional.
Art. 44 – Vedações
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• Fiança Inconstitucionais (Adin 3112, STF, HC 1878, STJ, 
• Pena restritiva de direitos Informativo 604, STF)
• Liberdade provisória
• Sursis Inconstitucional pois viola a individualização da pena
• Graça
• Indulto Constitucionais
• Anistia
§ único – O prazo para o livramento condicional é de 2/3, vedado ao reincidente específico. (≠ Art. 
83, V do CP que diz mais de 2/3)
Art. 57 – AIJ
Em observânciaao princípio do contraditório e da ampla defesa, aplica-se o art. 400 do CPP que 
diz que o interrogatório do acusado será ao final da AIJ, como ultimo ato da instrução.
Art. 62 – Custódia de bens apreendidos
Serão custodiados pelo delegado de polícia, podendo ele requisitar ao juiz que os bens sejam 
utilizados pela repartição policial para o combate ao crime que deu fundamento a apreensão. A 
isto é chamado de sistema capitalista de combate ao crime organizado.
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