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Fundamentos Epsitêmicos Da Psicologia

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Universidade Estácio De Sá
Curso De Psicologia
Fundamentos Epistêmicos Da Psicologia
Computadores À Luz Da Psicologia
Thiago Soares Da Silva
Rio De Janeiro
04/10/2017
Computadores podem pensar?
Com o avanço da tecnologia , cada vez mais a sociedade se questiona, como será o futuro, do homem em relação com as máquinas. Em menos de 50 anos a tecnologia mudou completamente a forma de vida das mais diversas sociedades e culturas em todo o mundo , então tal questionamento se mostra necessário; onde chegaremos, quais mudanças a tecnologia ainda pode causar no mundo como um todo e nas pessoas enquanto indivíduos .
O texto “ Os computadores podem pensar ?” de ( Charles Crittenden) nos traz questionamentos a cerca da tecnologia, e a partir de seu presente podemos supor o que poderá acontecer em um curto período de tempo , esse questionamento se faz necessário pois cada vez mais o mundo tecnológico ganha mais força e se aproxima de ganhar o reconhecimento de vida além da artificial .
A questão é justa , será que de fato podem os computadores , pensa , lembrar , planejar entre outra capacidades humana em sua plenitude? Será que tais tarefas anteriormente atribuídas apenas aos seres humanos , podem ser hoje ou até mesmo no futuro atribuídas também as máquinas ?
Na minha opinião não. Assim como fomos criados seja pela visão criacionista , seja pela teoria do big bang, o fato é que fomos criados por uma força maior que nós e até hoje não somos capazes nem de compreender , seja ela atribuída a Deus ou a eventos naturais , podemos constatar que nós nunca chegaremos ao mesmo patamar de quem ou o que nos criou , nunca seremos capazes de replicar a criação da forma que ela se deu , nossas capacidades são infinitamente inferior ao que nos criou . O que quero dizer com isso é que não acredito que a criação poderá se aproximar e muito menos se igualar ou ultrapassar o os criou , ou seja por mais incríveis que sejam os computadores sejam , eles nunca poderão chegar a ter um status parecido e bem menos que seus criadores .
Mais um ponto levantado no texto que segue na mesma direção de pensamento , que é discutir o quanto os computadores poderão se aproximar nós enquanto seres pensantes . Questionamos o porquê de termos usados na psicologia estarem sendo vinculados a atividades funcionais dos computadores e não só a funcionalidades , mas também , sendo implementados à eles como sendo eles uma forma de vida como indivíduos e em sociedade ? Por que termos como depressão , ansiedade , alegria , esgotamento mental , angústia entre outros , termos usados até então apenas para determinar algum tipo de questão ou sofrimentos vividos apenas por seres humanos.
Apesar de ser provavelmente impossível possam mesmo em um futuro distante , que eles tenham emoções e sentimentos parecidos com os nossos , seus criadores querem a todo custo que eles possam se mostrar parecidos com os seres humanos , talvez por isso o uso , na minha opinião inadequado de termos psicológicos.
As inúmeras possibilidades geradas pelo surgimento do ciberespaço estão transformando as relações humanas e inaugurando novas formas de convívio e relacionamento. A agilidade atualmente presente nas várias formas de interação proporcionadas pela Internet vem proporcionando aos internautas novas formas de ser e de estar no mundo. O conjunto desses fenômenos, aliados às ferramentas de trabalho informatizadas, impõem desafios à Psicologia. 
Um longo caminho se percorreu desde aquela época até os dias atuais, e agora os computadores são capazes de coisas que ninguém imaginava a 10 anos. Porém, a interação entre seres humanos não se mostra tal qual a relação entre homem e máquina.
A troca de informações entre seres humanos se dá através de uma interação inteligente e subjetiva, pela fala, gestos e mudanças no rosto. Quem interage com você percebe as mudanças que ocorrem fisicamente e as associam ao seu estado de espírito . Já o computador não consegue interagir da mesma forma: as emoções são consideradas de pouca relevância. Expressões faciais não são processadas e analisadas pelo sistema, algo tão trivial de ser decifrado por seres humanos. Bom, pelo menos não eram.
Desde a década de 1980 que cientistas tentam criar androides e replicar o comportamento humano em máquinas. Mesmo estando relativamente fora do circuito principal de tecnologia robótica, o Brasil oferece muito espaço para a execução de um projeto científico tão ambicioso. “A maior parte do trabalho já desenvolvido na área de Computação Afetiva serve para a língua inglesa”, explica Barretto. “O trabalho da Poli, e de outros centros de pesquisa brasileiros, se concentra no português do Brasil e constroi, tijolo por tijolo, as bases para que no futuro, quando a tecnologia alcançar maturidade necessária, nossa língua não fique de fora.”
Já existem dispositivos que analisam no ato qual emoção melhor se aproxima de um rosto numa foto. Contudo, essa técnica está longe de ser a ideal. “A análise de fotos por vezes engana o observador, pois o algoritmo poderia identificar raiva, quando na verdade o fotografado estaria pronunciando uma vogal fechada”, diz Barretto. O desafio então é ter os mesmos resultados dos algoritmos instantâneos, mas com imagens em movimento, que se aproximam das situações reais.
“A pesquisa de Gonçalves e Cueva dão passos nessa direção. Gonçalves desenvolveu um programa de computador que percorreu trechos de 5 segundos de vídeo e identifica as alterações na musculatura da face que caracterizam sentimento de alegria ou medo, por exemplo. De acordo com resultados preliminares, o trabalho de Gonçalves conseguiu identificar (em vídeos gravados especialmente para o mestrado) com 90% de acerto quatro tipos de emoção em seres humanos; alegria, tristeza, raiva e medo.
Cueva analisou a conotação que as palavras têm nos diálogos. Pegando trechos de áudio, o especialista comparou os dados de um algoritmo de reconhecimento de emoção de voz com informações publicadas no Twitter, a rede social de microblogs. “A palavra ‘viagem’, por exemplo, possui uma conotação mais positiva”, explica Barretto. Cueva buscou indicadores na rede para descobrir qual impressão geral que as pessoas na rede social têm sobre algumas palavras. “Morte, por outro lado, é mais associada a coisas negativas”, diz Barretto.
Apesar de promissores, os trabalhos desenvolvidos na Poli representam passos iniciais de uma área que tem muito a crescer. “Não tenho expectativa de ver esses robôs funcionando no meu tempo de vida”, explica Barretto. “Simular o comportamento humano, mesmo em situações ridiculamente simples é estupidamente difícil.” Apesar disso, os pesquisadores seguem confiantes. “Ainda estamos longe do objetivo principal, mas a cada dia descobrimos uma coisa nova.” (USP,2014)
Podemos constatar então, que mesmo sendo um assunto que deve sim ser discutido e estudado, mesmo que muitos estudiosos sobre o assunto acreditem que um dia os computadores possam te emoções humanas e assim criar uma demanda de atendimento , como as dos seres humanos , não acredito que isso possa de fato uma dia acontecer . Nós humanos não conseguimos nem cuidar uns dos outros imagina termos que ajudar máquinas com crises existenciais , acredito que a humanidade não está e nunca estará pronta para um desafio como esse.
Para finalizar gostaria fazer algumas colocações de uma corrente filosófica chamada de existencialismo. Essa corrente acredita que nenhum ser humano nasce pré-disposto a fazer ou ser de alguma forma, ela nos diz que o ser cria a sua forma de ser a partir de suas experiências vividas , toda sua gama de sentimentos e emoções são criados a partir da experiência sensível . Um dos nomes mais fortes dessa corrente filosófica disse uma vez uma frase que pode exemplificar de forma clara o que estamos falando , “ Ninguém nasce covarde ou herói”(Sarte,1987) , isso quer dizer que ninguém nasce sendo o que é, ele se torna aquilo com o tempo , aprendizado e experiências , coisas que máquina nunca poderãoter , pois elas já nascem com um propósito definido e não há forma de mudar se construir , de moldar enquanto individuo .
Então por mais que esse assunto seja atual e necessário, acho que o que é ainda mais necessário de se discutir é , como nós seres humanos faremos para não nos tornarmos máquinas , para sermos apenas objetos de uso nesse mundo . Cada dia mais podemos perceber o distanciamento entre as pessoas e a tecnologia tem uma grande parcela de culpa nisso . Temos que nos cuidar não para que as máquinas fiquem parecidas conosco , mas que nós nos tornemos parecidos com elas , perdendo cada vez mais a nossa humanidade para sermos apenas objetos. 
 
Referências
Jean Paul Sartre-1987
Universidade de são Paulo-2014

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