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Contestação em Processo Cível

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA ____VARA CÍVEL DA COMARCA DE BAURU DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
Processo n° xxxxxxxx
VIAÇÃO METERORO LTDA, já qualificado nos autos em epígrafe, por seu advogado __________, OAB/RS ________, em procuração anexa, com escritório estabelecido na Rua ________, n° __, Bairro _____, cidade _____, vem , respeitosamente, perante a V. Exa., apresentar
CONTESTAÇÃO 
Ao pedido ajuizado pela CAIPIRA HORTALIÇAS ME, também já qualificados nos autos, nos seguintes termos :
I) DAS ALEGAÇÕES DO AUTOR
Argumenta o autor que na noite chuvosa e com a pista com pouca visibilidade e com vestígios de óleo sobre a pista do dia 11/02/2017 estava viajando na BR -345 no Km 147 retornando para sua casa depois de mais um dia de rotina de entregas de legumes e verduras em sua pick-up Ranger, teria a perdido o controle do seu automóvel após deslizar numa poça de óleo e por causa da manobra realizada pelo motorista a empresa de ônibus VIAÇÃO METEORO LTDA., que este estava com o ônibus desgovernado e vindo em direção, atravessando a pista contraria indo colidir com seu automóvel, que por sua vez já estaria se direcionando para o acostamento para estacionar a pick-up. 
Expõe, que em decorrência do impacto da colisão, a pick-up Ranger foi arremessada 10 metros do local de onde ela estava parada, com isso o condutor do veículo, que encontrava-se no interior do mesmo, chocou-se contra um barranco da lateral da via, batendo com a cabeça e com isso teve um corte na testa, fratura nas pernas e braços. 
Descreve por fim, que sua seguradora deu perca total ao veículo, pois houve danos no chassi e amassados em toda a lataria, porém feito um orçamento pela seguradora do réu o valor de menos preço para o conserto da pick-up seria no valor de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais). E como o autor é micro empresário e tira a renda de seu sustento com a comercialização de verduras e legumes nas cidades em sua região utilizando a o veículo não teria como produzir essa renda. Analisando o balanço geral da empresa do autor, ela produzia mensamente uma renda de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), sendo que R$ 10.000,00 (dez mil reais) eram para despesas de manutenção da microempresa e o restante era de lucro. Portanto neste período de 3 (três) meses onde o autor fico restaurando sua saúde e impossibilitado de trabalhar, a empresa não produziu e zerou seu lucro e ficou devendo o aluguel de sua loja, seus fornecedores e acumulou um prejuízo de R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Diante exposto, o autor quer reparação pelos danos sofridos, evidenciando que as consequências destes são em decorrência da atitude do motorista requrndo um ressarcimento na cifra de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais), com correção monetária. 
II) DA PRELIMINAR DE LEGITIMIDADE PASSIVA
A) INCAPACIDADE DA PARTE, DEFEITO DA REPRESENTAÇÃO OU FALTA DE AUTORIZAÇÃO.
Segundo nos traz o CPC de 2015 no seu art. 337, IX, nota a ré que há ausência da juntada da Procuração e dos atos constitutivos da Autora, por se tratar de pessoa jurídica de direito privado, devendo Vossa Excelência da a oportunidade à parte a viabilidade de juntar os documentos no prazo legal, sob a pena de extinção do objetivo.
 
III) DA DENUNCIA DA LIDE
Conforme trás no Art. 125, II do Código de Processo Civil, define poder ser cabível à lide o chamamento de terceiro ao processo, quando:
ART 125 – “É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:”
II –“àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.”
De acordo com o artigo exposto, requer a parte ré que seja citada para fazer parte do processo a denunciada SEGURADORA TRAFEGAR LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica n° ___, com sede na rua _____, n° ____, na cidade de ________, com suspensão do feito, instituindo a data para que seja realizada a audiência de prosseguimento do processo, até o julgamento final.
IV) DO MÉRITO 
A) DA INEXISTÊNCIA DE PROVA
A ação é improcedente, pois não há total existência de provas, culpa e por consequência a falta de responsabilidade legal a parte ré, também a culpa exclusiva da autora, analisado no Art. 373, incisos I e II, nestas palavras:
Art.373 – “O ônus da prova incumbe:”
I – “ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito”;
II – “ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificado ou extintivo do direito o autor”.
Na petição inicial o autor menciona que quando trafegava a caminho de sua residência pela pista onde ocorreu o acidente, a BR estava com a superfície coberta de óleo e as condições climáticas não estavam favoráveis para uma boa visualidade e em consequência disso o autor escorrego na pista e perdeu o controle do veículo, mantendo-se no seu lado da pista sem invadir a pisa contrária. E ao tentar conduzir o se automóvel para o acostamento foi surpreendido com a invasão do ônibus que trafegava pelo lado contrário de oposto de sua mão da pista. Contraposto o descrito pelo autor, o que realmente ocorreu foi que o motorista da Viação Meteoro LTDA trafegava normalmente pela pista da BR, quando o veículo da autora perdeu o controle e veio na direção ao ônibus sem controle algum. Ainda o pressuposto réu, tentou realizar uma manobra brusca para tentar evitar a colisão, mas não obteve sucesso, acontecimento que pode ser confirmada pelos passageiros do ônibus que estavam sentados nas primeiras poltronas, e que agora estão arroladas ao processo.
Também o Laudo Pericial fls. ___ realizado pelos peritos da Polícia Rodoviária Federal foi inconclusos em relação de quem teria sido o responsável pelo acidente, o que já seria possível a afastabilidade da ré, visando que a impossibilidade de atribuição de culpa. O relatório da SEGURADORA TRAFEGAR LTDA (anexo), declarava que como a perícia feita pela PRF foi inconclusa, não teria como afirmar o que foi relatado na petição inicial e ainda haveria outra versão segundo os passageiros e a posição dos veículos.
B) DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA
A autora concedeu a responsabilidade civil subjetiva à ré conforme diz o Art. 186 do Código Civil, “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” Mesmo assim não foram encontrados ele elementos de culpa no fato jurídico, que é um elemento básico para que haja a obrigação de reparo de dano, conforme explica Tartuce (2015):
“Conforme demonstrado, a responsabilidade subjetiva constitui regra geral em nosso
ordenamento jurídico, baseada na teoria da culpa. Dessa forma, para que o agente indenize, ou seja, para que responda civilmente, é necessária a comprovação da sua culpa genérica, que inclui o dolo (intenção de prejudicar) e a culpa em sentido restrito (imprudência, negligência ou imperícia). Por isso, em regra e no plano civil e processual, a ação de responsabilidade civil pode ser comparada a uma corrida de duas barreiras. Cada uma dessas barreiras representa um ônus existente contra o demandante. A primeira barreira é a culpa e a segunda é o dano.”
C) DA CULPA EXCLUSIVA DA AUTORA
Temos que citar ainda a culpa exclusiva da autora. Segundo fatos trazidos na inicial pela própria autora, e agora também trazida pela ré na composição dos fatos, a pista estava coberta de óleo, estava chovendo intensivamente e tinha forte neblina, condições climáticas que 	facilitaram que a autora perdesse o controle de seu automóvel indo em direção ao ônibus da empresa Viação Meteoro LTDA, o que pode se confirmado pelo depoimento dos passageiros que estavam nas primeiras poltronas e que já estão arrolados no processo. Assim concorrendo a autora com a culpa exclusiva do fato.
A culpa exclusiva da vítima não está expressamente na lei. Porém, sua construção foi adotada por meio de doutrina, jurisprudência e legislação extravagante, onde há relação entre o dano e seu causador ficandocomprometido, isto quer dizer o nexo causal inexiste. 
V) DA RECONVENÇÃO
A ré propõe em companhia da contestação, reconvenção nos termos do Art. 343 do CPC que diz:
Art. 343 – “Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.”
	“§ 1.° Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa do seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.”
	“§ 2.° A desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.” [...]
Conforme o artigo exposto acima é óbvio que a ré não tem responsabilidade pelos danos ocorridos no acidente em que a parte autora propõe.
Contrariamente, a Ré deve ser indenizada materialmente pelos danos sofridos em seu ônibus quando ocorreu o acidente, no valor de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), este foi o menor valor dos orçamentos e foi apresentado pela empresa OFICINA RODOCAR LTDA, entre os três orçamentos apresentados que estão em anexo.
VI) DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer que:
a) Sejam produzidas toas as provas permitidas de direito, em especial a oitiva das testemunhas;
b) A autora seja intimada para sanar os vícios apontados na preliminar;
c) Sejam intimadas as testemunhas, caso seja frustrada a notificação das mesmas pela parte;
d) Sejam julgados improcedentes os pedidos da autora, condenando-a a arcar com as despesas do processo, ônus sucumbenciais e honorários advocatícios;
e) Sejam julgados totalmente procedentes o pedido formulado pela parte ré, em sede de reconvenção, a fim de condenar a Autora a indenizar os anos materiais a ré no valor de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais) 
Dá se à reconvenção o valor de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil).
Anexo à contestação os seguintes documentos:
I) Boletim de ocorrência;
II) Relatório da Seguradora Trafegar LTDA.
III) Relatório do motorista; 
IV) laudo pericia da polícia rodoviária federal;
V) 03 (três) orçamentos referentes ao conserto do ônibus;
ROL DAS TESTEMUNHAS:
1 – Lauro Carlos Santos, RG ______, CPF N° _____, Endereço ________
2 – Maria Moreira, RG ______, CPF N° ______, Endereço_______.
PEDE DEFERIMENTO. 
Bauro, ______de _______de ______ .
____________________
OAB/RS N°______

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