Buscar

AÇÃO DE CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO VIAÇÃO METEORO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA “XX” VARA CÍVIL DA COMARCA DE BAURU, SP.
PROCESSO NÚMRO “XXXXXXXXXXXX”
VIAÇÃO METEORO LTDA., já qualificada nos autos da AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS que lhe move CAIPIRA HORTALIÇAS LTDA, vem, respeitosamente, por seu procurador já presença de Vossa Excelência propor:
CONTESTAÇÃO COM RECONVENÇÃO
Ação de indenização por perdas e danos materiais, interposta por CAIPIRA HORTALIÇAS LTDA - ME, já qualificada nos autos da inicial, pelos motivos de fato e de direitos a seguir.
DOS FATOS
A empresa Caipira Hortaliças Ltda. -ME, ajuizou ação de indenização contra a empresa Viação Meteoro Ltda., solicitando o pagamento de indenização por perdas e danos, referente ao acidente de trânsito ocorrido no dia 11/01/2017, na rodovia BR-345, KM 447. O contestado estava transitando com sua pick-up quando o veículo derrapou por conta das más condições da estrada, que continha uma leve camada de óleo e chovia muito, porém permaneceu em sua mão direcional, quando de repente foi surpreendido pela invasão do veículo ônibus de propriedade da Viação Meteoro, dirigia na contra mão. Por conta do acidente Sr. Barnabé dono da empresa Caipira Hortaliças Ltda. ME, ficou sem trabalhar durante três meses, gerando assim prejuízos para sua empresa. 
Na ação de indenização o contestado pede o valor de R$35.000,00 referente ao conserto da pick-up, mais a quantia de R$30.000 ,00 referente aos três meses que a empresa ficou parada, sem prejuízo do pagamento da quantia de R$ 10.000,00 em relação ao prejuízo sofridos com seus consumidores e locador do imóvel. 
A contestante solicitou um relatório preparado pela Seguradora e por colaboradores da própria empresa, e segundo relatos do motorista da empresa Viação Meteoro Ltda., ele vinha trafegando normalmente pela via, quando, de repente, se surpreendeu com o veículo pick-up, este que perdeu o controle na curva, e vinha em sua direção totalmente fora de controle. Em razão da manobra efetuada, o motorista optou por fazer uma manobra brusca, virando o veículo para a esquerda, como forma de se desvencilhar de uma colisão. No entanto, não houve tempo hábil, pelo que o ônibus colidiu com o veículo, que foi arremessado para o canteiro central da pista. O motorista cita ainda que duas testemunhas que estavam nos primeiros lugares do ônibus tiveram também essa impressão.
O conteúdo do referido relatório indicava que, como a perícia policial foi inconclusiva, por não poder colher as marcas de frenagem dos veículos envolvidos no acidente, não havia como se afirmar a versão relatada na inicial do processo. O relatório, através da posição dos veículos e de relatos de passageiros, indica uma outra versão para o acidente. A contestante realizou levantamentos ainda dos danos sofridos pelo ônibus da empresa, constatado que parte dianteira do ônibus sofreu avarias, e os faróis e as setas do lado esquerdo ficaram quebrados. Os três orçamentos ficaram 
em R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais); R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) e o da Oficina Rodocar Ltda., mais em conta, em R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), conforme documentos em anexo. Foi ainda apurado, através da análise do tacógrafo do veículo, que este trafegava em velocidade compatível com a via de trânsito. Portanto, com base nessa conclusão, este entendeu pela não realização de qualquer acordo. Cabe lembrar que a transportadora só possuía seguro contra terceiros, pelo que a sua apólice não cobria os danos em seu veículo. O coordenador obteve ainda fotocópia da apólice de seguros, junto ao setor de contratos da empresa. Ressalte-se que houve pedido da apólice original, mas se recusaram a fornecer.
DAS PRELIMINARES
a. Incorreção do valor da causa.
Conforme artigo 293, I do CPC, a parte Ré impugna o valor da causa.
Artigo 293, I – CPC - O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.
A parte autora atribuiu a causa o valor de R$ 1.000,00 ((um mil reais), quando o correto deveria ser R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais), pois o valor da causa ser correspondente a soma dos valores de todos os pedidos cumulados de acordo com artigo 292, VI do CPC. 
Artigo 292, VI - O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles.
Assim o valor da causa deverá ser corrigido por Vossa Excelência nos termos dos artigos enunciados determinando que a parte autora recolha as custas complementares no prazo legal, sob pena de indeferimento da inicial, conforme artigo 321, parágrafo único do CPC. 
Artigo 321 CPC - O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
b. Da incapacidade da parte autora. Defeito de representação.
A parte autora deixou de juntar nestes autos, instrumento de procuração e os atos constitutivos por se tratar de pessoa jurídica de direito privado, vicio este que impossibilita o prosseguimento, haja vista que a autora não possui capacidade postulatória.
Assim, por força do artigo 125, I e artigo 337, inciso IV do CPC, a parte autora deverá juntar nestes autos os documentos supracitados, sob pena de extinção do feito.
Art. 125 - É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
Art. 337, IV CPC - Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: inépcia da petição inicial.
DO MÉRITO. 
a. Da ausência dos pressupostos necessários à obrigação de indenizar – culpa exclusiva da autora.
A autor a pleiteia indenização por danos materiais pelos danos sofridos de supostas condutas praticadas pela viação ré. 
Mas, a parte autora não juntou qualquer prova capaz de indicar que, a parte ré, é causadora do acidente. Só juntou cópia de Boletim de Ocorrência de trânsito e Laudo Pericial como prova emprestada, onde são inconclusivos.
Ainda de acordo com o Relatório do Tacógrafo, que segue anexo, o veículo da ré estava dentro dos limites de velocidade previstos para a via, é de 90 KM/H. Então, não há como falar em responsabilidade da ré, pelo fato que foi a parte autora a realizar a manobra imprudente, e, consequentemente a causadora do acidente e do dano.
O fato é que a parte autora não teve a devida cautela e os cuidados necessários ao realizar a curva, vez que poderia muito bem diminuir a velocidade antes de adentrar a curva, pelo fato das condições climáticas daquela noite estarem desfavoráveis (chuva e neblina). O artigo 28,29,30 ,34 do CTB prevê:
Artigo 28 CTB - O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Artigo 29 CTB. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas: II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas
Artigo 30 CTB - Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de ultrapassá-lo, deverá: I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha; II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual está circulando, sem acelerar a marcha.
Artigo 34 CTB - O condutor que queiraexecutar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
Assim de acordo com as artigos acima e depoimentos testemunhas, o veículo da empresa Viação Meteoro Ltda. vinha trafegando normalmente pela via, quando, de repente, se surpreendeu com o veículo pick-up, este que perdeu o controle na curva, e vinha em sua direção totalmente fora de controle. 
Em razão deste fato, o motorista optou por fazer uma manobra brusca, virando o veículo para a esquerda, como forma de se desvencilhar de uma colisão. O motorista cita ainda que duas testemunhas que estavam nos primeiros lugares do ônibus tiveram também essa impressão.
Assim a parte autora foi que agiu com culpa no acidente, diante dos fatos apurados fica claro que foi a autora, com a manobra efetuada, foi a autora que que descumpriu o disposto dos referidos artigos.
b. Princípio da Eventualidade
Em atenção a este princípio invoca culpa concorrente da autora, pois a manobra perigosa dela influenciou diretamente o acidente. Artigos 944 e 945 Código Civil Brasileiro.
Art. 944 CC. A indenização mede-se pela extensão do dano.
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização.
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano
Ainda de acordo com este princípio (Eventualidade) invoca a improcedência da indenização por danos materiais pelo conserto do veículo. Assim como a Improcedência do pedido de danos emergentes com fornecedores e locador em conformidade com o artigo 944 do Código Civil e invoca, também, ausência de conexão entre esses danos e o acidente.
c. Da denunciação da lide.
O Código de Processo Civil, determina ser cabível a denunciação à lide, chamando terceiro ao processo. Visa o princípio da economia processual com a inserção do verdadeiro responsável pelos efeitos da condenação, dispensando a propositura de ação regressiva.
Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.
Assim, de acordo com artigo citado acima, requer que seja citada para integrar a lide, a denunciada:
SEGURADORA TRAFEGAR LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ número “xxxxxxxxx” com sede na rua “xxxxxx”, número “xx” na cidade de “xxxxxxx”, com suspensão do feito, designando data para realização de audiência par o prosseguimento do feito até o julgamento.
d. Do mérito da contestação.
A Ré propõe juntamente com a contestação, reconvenção nos termos do artigo 343 do Código de Processo Civil que diz: 
Art. 343 - Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Considerando que o autor foi o causador do acidente, com base nos artigos 186, 927, 932 e 402 do Código Civil deve ser responsabilizado a reparar materialmente os danos causados no veículo ônibus da Viação.
Diante do demonstrado nos tópicos e claro que ré não pode ser responsabilizada pelos danos decorrentes do acidente que postula a autora. 
Inversamente, a ré deve ser indenizada pelos danos sofridos em seu veículo que importa em R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), sendo este o menor valor, que foi apresentado pela OFICINA RODOCAR LTDA, entre os três orçamentos anexos. 
DOS PEDIDOS. 
Diante do exposto requer:
a. Acolhimento das preliminares arguidas. Determinando a procedência da impugnação, para a correção do valor da causa, bem como a intimação da autora para corrigir sua representação processual, sob pena da extinção do feito. 
b. Denunciação da lide. Que seja citada, para integrar a lide, a denunciada SEGURADORA TRAFEGAR LTDA, para compor a posição do polo passivo nesta demanda, designando data para realização de audiência para prosseguimento feito até julgamento.
c. Improcedência dos pedidas iniciais. A improcedência dos pedidos iniciais, com a condenação da autora ao pagamento das despesas processuais e honorários advocatícios.
d. Procedência dos pedidos de reconvenção. Procedência dos pedidos para condenar a parte autora no pagamento de indenização por danos materiais no valor de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais), acrescidos de despesas processuais e honorários advocatícios em 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação.
e. Provas. Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidas.
Em relação a presente reconvenção, dá-se à causa o valor de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Bauru, SP. “dia” de “mês” de “ano”
________________________ 
“Nome do advogado”
OAB número “xxxxxx” 
Endereço: Rua xxxxx , número xxx, Bairro xxxx
Bauru - SP

Outros materiais