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Direito Penal I 3º período - 1º Bimestre Letícia Vidal Jaime Aula 01. – 21/02 Doxa (opinião) → Epísteme (conhecimento) “O que é Justiça” – Hans Kelsen Princípios do Direito Penal ⤷ Bibliografia sugerida: “Introdução crítica ao Direito Penal”; Autor: Nilo Batista. Bibliografia Extra (sugerida): ⤷ “Dos direitos e das penas”; Autor: Cesare Beccaria. ⤷ “O homem delinquente”; Autor: Cesare Lombroso. Bibliografia Básica ⤷ “Tratado de Direito Penal (vol. I)”; Autor: Cesar Roberto Bitencourt. Aula 02. – 22/02 Direito Penal ● Considerações preliminares; ● Conceito de Direito Penal; ● CR/88 e Código Penal; ● Direito Penal Objetivo e Direito Penal Subjetivo; ● Direito Penal Comum e Direito Penal Especial; ● Direito Penal Substantivo e Direito Penal Adjetivo. Indivíduo bebe, avança o sinal vermelho e bate no carro de outra pessoa, lesionando-a ou matando-a → Crime não apenas Civil, mas também penal. Considerações preliminares ✓ O Direito Penal é “ultima ratio” → Última razão; ✓ Direito penal tutela o que se considera de mais relevante; ✓ O Poder legislativo cria a lei penal e tutela o Direito Penal; ✓ O Poder Judiciário também tutela o Direito Penal; ✓ DP tem caráter fragmentado e subsidiário; ✓ Porte ilegal de arma (transporte) ≠ Posse de arma (registro); ✓ Eutanásia no Brasil → Homicídio; ✓ “Direito Penal é o conjunto de normas jurídicas que têm por objeto a determinação de infrações de natureza penal e suas sanções correspondentes – penas e medidas correspondentes” – Bitencourt. Conjunto de Normas Penais Incriminadoras → Estabelece condutas criminosas e penas Não incriminadoras → Não estabelece condutas criminosas, mas faz a descrição de conceitos, por exemplo. Infração Penal Crime/Delito → Homicídio, roubo, tráfico, trânsito Contravenção penal Art. 121, CP → Matar alguém: 6 a 20 anos → Norma Incriminadora Estatuto da Criança e do Adolescente ➢ 0-11 anos – Criança → Medida de proteção (não pode restringir a liberdade); ➢ 12-17 anos – Adolescente → Medida Socioeducativa (pode restringir a liberdade); máximo: 3 anos; ➢ 18 anos → Passa para a justiça penal; Art. 1º, III, CR – Estado democrático de Direito; Dignidade da pessoa Humana. ⤷ Prisão de Guantánamo; ⤷ Ferir a dignidade da pessoa humana. CR deve ser a primeira a ser vista ⤷ Art. 1-120 → Parte Comum; ⤷ Art. 121-361 → Parte Especial. Direito Penal Objetivo (positivado) constitui-se do conjunto de preceitos legais que regulam o exercício do “ius puniendi” pelo Estado; Direito Penal Objetivo Normas penais incriminadoras Normas penais Não incriminadoras Sanção Pena → Aplicada como restritiva, privativa de liberdade, multa. Medida de Segurança → Não pode ser aplicada pena a uma pessoa com doença mental constatada por laudo → Complexo médico-penal (1 a 3 anos) Direito Penal Subjetivo → Direito de punir (“ius puniendi”) do Estado e é limitado pelo D.P. Objetivo. O Estado tem monopólio do Direito de Punir o cidadão → Ressalva: Estatuto do índio, Lei 6001/73, art. 57. Filme Indicado: “O poder e a Lei” Aula 03 Direito Penal Subjetivo: “ius puniendi” ⤷ Abstrato - Surge pelo Estado quando da criação da lei penal incriminadora. *Direito abstrato se torna concreto quando ↴ ⤷ Concreto - Direito de punir surge quando o sujeito pratica a conduta tida como criminosa “ius puniendi” ⤷ Positivo - Poder de criar a lei (P. Legislativo) e executar a pena (P. Judiciário) ⤷ Negativo - Faculdade de derrogar preceitos penais ou restringir o alcance de figuras delitivas, feito pelo STF. Limites ⤷ Modo ➝ Modo como Exercer o poder: com respeito aos Direitos Fundamentais; ⤷ Lugar ➝ A lei brasileira é aplicada em território nacional, mas há exceções; Inviolabilidade de residência, de escritório, etc. ⤷ Tempo ➝ Limite de tempo para que o indivíduo seja processado, visto que há prescrição. Há exceções, como por exemplo, no caso de racismo. “ius puniendi” ➝ Do Estado ≠ “ius accusationis” ➝ Direito de Acusação (pode ser do Estado ou privada) ⤷ Iniciativa da ação penal. Mesmo que a ação penal seja de iniciativa privada, o Direito de punir é do Estado. Denúncia = Petição Inicial da ação de iniciativa pública, do Estado (Ministério Público) Queixa = Petição Inicial do ofendido ➝ Crime em juízo ⤷ Iniciativa privada, sentença é aplicada pelo Estado; ⤷ Prescrição: 6 meses. Direito Penal Comum ➝ Aplicado pela justiça comum Direito Penal Especial ➝ Aplicado por uma justiça especial. ⤷ Justiça Penal Militar Direito Penal Substantivo = Direito Material Direito Penal Adjetivo = Direito Processual Direito Penal Fundamental = O que está no Código Penal Direito Penal Complementar = O que está em legislação. Direito Penal Moderno ➝ Análise de risco, lavagem de dinheiro. Direito Penal ≠ Sistema Penal ➝ Polícia investigativa, Judiciário, Ministério Público, Sistema Carcerário Sugestão de Livro: “O Inimigo do Direito Penal” e “As prisões da Miséria” Discursos Penais ✔ “Lei e Ordem” ⤷ Tolerância zero, Direito Penal Máximo, Direito Penal do Inimigo. ⤷ Teoria das Janelas Quebradas. ✔ Abolicionismo ⤷ Sistema penal está falido, Direito penal não funciona, “universidade do crime”. ✔ Garantismo ⤷ Luigi Ferrajoli ➝ 10 axiomas, garantias; ⤷ O juíz deve aplicar o Direito Penal garantindo os Direitos Fundamentais. Sugestão de filme: “A nova lei” Axiomas 1) A pessoa não pode sofrer pena sem crime; 2) Não há crime sem lei; 3) Não há lei sem necessidade; 4) Não há ação sem culpa; 5) Não pode ter processo sem defesa. Aula 04 O Garantismo Penal ⤷ Axiomas de Luigi Ferrajoli ⤷ Obra indicada: “Direito e Razão” 1) “Nulla poena sine crimine” 2) “Nulla crimine sine lege” 3) “Nulla lex (poenalis) sine necessitate” 4) “Nulla necessitas sine injuria” 5) “Nulla injuria sine actione” 6) “Nulla actio sine culpa” 7) “Nulla culpa sine judicio” 8) “Nullum judicium sine accusatione” 9) “Nulla accusatio sine probatione” 10) “Nulla probatio sine defensione” 1) Retributividade 2) Legalidade ⤷ Não se fala em crime sem lei. A lei deve ser anterior ao fato. Lei não pode ser costume; 3) Necessidade ⤷ Não pode existir lei penal sem necessidade; criar leis para coisas relevantes. 4) Lesividade ⤷ Não existe necessidade se não há injúria 5) Materialidade ⤷ Lesionar, exterioralização. 6) Culpabilidade ⤷ Não existe crime sem culpa ou sem responsabilidade 7) Jurisdicionário ⤷ Jurisdição = poder e dever de dizer o direito; ➝ Juíz; Somente um Juíz pode dizer se há responsabilidade pessoal e decidir a pena 8) Acustatório ⤷ Separação. Uma pessoa julga e outra pessoa acusa. 9) Ônus da prova ⤷ Não há acusação sem provas 10) Contraditório ⤷ Direito a defesa; Art. 5º, LV (55), CF ➝ Deficiência da defesa pode anular o processo. Sugestão de Filme: O julgamento de Nuremberg Expor um terceiro a perigo = crime ⤷ Crime de dano ⤷ Crime de perigo “Cogitatio” ➝ O Direito Penal não alcança; Ameaça = Mal, injusta e grave. O indivíduo é punido de acordo com o seu grau de culpabilidade; Conivência ➝ Omissão ou participação. Direito Penal ≠ Criminologia ➝ SER; Gênese do crime, vitimologia. ≠ Política Criminal Aula 05. “Nullum crimen, nulla poena sine lege” Princípio da Legalidade ✔CF: Art. 5º, XXXIX/CP: Art. 1º ✔ “Não há crime sem lei prévia que o estabeleça.” (Feuerbach,1804) ➝ Iluminismo Penal; ✔ Lei deve ser: 1) Prévia (Praevia) ➝ Anterioridade: Proibição de retroatividade da lei penal que prejudique o réu. 2) Escrita (scripta) ➝ Publicação/fato/Vigência. Segurança Jurídica ⤷ Regra: 45 dias ➝ Publicação/vacatio legis/vigência. L.I.N.D.B - Art. 1º 3) Estrita (strita) ➝ Veda-se analogia (≠ interprete) ⤷ “In malan partem” = Prejudicar o réu; ⤷ “In bonen partem” (permitido) = Em benefício do réu. 4) Certa (certa) ➝ Lei deve ter conteúdo estabelecido. Ex: art. 9º ➝ Lei de segurança nacional. ⤷ Evitar condenações vagas ou indeterminadas. (não permitido) ✔ Lei: Processo legislativo (art, 59, CF) ⤷ Iniciativa (Lege) ➝ Discussão ➝ voto ➝ sanção/veto ➝ promulgação ➝ publicação. ✔ Costume não cria conduta criminosa; ✔ Interpretação analógica é permitida apenas quando o legislador abre brecha para isso. Ex: Art. 121 ✔ Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789): Arts. 7º, 8º (aspecto prévio da legalidade), 9º (presunção de inocência). Prisão de mérito ≠ Prisão cautelar (pena) (ex: prisão preventiva) Aula 06. ✔ Analogia ⤷ “In malan partem” ➝ Ex: Estupro ➝ Questão do aborto por atentado violento ao pudor ⤷ “In Bonan partem” ➝ Ex: Casamento ≠ União Estável ➝ igamia. Interpretação Analógica ✔ Ex1: Art. 121, § 2º ➝ Motivo torpe; ✔ Ex2: Art. 326 ➝ Drogas que comprometam a capacidade ✔ Ex3: Art. 235 ➝ Bigamia Legalidade formal Legalidade Material ✔ Mera legalidade ✔ Obediência aos trâmites procedimentais previstos pela CF, para que determinado diploma legal possa vir a fazer parte do nosso ordenamento jurídico ➝ Art. 59 e ss, CF ✔ Estrita legalidade ✔ Não só a forma e o procedimento devem ser observados, mas também e principalmente seu conteúdo, para garantir os direitos fundamentais ➝ Substancial Aula 07 Princípio da Legalidade ⤷ Legalidade X Reserva Legal ⤷ Somente lei ordinária ou complementar podem tratar de matéria de direito penal, estabelecendo crimes e penas. ⤷ A Legalidade nas normas penais em branco heterogêneas. Art. 62, CF ➝ Medida provisória não pode tratar de Direito Penal ⤷ Não é lei mas tem força de lei. Norma Penal ⤷ Incriminadora - Descreve a conduta criminosa e estabelece respectiva sanção ⤷ Não incriminadora - Explica/complemente algo, não incrimina Incriminadora - Estrutura Título = Rubrica legislativa Artigo = Preceito primário da norma Art. “descrevendo a conduta criminosa” Pena/Sanção = Preceito Secundário da norma Norma penal em branco propriamente dita ➝ Ex: Art. 235 Norma penal em branco Norma penal Cega ✔ Norma Penal em Branco - O preceito primário da norma é incompleto e precisa de uma completude, um complemento, que vem de outra lei ou ato administrativo Norma penal em branco as avessas/invertida ⤷ O preceito secundário é incompleto e precisa ser complementado; ⤷ Ex: Lei do genocídio - Lei 2.889/56 Norma penal em branco homogênea ⤷ O preceito primário é complementado por um ano ou norma da mesma fonte que elaborou a norma penal * Obs: Lei = fonte Norma penal em branco homogênea Homovitelina ⤷ Além de ser da mesma fonte jurídica, é do mesmo instituto jurídico Norma penal em branco heterogênea ⤷ Apenas de ser da mesma fonte, é de diferente instituto jurídico; A complementação vem de fonte jurídica diversa ⤷ Art. 235, CP c/c Lei 1.511, CC ⤷ Art. 312 - Mesmo instituto (código, lei, etc) e fonte (lugar, “caderno”) ⤷ Art. 269, CP ➝ Lei complementada por ato infralegal ⤷ Lei 1.344/98 ⤷ Art. 33 da Lei de drogas ⤷ 2 Lados/correntes ➝ Norma penal em branco heterogênea = inconstitucional. ✔ O STF entende que a Norma penal em branca heterogênea não é inconstitucional, desde que o núcleo essencial da conduta criminosa esteja descrita na lei. Legalidade e irretroatividade da “Lex gravior” Lex Mitior - Melhora a situação do agente e sempre retroage. ⤷ “Abolitio Criminis” = Lei retira o crime; Lei não existe mais. ⤷ “Novatio legis in mellius” = Lei que beneficia o agente. Ex: Diminuição da pena. Lex Gravior - Piora a situação do agente e irretroage. ⤷ “Novatio legis incriminis” = Cria a conduta criminosa; O que antes não era crime, agora é. ⤷ “Novatio legis inpejus” = Prejudica de qualquer outra forma o agente. Ex: aumento da pena. Combinação de leis penais ➝ “Lex tertia” ⤷ Não pode ser feita, pois estaria criando uma terceira lei. Súmula 501, STJ ⤷ Ler decisões na íntegra, no Moodle. Crimes permanentes ➝ Crimes cuja consumação se prolonga no tempo ⤷ O tempo todo cometendo a conduta ⤷ Tempo do crime - Art. 4º, Súmula 711, STF: A Lei nova depois do fato é aplicada. Aula 08 Princípio da Continuidade normato-típica ✔ Conceito: É quando um tipo penal incriminador é expressamente revogado, mas os seus elementos migram para outro tipo penal, havendo apenas aparência de abolição do crime, mas existindo em realidade a continuidade normativa típica, ou seja, permanece a conduta, mas em outro tipo penal. ✔ Exemplos: Art. 334, CP e Lei 13.008/14 ⤷ Art. 334 - Aumento da pena ✔ Art. 213, CP - Estupro (antes da lei de 2009) ✔ Art. 214, CP - Atentado Violento ao pudor *** Ambos alterados pela lei de 2009. Crime contra a dignidade sexual. ⤷ Art. 214, CP - Revogado ⤷ Alguns alegam abolitio criminis; ⤷ Os Crimes antes aqui, agora cabem no art. 213, CP; ⤷ Migração para outro tipo penal. Abolitio Criminis ≠ Aparência de Abolitio Criminis Retroatividade de jurisprudência ⤷ Jurisprudência mais benéfica retroage? Para alguns sim. ✔ Art. 157, CP - Roubo com violência Roubo com arma de brinquedo Súmula 174, STJ - 1996-2001 - (cancelada) ➝ Arma de brinquedo aumenta a pena. ⤷ Este cancelamento benéfico é válido para casos já julgados? ⤷ Ainda em discussão; ✔ Lei 9.437/97. Conceito analítico de crime ⤷ Conduta + Típica + Antijurídica + Culpável = Crime ✔ Típica = Classificação do ocorrido com a norma penal. ✔ Culpável = Censura, reprovabilidade. É ou não é reprovável? Princípio da Culpabilidade ✔ 3 Sentidos: a) Culpabilidade como elemento integrante do conceito analítico de crime; b) Culpabilidade como princípio medidor da pena c) Culpabilidade como princípio impeditivo da responsabilidade penal objetiva. Condena ➝ Pena Critério para aplicação de pena - dosimetria de pena ✔ 1ª Fase ⤷ Art. 59 - Pena-base ⤷ Culpabilidade (grau de reprovabilidade) ✔ 2ª Fase ⤷ Atenuante ou agravante? ⤷ Pena provisória ✔ 3º Fase ⤷ Causa que aumenta ou diminui a pena? ⤷ Pena definitiva Responsabilidade subjetiva por dolo ou culpa Dolo = Dane-se/foda-se Culpa = Danou-se/fodeu. Aula 09 Princípio da intervenção máxima/”ultima ratio” ✔ Conceitos: O Direito penal só deve se preocupar com a proteção de bens mais importantes e necessários para a vida em sociedade. A criminalização de uma conduta só é legitima se constituir um meio necessário para a proteção de determinado bem jurídico. ✔ Direito penal é a última razão do Direito. Temas atuais em discussão: ⤷ Lei das contravenções penais. ⤷ Decreto-lei 3.688/41 Infração Penal ⤷ Crime (maior potencial ofensivo) ⤷ Contravenção (menor potencial ofensivo) ⤷ É de análise de Juizado Especial. 2 Reflexos (princípios/caráter) ⤷ Princípio da Fragmentalidade ➝ Só lhe interessa o que é mais relevante, importante e necessário; O Direito Penal é um fragmento do Ordenamento Jurídico. ⤷ Princípio da Subsidiariedade ➝ Só tutela quando a outraparte não tutela o suficiente; Caráter de ser chamado/utilizado por último. Princípio da Lesividade/Ofensividade. ✔ 4 Funções (Nilo Batista): 1) Proibir incriminações de uma atitude interna. ➝ Sem relevância para o Direito Penal. 2) Precisa afetar bem jurídico de outra pessoa (3º), proíbe-se a incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor. 3) Proíbe incriminação de simples Estados ou condições existenciais. ⤷ Separar moral de Direito Penal 4) Proibir condutas “desviadas” que não afetem qualquer bem jurídico. ⤷ Ex: tatuar o próprio corpo, desde que seja maior de 18 anos. Filme: Risco Duplo Bem Jurídico de terceiro ⤷ Dano ⤷ Perigo Princípio da Adequação Social ✔ Apesar de uma conduta se adequar ao tipo penal, não será típica se for socialmente adequada ou reconhecida, ou seja, se estiver de acordo com a ordem social. ⤷ Cabe ao legislador ➝ Enquanto não houver uma lei revogando a outra, continua sendo infração penal. Exemplos: 1) Jogo do Bicho - Ilegal/infração penal, mas reconhecido como adequado socialmente. 2) Venda de CDs Pirata - infração penal, ainda que adequado socialmente. 3) Furo na orelha da criança - Lesão corporal, mas é adequada socialmente. Princípio da Insignificância/bagatela Requisitos: A) Mínima ofensividade da conduta do agente B) Nenhuma periculosidade da ação C) Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento D) Inexpressividade da Lesão jurídica provocada. Crime de furto - Art. 155, CP ⤷ Periculosidade - não tem. ⤷ É preciso ver valor e a quem pertencia. Súmula 589, STJ Buscar no STJ, jurisprudência: insignificância. Aula 10 Princípio da Individualização da pena: ⤷ Cr/88, art. 5º, XLVI Aspectos: 1º) Cominação ⤷ Observância dos critérios que individualizem a pena para aquele indivíduo. ⤷ É cominado pelo legislador previamente. Ex.: art. 33, CP 2º) Aplicação ⤷ Análise do caso concreto e aplicação da norma pelo magistrado ⤷ Ex: Três pessoas cometem o mesmo crime, mas possuem penas diferentes. Dosimetria da Pena 3º) Execução ⤷ Cumprir a pena. Princípio da Proporcionalidade da Pena ⤷ Nem Excesso ➝ Proibição de excesso ⤷ Nem falta ➝ Proibição da proteção deficiente ⤷ Ex.: Art. 213 ➝ Estupro ⤷ Beijo a força na balada. ⤷ As duas figuras se encaixam, mas a pena é desproporcional. Princípio da Limitação das penas ⤷ Art. 5º, XLII ⤷ Art. 1º, III ⤷ Art. 60, § 4º - Cláusula Pétrea ⤷ Art. 5º, XLVII - Morte, perpétua, trabalho forçado, banimento, cruel. Princípio da responsabilidade pessoal ⤷ Intranscendência da pena ⤷ Ex.: Art. 107, CP - a morte extingue a punibilidade Aula 11 Princípio da Presunção de Inocência ⤷ O caso dos Irmãos Naves (YouTube) ⤷ Quantas injustiças já foram cometidas em nome da justiça? ⤷ Art. 5º, LVII ➝ Não culpabilidade ⤷ Se o Estado acusa, ele deve provas a culpa. ⤷ Trânsito em Julgado ➝ Marca o fim da presunção de inocência Princípio do “Ne Bis In Idem” ⤷ Não pode incriminar o réu duas vezes pelo mesmo fato ➝ Congresso americano de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica, art; 8º, IV) 1) 2 Tipos penais ➝ 1 fato X Revisão criminal - Direito de Indenização ⤷ Art. 5º, LXXV 2) Trânsito Julgado ➝ Condenado ⤷ Prova de inocência ⤷ Prova que agrava a denúncia malam partem ⤷ O Ordenamento proíbe vingança privada ➝ Um fato não ocorre duas vezes da mesma forma ⤷ Aplicação da pena ➝ Magistrado valora um mesmo fato para piorar a situação do réu. Aula 12 O “In dubio pro reo”/”Favor rei” ⤷ Dúvida sempre dirimir pró-réu - Resolvido a favor do réu. ⤷ Opinião de delito - Se há ou não elementos o suficiente para processar criminalmente o indivíduo. Juiz ✔ Absolver ➝ Quando não houver provas o suficiente para provar a culpa ➝ Dúvida ➝ Sem Juízo de certeza ✔ Condenar ➝ Juízo de certeza (do juiz) ➝ Fundamentar a sentença, valorar as provas contidas no processo. É mais grave condenar um inocente do que absolver 10 culpados (questão de peso, não inibe a questão de impunidade no segundo caso). Vitimologia - Estudo do comportamento da vítima Exceção do “In dubio pro reo” ⤷ “In dubio pro societate” - Dirimir pró-sociedade. ⤷ Art. 5º, XXXVIII - Trata do Júri. Júri 1) Sigilo de votação 2) Soberania do veredito do júri 3) Plenitude da defesa (ampla defesa - Art. 5º, LI) 4) *** Competente para julgar crimes dolosos contra a vida (homicídio, induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, infanticídio e aborto) Decisão de pronúncia - Decisão que remete o réu ao júri popular. Art. 413, CPP. A História do Direito Penal ⤷ Slides Considerações preliminares “A era das vinganças” Penal: - Romano - Germânico - Canônico Pena - Contemporânea à figura do homem. Mito da medusa X Realidade Vingança privada - Desproporcional ⤷ “Vingadores de sangue”- Vingança com as próprias mãos.
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