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Direito Penal I (1° bimestre)

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Direito Penal I 
3º período - 1º Bimestre 
Letícia Vidal Jaime 
Aula 01. – 21/02 
Doxa (opinião) → Epísteme (conhecimento) 
“O que é Justiça” – Hans Kelsen 
Princípios do Direito Penal 
 ⤷ Bibliografia sugerida: “Introdução crítica ao Direito Penal”; Autor: Nilo 
Batista. 
Bibliografia Extra (sugerida): 
 ⤷ “Dos direitos e das penas”; Autor: Cesare Beccaria. 
 ⤷ “O homem delinquente”; Autor: Cesare Lombroso. 
Bibliografia Básica 
 ⤷ “Tratado de Direito Penal (vol. I)”; Autor: Cesar Roberto Bitencourt. 
 
Aula 02. – 22/02 
Direito Penal 
● Considerações preliminares; 
● Conceito de Direito Penal; 
● CR/88 e Código Penal; 
● Direito Penal Objetivo e Direito Penal Subjetivo; 
● Direito Penal Comum e Direito Penal Especial; 
● Direito Penal Substantivo e Direito Penal Adjetivo. 
Indivíduo bebe, avança o sinal vermelho e bate no carro de outra pessoa, 
lesionando-a ou matando-a → Crime não apenas Civil, mas também penal. 
Considerações preliminares 
✓ O Direito Penal é “ultima ratio” → Última razão; 
✓ Direito penal tutela o que se considera de mais relevante; 
✓ O Poder legislativo cria a lei penal e tutela o Direito Penal; 
✓ O Poder Judiciário também tutela o Direito Penal; 
✓ DP tem caráter fragmentado e subsidiário; 
✓ Porte ilegal de arma (transporte) ≠ Posse de arma (registro); 
✓ Eutanásia no Brasil → Homicídio; 
✓ “Direito Penal é o conjunto de normas jurídicas que têm por objeto a 
determinação de infrações de natureza penal e suas sanções 
correspondentes – penas e medidas correspondentes” – Bitencourt. 
 
 
 
Conjunto de 
Normas Penais 
 
Incriminadoras → Estabelece condutas criminosas e 
penas 
 
Não incriminadoras → Não estabelece condutas 
criminosas, mas faz a descrição de conceitos, por 
exemplo. 
 Infração Penal 
 Crime/Delito → Homicídio, roubo, tráfico, trânsito 
 Contravenção penal 
 
Art. 121, CP → Matar alguém: 6 a 20 anos → Norma Incriminadora 
 
 Estatuto da Criança e do Adolescente 
➢ 0-11 anos – Criança → Medida de proteção (não pode restringir a 
liberdade); 
➢ 12-17 anos – Adolescente → Medida Socioeducativa (pode restringir a 
liberdade); máximo: 3 anos; 
➢ 18 anos → Passa para a justiça penal; 
 
Art. 1º, III, CR – Estado democrático de Direito; Dignidade da pessoa Humana. 
 ⤷ Prisão de Guantánamo; 
 ⤷ Ferir a dignidade da pessoa humana. 
CR deve ser a primeira a ser vista 
 ⤷ Art. 1-120 → Parte Comum; 
 ⤷ Art. 121-361 → Parte Especial. 
Direito Penal Objetivo (positivado) constitui-se do conjunto de preceitos legais 
que regulam o exercício do “ius puniendi” pelo Estado; 
 Direito Penal Objetivo 
 Normas penais incriminadoras 
 Normas penais Não incriminadoras 
 Sanção 
 
Pena → Aplicada como restritiva, privativa de liberdade, 
multa. 
 
Medida de Segurança → Não pode ser aplicada pena a uma 
pessoa com doença mental constatada por laudo → Complexo 
médico-penal (1 a 3 anos) 
 
Direito Penal Subjetivo → Direito de punir (“ius puniendi”) do Estado e é 
limitado pelo D.P. Objetivo. 
O Estado tem monopólio do Direito de Punir o cidadão → Ressalva: Estatuto 
do índio, Lei 6001/73, art. 57. 
Filme Indicado: “O poder e a Lei” 
 
Aula 03 
 
Direito Penal Subjetivo: 
“ius puniendi” 
 ⤷ Abstrato - Surge pelo Estado quando da criação da lei penal 
incriminadora. 
*Direito abstrato se 
torna concreto quando ↴ 
 ⤷ Concreto - Direito de punir surge quando o sujeito pratica a conduta 
tida como criminosa 
“ius puniendi” 
 ⤷ Positivo - Poder de criar a lei (P. Legislativo) e executar a pena (P. 
Judiciário) 
 ⤷ Negativo - Faculdade de derrogar preceitos penais ou restringir o 
alcance de figuras delitivas, feito pelo STF. 
 Limites 
 ⤷ Modo ➝ Modo como Exercer o poder: com respeito aos Direitos 
Fundamentais; 
 ⤷ Lugar ➝ A lei brasileira é aplicada em território nacional, mas há 
exceções; Inviolabilidade de residência, de escritório, etc. 
 ⤷ Tempo ➝ Limite de tempo para que o indivíduo seja processado, visto 
que há prescrição. Há exceções, como por exemplo, no caso de racismo. 
 
 
“ius puniendi” ➝ Do Estado 
 ≠ 
“ius accusationis” ➝ Direito de Acusação (pode ser do Estado ou privada) 
 ⤷ Iniciativa da ação penal. Mesmo que a ação penal seja de iniciativa 
privada, o Direito de punir é do Estado. 
Denúncia = Petição Inicial da ação de iniciativa pública, do Estado (Ministério 
Público) 
Queixa = Petição Inicial do ofendido ➝ Crime em juízo 
 ⤷ Iniciativa privada, sentença é aplicada pelo Estado; 
 ⤷ Prescrição: 6 meses. 
Direito Penal Comum ➝ Aplicado pela justiça comum 
Direito Penal Especial ➝ Aplicado por uma justiça especial. 
 ⤷ Justiça Penal Militar 
 
Direito Penal Substantivo = Direito Material 
Direito Penal Adjetivo = Direito Processual 
Direito Penal Fundamental = O que está no Código Penal 
Direito Penal Complementar = O que está em legislação. 
Direito Penal Moderno ➝ Análise de risco, lavagem de dinheiro. 
Direito Penal 
 ≠ 
Sistema Penal ➝ Polícia investigativa, Judiciário, Ministério Público, Sistema 
Carcerário 
Sugestão de Livro: “O Inimigo do Direito Penal” e “As prisões da Miséria” 
Discursos Penais 
✔ “Lei e Ordem” 
 ⤷ Tolerância zero, Direito Penal Máximo, Direito Penal do Inimigo. 
 ⤷ Teoria das Janelas Quebradas. 
✔ Abolicionismo 
 ⤷ Sistema penal está falido, Direito penal não funciona, “universidade do 
crime”. 
✔ Garantismo 
 ⤷ Luigi Ferrajoli ➝ 10 axiomas, garantias; 
 ⤷ O juíz deve aplicar o Direito Penal garantindo os Direitos 
Fundamentais. 
Sugestão de filme: “A nova lei” 
 
Axiomas 
1) A pessoa não pode sofrer pena sem crime; 
2) Não há crime sem lei; 
3) Não há lei sem necessidade; 
4) Não há ação sem culpa; 
5) Não pode ter processo sem defesa. 
 
Aula 04 
 
O Garantismo Penal 
 ⤷ Axiomas de Luigi Ferrajoli 
 ⤷ Obra indicada: “Direito e Razão” 
1) “Nulla poena sine crimine” 
2) “Nulla crimine sine lege” 
3) “Nulla lex (poenalis) sine necessitate” 
4) “Nulla necessitas sine injuria” 
5) “Nulla injuria sine actione” 
6) “Nulla actio sine culpa” 
7) “Nulla culpa sine judicio” 
8) “Nullum judicium sine accusatione” 
9) “Nulla accusatio sine probatione” 
10) “Nulla probatio sine defensione” 
 
1) Retributividade 
2) Legalidade 
 ⤷ Não se fala em crime sem lei. A lei deve ser anterior ao fato. Lei não 
pode ser costume; 
3) Necessidade 
 ⤷ Não pode existir lei penal sem necessidade; criar leis para coisas 
relevantes. 
4) Lesividade 
 ⤷ Não existe necessidade se não há injúria 
5) Materialidade 
 ⤷ Lesionar, exterioralização. 
6) Culpabilidade 
 ⤷ Não existe crime sem culpa ou sem responsabilidade 
7) Jurisdicionário 
 ⤷ Jurisdição = poder e dever de dizer o direito; ➝ Juíz; Somente um Juíz 
pode dizer se há responsabilidade pessoal e decidir a pena 
8) Acustatório 
 ⤷ Separação. Uma pessoa julga e outra pessoa acusa. 
9) Ônus da prova 
 ⤷ Não há acusação sem provas 
10) Contraditório 
 ⤷ Direito a defesa; Art. 5º, LV (55), CF ➝ Deficiência da defesa pode 
anular o processo. 
Sugestão de Filme: O julgamento de Nuremberg 
Expor um terceiro a perigo = crime 
 ⤷ Crime de dano 
 ⤷ Crime de perigo 
“Cogitatio” ➝ O Direito Penal não alcança; 
Ameaça = Mal, injusta e grave. 
O indivíduo é punido de acordo com o seu grau de culpabilidade; 
Conivência ➝ Omissão ou participação. 
Direito Penal 
 ≠ 
Criminologia ➝ SER; Gênese do crime, vitimologia. 
 ≠ 
Política Criminal 
 
Aula 05. 
“Nullum crimen, nulla poena sine lege” 
Princípio da Legalidade 
✔CF: Art. 5º, XXXIX/CP: Art. 1º 
✔ “Não há crime sem lei prévia que o estabeleça.” (Feuerbach,1804) ➝ 
Iluminismo Penal; 
✔ Lei deve ser: 
 1) Prévia (Praevia) ➝ Anterioridade: Proibição de retroatividade da lei 
penal que prejudique o réu. 
 2) Escrita (scripta) ➝ Publicação/fato/Vigência. Segurança Jurídica 
 ⤷ Regra: 45 dias ➝ Publicação/vacatio legis/vigência. L.I.N.D.B - 
Art. 1º 
 3) Estrita (strita) ➝ Veda-se analogia (≠ interprete) 
 ⤷ “In malan partem” = Prejudicar o réu; 
 ⤷ “In bonen partem” (permitido) = Em benefício do réu. 
 4) Certa (certa) ➝ Lei deve ter conteúdo estabelecido. Ex: art. 9º ➝ Lei 
de segurança nacional. ⤷ Evitar condenações vagas ou 
indeterminadas. (não permitido) 
 
✔ Lei: Processo legislativo (art, 59, CF) 
 ⤷ Iniciativa (Lege) ➝ Discussão ➝ voto ➝ sanção/veto ➝ promulgação 
➝ publicação. 
✔ Costume não cria conduta criminosa; 
✔ Interpretação analógica é permitida apenas quando o legislador abre brecha 
para isso. Ex: Art. 121 
✔ Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789): Arts. 7º, 8º 
(aspecto prévio da legalidade), 9º (presunção de inocência). 
Prisão de mérito ≠ Prisão cautelar 
 (pena) (ex: prisão preventiva) 
 
Aula 06. 
✔ Analogia 
 ⤷ “In malan partem” ➝ Ex: Estupro ➝ Questão do aborto por atentado 
violento ao pudor 
 ⤷ “In Bonan partem” ➝ Ex: Casamento ≠ União Estável ➝ igamia. 
Interpretação Analógica 
✔ Ex1: Art. 121, § 2º ➝ Motivo torpe; 
✔ Ex2: Art. 326 ➝ Drogas que comprometam a capacidade 
✔ Ex3: Art. 235 ➝ Bigamia 
 
Legalidade formal Legalidade Material 
✔ Mera legalidade 
✔ Obediência aos trâmites 
procedimentais previstos pela CF, para 
que determinado diploma legal possa 
vir a fazer parte do nosso ordenamento 
jurídico ➝ Art. 59 e ss, CF 
✔ Estrita legalidade 
✔ Não só a forma e o procedimento 
devem ser observados, mas também e 
principalmente seu conteúdo, para garantir 
os direitos fundamentais ➝ Substancial 
 
Aula 07 
Princípio da Legalidade 
 ⤷ Legalidade X Reserva Legal 
 ⤷ Somente lei ordinária ou complementar podem 
tratar de matéria de direito penal, estabelecendo crimes e penas. 
 ⤷ A Legalidade nas normas penais em branco heterogêneas. 
 
Art. 62, CF ➝ Medida provisória não pode tratar de Direito Penal 
 ⤷ Não é lei mas tem força de lei. 
Norma Penal 
 ⤷ Incriminadora - Descreve a conduta criminosa e estabelece respectiva 
sanção 
 ⤷ Não incriminadora - Explica/complemente algo, não incrimina 
Incriminadora - Estrutura 
Título = Rubrica legislativa 
Artigo = Preceito primário da norma 
Art. “descrevendo a conduta criminosa” 
Pena/Sanção = Preceito Secundário da norma 
Norma penal em branco propriamente dita ➝ Ex: Art. 235 
Norma penal em branco 
Norma penal Cega 
✔ Norma Penal em Branco - O preceito primário da norma é incompleto e 
precisa de uma completude, um complemento, que vem de outra lei ou ato 
administrativo 
Norma penal em branco as avessas/invertida 
 ⤷ O preceito secundário é incompleto e precisa ser complementado; 
 ⤷ Ex: Lei do genocídio - Lei 2.889/56 
Norma penal em branco homogênea 
 ⤷ O preceito primário é complementado por um ano ou norma da mesma 
fonte que elaborou a norma penal 
 * Obs: Lei = fonte 
Norma penal em branco homogênea Homovitelina 
 ⤷ Além de ser da mesma fonte jurídica, é do mesmo instituto jurídico 
Norma penal em branco heterogênea 
 ⤷ Apenas de ser da mesma fonte, é de diferente instituto jurídico; A 
complementação vem de fonte jurídica diversa 
 ⤷ Art. 235, CP c/c Lei 1.511, CC 
 ⤷ Art. 312 - Mesmo instituto (código, lei, etc) e fonte (lugar, “caderno”) 
 ⤷ Art. 269, CP ➝ Lei complementada por ato infralegal 
 ⤷ Lei 1.344/98 
 ⤷ Art. 33 da Lei de drogas 
 ⤷ 2 Lados/correntes ➝ Norma penal em branco heterogênea = 
inconstitucional. 
✔ O STF entende que a Norma penal em branca heterogênea não é 
inconstitucional, desde que o núcleo essencial da conduta criminosa esteja 
descrita na lei. 
Legalidade e irretroatividade da “Lex gravior” 
 
Lex Mitior - Melhora a situação do agente e sempre retroage. 
 ⤷ “Abolitio Criminis” = Lei retira o crime; Lei não existe mais. 
 ⤷ “Novatio legis in mellius” = Lei que beneficia o agente. Ex: Diminuição 
da pena. 
Lex Gravior - Piora a situação do agente e irretroage. 
 ⤷ “Novatio legis incriminis” = Cria a conduta criminosa; O que antes não 
era crime, agora é. 
 ⤷ “Novatio legis inpejus” = Prejudica de qualquer outra forma o agente. 
Ex: aumento da pena. 
 
Combinação de leis penais ➝ “Lex tertia” 
 ⤷ Não pode ser feita, pois estaria criando uma terceira lei. 
Súmula 501, STJ 
 ⤷ Ler decisões na íntegra, no Moodle. 
Crimes permanentes ➝ Crimes cuja consumação se prolonga no tempo 
 ⤷ O tempo todo cometendo a conduta 
 ⤷ Tempo do crime - Art. 4º, Súmula 711, STF: A Lei nova depois 
do fato é aplicada. 
 
Aula 08 
Princípio da Continuidade normato-típica 
✔ Conceito: É quando um tipo penal incriminador é expressamente revogado, 
mas os seus elementos migram para outro tipo penal, havendo apenas 
aparência de abolição do crime, mas existindo em realidade a continuidade 
normativa típica, ou seja, permanece a conduta, mas em outro tipo penal. 
✔ Exemplos: Art. 334, CP e Lei 13.008/14 
 ⤷ Art. 334 - Aumento da pena 
✔ Art. 213, CP - Estupro (antes da lei de 2009) 
 
✔ Art. 214, CP - Atentado Violento ao pudor 
*** Ambos alterados pela lei de 2009. Crime contra a dignidade sexual. 
 ⤷ Art. 214, CP - Revogado 
 ⤷ Alguns alegam abolitio criminis; 
 ⤷ Os Crimes antes aqui, agora cabem no art. 213, 
CP; 
 ⤷ Migração para outro tipo penal. 
Abolitio Criminis ≠ Aparência de Abolitio Criminis 
Retroatividade de jurisprudência 
 ⤷ Jurisprudência mais benéfica retroage? Para alguns sim. 
✔ Art. 157, CP - Roubo com violência 
 Roubo com arma de brinquedo 
Súmula 174, STJ - 1996-2001 - (cancelada) ➝ Arma de brinquedo aumenta a 
pena. 
 ⤷ Este cancelamento benéfico é válido para casos já julgados? 
 ⤷ Ainda em discussão; 
✔ Lei 9.437/97. 
Conceito analítico de crime 
 ⤷ Conduta + Típica + Antijurídica + Culpável = Crime 
✔ Típica = Classificação do ocorrido com a norma penal. 
✔ Culpável = Censura, reprovabilidade. É ou não é reprovável? 
Princípio da Culpabilidade 
✔ 3 Sentidos: 
 a) Culpabilidade como elemento integrante do conceito analítico de 
crime; 
 b) Culpabilidade como princípio medidor da pena 
 c) Culpabilidade como princípio impeditivo da responsabilidade penal 
objetiva. 
Condena ➝ Pena 
Critério para aplicação de pena - dosimetria de pena 
✔ 1ª Fase 
 ⤷ Art. 59 - Pena-base 
 ⤷ Culpabilidade (grau de reprovabilidade) 
✔ 2ª Fase 
 ⤷ Atenuante ou agravante? 
 ⤷ Pena provisória 
✔ 3º Fase 
 ⤷ Causa que aumenta ou diminui a pena? 
 ⤷ Pena definitiva 
Responsabilidade subjetiva por dolo ou culpa 
Dolo = Dane-se/foda-se 
Culpa = Danou-se/fodeu. 
 
Aula 09 
Princípio da intervenção máxima/”ultima ratio” 
✔ Conceitos: O Direito penal só deve se preocupar com a proteção de bens 
mais importantes e necessários para a vida em sociedade. A criminalização de 
uma conduta só é legitima se constituir um meio necessário para a proteção de 
determinado bem jurídico. 
✔ Direito penal é a última razão do Direito. 
Temas atuais em discussão: 
 ⤷ Lei das contravenções penais. 
 ⤷ Decreto-lei 3.688/41 
Infração Penal 
 ⤷ Crime (maior potencial ofensivo) 
 ⤷ Contravenção (menor potencial ofensivo) 
 ⤷ É de análise de Juizado Especial. 
2 Reflexos (princípios/caráter) 
 ⤷ Princípio da Fragmentalidade ➝ Só lhe interessa o que é mais 
relevante, importante e necessário; O Direito Penal é um fragmento do 
Ordenamento Jurídico. 
 ⤷ Princípio da Subsidiariedade ➝ Só tutela quando a outraparte não 
tutela o suficiente; Caráter de ser chamado/utilizado por último. 
Princípio da Lesividade/Ofensividade. 
✔ 4 Funções (Nilo Batista): 
 1) Proibir incriminações de uma atitude interna. ➝ Sem relevância para 
o Direito Penal. 
 2) Precisa afetar bem jurídico de outra pessoa (3º), proíbe-se a 
incriminação de uma conduta que não exceda o âmbito do próprio autor. 
 3) Proíbe incriminação de simples Estados ou condições existenciais. 
 ⤷ Separar moral de Direito Penal 
 4) Proibir condutas “desviadas” que não afetem qualquer bem jurídico. 
 ⤷ Ex: tatuar o próprio corpo, desde que seja maior de 18 anos. 
Filme: Risco Duplo 
Bem Jurídico de terceiro 
 ⤷ Dano 
 ⤷ Perigo 
 
Princípio da Adequação Social 
✔ Apesar de uma conduta se adequar ao tipo penal, não será típica se for 
socialmente adequada ou reconhecida, ou seja, se estiver de acordo com a 
ordem social. 
⤷ Cabe ao legislador ➝ Enquanto não houver uma lei revogando a outra, 
continua sendo infração penal. 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos: 
1) Jogo do Bicho - Ilegal/infração penal, mas reconhecido como adequado 
socialmente. 
2) Venda de CDs Pirata - infração penal, ainda que adequado socialmente. 
3) Furo na orelha da criança - Lesão corporal, mas é adequada socialmente. 
Princípio da Insignificância/bagatela 
Requisitos: 
 A) Mínima ofensividade da conduta do agente 
 B) Nenhuma periculosidade da ação 
 C) Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento 
 D) Inexpressividade da Lesão jurídica provocada. 
Crime de furto - Art. 155, CP 
 ⤷ Periculosidade - não tem. 
 ⤷ É preciso ver valor e a quem pertencia. 
Súmula 589, STJ 
Buscar no STJ, jurisprudência: insignificância. 
 
Aula 10 
Princípio da Individualização da pena: 
 ⤷ Cr/88, art. 5º, XLVI 
 
 
Aspectos: 
 
1º) Cominação 
 
 
 
 
 
 ⤷ Observância dos critérios que individualizem a pena para aquele 
indivíduo. 
 ⤷ É cominado pelo legislador previamente. Ex.: art. 33, CP 
2º) Aplicação 
 ⤷ Análise do caso concreto e aplicação da norma pelo magistrado 
 ⤷ Ex: Três pessoas cometem o mesmo crime, mas possuem penas 
diferentes. Dosimetria da Pena 
3º) Execução 
 ⤷ Cumprir a pena. 
Princípio da Proporcionalidade da Pena 
 ⤷ Nem Excesso ➝ Proibição de excesso 
 ⤷ Nem falta ➝ Proibição da proteção deficiente 
 ⤷ Ex.: Art. 213 ➝ Estupro 
 ⤷ Beijo a força na balada. 
 ⤷ As duas figuras se encaixam, mas a pena é desproporcional. 
Princípio da Limitação das penas 
 ⤷ Art. 5º, XLII 
 ⤷ Art. 1º, III 
 ⤷ Art. 60, § 4º - Cláusula Pétrea 
 ⤷ Art. 5º, XLVII - Morte, perpétua, trabalho forçado, banimento, cruel. 
Princípio da responsabilidade pessoal 
 ⤷ Intranscendência da pena 
 ⤷ Ex.: Art. 107, CP - a morte extingue a punibilidade 
 
Aula 11 
Princípio da Presunção de Inocência 
 ⤷ O caso dos Irmãos Naves (YouTube) 
 ⤷ Quantas injustiças já foram cometidas em nome da justiça? 
 ⤷ Art. 5º, LVII ➝ Não culpabilidade 
 ⤷ Se o Estado acusa, ele deve provas a culpa. 
 ⤷ Trânsito em Julgado ➝ Marca o fim da presunção de inocência 
Princípio do “Ne Bis In Idem” 
 ⤷ Não pode incriminar o réu duas vezes pelo mesmo fato ➝ Congresso 
americano de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica, art; 8º, IV) 
1) 2 Tipos penais ➝ 1 fato X Revisão criminal - Direito de Indenização 
 ⤷ Art. 5º, LXXV 
2) Trânsito Julgado ➝ Condenado 
 ⤷ Prova de inocência 
 ⤷ Prova que agrava a denúncia malam partem 
 ⤷ O Ordenamento proíbe vingança privada ➝ Um fato não ocorre duas 
vezes da mesma forma 
 ⤷ Aplicação da pena ➝ Magistrado valora um mesmo fato para piorar a 
situação do réu. 
 
Aula 12 
O “In dubio pro reo”/”Favor rei” 
 ⤷ Dúvida sempre dirimir pró-réu - Resolvido a favor do réu. 
 ⤷ Opinião de delito - Se há ou não elementos o suficiente para processar 
criminalmente o indivíduo. 
Juiz 
✔ Absolver ➝ Quando não houver provas o suficiente para provar a culpa ➝ 
Dúvida ➝ Sem Juízo de certeza 
✔ Condenar ➝ Juízo de certeza (do juiz) ➝ Fundamentar a sentença, valorar 
as provas contidas no processo. 
É mais grave condenar um inocente do que absolver 10 culpados (questão de 
peso, não inibe a questão de impunidade no segundo caso). 
Vitimologia - Estudo do comportamento da vítima 
Exceção do “In dubio pro reo” 
 ⤷ “In dubio pro societate” - Dirimir pró-sociedade. 
 ⤷ Art. 5º, XXXVIII - Trata do Júri. 
Júri 
1) Sigilo de votação 
2) Soberania do veredito do júri 
3) Plenitude da defesa (ampla defesa - Art. 5º, LI) 
4) *** Competente para julgar crimes dolosos contra a vida (homicídio, 
induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, infanticídio e aborto) 
Decisão de pronúncia - Decisão que remete o réu ao júri popular. 
Art. 413, CPP. 
A História do Direito Penal 
 ⤷ Slides 
Considerações preliminares 
“A era das vinganças” 
Penal: 
- Romano 
- Germânico 
- Canônico 
Pena - Contemporânea à figura do homem. 
Mito da medusa X Realidade 
Vingança privada - Desproporcional 
 ⤷ “Vingadores de sangue”- Vingança com as próprias mãos.

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