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Aula 8. Denunciação Caluniosa

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DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto. 
§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é de prática de contravenção.
O que se tutela com esse crime? A honra e a liberdade do imputado, atingida com a acusação falsa e pela ameaça do processo que se instaura.
 
Em que consiste o crime? Em dar causa, isto é, provocar, no caso, a instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente.
Então como fica o falso depoimento do réu e a falsa informação prestada pela testemunha?
No interrogatório do réu, se, diante das perguntas formuladas pelo juiz, ele atribuir o crime para outra pessoa poderá responder por calúnia. 
Na hipótese de a testemunha imputar delito a outrem responde por falso testemunho.
Então, para a prática do crime previsto no artigo 339 do CP deve existir a imputação de um crime a alguém que você sabe inocente?
Sim.
Exige-se, assim, que haja a falsa imputação de crime, ou seja, de um fato preciso e determinado, visando uma pessoa determinada ou que possa ao menos ser identificada.
O fato criminoso deve ser falso?
Sim. Então temos algumas possibilidades:
O fato criminoso é verdadeiro, porém a pessoa a quem se atribuiu a autoria ou participação não o praticou;
O fato criminoso é inexistente. Atribui-se ao imputado a prática de crime que não ocorreu.
O fato criminoso existiu, porém se atribui ao imputado a prática de crime mais grave.
Então, quando não ocorrerá o crime em tela?
- Quando o fato for penalmente atípico.
- Quando o fato imputado estiver prescrito.
- Quando incidir alguma escusa absolutória prevista no artigo 181 do Código Penal.
Como fica a imputação de contravenção penal?
Configura causa de diminuição de pena (§ 2º).
Sujeito ativo?
Crime comum, pode ser praticado por qualquer pessoa.
Sujeito passivo?
Estado.
Protege-se também a pessoa ofendida em sua honra e liberdade pela denunciação caluniosa.
O STJ já se pronunciou acerca da possibilidade de o menor de 18 anos ser sujeito passivo do crime em estudo.
 
Elemento subjetivo? Dolo.
Consumação?
Consuma-se com a instauração de investigação policial, de processo judicial, de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém.
Não se exige que a autoridade policial formalmente instaure o inquérito policial para que se consume o crime. Basta que inicie a investigação policial no sentido de coletar dados que apure a veracidade da denúncia.
 
Tentativa? É possível.
Pode haver retratação?
O legislador foi omisso nesse sentido.
Então, a retratação no crime de denunciação caluniosa não tem o efeito de tornar o réu isento de pena.
Poderão, no entanto, no caso, incidir os institutos do arrependimento eficaz ou desistência voluntária.
Dessa forma, se o agente, após a realização de alguma medida pela autoridade pública, retratar-se, haverá o arrependimento posterior (CP, art. 16), uma vez que o crime já se consumou.
Se, contudo, o denunciador lograr retratar-se antes que a autoridade inicie as investigações, teremos o arrependimento eficaz (CP, art. 15), uma vez que aí a consumação ainda não se operou.
COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE CONTRAVENÇÃO
Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
O que tutela esse crime?
A Administração da Justiça contra as falsas comunicações de crime ou contravenção, que acionam desnecessariamente os órgãos incumbidos da prestação da justiça, onerando-os, em face do desperdício de tempo e do dinheiro público.
 
O que é “provocar”?
Provocar é dar causa a ação de autoridade pública (delegado de polícia, juiz, promotor de justiça, bem como todas as autoridades administrativas que tenham atribuição legal para iniciar investigações).
Na hipótese, o agente comunica à autoridade a prática de crime ou contravenção penal que não se verificou.
Nesse crime deve ser imputado um crime, sem indicação de qualquer pessoa como Autor do Crime?
Sim. Contudo, nada impede que se impute a pessoa fictícia ou imaginária a realização de um crime.
Pode ocorrer nas seguintes hipóteses:
- O fato realmente não ocorreu.
 
- O fato é essencialmente diverso do comunicado.
Exemplo: O agente comunica a prática de um crime de roubo quando houve exercício arbitrário das próprias razões.
Se o crime comunicado for atípico ou estiver prescrito?
Tal como sucede no crime de denunciação caluniosa, se o fato comunicado for atípico, estiver prescrito etc., não haverá a configuração do crime em tela.
Sujeito ativo?
Crime comum. Pode ser praticado por qualquer pessoa.
 
Sujeito passivo?
Estado.
 
Elemento Subjetivo? É o dolo.
Consumação?
Consuma-se o crime no momento em que a autoridade pratica alguma ação no sentido de elucidar o fato criminoso.
Semelhantemente ao crime de denunciação caluniosa, não se exige a efetiva instauração de inquérito policial.
 
Tentativa? Nada impede a tentativa.
Desse modo, se o agente fizer a comunicação falsa à autoridade, e esta não iniciar as investigações por circunstâncias alheias à vontade dele, haverá o conatus.
Quanto à retratação, aplica-se aqui o que foi dito no crime denunciação caluniosa.
Pode haver concurso de crimes?
Pode suceder que o agente realize a comunicação falsa de crime ou contravenção para encobrir outro delito por ele praticado.
Exemplo: O agente se apropria do dinheiro da empresa e faz um comunicado falso à polícia no sentido de que houve furto de valores.
Na hipótese, entendemos haver concurso material de crime, não constituindo falsa comunicação post factum impunível, uma vez que estamos diante de crimes que atingem objetividades jurídicas diversas, quais sejam: o patrimônio e a Administração da Justiça.
AUTO-ACUSAÇÃO FALSA
        Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:
        Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
Qual o objetivo desse crime?
Assegurar a regularidade da administração da justiça, comprometida pela autoacusação falsa. Busca evitar infrutíferas investigações e diligencias.
Sujeito ativo? Qualquer pessoa. Pode haver coautoria e participação.
Sujeito passivo? Estado.
Em que consiste o crime?
Em o agente imputar a si mesmo a prática de um crime que não ocorreu ou que foi praticado por outra pessoa.

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