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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL PROFº. Dr. WELTER CANTANHÊDE DA SILVA O MÉTODO CIENTÍFICO: REGISTROS DA OBSERVAÇÃO DA VELA AMANDA CAROLINE DA SILVA SOARES LEANDERSON ARAÚJO ALBUQUERQUE FRANCISCO RAMIRO MASCARENHAS SANTANA TERESINA-PI Abril, 2018 RESUMO O presente relatório descreve a atividade prática discorrida no laboratório de química experimental. O seu designo direcionou-se ao método científico a partir da observação da vela. Esta, analisada cuidadosamente em primeiro instante apagada. Adiante se verificou a sua interação com líquidos diferentes, logo mais a sua reação de combustão e por fim, ponderou-se a sua interação com o meio ambiente. Seguindo esse esquema, os resultados foram percebidos e anotados. 1 INTRODUÇÃO Método científico é o conjunto de processos ou operações mentais que se devem empregar na investigação. É a linha de raciocínio adotada no processo de pesquisa. Os métodos que fornecem as bases lógicas à investigação são: dedutivo, indutivo, hipotético-dedutivo, dialético e fenomenológico (GIL, 1999; LAKATOS; MARCONI, 1993). O Método Científico é indispensável à aquisição de Conhecimento Científico. Todas as ciências caracterizam-se pela utilização de métodos científicos; em contrapartida, nem todos os ramos de estudo que empregam estes métodos são ciências. Dessas afirmações podemos concluir que a utilização de métodos científicos não é de alçada exclusiva da ciência, mas não há ciência sem o emprego de métodos científicos. (LAKATOS; MARCONI, 1991) Aulas em laboratórios são fundamentais para uma aprendizagem significativa, onde os conceitos científicos poderão ser aplicados no cotidiano de cada aluno. As atividades experimentais permitem ao estudante uma compreensão de como a Química se constrói e se desenvolve, presencia a reação ao “vivo e a cores”. A experimentação pode ter um caráter indutivo ou dedutivo. No primeiro (indutivo), o aluno pode controlar variáveis e descobrir ou redescobrir relações funcionais entre elas. Porém é no caráter dedutivo que eles têm a oportunidade de testar o que é dito na teoria (ZIMMERMANN, 1993). Sabe-se que a experimentação tem a capacidade de despertar o interesse dos alunos e é comum ouvir de professores que ela promove o aumento da capacidade de aprendizagem, pois a construção do conhecimento científico/formação do pensamento é dependente de uma abordagem experimental e se dá majoritariamente no desenvolvimento de atividades investigativas (GIORDAN, 1999). 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Observar e compreender os efeitos e reações envolvidos no experimento. 2.2 Objetivos Específicos Observar os fenômenos ocorridos; Registrar e analisar os fatores envolvidos nos fenômenos; Entender a natureza dos fatos apresentados. 3 PARTE EXPERIMENTAL 3.1 Materiais Vela grande Vela pequena Fósforo Régua Balança Analítica Proveta de 100 mL Béqueres de 500 mL e 1000 mL Pipeta de Pasteur Placa de Petri Erlenmeyer de 500 mL 3.2 Reagentes Água Etanol Azul de metileno 4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4.1 Propriedades Físicas Mediu-se a altura e o diâmetro de uma vela grande e outra vela pequena com uma régua de 30 cm. Suas demais propriedades físicas foram também analisadas. Utilizando uma balança analítica, calculou-se por último sua massa. Ao final anotou-se o máximo de informações possíveis. 4.2 Interações da vela com diferentes líquidos Em um segundo momento, inseriu-se a vela pequena em uma proveta de 100 mL contendo 30 mL de água e respectivamente o mesmo procedimento foi feito com a vela grande. Em seguida, retirou-se a água e foram colocados 30 mL de etanol na proveta. A vela pequena imersa em etanol e logo depois a vela grande. Após a observação os fenômenos ocorridos foram registrados. 4.3 A vela e a reação de combustão Colou-se a vela pequena no centro de uma placa de Petri. Em seguida depositou-se uma quantidade de água na placa de Petri (que não ultrapasse a borda da mesma, que fique ao meio) e com uma pipeta de Pasteur pingou-se algumas gotas de azul de metileno na água, mexendo-a para homogeneizar a cor. Acendeu-se a vela com o fósforo, emborcou-se o Erlenmeyer de 500 mL sobre a vela deixando-a dentro dele, tocando a boca do recipiente na água com o azul de metileno . Após o ocorrido, o resultado foi observado e anotado. 4.4 Interação com meio ambiente Aderiu-se a vela na bancada e ateou-se fogo novamente na mesma. Posicionou-se o béquer de 500 mL sobre a vela e registrou-se o tempo em que a vela permaneceu acesa. O mesmo procedimento foi realizado por mais duas vezes e o tempo de duração também foi anotado. A mesma coisa foi feita com o béquer de 1000 mL por três vezes e em seguida observou-se o tempo em que a vela ficou acesa. 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES 5.1 Tabela 01 Vela grande Vela pequena Massa 17,77 g Massa 7,25 g Diâmetro 1,4 cm Diâmetro 1 cm Comprimento 14 cm Comprimento 8,5 cm Densidade Densidade Na água (30 mL) Não calculado Na água (30 mL) 1,03 g/mL No etanol (30 mL) Não calculado No etanol (30 mL) 0,90 g/mL Através da fórmula apresentada pode-se observar que quanto maior o volume ocupado pelo objeto, menor será sua densidade. Esta afirmação conformou-se quando a vela foi imersa em água onde a mesma boiou e no álcool onde ficou totalmente submersa. Pôde-se observar que na medida em que a chama da vela consumia oxigênio, a água da placa de Petri preenchia aquele espaço deixado pelo gás. No entanto, a água já não era suficiente e o gás que havia dentro do Erlenmeyer encontrou-se decadente em ordem de concentração, com isso, a chama da vela começou a ficar cada vez menor até que se apagou formando, assim, um breve espaço de vácuo dentro do recipiente. O que faz com que a vela permaneça acesa é o gás oxigênio. Isso porque no ambiente encontra-se bastante oxigênio. 5.2 TABELA 02 Béquer 500 mL Béquer 1000 mL Tempo Tempo 18,05 s 28,03 s 16,20 s 28,18 s 13,77 s 25,15 s Tempo Médio (vela acesa) Tempo Médio (vela acesa) 16,00 s 27,12 s Ao se colocar a vela acesa sucessivas vezes dentro de béqueres, com tamanhos variados, notou-se que o tempo de duração da chama diminuía conforme o experimento foi repetido para o mesmo béquer e na medida em que o tamanho do recipiente foi reduzido, ou seja, quando houve a troca do béquer de 500 mL pelo de 1000 mL. 6 CONCLUSÃO Após o término da prática e a análise dos resultados, todos os processos foram abordados e explicados, assim como o comportamento da vela em determinados líquidos que foi justificada. A vela e a reação de combustão que trouxe a notável importância do oxigênio para acontecer, percebendo também a interação com meio ambiente. REFERÊNCIAS BASTOS, C.L.; KELLER, V. A leitura como método. In: ___.Aprendendo a aprender: introdução à metodologia científica. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008, p. 43-58. GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 1999. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001. Metodologia do trabalho científico. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001. CANO, D.S; SAMPAIO I.T.A. O método de observação na psicologia: Considerações sobre a produção científica. Interação em Psicologia, v.11, p. 199-210, 2007. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999. GIORDAN, M. O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. Química Nova na Escola, 1999. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1993. LAKATOS, Eva M. e Marconi, Marina A., "Metodologia Científica", Editora Atlas S.A., São Paulo SP. 1991, p.39 LÜDKE, M. ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisaem educação: abordagens qualitativas. São Paulo (SP): EPU; 1986. ZIMMERMANN, A. O ensino de química no 2º. grau numa perspectiva interdisciplinar. Palotina. SEED, 1993. Interação da vela com o meio ambiente Figura 1. Béquer de 5 00 mL Figura 4. Béquer de 1000 mL Figura 2. Béquer de 5 00 mL Figura 5. Béquer de 1000 mL Figura 6. Béquer de 1000 mL Figura 3. Béquer de 5 00 mLBéquer de 500 mL Béquer de 1000 mL ANEXOS A vela em reação de combustão Figura 7. Erlenmeyer de 5 00 mL Figura 10. Erlenmeyer de 5 00 mL Figura 9. Erlenmeyer de 5 00 mL Figura 8. Erlenmeyer de 5 00 mL
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