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RISCO – Mesmo ativos de renda fixa têm certa dose de risco. Rendimentos de títulos pós-fixados que acompanham certo índice têm correlação com a variação desse índice. Por outro lado, títulos pré-fixados podem ter vantagem ou desvantagem de rendimento em função dos juros praticados no mercado. Sendo os fundos de renda fixa compostos por títulos de renda fixa pré e pós-fixados, os administradores promovem reajustes diários dos preços dos títulos quando as taxas básicas de juros são modificadas pelo CMN Conselho Monetário Nacional. O objetivo é o de impedir que eventuais saques prejudiquem o patrimônio de todos os quotistas dos fundos. Porém, quando acontece uma elevação da taxa de juros, essa medida provoca a diminuição do valor das quotas. O motivo é o seguinte: O título pré-fixado, como o nome já diz, tem um valor de resgate pré- estabelecido. Se o Tesouro Nacional garantir que daqui a um mês pagará R$ 1.000,00 por um título e a taxa de juros esperada for, por exemplo, de 1,58%a.m., esse título vale hoje: 1.000,00/(1,0158)=R$984,45. Digamos que haja uma elevação na taxa de juros e ela passe de 1,58%a.m. para 3,10%a.m. Nesse caso, o título de R$1.000,00, de mesmo período, vale hoje: 1.000,00/(1,031)=R$969,93. Podemos concluir, então, que QUANDO A TAXA DE JUROS ESPERADA PELO MERCADO AUMENTA, O VALOR PRESENTE DO TÍTULO DIMINUI. Isso porque ninguém comprará por R$ 984,45 um título que daqui a um mês só valerá R$ 1.000,00 (rendendo apenas 1,58%), quando o mercado já está oferecendo 3,10% de remuneração para o período. QUEM COMPROU O TÍTULO A UMA TAXA DE 1,58% NÃO PERDEU DINHEIRO, APENAS DEIXOU DE GANHAR MAIS com a nova taxa que está sendo paga pelo mercado, desvalorizando o título com taxa de 1,58%. Para que o administrador reflita sobre o valor da quota, o real valor dos títulos que compõem a carteira de investimento, a CVM Comissão de Valores Mobiliários regulamentou a MARCAÇÃO A MERCADO, quando os títulos são contabilizados pelo valor de mercado que têm em determinada data, não pelo valor contratado. ATENÇÃO – as aplicações dos investidores em fundos de investimento não são garantidas pelo FGC Fundo Garantidor de Crédito. MOVIMENTAÇÃO – Os valores de movimentação podem mudar de uma instituição financeira para outra e são especificados no prospecto do fundo de investimento. TRIBUTAÇÃO – O fundo de investimento é tributado com IOF Imposto sobre Operações Financeiras incidente sobre o rendimento das aplicações que forem resgatados num período inferior a 30 dias. Sobre o rendimento remanescente recai a cobrança do Imposto de Renda, com alíquota diferenciada de acordo com o prazo de cada aplicação. As diversas alíquotas são relacionadas a seguir. Alíquota de Imposto de Renda sobre o Rendimento em Renda Fixa PRAZO ALÍQUOTA Até 180 dias 22,5% De 181 dias até 360 dias 20% De 361 dias até 720 dias 17,5% Acima de 720 dias 15% O imposto de renda é cobrado semestralmente, nos dias 31/maio e 30/novembro, à alíquota de 20% para os fundos de curto prazo e à alíquota de 15% para os fundos de longo prazo. A diferença da alíquota (de maneira complementar), em função do investimento não ter completado o prazo para resgate pela alíquota base, ficará reservada no fundo de investimento até que o investidor complete o prazo de curto prazo ou de longo prazo. No caso de resgate antes de completados os prazos para obtenção da alíquota mais favorável (a menor alíquota), será cobrado imposto de renda com a alíquota determinada em função do prazo em que a aplicação permaneceu investida. PÚBLICO-ALVO – Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas. Investidores Qualificados têm tratamento diferenciado. VANTAGENS PARA OS INVESTIDORES 1) ACESSIBILIDADE – Pequenos recursos representam baixa atratividade em mercados que movimentam recursos muito expressivos. Ao aglutinarem esses pequenos valores de muitos aplicadores, os fundos de investimento podem acessar mercados antes quase impenetráveis. Os fundos também são capazes de comprar ativos financeiros por um preço mais baixo do que se fossem comprados individualmente pelo investidor. Juntando pequenos volumes, o administrador obtém somas expressivas com as quais é possível “barganhar” melhores taxas e descontos. Assim, o pequeno investidor tem acesso a investimentos que são possíveis com o uso dos fundos de investimento, mas que não seriam possíveis individualmente. 2) DIVERSIFICAÇÃO – A diversificação diminui o risco de uma carteira de títulos. Pequenos volumes não permitem a diversificação. No entanto, o administrador, ao juntar grandes volumes de recursos, consegue uma diversificação dos ativos financeiros que compõem a carteira do fundo de investimento, beneficiando assim os quotistas. 3) LIQUIDEZ – Significa que existe a possibilidade de se fazer saques a qualquer momento. O investidor que atua individualmente no mercado de capitais pode deparar-se com um alto custo de liquidez, caso tenha a necessidade de resgatar inesperadamente os recursos aplicados. Para vender um título, poderá ter que “pagar um pedágio”, ou seja, vender a preço mais baixo o ativo em questão. Como os recursos são administrados em conjunto pelos gestores dos fundos de investimento, o fluxo de entradas e saídas possibilita uma maior liquidez sem a necessidade de que o fundo tenha que se desfazer de papéis, o que poderia comprometer a rentabilidade. VANTAGENS PARA OS BANCOS – Os bancos obtêm diversas vantagens por administrarem fundos de investimento: fidelização do cliente, remuneração direta pela prestação do serviço e indireta pela captação de recursos em CDB. Fidelização do cliente – O fundo de investimento tem características de fácil entendimento Remuneração direta dos administradores – Os fundos de investimento geram receitas diretas para os seus administradores pela cobrança de taxas de administração, de performance, de saída e de ingresso. 1) Taxa de Administração – É a remuneração cobrada pelo gestor para administrar os recursos do fundo de investimento. 2) Taxa de Performance – É um percentual cobrado pelo gestor sempre que a rentabilidade de um determinado benchmark é superado. 3) Taxa de Saída – É a taxa cobrada nos resgates totais ou parciais de alguns fundos. Normalmente antes de um determinado prazo acordado pelo prospecto. Dessa forma, o gestor tenta inibir a saída do investidor antes do prazo combinado. 4) Taxa de Ingresso – É cobrada pela entrada de um investidor no fundo e na aquisição de novas quotas. Embora seja prevista na legislação, é pouco comum ser cobrada no Brasil. No entanto, nos Estados Unidos, é comum essa taxa ser cobrada em fundos de ações para inibir o ingresso de novos quotistas. Remuneração indireta dos administradores – de forma indireta, os administradores dos fundos de investimento podem obter remuneração adicional. É permitido pela legislação que os fundos possam adquirir títulos de renda fixa da própria instituição financeira (até o limite de 20% do patrimônio do fundo), podendo aplicar a totalidade em títulos de instituições financeiras de primeira linha. A aquisição pelos fundos de investimento de CDB de instituições financeiras permite às instituições financeiras uma renda indireta com Spread (diferença de taxas) entre os valores captados e aplicados.
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