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Imperialismo: a causa de tudo
Por que a política imperialista europeia que teve início no século 19 é fundamental para compreender a eclosão da Primeira Guerra
Indianos atacam tropas britânicas em 1857 durante a Revolta dos Cipaios, período de levantes armados na Índia contra a ocupação britânica (Foto de Hulton Archive / Getty Images)
Em 28 de junho de 1914, um rapaz de 19 anos chamado Gavrilo Princip matou a tiros o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro. Como essa morte foi capaz de provocar o primeiro conflito armado de proporções globais da história? A resposta a essa pergunta envolve a soma de vários fatores. No entanto, um deles é mais do que essencial: o Imperialismo. A política de expansão territorial e econômica praticada pelas potências europeias a partir do século 19 é uma das grandes chaves para compreender a eclosão da Primeira Guerra Mundial.
A Segunda Revolução Industrial
Se para compreender a Primeira Guerra deve-se voltar os olhos para o Imperialismo, para entender o Imperialismo é necessário observar a Segunda Revolução Industrial. Entre a segunda metade do século 19 e o início do século XX, o mundo viveu a revolução que traria novos países à cena industrial, abalando a hegemonia da todo-poderosa Inglaterra.
“Com a intensificação do ritmo de produção e a expansão da tecnologia industrial para outras áreas, crescia a necessidade por mercado consumidor, matérias-primas e mão de obra mais barata”.
A Segunda Revolução Industrial inaugura diversos setores produtivos, como as indústrias siderúrgica e química, e promove o uso de novas fontes de energia e matérias-primas, como o petróleo. Nesse momento entram em cena as novas forças industriais da França, dos Estados Unidos e da Alemanha - esta última, uma potência que só crescia e poderia superar todas as outras.
“Com a intensificação do ritmo de produção e a expansão da tecnologia industrial para outras áreas, crescia a necessidade por mercado consumidor, matérias-primas e mão de obra mais barata”, explica o professor Raphael Amaral. Esses três fatores dão início à corrida imperialista na Ásia, América e África. Os grandes países industrializados passaram a invadir e controlar diversos territórios com governos frágeis, iniciando um longo período de dominação política, econômica e cultural nesses países.
Dominação e resistência
Para justificar a dominação imperialista, usavam-se mecanismos ideológicos ligados ao darwinismo social e ao eurocentrismo. O discurso científico da época colocava o homem branco como o indivíduo superior e bem sucedido que deveria dominar e doutrinar os povos inferiores. 
É claro que as consequências para os povos dominados não foram pacíficas: além de conflitos devastadores na África (muitas vezes, os próprios europeus incitavam tribos rivais a entrarem em guerra para facilitar a sua dominação), diversas rebeliões ocorreram contra a presença estrangeira, como a Revolta dos Cipaios, na Índia, contra a presença do colonizador inglês, e a Revolta dos Boxers, na China.
Em 1885, a Conferência de Berlim marca em definitivo o fortalecimento do Imperialismo: na reunião, os líderes das potências europeias reorganizaram o mapa do continente africano, dividindo o território entre si em áreas de influência e exploração.
Veja os domínios das potências imperialistas na África, no Sudeste Asiático e na Oceania
Fonte: Atlas Histórico Escolar, 8 ed., FENAME/MEC, págs. 138,139
Disputas de influência
O modelo capitalista da Segunda Revolução Industrial impunha uma renovação permanente. “As atividades econômicas do período exigiam diversificação e ampliação para poder crescer. Dessa forma, era essencial que as potências buscassem novos territórios para investir”. O investimento de capital era por meio de empréstimos aos governos das colônias ou da realização de obras como a construção de ferrovias nos territórios dominados, de forma que possibilitasse algum tipo de retorno financeiro posterior.
“As atividades econômicas do período exigiam diversificação e ampliação para poder crescer. Dessa forma, era essencial que as potências buscassem novos territórios para investir”
Além disso, nesse início do século XX, as metrópoles europeias estavam cada vez maiores, superando a marca de 1 milhão de habitantes. “Não cabia mais tanta gente assim no continente europeu. O Imperialismo coincide com o início das levas de imigrantes, e as colônias também são o lugar para onde se podia escoar o excedente demográfico dos países”.
A corrida imperialista também acirrava as disputas de influência entre os países europeus, que viam em cada um uma ameaça. A Alemanha era o alvo principal da desconfiança - especialmente da Inglaterra, que temia ser deixada para trás como potência econômica, e na França, que guardava um forte ressentimento pela derrota para o país germânico na Guerra Franco-Prussiana.
A rivalidade entre as potências europeias foi se tornando mais intensa e cada país começou, silenciosamente, a produzir armas e formar alianças para o provável conflito que chegaria. O resultado da corrida imperialista, então, materializou-se em 1914: a Primeira Guerra Mundial, o maior conflito armado da história até aquele momento.
FONTE: www.suapesquisa.com/historia/imperialismo_africa.htm. Acesso em 22/03/2015.

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