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Apostila - A madeira como material de construção

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A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
INTRODUÇÃO 
 
• Em países onde a industrialização da madeira é incipiente avalia-se a 
madeira como um material destinado a serviços secundários, 
principalmente, em função da percepção de baixa durabilidade e do 
esgotamento dos recursos florestais naturais. 
• Vantagens da madeira como material de construção: 
a) Resistência mecânica tanto a compressão como a tração e flexão; 
b) Peso próprio reduzido relativamente à resistência; 
c) Boa resiliência, i.e., boa resistência a esforços dinâmicos e choques; 
d) Boas características de absorção acústica e isolamento térmico; 
e) Trabalhabilidade e afeiçoamento; 
f) Bom padrão estético; 
g) Baixo custo de produção; 
h) Vida útil satisfatória com manutenção bastante acessível. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
MATERIAIS ESTRUTURAIS – DADOS COMPARATIVOS 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
• Desvantagens da madeira, quando usada no estado natural: 
a) Degradação das características resistentes e durabilidade por variações 
de umidade; 
b) Deterioração por fungos e insetos xilófagos; 
c) Heterogeneidade e anisotropia; 
d) Limitação de suas dimensões. 
• Fluxograma da industrialização da madeira 
 madeira roliça 
 madeira serrada: peças estruturais 
 lâminas: madeira compensada em chapas 
 aparas: madeira aglomerada em chapas 
 fibras: madeira reconstituída em chapas 
 CELULOSE: polpa (papéis); moléculas (rayon); compostos químicos 
(açúcares, álcoois, resinas, etc.) 
 LIGNINA: resinas, taninos. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
DIFICULDADES PARA UM MAIOR USO DA MADEIRA NO BRASIL 
 
 
• Material inflamável (tratamento retardante resolve) 
 
• Material biodegradável (tratamento preservativo resolve) 
 
• Insuficiente divulgação das informações tecnológicas já disponíveis 
acerca de seu comportamento sob as diferentes condições de serviço 
 
• Número reduzido projetos específicos desenvolvidos por profissionais 
habilitados 
 
• Associação do uso da madeira à devastação de florestas 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
ANATATOMIA DA MADEIRA 
• Classificação das Árvores 
árvores 
 endógenas exógenas 
 ginospermas 
(coníferas ou resinosas) 
softwood 
 angiospermas 
dicotiledôneas 
frondosas ou folhosas) 
hardwood 
35% das espécies 
65% das espécies 
50%- zonas tropicais 
15%- zonas temperadas 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
ANATOMIA DA MADEIRA 
• Fisiologia e Crescimento das Árvores 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
ANATOMIA DA MADEIRA 
• Estrutura Fibrosa do lenho 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
 CLASSIFICAÇÃO DAS MADEIRAS 
 
Madeiras Finas: São empregadas em marcenaria e em construção 
corrente na execução de esquadrias e marcos. Ex.: louro, cedro e 
vinheira. 
 
Madeiras Duras ou de Lei: São empregadas em construção, como 
suportes e vigas. Ex.: grapia, angico e cabreúva. 
 
Madeiras Resinosas: São empregadas quase que exclusivamente em 
construções temporárias. Ex.: pinho. 
 
Madeiras Brandas: Possuem pequena durabilidade, porém de grande 
facilidade de trabalho. Não são usadas em construção. Ex.: timbaúva. 
ESTRUTURA E CRESCIMENTO DAS ÁRVORES: 
 
 As árvores do tipo exogênico, utilizadas na produção de madeira 
para construção civil, crescem pela adição de camadas externas, sob 
a casca. 
 
 A seção transversal do tronco de uma árvore permite distinguir as 
seguintes partes bem caracterizadas, de fora para dentro: 
 
Casca: protege a árvore contra os agentes externos. Não apresenta 
importância do ponto de vista da construção, é eliminada no 
aproveitamento do lenho. 
 
Câmbio: camada invisível a olho nu, situada entre a casca e o lenho, 
formada de tecido meristemático. O crescimento da árvore dá-se 
diametralmente, pela adição de novas camadas provenientes da 
diferenciação do câmbio. Cada camada de tecido lenhoso formada 
anualmente constitui um anel de crescimento 
Lenho: 
 
Constitui a parte resistente das árvores. Compreende o cerne, formado 
por células mortas, que tem como função resistir aos esforços externos 
que solicitam a árvore, e o alburno, formado por células vivas, que 
além da função resistente é veículo da seiva bruta, das raízes às 
folhas. 
O cerne: 
tem mais peso, compacidade, dureza e durabilidade. Mais durabilidade 
porque, não possuindo mais matérias nutritivas, amidos e açúcares, é 
menos sujeito ao ataque de insetos e fungos. 
 
O alburno: 
 tem propriedades mecânicas inferiores às do cerne e é bem menos 
durável. Todavia, é desaconselhável a prática de retirar todo o branco 
das madeiras como material imprestável para uso comum. 
Medula: miolo central, mole, de tecido esponjoso e cor escura. Não 
tem resistência mecânica, nem durabilidade. Sua presença na peça 
desdobrada constitui um defeito. 
 
Raios Medulares: ligam as diferentes camadas entre si e têm a função 
de transportar e 
armazenar a seiva. Pelo seu efeito de amarração transversal, inibem 
em parte a retratilidade 
devida a variações de umidade. 
PROPRIEDADES DAS MADEIRAS 
 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA 
 
As células são formadas por paredes de membranas celulósicas 
permeáveis, a parede primária, que aos poucos vai se cobrindo de 
lignina, e a parte secundária, que deixa falhas permeáveis e pontuações. 
A celulose constitui a estrutura de sustentação das paredes celulares. A 
lignina é o material aglomerante que liga as células umas às outras. 
Estes dois componentes são os responsáveis por todas as propriedades 
da madeira, tais como: 
 
 higroscopicidade, resistência à corrosão, etc. 
 
A composição química da madeira, em termos médios, apresenta 60% 
de celulose, 25 % de lignina e 15% de óleos, resinas, amidos, taninos e 
açúcares. 
 CELULOSE: Carboidrato complexo. 
 
 LIGNINA: Resina natural que protege as células. 
 
A madeira seca contém em média 49 % de carbono, 44 % de oxigênio, 6 % de 
hidrogênio e 1 % de cinza. 
ANISOTROPIA DA MADEIRA: 
 
Devido à orientação das fibras, a madeira constitui um material anisotrópico 
apresentando propriedades distintas nas três direções: paralela, perpendicular e 
tangencial às fibras. 
UMIDADE 
O teor de umidade de uma madeira é obtido dividindo-se o peso da amostra úmida 
pelo peso da amostra seca em estufa. Por ser um material higroscópico, seu grau de 
umidade varia continuamente, mesmo quando colocada em serviço. 
 
 
 
 
Onde Ph é a massa da madeira no estado natural e P0 é a massa da amostra seca em 
estufa. As madeiras verdes têm umidade em torno de 30% (madeiras resistentes) e130% (madeiras macias). 
Após o corte, é feita a secagem da madeira, quando ocorre a evaporação da água 
contida nas células ocas, atingindo-se o ponto de saturação das fibras, que 
corresponde a uma umidade de cerca de 30%. 
 
Neste ponto a madeira é denominada meio seca. Prosseguindo a secagem, a 
madeira atinge um ponto de equilíbrio com o ar, denominando-se, então, seca ao ar, 
com umidades correspondentes em torno de 10 a 20%. 
DENSIDADE: 
 
É a relação entre a massa e o volume aparente da madeira a um teor de umidade 
padrão de 15%. Na madeira, os afastamentos entre os tecidos lenhosos criam vazios 
capilares e quanto maior a presença de vazios menor a densidade da madeira. A 
densidade está diretamente relacionada às características físicas e mecânicas da 
madeira. 
RETRAÇÃO 
 
Por ser um material higroscópico, a madeira sofre inchamento ou 
retração com o aumento ou a diminuição da umidade, 
respectivamente. É importante observar que devido à anisotropia, a 
retração ou inchamento não é igual nas diferentes direções, como 
mostra o quadro a seguir. 
As retrações axiais são quase desprezíveis se comparadas às 
tangenciais que são o dobro das retrações radiais. 
 Como a retratibilidade está ligada à umidade da madeira e se manifesta 
diferencialmente, conforme o sentido das fibras, ficam explicados os defeitos 
decorrentes do processo de secagem da madeira, tais como: empenamentos, 
torções e rachaduras. 
DILATAÇÃO LINEAR: 
 
O coeficiente de dilatação linear das madeiras, na direção longitudinal, 
é da ordem de 0,3x10-5 a 0,45x10-5 ºC-1, que corresponde a ¼ do 
coeficiente de dilatação linear do aço. 
DEFEITOS : 
 
Os defeitos da madeira podem ser de diversas origens: 
 
 Defeitos de crescimento 
 
 Defeitos de produção 
 
 Defeitos de secagem 
 
 Defeitos de conservação DEFEITOS DE CRESCIMENTO 
DEFEITOS DE CRESCIMENTO: 
Os Nós ocorrem como resultado do desenvolvimento natural de 
ramos ao longo da existência da árvore. 
 
A presença de nós na madeira constitui um defeito por alterar as 
características 
físicas e mecânicas em função do tipo, quantidade, dimensão e 
localização. 
 
Quando o tecido do nó não apresenta alteração, ele é chamado de 
nó seco e sua presença não chega a diminuir exageradamente a 
resistência à compressão da madeira, mas a resistência à tração 
fica muito comprometida. Por este motivo, nas peças que 
trabalham à flexão, a peça de madeira deve ser posicionada de 
modo que os nós fiquem localizados na zona comprimida. 
Podem ocorrer ainda, Desvios de Veio ou Fibras Torcidas, ao longo do eixo 
longitudinal da árvore, devido ao crescimento das fibras periféricas enquanto que as 
mais internas ficam estacionárias. Outro defeito é caracterizado por separações entre 
fibras ou anéis de crescimento e conhecido como Greta. As gretas são causadas por 
tensões internas devido ao crescimento lateral da árvore, ou por ações externas, 
como flexão devido ao vento. 
DEFEITOS DE PRODUÇÃO: 
 
Os defeitos de produção podem ser acentuados pela escolha inadequada de 
desdobro que por sua vez, pode agravar os defeitos decorrentes do processo de 
secagem. Dentre os defeitos de produção estão: fraturas, fendas e danos do 
abate, cantos quebrados e fibras reversas. 
 
As fibras reversas decorrem de causas naturais, proximidade com nós, ou 
serragem da peça em plano inadequado, produzindo peças com fibras inclinadas 
em relação ao eixo. Este defeito reduz a resistência da madeira. 
DEFEITOS DE SECAGEM 
Estes defeitos decorrem da retração da madeira pela perda de umidade, 
durante o processo de secagem e se manifesta de diversas formas: 
 
Rachaduras: grandes aberturas nas extremidades das peças; 
Fendas: pequenas aberturas no topo das peças; 
Fendas ou Fendilhamento: pequenas aberturas ao longo das peças; 
Abaulamento: empenamento no sentido da largura da peça, expresso 
pelo comprimento da flecha do arco respectivo; 
Arqueamento: empenamento no sentido do comprimento da peça, 
expresso pela flecha do arco respectivo; 
Curvatura: ligeiro empenamento longitudinal; 
Curvatura lateral: ligeiro empenamento transversal. 
 
A) Nó; B) Fendas: 1- fendas periféricas; 2- fendas no cerne. Nas peças de pequena 
seção as fendas podem atravessar a seção separando-a em duas partes; C) Gretas: 
1- greta parcial; 2- greta completa; D) Quina morta; E) Abaulamento; F) Fibras 
reversas; G) Empenamento; H) Arqueamento 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
ANATOMIA DA MADEIRA 
• Composição Química da Madeira 
 
  A madeira é um complexo polimérico natural 
 
  As principais moléculas poliméricas, em mais de 50%, são as da 
celulose (C6H10O5)n: 
 Em adição à celulose, a madeira contém de 10 a 35% de lignina, um 
polímero tridimensional de ligações cruzadas muito complexo e 
impermeável, portanto, insensível à umidade. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
ANATOMIA DA MADEIRA 
• Identificação das Espécies 
 
 Identificação vulgar: um mesmo nome geralmente identifica 
espécies botânicas diferentes, por exemplo, canela, eucalipto, 
pau-ferro, etc. 
 
 Identificação botânica: exige confrontações com atlas de 
herbáreos, recebendo cada espécie um nome específico em 
latim; por exemplo, peroba-rosa é classificada como 
Aspidosperma polyneuron e peroba-de-campos, como 
Paretecoma peroba. 
 
 Identificação botânico-tecnológica: retira-se do lenho um 
prisma de 1x1x4cm orientado em relação às fibras e são 
preparadas lâminas na direção tangencial, radial e 
longitudinal-axial, para análise dos elementos anatômicos em 
microscópio de 50 aumentos. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Fatores Naturais de Alteração 
 
 Espécie botânica: estrutura anatômica e constituição do tecido 
lenhoso são muito variáveis de uma espécie para outra. 
 
 Massa específica do material: é um índice de concentração e 
distribuição de material resistente no tecido lenhoso. 
 
 Localização da peça no lenho: conforme a extração for do 
alburno ou do cerne e mais próxima à raiz ou à copa. 
 
 Presença de defeitos: nós, fendas, fibras torcidas, etc. 
 
 Umidade e Secagem: máxima resistência mecânica quando 
completamente seca, e mínima quando completamente saturada. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Retirada dos Corpos-de-Prova 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Retirada dos Corpos-de-Prova 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Umidade 
 
 Água de constituição: em combinação química com o material das 
células lenhosas; não é eliminada por secagem. 
 
 Água de impregnação: está infiltrada ou impregnada nas paredes 
celulósicas das células lenhosas; é completamente eliminada por 
secagem em estufa (100-150oC); responsável por inchamento da 
madeira; ponto de saturação ao ar é atingido quando as paredes das 
células ficam completamente impregnadas por água sem extravasar 
para os vazios capilares (±30%). 
 
 Água livre: a água de capilaridade, i.e., nos vasos capilares; não 
influi no comportamento mecânico da madeira. 
 
 Teor de umidade h: 
 %100


o
oh
P
PP
h
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Umidade 
 
 Classificações pelo teor de umidade: 
 
 - madeira verde: acima do ponto de saturação ao ar (h >30%) 
 
 - madeira semi-seca: 23%< h <30% 
 
 - madeira comercialmente seca: 18%< h < 23% 
 
 - madeira seca ao ar: 13%< h < 18% 
 
 - madeira dessecada: 0%<h < 13% 
 
 - madeira completamente seca: h = 0% 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Umidade 
 
 Classes de umidade e umidade de equilíbrio (NBR 7190/97): 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Umidade 
 Umidade de equilíbrio em várias cidades: 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Retratibilidade 
 
 Retratibilidade Volumétrica: 
 
 - contração volumétrica total, Ct: 
 
 
 
 - contração volumétrica parcial, Ch: 
 
 
 
 - coeficiente de retratibilidade volumétrica parcial: 
 
 
 
 
%100


o
ov
t
V
VV
C
%100


o
oh
h
V
VV
C
h
Ch
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Retratibilidade 
 
 Classificação conforme Ct: 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Retratibilidade 
 
 Classificação conforme o coeficiente de retratibilidade 
volumétrica parcial: 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Retratibilidade 
 
 Retratibilidade Linear: 
%100


o
oh
L
LL
CL
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Retratibilidade 
 Determinação das % de Retração ou Inchamento 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Retratibilidade 
 
 Retratibilidade ou Retração Total - Valores Aproximados 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Retratibilidade 
 
 Efeitos Anisotrópicos da Retratibilidade: 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• RETRATIBILIDADE 
 
 Causa da Anisotropia da Retratibilidade Linear: a existência de 
dois estratos de células, com desenvolvimento celular bem 
diferenciado, ou seja, as células do lenho tardio (verão-outono) 
têm células com paredes espessas, portanto, mais sensíveis à 
umidade do que as paredes muito mais finas das células do lenho 
inicial (primavera-verão). Na direção tangencial, as células do 
lenho tardio atuam como molas em estiramento e arrastam o 
conjunto. No sentido radial, a alternância exata de células de 
parede espessa e parede fina atenuam o efeito da retratibilidade. 
 
 Principais Cuidados para Minorar a Retratibilidade Linear: 1) 
uso de peças com teores de umidade compatíveis com o 
ambiente; 2) desdobramento adequado; 3) impregnação das 
peças com impermeabilizantes. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• Retratibilidade 
 
 Retratibilidade em Espécies Nacionais (1): 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• DENSIDADE 
 
 Massa Específica Aparente na Umidade h: 
 
 
 
 
 
 
 Massa Específica Aparente na Umidade Normal : 
 
 
)/( 3cmg
V
P
D
h
h
h 
  
)/(
100
151
1 315 cmg
h
DD h 




 


A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• DENSIDADE 
 Influência da Umidade na Densidade Aparente – Diagrama de 
Kollmann 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• DENSIDADE 
 
 Massa Específica Aparente de Algumas Espécies: 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• CONDUTIBILIDADE TÉRMICA 
 
 Coeficiente de Condutibilidade Térmica ou de Transmissão de 
Calor: o número K de quilocalorias que atravessa 1m2 de parede 
do material durante uma hora, por metro de espessura e por grau 
de diferença de temperatura entre as duas faces da parede. 
 
 - materiais muito isolantes: 0,04; 
 
 - madeiras em geral: 0,1; 
 
 - alvenarias de tijolos: 0,5 a 1,0; 
 
 - pedras naturais: 2 a 3; 
 
 - aço: 50; 
 
 - cobre: 300. 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• CONDUTIBILIDADE SONORA 
 
 Isolamento Acústico: enfraquecimento do nível sonoro. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• CONDUTIBILIDADE SONORA 
 
 Condicionamento Acústico: atenuação da intensidade do nível 
sonoro no interior de um recinto. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• RESISTÊNCIA AO FOGO 
 
 Normalmente, os materiais são classificados quanto à capacidade 
de resistir a temperaturas de 850oC no centro de um incêndio. 
 
 Para o incêndio se extinguir os materiais precisam de resistir a 
essa temperatura, por isso, a madeira é considerada não 
resistente a incêndios. 
 
 Num incêndio normal, a velocidade de combustão da madeira é 
cerca de 10mm a cada 15min. 
 
 Todavia, mantendo-se a temperatura do fogo em torno de 275oC, 
o fogo interrompe quando a espessura da madeira calcinada 
atinge 10mm, aproximadamente, e uma peça com mais de 25mm 
conservará ainda certa solidez. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
•RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL EM PEÇAS CURTAS 
 
 Corpos-de-Prova: duas séries de 2x2x3cm, 40 no estado verde e 
40 secos ao ar, isentos de defeitos e perfeitamente orientados em 
relação às fibras. 
 
 Fórmula de Correção da Resistência na Umidade h% para a 
Umidade Normal de 15%: 
 
 
 
 
Essa expressão tem validade para teores de umidade no intervalo 
15%≤h≤20%. No caso de valores de umidade h superiores a 20%, 
considera-se na expressão h=20%, pois a variação não é 
significativa. 
 





 

100
15%3
1
15
h
hcc

A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
•RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL EM PEÇAS CURTAS 
 
 Coeficiente de Correção da Resistência em Função de Defeitos: 
normalmente, adota-se um coeficiente de minoração de 0,75. 
 
Módulo de Elasticidade: a madeira é elástica para tensões 
inferiores a ¾ do limite de resistência. 
 
 
 
 
Assim, E15 é o valor médio do módulo de elasticidade à compressão 
paralela às fibras na umidade normal de 15%, a partir de 
experimentos em corpos-de-prova com um teor de umidade h 
diferente da condição padrão de referência (15%). 
 





 

100
15%2
115
h
EE h
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL EM PEÇAS LONGAS 
 
 Corpos-de-Prova: de 2x2xhvariávelcm, isentos de defeitos e 
perfeitamente orientados na direção das fibras; rótulas especiais 
devem ser adaptadas aos pratos da prensa, de modo que o corpo-
de-prova esteja apoiado livremente nas duas extremidades. 
 
 Fórmulas do Índice de Esbeltez: 
 
 
 
 
 
 Tensão Crítica de Flambagem: 
i
L

A
I
i 
)/( 2cmkg
A
Pcrit
fl 
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PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO AXIAL EM PEÇAS LONGAS 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• RESISTÊNCIA À TRAÇÃO AXIAL 
 
 A madeira raramente rompe por tração axial. 
 
 A ruptura da madeira na tração axial ocorre para cargas cerca de 
3 vezes superiores à da compressão axial. 
 
  A ruptura nas peças de madeira sob tração geralmente se dá nas 
ligações das extremidades que interrompem as fibras e diminuem 
a seção resistente, introduzindo solicitações secundárias de 
compressão normal, cisalhamento e fendilhamento. 
 
 É adotada a tensão-limitede resistência à tração na flexão 
estática como tensão-limite de resistência à tração pura. 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• RESISTÊNCIA À FLEXÃO ESTÁTICA 
 
 Corpos-de-Prova: 80 de 2x2x30cm, isentos de defeitos e 
perfeitamente orientados em relação às fibras; são registrados a 
carga de ruptura P e a flecha f. 
 
 Fórmulas do Módulo de Ruptura e Módulo de Elasticidade: 
 
 
 
 
 Cotas de Rigidez: madeiras rígidas- L/f=40 a 50; madeiras pouco 
rígidas- L/f= 30 a 40; madeiras flexíveis- L/f= 20 a 30; as 
madeiras rígidas e flexíveis devem ser descartadas para fins 
estruturais. 
 
 Umidade, Densidade e Defeitos: aplicam-se os mesmos conceitos 
da compressão, com as devidas adaptações. 
22
3
bh
PL
f  3
3
4 fbh
PL
E 
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PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• RESISTÊNCIA À FLEXÃO DINÂMICA 
 
 Método: no pêndulo de Charpy, o corpo-de-prova é atingido pelo 
martelo no meio vão de 24cm entre dois apoios; a leitura do 
trabalho W absorvido na ruptura é feita diretamente em escala 
graduada em kgxm. 
 
 Coeficiente de Resiliência: 
 
 
 
 
 
 Cota Dinâmica: 6
10
bh
W
K 
2D
K
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PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• RESISTÊNCIA À FLEXÃO DINÂMICA 
 
 Classificação e Uso Conforme a Cota Dinâmica: 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO NORMAL E OBLÍQUA ÀS FIBRAS 
 
 É na tensão do Limite de Proporcionalidade que se calculam as 
tensões de segurança para essa ação. 
 
 Varia conforme a orientação da carga em relação aos anéis de 
crescimento: máxima na direção tangencial, média na radial e 
mínima quando a 45o em relação a estas duas direções. 
 
 Fórmula Geral para a Compressão Oblíqua : com α igual à 
obliquidade do carregamento em relação às fibras. 
 22 cos


normalaxial
normalaxial
oblíqua
RsenR
RR
R
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PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• RESISTÊNCIA À TRAÇÃO NORMAL ÀS FIBRAS E FENDILHAMENTO 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
• RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO 
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PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
 
• DUREZA SUPERFICIAL OU RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO E DESGASTE 
 
 É adotado o Método Janka que consiste em medir o esforço para 
introduzir no topo dos corpos-de-prova, na direção axial, uma semi-
esfera de aço , de 1cm2 de seção diametral, até uma profundidade 
igual ao raio. 
 
 Corpos-de-prova 6x6x15 cm. 
 
• FLUÊNCIA 
 
 Sob cargas prolongadas, as peças de madeira podem ter 
deformações contínuas e progressivas, e atingir a ruptura para 
tensões inferiores à tensão limite de resistência determinada nos 
ensaios normalizados. 
 
 Se a carga for aplicada rapidamente e permanecer por curto 
período, a deformação será predominantemente elástica; se a 
componente plástica se sobrepuser à elástica, a deformação 
progredirá continuamente, por vezes, até à ruptura. 
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PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
 
• RESISTÊNCIA A CARGAS ALTERNADAS OU FADIGA 
 
 Limite de Resistência à Fadiga: a tensão máxima que pode 
suportar, sem romper, uma peça submetida a alternância de tração 
e compressão. 
 
 A aplicação de 50 milhões de ciclos de esforços reversíveis 
determina uma queda de resistência a 27% do valor estático 
correspondente. 
 
 A influência da umidade é bastante sensível: 3 a 4% de alteração 
da resistência, para uma variação unitária na umidade. 
 
 
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PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
 
• COTAS DE QUALIDADE 
 
 Cota de Qualidade Estática: 
 
 
 
 
Cota de Qualidade Específica de uma Espécie: 
 
 
 
 
 
 - de 18 a 20, p/ resinosas leves; 
 - de 15 a 17, p/ resinosas densas e folhosas leves; 
 - de 9 a 14, p/ folhosas densas. 
15
15
100 D
R
CQEstatica


2
15
15
100 D
R
caCQEspecífi


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PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
 
• CLASSES DE RESISTÊNCIA 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS 
 
• CLASSES DE RESISTÊNCIA 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
FICHAS TECNOLÓGICAS DE MADEIRAS 
 
 Examinar arquivo pdf do Capítulo 6 de “Madeira: Uso 
Sustentável na Construção Civil”, acessível em 
http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente/qua
lidade_ambiental/madeira/0001 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA ROLIÇA 
 
 Consiste de um segmento do fuste da árvore, obtido por cortes 
transversais (traçamento) ou mesmo sem esses cortes (varas: peças 
longas de pequeno diâmetro). 
 
 
 Tais produtos são empregados, de forma temporária, em escoras 
ou pontaletes e construção de andaimes. Em construções rurais ou 
de estilo rústico, é freqüente o uso em estruturas de telhado e 
pilares. Também, em postes de distribuição de energia elétrica e nas 
casas pré-fabricadas log-homes. 
 
 Na Região Sul, a madeira roliça é de reflorestamento, geralmente, 
de diversas espécies de eucalipto (Eucalyptus spp.). Madeira nativa 
roliça é empregada só nas regiões produtoras, como na Amazônia, 
onde se destaca a acariquara ( Minquartia guianensis), de boa 
resistência mecânica e alta durabilidade natural. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA SERRADA 
 
 Principais produtos de madeira serrada e dimensões: 
 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA BENEFICIADA 
 
 É obtida pela usinagem de peças de madeira serrada, podendo 
incluir operações de aplainamento, molduramento e torneamento e 
ainda desengrosso, desempeno, destopamento, recorte, 
furação, respigado, ranhurado, entre outras. 
 
 Principais produtos de madeira beneficiada e dimensões: 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA SERRADA COLADA 
 
 É obtida a partir da montagem de peças superpostas de madeira 
serrada, com espessura até 2cm, unidas por cola de grande 
adesividade, podendo as peças estruturais alcançar comprimentos 
de 40m e altura de 2m. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA COMPENSADA 
 
 As lâminas de madeira para compensados são obtidas por um 
processo de fabricação que se inicia com o cozimento das toras de 
madeira e seu posterior corte em lâminas. 
 
 Dois métodos para a produção de lâminas: o torneamento e o 
faqueamento. 
 
 Torneamento: a tora já descascada e cozida é colocada em torno 
rotativo. As lâminas assim obtidas são destinadas à produção de 
compensados. 
 
 Faqueamento: a lâmina é obtida a partir de uma tora inteira, da 
metade ou de um quarto da tora, presa pelas laterais, para que uma 
faca do mesmo comprimento seja aplicada sob pressão, produzindo 
fatias únicas. Estas lâminas geralmente são para revestimento de 
divisórias, com fins decorativos. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA COMPENSADA 
 
 Chapas de compensado 
a) Compensado multilaminado (PW – 
Plywood) – painel de várias lâminas 
unidas cada uma perpendicularmente à 
outra, através de adesivo ou cola, 
sempre em número ímpar (5 ou 7), de 
forma que uma compense a outra para 
maior estabilidade. A espessura pode 
variarde 3 a 35 mm, com dimensões 
planas de 2,10 m x 1,60 m, 2,75 m x 
1,22 m e 2,20 m x 1,10 m, sendo esta a 
mais comum. Podem ser de uso interior, 
quando utilizado o adesivo uréia-
formaldeído, e de uso exterior ou 
“prova d’água”, quando colados com 
adesivo fenol-formaldeído. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA COMPENSADA 
 
 Chapas de compensado 
b) Compensado sarrafeado e 
multissarrafeado (Blockboard) 
– painel com miolo composto de 
sarrafos e as capas de finas 
lâminas de madeira prensada 
ou chapas duras de fibras. No 
sarrafeado, o miolo é formado 
por vários sarrafos de madeira, 
colados lado a lado. O 
multissarrafeado é mais 
estável, com miolo de lâminas 
prensadas e coladas na vertical 
(“sanduíche” de 5 camadas). 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA COMPENSADA 
 
 Chapas de compensado 
 
c) Compensado de lâminas paralelas (Lamnyboard) – painel 
derivativo do compensado sarrafeado, com a diferença de que o 
miolo é composto por painéis de lâminas paralelas seccionados 
no sentido longitudinal em tiras e viradas em ângulo de 90 
graus. As faces são de duas lâminas de madeira em disposições 
cruzadas. 
 
d) Compensado de painéis de madeira maciça (Three-ply) – painel 
de três camadas cruzadas de sarrafos colados lateralmente com 
adesivo à base de PVAc. Para a construção civil pode ser usado 
adesivo de melamina-formaldeído para melhorar a durabilidade 
em uso externo. Painel de alta qualidade e grande valor 
agregado pouco usado no Brasil. 
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PRODUTOS DE MADEIRA PARA A 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA LAMINADA COLADA 
 
 Chapas de lâminas paralelas 
 
e) Painel de lâminas paralelas 
(LVL - Laminated veneer 
lumber) – painel de lâminas 
coladas no mesmo sentido 
com resina fenol-
formaldeído. É usado em 
aplicações estruturais, 
principalmente, como 
componente de vigas “I”, 
formando as flanges, em 
combinação com a alma de 
painel “OSB”. 
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PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO 
CIVIL 
 
•MADEIRA RECOMPOSTA OU RECONSTITUÍDA 
 
 Chapas duras de fibras (HB – 
Hardboards) 
 Chapas de fibras de alta densidade 
(>800kg/m3) que variam de 2,5 mm a 6,0 
mm, na espessura, e 122cmx244cm, 
122cmx275cm, 170x244cm e 
183cmx275cm. As fibras lignocelulósicas 
são coladas com resina fenol-formaldeído 
e consolidadas por prensagem a quente. 
Produzidas por processo úmido ou seco. O 
produto resultante do processo seco 
apresenta limitações de uso em ambientes 
permanentemente úmidos. Usadas em 
portas e revestimentos que requerem 
dureza superficial, como divisórias, etc. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
•MADEIRA RECOMPOSTA OU RECONSTITUÍDA 
 
 
 Chapas de média densidade de fibras (MDF – 
medium density fiberboard) 
 Têm densidade de 500 a 800 kg/m³, são 
produzidas com fibras de madeira aglutinadas 
com resina sintética termofixa, consolidadas 
sob ação conjunta de temperatura e pressão. O 
processo de fabricação é seco, no qual as fibras 
passam pela aplicação da resina de fenol-
formaldeído e secagem de forma contínua e 
integrada através de tubos com jatos de ar 
quente. A resistência a umidade aumenta com 
adição de resina melamina-formaldeído. 
Dimensões comuns: 183cmx275cmx6 a 35mm. 
Também, já se fabricam chapas HDF(>800 
kg/m³) para pisos. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA RECOMPOSTA OU RECONSTITUÍDA 
 
 Chapas de madeira aglomerada (PB – particle board) 
 
a) Chapas de partículas de madeiras selecionadas de pinus ou 
eucalipto, provenientes de reflorestamento, aglutinadas com 
resina sintética termofixa – uréia-formaldeído – se consolidam 
sob a ação de alta temperatura e pressão. 
b) Podem ser revestidas com película celulósica do tipo Finish Foil – 
FF em padrões madeirados, unicolores ou fantasias, ou ainda, 
revestidas com laminado melamínico de baixa pressão – BP, que, 
por efeito de prensagem a quente, funde o laminado à madeira 
aglomerada formando um corpo único e inseparável. 
c) Por não apresentar resistência à umidade, o aglomerado deve ser 
utilizado em ambientes internos e secos. 
d) Dimensões comuns: 183cmx220cm; 183cmx275cm; 
183cmx440cm. Espessuras: 8 a 30mm. 
e) Três camadas: camadas externas de partículas menores e camada 
interna de partículas maiores. 
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PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA RECOMPOSTA OU RECONSTITUÍDA 
 
 Chapas de madeira aglomerada (PB – particle board) 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA RECOMPOSTA OU RECONSTITUÍDA 
 
 Chapas de partículas orientadas (OSB – oriented strand board) 
 
a) Suprem uma característica demandada, e não encontrada, tanto 
na madeira aglomerada tradicional quanto nas chapas MDF – a 
resistência mecânica exigida para fins estruturais. 
 
b) Formadas por camadas de partículas ou de feixes de fibras com 
resinas fenólicas, de formatos quadrado ou retangular, que são 
orientadas em uma mesma direção e então, prensadas a quente 
para sua consolidação através de adesivo de resina fenol-
formaldeído ou isocianato (MDI). Cada painel consiste de três a 
cinco camadas, orientadas em ângulo de 90 graus umas com as 
outras. 
 
c) A resistência destes painéis à flexão estática é alta, não tanto 
quanto a da madeira sólida original, mas tão alta quanto a dos 
compensados estruturais, aos quais substituem perfeitamente, 
mas com menor custo. 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA RECOMPOSTA OU RECONSTITUÍDA 
 
 Chapas de partículas orientadas (OSB – oriented strand board) 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA RECOMPOSTA OU RECONSTITUÍDA 
 
 Chapas de partículas não orientadas (WB – Waferboard) 
a) Diferem das chapas OSB pela não orientação das camadas de 
partículas, o que proporciona redução de custos de produção. 
b) Formadas por camadas de partículas maiores de formatos 
quadrado ou ligeiramente retangular coladas com resinas fenol-
formaldeído, com distribuição aleatória e prensadas a quente. 
c) A resistência à flexão estática é menor que nos painéis OSB, pois 
estes foram concebidos como produto estrutural de 2ª. geração, a 
partir e em substituição dos painéis WB. 
 
 
 Chapas isolantes de fibras (Insulation board) 
 Chapas de baixa densidade (<400kg/m3), para divisórias, forros 
e isolamento acústico, de fibras lignocelulósicas, prensadas em 
processos úmidos, com eventual incorporação de aditivos para 
melhorar a coesão, resistência ao fogo e impermeabilidade. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA RECOMPOSTA OU RECONSTITUÍDA 
 
 Chapas de madeira-cimento (CPB/CBPB - cement-bonded 
particleboard; CBWP - wood cement-bonded-particleboard; 
WWCB - wood-wool-cement board) 
 
a) Produzidas por mistura de partículas ou fibras de madeira com 
cimento Portland e compostos químicos aceleradores de cura e 
consolidadas através da prensagem a frio. 
b) Para uso interno ou exterior, por serem resistentes às mudanças 
climáticas, não inflamáveis, resistentes ao ataque de agentes 
biodegradadores e bom isolamento térmico e acústico. 
c) Um fator importante a estudar é a compatibilidade da madeira 
com o cimento, durante o processo de hidratação e cristalização 
do aglomerante – pega. As resinosas são as maiscompatíveis. 
d) Alta densidade (650 kg/m3 a 750 kg/m3) mais apropriada para a 
edificação de paredes; média densidade (450 kg/m3 a 650 
kg/m3) baixa a média densidade (até 450 kg/m3). 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• MADEIRA ESTRUTURAL COMPOSTA 
 
a) Também, é chamada de madeira “engenheirada”, muito usada no 
exterior, em alguns países. 
 
b) Pode ser madeira serrada classificada eletromecanicamente, 
geralmente de coníferas, ensaiada não-destrutivamente (em 
máquinas de alta velocidade) quanto à flexão estática e 
identificada quanto à sua classe de resistência mecânica. Este 
produto é conhecido como machine evaluated lumber - MEL ou 
machine stress rated - MSR. 
 
c) Pode compor também este grupo a madeira laminada e colada, 
na qual as tábuas são dispostas e coladas, com as suas fibras na 
mesma direção, ampliando o comprimento ou a espessura. 
 
d) Estão incluídos no grupo das madeiras estruturais compostas: 
LVL – laminated veneer lumber, PSL – parallel strand lumber e 
OSL – oriented strand lumber. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
PRODUTOS DE MADEIRA PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• OUTROS PRODUTOS 
 
 
a) Uma vertente de interesse crescente tem sido a utilização de 
resíduos de processamento mecânico ou químico de madeiras na 
produção de painéis, dentro do princípio de reúso ou mesmo de 
reciclagem de materiais. 
 
b) Exemplo recente é o desenvolvimento de painéis produzidos com 
madeira sólida e com partículas de madeira tratada com CCA, um 
preservante de madeira à base de cobre, cromo e arsênio. Este 
material, proveniente de descarte, passaria a constituir-se em 
potencial contaminante ambiental. Com o reaproveitamento 
destes produtos na forma de painéis, um potencial agente 
contaminante passou a constituir-se matéria-prima, gerando 
outros produtos de alta durabilidade. 
 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
INDICAÇÃO DE USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• GRUPAMENTO DOS USOS 
 
Construção civil pesada interna 
Peças de madeira serrada na forma de vigas, caibros, pranchas e 
tábuas utilizadas em estruturas de cobertura, onde tradicionalmente 
era empregada a madeira de peroba-rosa ( Aspidosperma 
polyneuron). 
 
Construção civil leve externa e leve interna estrutural 
Peças de madeira serrada na forma de tábuas e pontaletes 
empregados em usos temporários (andaimes, escoramento e fôrmas 
para concreto) e as ripas e caibros utilizadas em partes secundárias 
de estruturas de cobertura. A madeira de pinho-do-paraná 
(Araucaria angustifolia) foi a mais utilizada, durante décadas, neste 
grupo. 
 
Construção civil leve interna decorativa 
Peças de madeira serrada e beneficiada, como forros, painéis, 
lambris e guarnições, onde a madeira apresenta cor e desenhos 
considerados decorativos. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
INDICAÇÃO DE USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• GRUPAMENTO DOS USOS 
 
Construção civil leve interna de utilidade geral 
São os mesmos usos descritos anteriormente, porém para madeiras 
não decorativas. 
 
Construção civil leve, em esquadrias 
Abrange as peças de madeira serrada e beneficiada, como portas, 
venezianas, caixilhos. A referência é a madeira de pinho-do-paraná 
(Araucaria angustifolia). 
 
Construção civil: assoalhos domésticos 
Compreende os diversos tipos de peças de madeira serrada e 
beneficiada (tábuas corridas, tacos, tacões e parquetes). 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
INDICAÇÃO DE USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• CONSTRUÇÃO CIVIL PESADA INTERNA 
 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
INDICAÇÃO DE USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• CONSTRUÇÃO CIVIL LEVE EXTERNA E LEVE INTERNA ESTRUTURAL 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
INDICAÇÃO DE USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• CONSTRUÇÃO CIVIL LEVE INTERNA DECORATIVA 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
INDICAÇÃO DE USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• CONSTRUÇÃO CIVIL LEVE INTERNA DE UTILIDADE GERAL 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
INDICAÇÃO DE USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• CONSTRUÇÃO CIVIL LEVE EM ESQUADRIAS 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
INDICAÇÃO DE USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
• CONSTRUÇÃO CIVIL: ASSOALHOS DOMÉSTICOS 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
TRATAMENTO DA MADEIRA 
 
• SECAGEM 
 
a) Vantagens da Secagem 
- Diminuição do peso; 
- Estabilidade dimensional; 
- Aumento da resistência mecânica; 
- Aumento da resistência aos predadores; 
- Incremento da penetração de preservantes; 
- Necessidade para acabamento por pintura ou envernizamento. 
 
b) Desenvolvimento da Secagem 
- A água livre é perdida rapidamente, logo após o corte; 
- A perda de água de impregnação das células é lenta e gradual; 
- Dá-se por evaporação superficial, acompanhada de difusão de 
umidade, do núcleo para a periferia; 
- A migração de umidade depende da quantidade de traquídeos e de 
vasos condutores; 
- Convém que a evaporação superficial e a difusão interna se façam 
na mesma velocidade. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
TRATAMENTO DA MADEIRA 
 
• SECAGEM 
 
c) Secagem Natural 
- Realizada em pátios junto às serrarias; 
- As ruas que separam as pilhas de peças devem ser orientadas na 
direção dos ventos predominantes; 
- Aconselhável a adoção de coberturas provisórias; 
- A perda da água livre ocorre em 20-30 dias; 
- A secagem de equilíbrio (13 a 18%) dura mais 90 a 150 dias. 
 
d) Secagem Artificial em Estufas 
- Pode ser feita em 2 ou 3 semanas; 
- Conduzida com temperaturas crescentes e graus higrométricos 
decrescentes, de acordo com a tabela de secagem ou curvas de 
equilíbrio higroscópico da espécie lenhosa; 
- Avaliada a umidade inicial do lote, a estufa começa a ser regulada 
para estágios de temperatura e umidade sucessivos, para se atingir 
pontos de equilíbrio imediatamente inferiores a cada condição de 
origem. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
TRATAMENTO DA MADEIRA 
 
• DEFEITOS DE SECAGEM 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
TRATAMENTO DA MADEIRA 
 
• DEFEITOS DE SECAGEM 
Nota: entre os defeitos de secagem, ainda, podem ser 
consideradas as fissuras, trincas e rachaduras. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
TRATAMENTO DA MADEIRA 
 
• DETERIORAÇÃO 
 
a) Fungos 
- Fermentos (enzimas ou diástases) segregados pelos filamentos 
retiram o carbono dos carboidratos do tecido lenhoso; 
- Fungos manchadores vivem às custas da seiva e da albumina das 
células de reservas nutritivas e desvalorizam as peças, sem 
comprometer as características resistentes; 
- Fungos xilófagos decompõem a celulose (podridão parda) ou a 
lignina (podridão branca); 
- Condições ambientais de desenvolvimento de fungos: oxigênio 
atmosférico, temperatura em torno de 20oC e umidade acima de 
20%; 
- Combate-se pelo desdobro e secagem em épocas adequadas e com 
o arejamento efetivo das peças . 
 
b) Bactérias 
- Menos freqüentes que os fungos, aeróbias ou anaeróbias; 
- Provocam fenômenos de decomposição química. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
TRATAMENTO DA MADEIRA 
 
• DETERIORAÇÃO 
 
c) Insetos Xilófagos da Ordem Coleoptera 
- Normalmente, denominados de “carunchos”, carcomas ou 
besouros; 
- Procuram as madeiras verdes e em fase de secagem para por os 
ovos, ao longo das cavidades das células cortadas 
longitudinalmente; 
- As larvas nascem 8 dias após a postura e começam a comer o 
tecido lenhoso, até saírem como besouros. 
 
d) Insetos Xilófagos da Ordem Isoptera 
- Térmitas ou cupins, chamas de “formigas brancas; 
- Formam aglomerados socialmente organizados (“cupinzeiros”); 
- Operárias atacam a madeira morta, verde ou seca, couros, chifrese 
papel; 
- Condições mais favoráveis ao ataque de insetos: madeira branca, 
seivada, úmida, contato com o solo, umidade alta e temperatura 
média estável. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
TRATAMENTO DA MADEIRA 
 
• DETERIORAÇÃO 
 
e) Moluscos e Crustáceos 
- Em águas cálidas ou temperadas do litoral marinho, atacam pilares 
de pontes e estruturas de trapiches e cais; 
- Os teredo são moluscos vermiformes, podem atingir comprimento 
de 35cm e diâmetro de 9mm; dentro da madeira, deixam furos de 
alfinete; 
- Os limnoria são crustáceos semelhantes a mariscos e abrem 
galerias pouco profundas na madeira, concreto, pedras naturais e 
materiais cerâmicos. 
 
• METODOLOGIA DE PRESERVAÇÃO 
 
a) Tratamento Prévio 
- Secagem a um teor adequado de umidade; 
- Remoção de cascas e cortiças; 
- Desseivagem; 
- Serviços de resserragem, furação, entalhes, etc., caso necessário. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
TRATAMENTO DA MADEIRA 
 
• METODOLOGIA DE PRESERVAÇÃO 
 
b) Métodos de Impregnação Superficial 
- Pintura superficial ou simples imersão em preservativo adequado; 
- Recomendados para madeira seca em ambiente coberto: telhados, 
forros, etc.; 
- Preservativos mais usados: soluções salinas hidrossolúveis; 
- Profundidade máxima de tratamento: 2 a 3mm. 
 
c) Métodos de Impregnação sob Pressão Reduzida 
c.1) Processo Shelley ou de dois banhos: o impregnante é aquecido 
com as peças até à temperatura de ebulição, durante 4 horas, depois 
as peças são transferidas rapidamente para uma solução a frio com 
o mesmo imunizante, por 20 a 30 minutos. Usado no tratamento dos 
topos de postes, moirões e cruzetas. 
c.2) Processo de substituição da seiva: postes, moirões e pontaletes, 
ainda verdes, são colocados de pé imersas na solução preservativa 
até altura conveniente, dando-se a ascensão capilar do imunizante. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
TRATAMENTO DA MADEIRA 
 
• METODOLOGIA DE PRESERVAÇÃO 
 
c) Métodos de Impregnação sob Pressão Reduzida 
c.3) Processo de impregnação por osmose: em peças de madeira 
verde, aplica-se na superfície, abaixo e acima da linha de 
afloramento, uma espessa camada gelatinosa de imunizante 
fortemente concentrado. A zona tratada é coberta com uma 
bandagem de plástico impermeável. O imunizante migra por osmose 
para o tecido lenhoso interno, sendo a pressão osmótica de 2 a 
3MPa. 
 
d) Métodos de Impregnação sob Pressão Elevada, em Autoclaves 
d.1) Processo Bethel ou de células cheias: 
- Na autoclave, com as peças a tratar, é feito um vácuo a -70cm de 
mercúrio, por 2 horas; 
- Banho preservativo, a 10 atmosferas e temperatura de 90-100oC, 
por 3 horas; 
- Vácuo final a -30cm de mercúrio, por 30 minutos, para retirar o 
excesso de preservativo. 
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TRATAMENTO DA MADEIRA 
 
• METODOLOGIA DE PRESERVAÇÃO 
 
d) Métodos de Impregnação sob Pressão Elevada, em Autoclaves 
d.2) Processo Ruepig ou de células vazias: 
- Na autoclave, com as peças a tratar, a seco, é dada uma pressão 
de 3 atmosferas para que as células se encham de ar, por 90 
minutos; 
- Banho preservativo, a 10 atmosferas e temperatura de 90-100oC, 
por 3 horas; 
- Vácuo final, para retirar o excesso de preservativo. 
 
 
e) Produtos de Preservação 
e.1) Preservativo oleoso: creosoto de destilação da hulha de alcatrão, 
de óleos ou de madeira. 
e.2) Preservativo oleossolúvel: pentaclorofenol que, como o próprio 
nome diz, é um fenol clorado, normalmente utilizado em soluções 
oleosas a 5% de concentração em peso (de óleo diesel, óleo 
queimado de carter e óleo de caldeira 4 ou 5). 
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TRATAMENTO DA MADEIRA 
 
•METODOLOGIA DE PRESERVAÇÃO 
 
 
e) Produtos de Preservação 
 
e.3) Soluções salinas hidrossolúveis: pela facilidade de transporte 
e pela elevada segurança no manuseio, os preservativos 
hidrossolúveis representam elevada parcela dos produtos 
consumidos no tratamento de madeiras no Brasil. 
 
Os produtos comercializados no mercado brasileiro são: 
1) CCA (a base de cromo, cobre e arsênio), com as denominações 
de CCA Carbo e Osmose K-33; 
2) CCB (a base de cromo, cobre e boro), com as denominações 
comerciais de CCB Carbo, Osmose CCB, Jimo Sal CCB e Wolmanit 
CB; 
3) FCAP (a base de flúor, cromo, arsênio e fenois), com os nomes 
comerciais de Osmose MR Sal, Osmosar e Wolmanit URT. 
 
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QUALIDADE E NORMALIZAÇÃO DA MADEIRA 
 
• MADEIRA SERRADA E BENEFICIADA 
 
a) Espécies de Madeiras 
- Recomenda-se especificar a madeira por seu nome popular ou 
comercial associado ao nome científico; 
- Na inspeção de recebimento a madeira deve ser identificada pela 
anatomia da madeira ou enviada a um laboratório especializado. 
 
b) Nomes e Dimensões das Peças 
- As normas não são seguidas no mercado, quanto a nomenclatura 
e dimensões das peças; 
- As normas disponíveis são: 
 
• NBR 7203: Madeira serrada e beneficiada; 
 
• NBR 9480: Classificação de madeira serrada de folhosas; 
 
• NBR 12498: Madeira serrada de coníferas provenientes de 
reflorestamento, para usos geral: dimensões e lotes. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
QUALIDADE E NORMALIZAÇÃO DA MADEIRA 
 
• MADEIRA SERRADA E BENEFICIADA 
 
b) Nomes e Dimensões das Peças 
 
- Considerando as normas e para evitar conflitos na inspeção de 
recebimento, recomenda-se especificar em projetos ou pedidos 
de compra o seguinte: 
 
• nome da peça (viga, caibro, ripa etc.) e respectiva seção ou bitola 
(em mm). Ao especificar dimensões para peças aparelhadas, o 
usuário deve considerar que a prática comercial é se referir aos 
valores nominais da madeira serrada em bruto; 
 
• mencionar as tolerâncias positivas e negativas admitidas (variável 
em função do grau de processamento das peças); e 
 
• citar o teor de umidade de referência. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
QUALIDADE E NORMALIZAÇÃO DA MADEIRA 
 
• MADEIRA SERRADA E BENEFICIADA 
 
c) Teor de Umidade 
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QUALIDADE E NORMALIZAÇÃO DA MADEIRA 
 
•MADEIRA SERRADA E BENEFICIADA 
 
d)Classificação por Defeitos Naturais e de Processamento 
- Classificação por defeitos ou por aparência: é muito empregada 
em madeiras de coníferas e em madeiras de folhosas (angiospermas 
ou dicotiledôneas) classificadas para mercados especiais. Considera-
se o número, a importância e a distribuição dos defeitos que 
apareçam em uma ou ambas as faces da peça serrada. No Brasil, 
esse sistema é empregado na norma de classificação para a madeira 
serrada de pinho, na NBR 11700, e na norma que está sendo 
elaborada pela ABNT para madeira serrada de eucalipto. 
- Classificação por uso final proposto: engloba dois subgrupos, de 
acordo com o uso final da madeira: classificação para uso em estru-
turas, onde as propriedades mecânicas são decisivas, e classifica-
ções específicas, onde as peças são fornecidas em dimensões exatas 
para usos bem definidos. A classificação para uso em estruturas po-
de ser feita pelo método visual (NBR 7190 “Projeto de Estruturas de 
Madeira” ) ou pelo método mecânico (σf e E). 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
QUALIDADE E NORMALIZAÇÃO DA MADEIRA 
 
• MADEIRA SERRADA E BENEFICIADA 
 
d) Classificação por Defeitos Naturais e de Processamento 
 
- No Brasil, em geral, as peças de madeira empregadas na constru-
ção civil não são classificadas adequadamqnte e são 
especificadas ou comercializadas em dois extremos: 
 
• madeira não selecionada (bica corrida) que compreende todo o 
produto da tora exceto as peças inaproveitáveis. Isso prejudica o 
produtor, pois peças sem defeito são comercializadas pelo mesmopreço de uma peça com defeitos; 
 
• madeira de primeira qualidade em que as peças praticamente são 
isentas de defeitos. Neste caso, pedaços significativos de madeira 
são desprezados na serraria, constituindo um sério problema de 
descarte e um evidente desperdício do recurso florestal. Por outro 
lado, o consumidor fica desprotegido pois não há uma definição 
do que seja madeira de primeira o que gera dúvidas no momento 
da inspeção de recebimento. 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
QUALIDADE E NORMALIZAÇÃO DA MADEIRA 
 
• MADEIRA COMPENSADA 
 
a) Classificação de Acordo com o Local de Utilização 
 
- Interior: compensado colado com adesivo do tipo interior, 
destina-do à utilização em locais protegidos da ação d’água ou 
alta umidade relativa; 
 
- Intermediária: compensado colado com adesivo intermediário, 
destinado à utilização interna mas em ambiente de alta umidade 
relativa, podendo eventualmente receber a ação d’água; 
 
- Exterior: compensado colado com adesivo a prova d’água, desti-
nado ao uso exterior ou em ambientes fechados onde são subme-
tidos a repetidos umedecimentos e secagem ou ação d’água . 
 
 
A MADEIRA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
QUALIDADE E NORMALIZAÇÃO DA MADEIRA 
 
• MADEIRA COMPENSADA 
 
b) Normalização 
- NBR 9484/86: Compensado - determinação do teor de umidade; 
- NBR 9485/86: Compensado – determinação da massa específica; 
- NBR 9486/86: Compensado – determinação da absorção de água; 
- NBR 9488/86: Compensado – amostragem de compensado para 
ensaio; 
- NBR 9489/86: Compensado – condicionamento de corpos-de-
prova de compensado para ensaios; 
- NBR 9490/86: Lâmina e compensado; 
- NBR 9531/86: Chapas de madeira compensada; 
- NBR 9532/86: Chapas de madeira compensada; 
- NBR 9533/86: Compensado – determinação da resistência à flexão 
estática; 
- NBR 9534/86: Compensado – determinação da resistência da 
colagem ao esforço de cisalhamento; e 
- NBR 9535/86: Compensado – determinação do inchamento. 
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QUALIDADE E NORMALIZAÇÃO DA MADEIRA 
 
• MADEIRA COMPENSADA 
 
c) Programa Nacional de Qualidade da Madeira – PNQM 
- O usuário de compensados conta também com Programa 
Nacional de Qualidade da Madeira da Associação Brasileira da 
Indústria de Madeira Processada Mecanicamente – ABIMCI, que 
está certificando empresas produtoras de acordo com requisitos 
lastreados nas normas ABNT mencionadas. 
 
- Mais informações podem ser obtidas no site da associação 
www.abimci.com.br

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