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Artes Visuais e Música

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Ensino de Artes Visuais e Música
A criança é uma construtora de cultural corporal e utiliza o movimento com seus gestos e expressões para esse processo. A música e artes visuais podem contribuir para essa construção.
Assim como na dança o tempo e o ritmo estão em outra expressão artística que é a música.
A palavra ritmo , deriva do termo grego Rytmus, que significa ou designa tudo o que flui e o que se move no universo.
	O ritmo é um fenômeno que pode ser conceituado por diversas possibilidades, pois é algo universal á qual tudo está submetido.
	Podemos pensar em ritmos de aprendizagem, ritmo de crescimento, de desenvolvimento, de movimentação. O ritmo é fenômeno orgânico, biológico que se vive com todos os sentidos.
	Para Monteiro e Artaxo (2000), o ritmo é a capacidade de reproduzir, mediante o movimento, um ritmo interno e externo do executante, as autoras ainda conceituam o ritmo como uma organização ou uma estruturação de fenômenos que se desenrolam no tempo.
	Neste sentido o ritmo pode estar associado ao movimento, com suas velocidades, tempos ou a música.
	Na música o ritmo é um padrão estabelecido pela duração das notas, e se refere ao número de tempos de cada compasso musical. Assim o ritmo é o elemento mais essencial da música, determina seu movimento e sua palpitação e representa, em última análise, o contraste entre o som e o silêncio.
	Nesta direção a música como uma possibilidade de trabalho expressivo para a cultura corporal, está vinculada ao movimento e ao ritmo de cada criança.
A música é algo que está sempre associada à cultura e às tradições de um povo e de sua época. A música é uma linguagem universal, tendo participado da história da humanidade desde as primeiras civilizações. Conforme dados antropológicos as primeiras músicas foram usadas em rituais, com o passar do tempo começou a ser utilizada em louvações.
Atualmente existem diversas definições para a música, porém de um modo geral ela é considerada ciência e arte. A música é composta basicamente por sons, ritmos, melodia e harmonia. Os sons são as vibrações, o ritmo é o efeito da duração dos sons, melodia é a sucessão ou repetição do ritmo e a harmonia é a combinação dos sons de forma que se torne agradável aos ouvidos. 
Vamos agora entender a música no contexto educacional, e como essa manifestação artística e expressiva pode auxiliar no desenvolvimento infantil.
	
Educação Musical
 	A educação musical pode ter sua historia construída desde a Grécia Antiga.Vários filósofos discutiram sobre os fundamentos da música, desde a sua importância para o ser humano como a sua estruturação.
A utilização do corpo como meio de sensibilização para o processo ensino/aprendizagem musical assume certa notoriedade a partir do século XVIII. O filósofo, compositor e escritor francês Jean-Jacques Rousseau , seguindo as influências pedagógicas da sua época, rejeita as ideias do ensino de música, a partir das tradições cartesianas do filosofo René Descartes. Na visão de Descartes existe uma separação entre mente e corpo. O filosofo é racionalista e separa o que é do espírito (mente) do que vem a ser da matéria (corpo), menosprezando assim, as dimensões fisiológicas, sensoriais e emotivas. 
A necessidade de se agregar à educação, a dimensão corporal e emocional trouxe um novo parâmetro de ensino , bastante presente nas idéias de Jean-Jacques Rousseau, Johann Heinrich Pestalozzi (1746- 1827), Maria Montessori (1870-1952), Ovide Decroly (1871-1932) e Celestin Freinet (1896-1966), entre outros. 
Tendo como base a prática corporal vivenciada, que vários educadores daquela época construíram a sua metodologia musical fundamentada no desenvolvimento cognitivo e emocional através do corpo.
Um pedagogo musical que se destacou melhor numa metodologia musical em que o corpo é a base para a sua expressão corporal e musical foi Emiles JacquesDalcroze.
 Dalcroze é o pedagogo musical que podemos considerar de suma importância quando o assunto é o uso do corpo para o fazer musical. O pedagogo percebeu pelas suas experiências que a expressão corporal poderia contribuir muito para comunicar problemas motores, psíquicos e emocionais. Algo que hoje sabemos ser fundamental no desenvolvimento infantil.
Dalcroze defendia que o homem aprendia melhor algum conteúdo quando este era vivenciado corporalmente, para ele era através dos movimentos corporais que as emoções internas são expressas. 
Para os seguidores das ideias de Dalcroze a prática corporal deve anteceder até mesmo a iniciação na execução sonora. Assim a ideia que desenvolvemos até agora na disciplina onde o movimento é o inicio de tudo é reforçada.
Na visão dalcroziana a iniciação da vivência musical ocorre por uma metodologia que se divide em três partes: a rítmica, o solfejo e a improvisação.
	Vamos entender melhor cada uma das partes. A rítmica se fundamenta na percepção auditiva e na improvisação, intensificando a coordenação entre o ouvido, a cognição e o corpo. È o desenvolvimento do sentido musical (que tem lugar em todo corpo).
	Uma possibilidade de trabalho interessante na rítmica são as atividades com percussão corporal, onde a criança pode desenvolver o sentido musical usando o corpo.
	A imagem a seguir apresenta crianças fazendo atividades com percussão corporal.
Fonte: http://www.robertaforte.com.br/cursos/Q_som_Q_tem.htm
	O solfejo Dalcroze une as habilidades auditivas, visuais, vocais, cognitivas, rítmicas e corporais, trabalhando as relações e os elementos de forma prática, primeiramente na melodia, depois harmonicamente. Nesta parte existe o despertar do instinto motor, onde a criança adquiri as noções da ordem.
	Uma possibilidade de trabalho interessante no solfejo são atividades com instrumentos musicais, formação de bandinhas, percepção de sons de cada instrumento.
	Observem a imagem onde as crianças utilizam diversas habilidades rítmicas e corporais, como propõe o solfejo.
Fonte: http://www.robertaforte.com.br/cursos/Q_som_Q_tem.htm
	E sobre a improvisação, essa parte utiliza todas as faculdades, explora o movimento corporal, a imaginação e a criatividade, a consciência de espaço e tempo, a flexibilidade e agilidade, a coordenação motora, a expressão corporal, a acuidade auditiva e escuta crítica, a concentração e a flexibilidade. A improvisação utiliza ritmos físicos e verbais para a expressão espontânea do indivíduo.
	Nesta parte atividades que envolvam canções e danças, são ótimas sugestões.
	Dalcroze criou a Eurritmia , um sistema de treinamento da sensibilidade musical baseado no movimento rítmico . Seus princípios organizaram-se , portanto, a partir do intercâmbio entre o dinamismo corporal e o dinamismo sonoro. Assim a base do método Dalcroze preconiza o desenvolvimento do sentido musical no corpo por inteiro.
	Dos estudos de Dalcroze aos dias de hoje, muito se sabe da importância de uma educação musical, no desenvolvimento infantil. Reforçando nossas conversas anteriores, o corpo, o movimento e suas expressões e gestos são utilizados para que a criança construa sua cultura corporal e se aproprie de todos os costumes da cultura que está inserida.
	Podemos também pensar na música para o desenvolvimento da orientação temporal e espacial, que são aspectos da Psicomotricidade.
	Vamos recordar , a Psicomotricidade utiliza alguns aspectos fundamentais para o desenvolvimento integral da criança. Para essa ciência a criança percebe-se e percebe as coisas que a cercam em função de seu próprio corpo. Portanto, o desenvolvimento de uma criança é o resultado da interação de seu corpo com os objetos de seu meio, com as pessoas com quem convive e com o mundo onde estabelece ligações. A criança estabelece a sua ligação com meio em espaço e tempo determinado. 
	Os trabalhos com a música são importantes para desenvolver as noções de tempo e espaço, que são aspectos importantes para a Psicomotricidade para o desenvolvimento da criança.
Além dos aspectos da Psicomotricidade , a música é importância para o desenvolvimento da sabedoriae do convívio social dos alunos de Educação Infantil e o poder que ela tem de contribuir para a aprendizagem, se faz cada vez mais necessária levando-se em conta que esse tipo de atividade está cada dia mais presente na vida escolar.
A música na Educação Infantil além de ser facilitadora do processo ensino-aprendizagem, pode também ampliar o conhecimento musical do aluno, afinal a música é um bem cultural e seu conhecimento e uso não deve ser privilégio de poucos.
Na Educação Infantil as aulas em que se utilizam desse recurso devem ser feitas de forma a introduzir as possibilidades de trabalhos com sons, permitindo as crianças a criação e a execução de atividades musicais de maneira lúdica e prazerosa. 
Nessas aulas as oportunidades de trabalhos são diversas , entre eles  podemos trabalhar canções; jogos e brincadeiras musicais; atividades rítmicas, contar histórias usando músicas ou instrumentos musicais; percussão corporal; confecção e manuseio de instrumentos musicais, entre outros. Vamos observar pelas imagens alguns destas sugestões.
Fonte: http://www.escolaharmonia.mus.br/institucional.php
A música assim como as outras formas de manifestações expressivas apresentadas anteriormente , é um importante instrumento para o trabalho com o movimento e o corpo. A música no cotidiano escolar pode não somente ajudar as crianças no aprendizado, mas também nos casos de crianças que tenham problemas de relacionamento ou inibição, quando aliado a uma manifestação que envolva movimento, como exemplo, atividades de dança , a contribuição é maior.
Distintas áreas do conhecimento podem ser estimuladas com a prática da musicalização. Pois, ela atende diferentes aspectos do desenvolvimento humano: físico, intelectual e emocional , podendo a música ser considerada um agente facilitador do processo de desenvolvimento integral. A escola deve procurar usar desse meio para sensibilizar as crianças na construção de seus saberes.
Se faz necessário que os profissionais da Educação Infantil procurem fazer um estudo abrangente sobre as necessidades de sua turma e levar em conta os gostos musicais , as habilidades e características de cada criança , assim a prática pedagógica vai estimular a participação e interesse de todos.
Fique atento, a música tem que ser entendida como uma linguagem e não como uma forma de estratégia para banalizá-la. Tem que mostrar um amplo universo de sons e possibilidades para o aluno. O propósito com essas aulas não são de formar músicos profissionais, mas como música é cultura, ela também vai despertar nesta criança o senso crítico, fazendo com que se desenvolva o gosto e o respeito por outros materiais culturais.
Vamos agora falar de outra possibilidade de manifestação expressiva e artística, as artes visuais.
Artes Visuais
As artes visuais envolvem desenho, pintura, colagem, gravura, escultura, fotografia, desenho no computador, vídeo, cinema e televisão. 
Fonte: http://culturavivacomunica.blogspot.com.br/2013/07/inscricoes-abertas-para-danca-musica.html
De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil (RCNEI)- 1998, as artes visuais na educação infantil ao longo da história, eram entendidas como mero passa tempo, hoje já se sabe que as atribuições da arte na educação infantil, levam em consideração a ampliação do conhecimento, o desenvolvimento de habilidades, a expressão de sentimentos e emoções. Nesta direção ao pintar uma tela ou uma folha a criança está ampliando sua relação com o mundo de forma espontânea. Dessa maneira a criança apropria de diversas linguagens adquirindo uma sensibilidade e capacidade de lidar com formas, cores, imagens, gestos, fala e sons e outras expressões.
O principal objetivo da arte na educação é formar o ser criativo e reflexivo que possa relacionar-se como pessoa. A arte está em nossas vidas, nos permite dialogar com o mundo, nos permite refletir sobre nós mesmos, ensina a criança a valorizar o trabalho do outro respeitando assim a diversidade cultural.
A imagem visual tem uma presença marcante no cotidiano das pessoas, é preciso conhecer a produção artística tendo consciência da nossa participação enquanto construtores da cultura do nosso tempo. Discutimos muito até agora a cultura corporal da criança é como ela é vista como uma construtora da mesma.
È interessante neste momento relembrar que a criança é influenciada pelos aspectos da cultura que está inserida para construir a sua própria cultura. 
A criança sofre influência da cultura para sua expressão artística seja por imagens de produções artísticas como: a TV, livros revistas obras de artes e outros. Nesse sentido as artes visuais devem ser aceitas como uma linguagem que tem estrutura e característica próprias cuja aprendizagem acontece por meio dos seguintes aspectos de acordo com o RCNEI (1998):
Primeiro o Fazer Artístico (produção) – Esse aspecto deve ser centrado na exploração, expressão e comunicação de produção de trabalhos de arte por meio de práticas artísticas,propiciando para a criança o desenvolvimento de um percurso de criação pessoal. O conceito central aqui é trabalhar a arte pela produção singular e não pela reprodução. O professor deve proporcionar a criança atividades onde ela possa ser autora ou criadora e não mera reprodutora, só desenvolvendo cópias.
Segundo a Apreciação – Esse aspecto deve despertar a percepção do sentido que o objeto propõe, articulando tanto aos elementos da linguagem visual quanto aos materiais e suportes utilizados, visando desenvolver, por meio da observação e da fruição, a capacidade de construção de sentido, reconhecimento, análise e identificação de obras de arte e de seus produtores. O professor deve proporcionar para a criança atividades que propiciem a possibilidade de apreciar diferentes, manifestações artísticas. Neste aspecto é possível trabalhar noções de respeito a diversidade, a apreciação de diferentes manifestações expressivas e artísticas de outras culturas.
Terceiro a Reflexão – Este aspecto pode ser considerado tanto no fazer artístico como na apreciação, é um pensar sobre todos os conteúdos do objeto artístico que se manifesta em sala, compartilhando perguntas e afirmações que a criança realiza instigada pelo professor e no contato com suas próprias produções e as dos artistas. 
A tríade produção-apreciação-reflexão deve ser incentivada na Educação Infantil por variadas atividades como o desenhar, modelar, pintar, passeios a espaços artísticos como museus , teatros, exposições e cinema, tudo isso pode contribuir como estímulo para despertar a tríade.
Nessa perspectiva a criança vai construindo o seu conhecimento a partir das interações com o meio em que vive. A criança no seu desenvolvimento estético e artístico reconhece o objeto independente da presença física e imediata.
Fonte: http://artenomurondi.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html
Os trabalhos com artes visuais contribuem para as crianças constituírem o que chamo de vocabulário visual como as formas, as linhas, as cores e o espaço. A medida que a criança tem contato com os materiais e os instrumentos como: buchas, pincéis, esponjas, rolhas, rolos e outros, vai deixando as suas marcas nos diferentes suportes: no papel, na argila, nas pedras, na madeira e vai formando uma linguagem visual , que é própria de cada criança e possibilita a criação do seu vocabulário pictórico.
A relação que a criança estabelece com os diferentes materiais inicia-se por meio da exploração sensorial. Os contatos com diferentes materiais possibilitam que a criança construa seu repertorio sensorial, posteriormente esse repertorio possibilita a criança classificar, categorizar, definir e comparar formas , texturas, cores dos objetos e materiais.
No primeiro ano de vida a criança já é capaz de manter ritmos e produzir seus primeiros traços gráficos conhecido como garatujas. As garatujas infantis são tão diferentes entre si como as crianças, umas são firmes e ousadas com movimentos largos, outras delicadas e tímidas. Entre os três equatro anos as crianças dão nome a sua garatuja e conseguem relacionar suas imagens mentais com o que desenham são as garatujas ordenadas.
A partir dos dois anos começa a traçar linhas no papel assim que tem em mãos um lápis sente-se feliz com esse movimento desordenado, este exercício é essencial, à medida que repetem os traços a criança passa a sentir-se mais confiante. 
Vamos observar a imagem de garatujas de crianças em faixas etárias diferentes e seus relatos. Podemos notar pela observação das imagens e da descrição do desenho, o amadurecimento das formas e traços, e a construção de símbolos e papeis interpretados nas garatujas. Os rabiscos ganham complexidade conforme aumenta a faixa etária, reforçamos assim a importância da arte no desenvolvimento cognitivo e expressivo. A criança pode usar o desenho para registrar as coisas do seu mundo.
"Sabia que eu sei desenhar um cavalo? Ele está fazendo cocô." 
"Vou desenhar aqui, que tem espaço vazio."
"O cavalo ficou escondido debaixo disso tudo!" Joana, 3 anos
 
"Vou desenhar a minha casa. Aqui é o portão e tem uma janela aqui." Anita, 5 anos 
"Dá para ver a sua mãe dentro de casa?" Repórter
"Não, porque a porta parece um espelho. Só daria se a janela estivesse aberta." Anita
Reprodução/Agradecimento Creche Central da Universidade de São Paulo (USP) -Fonte: Thais Gurgel (Revista Nova Escola) Acesso: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/rabiscos-ideias-desenho-infantil-garatujas-evolucao-cognicao-expressao-realidade-518754.shtml
As estruturas bidimensionais e tridimensionais podem ser desenvolvidas por meio da colagem, montagem e justaposição de sucatas de embalagens diversas, elementos da natureza, tecidos etc. O professor deve oferecer às crianças sucatas que possam ser empilhadas, encaixadas, justapostas para diversas construções.
Fonte: http://mammisuperduper.wordpress.com/page/19/
Nos desenhos a criança age, reflete,abstrai sentidos de suas experiências, pois ela constrói significados sobre o que é e foi o desenho na sua história. 
Por tanto o trabalho com arte torna-se uma possibilidade de auxiliar a criança em seu processo de aprendizagem facilitando o seu desenvolvimento integral.
As opções para os trabalhos com artes visuais são amplas, e o professor pode escolher a melhor para a faixa etária de sua turma, as preferências devem ser levadas em consideração.
Lembre-se assim como na música ou outras formas de expressão artística e expressiva o foco não é a técnica ou uma produção profissional. As produções infantis devem ser valorizadas e não comparadas, porque cada criança estabelece um contato com a arte nas mais variadas formas. Portanto para conseguir que uma entenda a importância de apreciar e respeitar as diferentes expressões e produções artísticas o professor deverá ter cuidado com a expectativa de resultados.
Uma sugestão de autora para trabalhar todos esses conceitos é a professora de pós-graduação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA, Ana Mae Barbosa que é considerada uma das principais referências brasileiras em arte-educação. Desenvolveu, influenciada diretamente por Paulo Freire, o que chamou de abordagem triangular para o ensino de artes, concepção sustentada sobre a contextualização da obra, sua apreciação e o fazer artístico. A pesquisadora foi, também, a primeira a sistematizar o ensino de arte em museus, quando dirigiu o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo – MAC.
 O papel do educador é fazer a mediação para motivar e incentivar as crianças nas suas produções. A motivação e o incentivo para a criança criar e produzir suas obras pode ser estimulada com a apresentação de obras de arte de diferentes artistas e movimentos da história da arte, mas sempre deixando a criança criar a sua própria obra. A arte transforma e possibilita novos caminhos na vida da criança. Valorizar as produções infantis é valorizar o ser humano
em seu desenvolvimento.
Tanto o teatro, como a dança, a música e as artes visuais são formas de expressão para que a criança pelo seu corpo possa construir sua cultura corporal ou expressar seus sentimentos e emoções.

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