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FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA LÚDICO E MUSICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Fernanda Gomes Alves Marilene Gonçalves Nunes 2 Menu de Ícones Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo aplicado ao longo do livro didático você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada uma com uma função específica, mostradas a seguir: 3 UNIDADE 04 UNIDADE 06 Sumário UNIDADE 05 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 81 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 83 CULTURA LÚDICA – MUSICALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO 1.1 Introdução 06 1.2 Música: Aspectos Conceituais 08 1.3 O Papel da Música na Educação 10 1.4 De Onde vem a Música? 11 Fixando o Conteúdo 13 APRECIAÇÃO MUSICAL 2.1 Introdução 16 2.2 A Música no Processo de Ensino Aprendizagem 17 2.3 A Ludicidade e o Brincar Pedagógico 19 2.4 A Criança e o Universo Sonoro 20 Fixando o conteúdo 23 UNIDADE 02 A CRIANÇA E A MÚSICA 3.1 Introdução 26 3.2 A Musicalização na Educação 27 3.3 O Processo do Trabalho Musical 29 3.4 A Criança e o Desenvolvimento da Linguagem 31 Fixando o Conteúdo 33 UNIDADE 03 UNIDADE 01 MÚSICA E MOVIMENTO 4.1 Introdução 36 4.2 A Música no Desenvolvimento Socioafetivo 37 4.3 A Arte como Instrumento de Transformação 39 4.4 Brincadeira de Roda 41 Fixando o Conteúdo 46 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES 5.1 Introdução 50 5.2 A Música no Brasil: Aspectos Históricos 51 5.3 Atuação do Professor na Musicalização 54 5.4 BNCC e Suas Aplicações na Prática Pedagógica 58 Fixando o conteúdo 65 A BRINQUEDOTECA: RECURSO DIDÁTICO LÚDICO 6.1 Introdução 69 6.2 Benefícios da Música 70 6.3 A Música na Educação Inclusiva 72 6.4 Projetos Musicais no B 73 Fixando o conteúdo 78 4 CONFIRA NO LIVRO DIDÁTICO 1.1 1.GRANDEZAS FÍSICAS E SUA Nesta unidade de aprendizagem serão abordados: o conceito da música e seu papel no processo de ensino aprendizagem na Educação dos anos iniciais. Nesta unidade você verá sobre a música no processo de ensino/aprendizagem e a ludicidade no fazer pedagógico no universo infantil. Nesta unidade será socializada a importância da musicalização no desenvolvimento da linguagem oral da criança e o brincar. Nesta unidade de aprendizagem serão mostradas algumas informações da música como instrumento da arte e o desenvolvimento socioafetivo que as brincadeiras de roda proporcionam. Nesta unidade será apresentada como sujeito o professor com sua prática docente. A música como ferramenta pedagógica e as implicações da BNCC no novo Currículo Escolar. Nesta unidade de aprendizagem será abordado o espaço educativo Brinquedoteca como recurso didático e a música na educação inclusiva. 5 CULTURA LÚDICA – MUSICALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO 1.1. INTRODUÇÃO A música pode ser considerada uma ótima ferramenta para o processo ensino aprendizagem pois através dela é possível criar estímulos para potencializar a expressão de sentimentos, de ideias, valores culturais e consequentemente contribuir para o desenvolvimento da comunicação do indivíduo de forma intra e inter pessoal. A FIGURA 1 presenta com riqueza de detalhes como a música pode contribuir com o processo de aprendizagem de uma pessoa ressaltando pontos que justificam a utilização da musicalização para facilitar várias conexões do cérebro. FIGURA1: O aprendizado através da música UNIDADE 01 Figura 1: Pinterest, 2020. 6 Marinho(2020) reforça a importância da música na educação, principalmente com o trabalho com crianças, pois permite o envolvimento de áreas de conhecimento, contribuindo para o desenvolvimento da autoestima e de suas relações sociais. O ensino da música, com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) da Educação Infantil(1998), apresenta como principais objetivos que os alunos se expressem a partir dela, além de promover experiências de apreciação e abordagem de contextos sociais e culturais diversificados. Desta forma é importante ressaltar que: “[...] O trabalho com música deve considerar, portanto, que ela é um meio de expressão e forma de conhecimento que deve ser acessível as crianças, é uma linguagem musical que desenvolve a expressão, o equilíbrio, a autoestima e autoconhecimento, além de poderoso meio de integração Social”. (Brasil, 1998, S.P.). Torna-se importante destacar também que o trabalho com a musicalização proporciona um espaço favorável para que a imaginação possa fluir aumentando a capacidade criativa das pessoas. Faria (2001, p. 24) vai um pouco além quando afirma que: "A música […] sempre está presente na escola para dar vida ao ambiente escolar e favorecer a socialização dos alunos, além de despertar neles o senso de criação e recreação". 1.2 MÚSICA: ASPECTOS CONCEITUAIS Podemos começar pensando na música de forma bem simples, mas com um significado potencial de transformação elevado, pois quando se trata do mundo infantil torna-se relevante observar que: [...] criança é um ser “brincante” e, brincando, faz música, pois assim se relaciona com o mundo que descobre a cada dia. Fazendo música, ela, metaforicamente, “transforma- se em sons”, num permanente exercício: receptiva e curiosa, a criança pesquisa materiais sonoros, “descobre instrumentos”, inventa e emita motivos melódicos e rítmicos e ouve com prazer a música de todos os povos (BRITTO, 2003, p.35). Quando se refere à musicalização na Educação Infantil, o significado da música perpassa as atividades musicais que permitem infinitas possibilidades para que a criança desenvolva sua habilidade motora, psíquica e social. Desta forma, ao entrar em contato com a com a música, a criança potencializa seus conhecimentos permitindo a ampliação e a construção do novos conhecimentos, isto também 7 possibilitará o aumento de sua sensibilidade ao perceber o mundo a sua volta de maneira mais prazerosa (DOREMIBSB, 2019). As discussões a respeito do ensino da música se tornaram mais amplas no século XX, ganhando aí mais notoriedade dentro das escolas brasileiras. Um dos principais pontos levantados focava os benefícios de sensibilizar os educandos a parti da utilização da música, ampliando a percepção de mundo e potencializando o fazer criativo. Portanto, torna-se importante salientar que, uma das competências a ser desenvolvida pela criança é a música, a qual contribuirá de maneira significativa para o desenvolvimento das habilidades de ler e escrever.(CHIOCHETA; REIS, 2016) Embora seja conhecida da importância da musicalização na Educação Infantil, no Brasil, muito ainda precisa ser realizado, para que se torne uma prática para além de somente auxiliar outros conhecimentos, é necessário um trabalho no sentido de valorizar as habilidades musicais na criança, buscado desenvolvê-las de forma mais específicas. A Base Nacional Curricular Comum abre um leque de possibilidades envolvendo a atividade musical na educação básica, contudo, vale lembrar que “a lei em si não é capaz de modificar o cenário da educação escolar” (MARTINEZ, 2012, p. 20) Mársico(201) apresenta a música como uma forma de linguagem que expressa sensações levando a criança a se comunicar de maneira diversa desde o nascimento interagindo com o ambiente e com as pessoas que estão ao seu redor. Portanto a utilização da música no ambiente da educação infantil, torna-se de grande relevância. Para além dos benefícios já citados, vale ressaltar também, que além da criança aprender brincando, o espaço escolar se torna mais estimulante e prazeroso, tornando ainda mais fácil a aprendizagem de conteúdos para as crianças de 0 a 5 anos. Ao pensarmos na musicalizaçãoda escola torna-se importante levarmos em consideração que: “educar musicalmente é propiciar à criança uma compreensão progressiva da linguagem musical. Através de experimentos e convivência orientada”, (MARTINS, 1985: 47). Ainda na mesma linha de pensamento, Brito(2003) corrobora com a afirmação do autor supracitado quando faz a seguinte colocação chamando a atenção do educador sobre o fato de que: 8 [...] é preciso lembrar que a música é linguagem cujo conhecimento se constrói com base em vivências e reflexões orientadas. Desse modo, todos devem ter direito de cantar, ainda que desafinando! Todos devem poder tocar um instrumento, ainda que não tenham, naturalmente, um senso rítmico fluente e equilibrado, pois as competências musicais desenvolvem-se com a prática regular e orientada, em contextos de respeito, valorização e estímulo a cada aluno, por meio de propostas que consideram todo o processo de trabalho, e não apenas o produto final.(BRITO, 2003, p. 53) Com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Infantil - PCNs (1998) é correto afirmar que a música utilizada em sala de aula, em suas diversas formas permite o desenvolvimento de habilidades ligadas diretamente ao raciocínio, a criatividade, sociabilidade, a autodisciplina, além de contribuir para potencializar a linguagem oral, a consciência rítmica e estética. Torna-se importante salientar que a musicalização em sala de aula contribuirá para que o ambiente escolar se trone mais agradável, com leve e alegria, permitindo a interação entre as crianças e com os adultos permitindo de forma lúdica que a criança possa expressar seus sentimentos, brincar e desenvolver seu vocabulário, melhorando o processo de aprendizagem da escrita e leitura. (BRASIL,1998). O processo de musicalização tem por objetivo principal despertar e desenvolver o gosto musical do indivíduo, consequentemente proporcionando a estimulação e contribuição para sua formação física e emocional. Neste sentido, a educação musical deve ser inter e multidisciplinar, permitindo a interligação de todos os outros tipos de arte, como a dança, a pintura, a escultura e o teatro com a música, levando em consideração cada realidade, levando em consideração o conteúdo humano e social que compõem a beleza da música.(BINOW, 2010) Diante do exposto, cabe ressaltar também que estabelecer relação da música com as demais disciplinas trabalhadas na Educação Infantil torna-se de suma importância, uma vez que contribui para melhorar a qualidade da aprendizagem, em função do prazer e da motivação que são fatores de peso neste processo. Salienta- se também a responsabilidade do educador que trabalha com a música, no sentido de exercer o seu papel mediador contribuindo para cativar e cultivar a motivação no aluno, contribuindo par que ele tenha sempre o interesse, a vontade aprender. 9 1.3 O PAPEL DA MÚSICA NA EDUCAÇÃO A musicalização exerce um papel fundamental no processo de aprendizagem e portanto, na formação de uma criança. Através da música podemos: sentir, perceber, criar, imitar e refletir sobre o mundo ao nosso redor. Inegavelmente, ela tem o poder de mexer com os nossos sentidos influenciando nosso modo de sentir, pensar e agir. Portanto, a experiência com música pode acontecer antes mesmo do aprendizado do código convencional. (BRITTO, 2003) Os professores da Educação infantil, utilizam a música como uma valiosa ferramenta no processo de ensinar e aprender junto a seus alunos. E se tratando, principalmente do processo de alfabetização, a música é muito usada para ensinar letras, brincando com as palavras em forma de música, o que acaba chamando a atenção daqueles alunos inquietos na sala de aula. Mas para além deste fato, a música na educação, conforme cientificamente comprovado, estimula diversas áreas do cérebro, e facilita o aprendizado. Desta forma, quanto mais cedo iniciar as atividades com música para crianças, melhor será o resultado desta estimulação em seu desenvolvimento. Brittos(2003) confirma as ideias mencionadas no parágrafo anterior ao afirmar que: [...] Ao nascer a criança é cercada de sons e esta linguagem musical é favorável ao desenvolvimento das percepções sensório-motoras, dessa forma a sua aprendizagem se dá inicialmente através dos seus próprios sons (choro, grito, risada), sons de objetos e da natureza (chuva, vento), o que possibilita a criança descobrir que ela faz parte de um mundo cheio de vibrações sonoras. ( 2003, p.35). E ainda abordando sobre a utilização da musicalização na Educação Infantil, Bréscia (2003) ressalta que, ao cantar a criança expressa sentimentos em relação a si e aos outros. E indo além, pode se afirmar com base no mesmo autor que desde as canções de roda infantis até os concertos requintados, o cantar pode preencher a necessidade humana de demostrar pensamentos e sentimentos de uma forma mais completa, que na maioria das vezes, as palavras não consegue expressar. Dada a importância da música no processo educativo, torna-se importante reforçar sua importância ao contribuir para o desenvolvimento integral do ser, envolvendo as áreas de: psicomotoricidade, socioafetividade, cognitiva e linguística, consequentemente facilitando o processo de aprendizagem. Bréscia(2003) ainda 10 argumenta que a musicalização é um processo de construção do conhecimento, o qual desenvolve a sensibilidade, a criatividade, o senso rítmico, o prazer de ouvir música, a imaginação, a memória, a concentração, a atenção, o respeito ao próximo, a socialização e a afetividade. Com base nas reflexões apresentadas até aqui, podemos afirmar que a música está contida no nosso cotidiano nos envolvendo emocionalmente pela letra e a harmonia das notas musicais. Ela libera em nós a coragem para explorarmos nossa criatividade, melhorando a autoestima, consequentemente, potencializando nossa inteligência intrapessoal. A música também contribui significativamente para melhorar a qualidade das relações no ambiente escolar, o que amplia consideravelmente inteligência interpessoal tanto dos alunos, quanto do professor. Utilizar a música como uma ferramenta que propicia a ludicidade, certamente favorecerá o aprendizado de novas linguagens e formas de se expressão. Cabe aqui ressaltar também que, embora seja inegável a importância da música para o desenvolvimento da criança isto “[...] não significa que a música se torne o único recurso de aprendizagem e sim que possui grande importância na facilitação no processo de ensino aprendizagem.” (MORAIS; POLETTO, 2020, p.49) 1.4 DE ONDE VEM A MÚSICA? Segundo Ferreira(1999) o termo música tem sua origem no grego com a expressão μουσική τέχνη - musiké téchne, que pode ser traduzido em português como “Arte das Musas”. Ainda segundo o mesmo autor, esta expressão refere-se a uma combinação de sons que são agradáveis de serem ouvidos. Em se tratando do surgimento da música, várias hipóteses aparecem na tentativa de explicar de onde ela surgiu. Entre as possibilidades de explicação, está que seu surgimento ocorreu a partir da imitação dos cantos dos pássaros, outros estudiosos defendem sua origem a partir do uso de tambores e outros instrumentos rústicos música como forma de confraternização religiosa e, ainda existe os que acreditam que os movimentos rítmicos do corpo humano deram origem à música. Os três elementos principais que compõem a música são: o ritmo, a harmonia e a melodia. Entretanto, mesmo com a certeza da importância de cada um deles, não se pode negar que o ritmo é a base de toda expressão musical (BINOW, 2010). 11 A mesma autora supracitada, afirma que sem ritmo não há música, portanto este é o único elemento que pode existir mesmo sem a harmonia e a melodia. E assim continua-se a classificação do grau de importância de cada elemento sendo a harmonia, consideradao segundo elemento mais importante, pois esta responsável por desenvolver a arte musical. Já a melodia, ocupando o terceiro lugar, mas, não menos importante, se desenvolve a partir da língua, da acentuação das palavras e é responsável pela sucessão de notas característica que formam um padrão rítmico e harmônico perceptível. Com o propósito de mostrar a beleza da música e como ela nos acompanha desde o nascimento, das mais variadas formas, Binow (2010) afirma que presença da música na vida das pessoas é marcada de forma simples ou mais elaborada, seja por peças grandemente elaboradas, ou pelas simples letras cantaroladas pelas crianças, ou as encantadoras melodias dos pássaros. Torna-se interessante ressaltar que em algumas civilizações antigas, tais como a Grécia, existem indícios de que em épocas remotas já havia pequenas orquestras, naquela época o ensino da música já era considerado obrigatório. Inclusive, povo grego acreditava que algumas combinações de sons poderiam até curar certas enfermidades. (BRÉSCIA, 2003). Diante das reflexões acerca da importância da música para a formação integral do ser humano, é possível utilizar esta ferramenta de forma a propiciar à criança o contato com o mundo letrado e lúdico de forma prazerosa. Por meio da música a criança interage e muitas vezes se identifica com as ideologias, emoções e histórias ouvidas através das músicas (GONÇALVES, SIQUEIRA; SANCHES, 2009). Com toda contribuição da música para o desenvolvimento de uma criança, torna- se importante frisar que ela não substitui as outras ferramentas pedagógicas da educação, mas sim, agrega ainda mais valor a estas, contribuindo para potencializar o ser humano em sua totalidade. (SCAGNOLATO, 2006) 12 Vídeo muito interessante que aborda como o desenvolvimento é entendido de forma ampla, abarcando a importância dos aspectos cognitivo, afetivo e social da criança. LINK https://www.youtube.com/watch?v=8_5iJoeHHrc De forma bem interessante Rubem Alves aborda neste vídeo sobre o tema sobre a educação, infância e música. LINK https://www.youtube.com/watch?v=gjsIbe-FD-I 13 1. A musicalização é uma ferramenta para ajudar os alunos a desenvolverem o universo que conjuga expressão de sentimentos, suas ideias, valores culturais e auxilia a comunicação do indivíduo com o mundo exterior e seu universo interior. A definição da música na educação infantil passa pelas atividades musicais que oferecem inúmeras oportunidades para que a criança aprimore suas habilidades, dentre elas se destacam: a) formação da identidade. b) o raciocínio, a criatividade e autodisciplina. c) as descobertas lúdicas. d) a educação musical. e) A arte contemporânea. 2. A música é uma das competências a serem desenvolvidas na infância, além de promover benefícios, que através pode se sensibilizar o educando, desenvolvendo a percepção de mundo, enfim, o fazer criativo. A música é uma das competências a serem desenvolvidas na infância, e outra importante trajetória se completa quando a criança adquire a habilidade de: a) desenhar e escrever. b) imitar e cantar. c) brincar e correr. d) dançar e ouvir. e) ler e escrever. 3. A partir do momento em que a criança entra em contato com a música, seus conhecimentos se tornam mais amplos e este contato vai envolver também o aumento de sua sensibilidade e fazê-la descobrir o mundo a sua volta de forma prazerosa. O texto relata sobre tipo de aprendizagem através da: a) brincadeira. b) senso rítmico. c) sensibilidade. d) prazer de ouvir. e) ludicidade. 4. A música tem um papel importantíssimo no processo de formação de um indivíduo. É muito valioso que crianças tenham contato com esta arte desde pequenas, e que ela seja inserida no currículo escolar. A experiência com música se dá através do aprendizado que estimula diversas áreas do cérebro, dentre elas o sentido de: a) perceber, imitar, criar e refletir. b) dançar e estimular. c) facilitar o agir e brincar. d) decodificar sons. e) criar gestos e movimentos. 14 5. Trata-se de uma combinação de sons agradáveis e perceptível ao ambiente. Algumas hipóteses são levantadas sobre o surgimento através de instrumentos rústicos, movimentos rítmicos e imitação de cantos dos animais. O significado de música “musiké téchne” quer dizer “arte das musas” que se originou da cultura: a) Alemã. b) Sueca. c) Grega. d) Africana. e) Brasileira. 6. Pesquisa científica recente está provando no que diz Platão: “A música é um instrumento mais potente que qualquer outro para a educação”. Essa abordagem menciona no que diz a respeito: a) do desenvolvimento psicomotor. b) do papel da música na aprendizagem e educação. c) do ambiente escolar. d) da aprendizagem coletiva. e) da cultura e a arte. 7. Prover a música na vida das crianças de forma adequada, estará contribuindo favoravelmente para o avanço de suas competências e habilidades. A música tem um papel relevante no processo de formação da criança. A música pode relacionar com todas as áreas do conhecimento, dentre elas se destacam: a) a Matemática, Física, História, Geografia, Química, Biologia, Línguas, Filosofia. b) Ciências Sociais e Naturais. c) Psicomotricidade e línguas estrangeiras. d) Arte musical e cultural. e) Percepção auditiva e visual. 8. A Música sempre esteve presente na vida das pessoas, seja por peças grandemente elaboradas, como em simples letras cantaroladas pelas crianças, ou até mesmo pelas melodias dos pássaros. A música é formada por três elementos. Eles representam a base da expressão musical, que são conhecidas por: a) Instrumentos musicais. b) Ritmo, harmonia e melodia. c) Consciência corporal, visual e auditiva. d) Notas musicais e vozes. e) Coral, música e harmonia. 15 APRECIAÇÃO MUSICAL 2.1 INTRODUÇÃO Conforme já explorado na unidade 1 deste livro didático, a música torna o ambiente mais leve e alegre, consequentemente, mais favorável à aprendizagem, visto que proporciona uma sensação diferenciada à sala de aula, permitindo satisfação aos envolvidos na atividade. Desta forma, a música se torna bem importante no âmbito escolar tornando-se mais uma ferramenta para formação psicológica e cognitiva da criança. Durante a formação da criança, a mesma recebe estímulos de todas as formas, entretanto, os que causam maior impacto são os conhecimentos adquiridos na escola e a forma com que ela expressa seu entendimento através de seu corpo, se comunicando com o mundo. Diante deste fato, a música é intensamente usada com o propósito de promover a formação de hábitos, atitudes e comportamentos (GODOI, 2011). A utilização da música como ferramenta pedagógica requer uma mudança de um trabalho tradicional de mera reprodução, para um trabalho criativo, que busque a construção conjunta, de uma maneira aprazível, despertando o interesse das crianças, na participação, reflexão, apreciação e criação de novas possibilidades, propondo que elas expressem suas ideias criando novas músicas, ritmos dançantes e movimentos corporais ao se sentirem livres demostrando alegria em contribuir com a atividade proposta. De forma cultural a música acompanha gerações mostrando sua importância e transmitindo conhecimentos a cada nova geração. Desta forma, a necessidade de comunicação entre os povos reforça a importância da música na identificação de cada comunidade e consequentemente sua cultura. A autora Oliveira (1999, p. 42), confirma esta ideia quando menciona que: “é a necessidade de comunicação que impulsiona, inicialmente, o desenvolvimento da linguagem”. UNIDADE 16 2.2 A MÚSICA NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM A música causa um impacto grande na formação da criança, entretanto ela também pode ser utilizada em vários momentos do processo de ensino-aprendizagem independente da faixa etária, pois esta é designificativa importância na busca do conhecimento, possibilitando avanços no desenvolvimento criativo, lúdico, emocional e cognitivo. A linguagem musical no processo de ensino-aprendizagem pode ser utilizada como uma ferramenta metodológica de significativa importância, pois além da possibilidade de trabalhar de forma interdisciplinar dinamizando o processo de construção do conhecimento. Desta forma, reforça-se aqui a presença da música na vida dos seres humanos, não só das crianças, como imprescindível, visto que a música vem acompanhado gerações e transmitindo hábitos e culturas por toda a história da humanidade, ao longo dos tempos, utilizando suas mais diversas funções. A importância da música em um contexto geral do processo de ensino aprendizagem é reforçado pelas palavras de Rosa (1990, p. 22-23) ao afirmar que: A linguagem musical deve estar presente nas atividades [...] de expressão física, através de exercícios ginásticos, rítmicos, jogos, brinquedos e roda cantadas, em que se desenvolve na criança a linguagem corporal, numa organização temporal, espacial e energética. A criança comunica-se principalmente através do corpo e, cantando, ela é ela mesma, ela é seu próprio instrumento. A musicalização no ambiente escolar é regida por Lei, já é de conhecimento que a Educação Musical, até o início da década de 1970, era considerada como disciplina curricular. Este fato foi alterado com a chegada da Lei n. 5.692/71, pois o Conselho Federal de Educação estabeleceu o curso de licenciatura em Educação Artística. Logo após o início de funcionamento desse curso, o Parecer n. 1.284/73, alterou seu currículo, o qual passou a compor-se de quatro áreas artísticas distintas: música, artes plásticas, artes cênicas e desenho. As escolas buscaram formas de se adequarem as novas exigências utilizando novas estratégias, buscando superar os desafios. Mas, algo a ser considerado de fundamental importância é que a música não possui caráter racional, e sim, subjetivo e emocional auxiliando o processo ensino-aprendizagem a partir de sua 17 interdisciplinaridade como um instrumento metodológico e didático-pedagógico significativo. Na Educação Infantil, é importante considerar que a música está presente, de modo evidente, no dia-a-dia das crianças. Lembrando que dentro ou fora do contexto escolar, os brinquedos musicais fazem parte da vida da criança desde muito cedo em um processo ascendente que se inicia por meio dos acalantos, das parlendas, do brincar com as palavras de maneira ritmada entre mãe e bebê até que em nova fase, se estabelecem as primeiras experiências lúdico-musicais de forma mais amadurecidas. Assim, com o tempo, outros tipos de brincadeiras musicais, intensificando a diversidade e dinamismo, vão expandindo os referenciais auditivos das crianças, num processo em espiral sempre crescente. (NOGUEIRA, 2005). A ideias do autor supracitado são endossados pelas palavras de Back(2018, s.p.) ao afirmar que: “[...] Os conceitos musicais inicialmente aprendidos de modo muito vago pelo processo de aprendizagem, vão progressivamente sendo compreendidos e assimilados”. Portanto, é correto afirmar que a utilização da música em diversos contextos, principalmente do escolar, torna o processo de aprendizagem mais prazeroso e significativo para criança. 2.3 A LUDICIDADE E O BRINCAR PEDAGÓGICO O educador exerce um papel importante na mediação do brincar utilizando a musicalização. Como já constatado, as atividades com a utilização da música demostram uma relação positiva entre a música e o desenvolvimento motor da criança, principalmente, quando esta tem por base as seguintes ações: o cantar, o acompanhamento do ritmo com as mãos, com os pés, com o movimento de todo o corpo e tocar instrumentos. Ressalta-se que parar além do desenvolvimento motor, também existe aí um exercício das capacidades mentais e das habilidades cognitivas da criança. Quando o educador tem consciência da importância da música para o desenvolvimento de seu trabalho educativo, ele valida as ideias de Saviani (2003), pois acredita que: […] a música é um tipo de arte com imenso potencial educativo já que, a par de manifestações estéticas por excelência, explicitamente ela se vincula a 18 conhecimentos científicos ligados à física e à matemática além de exigir habilidade motora e destreza que a colocam, sem dúvida, como um dos recursos mais eficazes na direção de uma educação voltada para o objetivo de se atingir o desenvolvimento integral do ser humano. (SAVIANI, 2003, p.40). Diante da colocação de Saviani (2003), o educador, enquanto mediador das atividades de musicalização, justifica a necessidade de se trabalhar com a música para potencializar o desenvolvimento cognitivo que passa a ser estimulado por meio do canto, e outros tipos de atividades que exploram as habilidades de pular, dançar, imitar e dentre outras. Delalande (1999) propõe três dimensões para a música, com base na relação estabelecida com as atividades lúdicas infantis proposta por Jean Piaget(1973) sendo: na primeira fase do jogo sensório-motor, ligado a exploração de sons e gestos, caracterizada pelo estágio pré-verbal(aproximadamente nos primeiros 18 meses da criança) é construída a noção temporal como sucessão, nesta fase as crianças ouvem, percebem o som, manuseiam instrumentos musicais; a segunda fase, em que prepondera jogo simbólico, percebe-se valor expressivo da linguagem musical, sendo nesta fase que o jogo acompanha a construção do pensamento representativo; e por último, e não menos importante, a terceira fase, caracterizada pelo jogo com regras, a qual está relacionada diretamente com a estruturação da linguagem musical. A importância de o professor buscar formação propícia para mediar as atividades envolvendo a Educação Musical, também se baseia nos ditames da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (Lei no 9394/96) que apresenta de forma clara que a finalidade da Educação Infantil está relacionada ao desenvolvimento integral da criança, nos permitindo inferir que, neste contexto, a música assume um papel imprescindível no processo de aprendizagem e de desenvolvimento infantil em seus diversos aspectos. O papel especial da música favorecendo o desenvolvimento para a cognitivo/linguístico, psicomotor e sócio afetivo da criança é inegável, principalmente quando buscamos nas pesquisas de Piaget(1973), embasamento para compreendermos que a criança em fase escolar passa por diversas fazes, sendo estas caracterizadas pelo desenvolvimento do pensamento concreto e aprendizagens rápidas, na maioria dos casos, o que permite acreditar que são realizadas com entusiasmo, perseverança e curiosidade, fazendo da aprendizagem um prazeroso desafio intelectual. 19 Desta forma, o Educador se colocando no papel de mediador das atividades de musicalização, poderá utilizar esta ferramenta de forma intencional explorando, de fato, a música como um elemento imprescindível na formação da criança em sua plenitude, contribuindo para que quando ela se tornar adulta, tenha desenvolvido a capacidade criativa para resolução de problemas, sendo capaz de pensar por conta própria, de maneira crítica e livre. Ressalta-se ainda que, tanto a música, como a dança, contribui significativamente na formação do corpo e do caráter das crianças e dos adolescentes (BACK, 2018). Diante das colocações dos autores mencionados acima, podemos inferir que a música ganha notória importância por fascinar não só as crianças, mas também os adolescentes e os adultos, perpassando todas as fases do desenvolvimento humano. Assim, percebe-se também a importância do educador enquanto mediador do processo de musicalização que, de forma intencional contribui para que os diversos conhecimentos sejam mais facilmente apreendidos a partir da utilização de ferramentasdo universo musical que exploram a criatividade, a subjetividade e a autonomia dos aprendizes. 2.4 A CRIANÇA E O UNIVERSO SONORO O universo sonoro é explorado pelas crianças desde muito cedo, pois ainda bem pequenas começam a assimilar e a decodificar vários tipos de sons, até mesmo sons que demonstram sentimentos de raiva, alívio, dor, que se traduzem nos sonoros: “ai”, “há” e “hum”. Este processo, muitas vezes ocorre porque elas estão atentas a tudo a seu redor e em franco processo de desenvolvimento e aprendizagem, vislumbrando o novo, captando tudo ao redor, fazendo descobertas por associações e construindo conhecimentos diversos( MAFFIOLETTI, 2001). Assim que a criança nasce já é exposta a uma gama de estímulos sonoros de diversas formas, já começam, por exemplo, a ouvir a voz da mãe, as canções de ninar, os acalantos, os sons brinquedos como chocalhos, mordedores, que são criados com o propósito de estimular os sentidos do bebê. À medida que vão crescendo começam a brincar com pequenos instrumentos musicais, explorando seus sons e movimentos, 20 além de outros brinquedos modernos que também emitem barulhos que despertam a atenção da criança como é o caso de carrinhos de sirene (FELICIANO, 2012). Ainda para a mesma autora, a criança ao brincar associa o barulho do carrinho e imitam o som com o barulho da boca, diferenciando os sons para cada brinquedo e brincadeira de forma divertida e lúdica. Desta forma a criança continua ampliando seu repertório de sensações ouvindo outros sons como: o vento soprando, as folhas balançando, as buzinas dos automóveis, barulho dos animais (pássaros, cachorros, gatos), a voz das pessoas, a música, etc. e assim estas vibrações sonoras vão integrando pequeno ser ao ambiente que o cerca. Fazendo alusão aos elementos musicais já citados na primeira unidade torna- se importante conhecer um pouco mais sobre seus conceitos e como as crianças os sentem. Assim tempos que o som é considerado as vibrações audíveis e regulares de corpos elásticos, que se repetem com a mesma velocidade, como as do pêndulo do relógio. Por outro lado, as vibrações irregulares são denominadas ruído. Em se tratando do ritmo, nos referimos ao efeito que surgem da duração de diferentes sons, longos ou curtos. Já quando nos referimos à melodia estamos nos referindo à organização simples de uma série de sons musicais e à sucessão rítmica destes sons. Quando nos referimos à harmonia perceberemos a combinação dos ouvidos simultaneamente do agrupamento agradável de sons. (BRITO, 2003) A música como instrumento de prazer ou ferramenta de aprendizagem direcionada, constitui um fator muito importante na vida de qualquer indivíduo. Embora ela seja ouvida, apreciada e compartilhada, poucas pessoas sabem de sua importância e o quanto ela pode contribuir com seu desenvolvimento em todas as áreas de sua formação. Desta forma, a música tem papel importante no processo de socialização, pois é capaz de despertar os mais profundos sentimentos como alegria, tristeza, sensação de vitória, recordações e saudades nos mostrando que: É difícil encontrar alguém que não se relaciona com a música [...]: escutando, cantando, dançando, tocando um instrumento, em diferentes momentos e por diversas razões. [...] Surpreendemo-nos cantando aquela canção que parece ter “cola” e que não sai da nossa cabeça e não resistimos a, pelo menos, mexer os pés, reagindo a um ritmo envolvente [...] (BRITO, 2003, p. 31) Portanto, a música é uma linguagem ampla em todos os aspectos, por ser de uma riqueza potencial permite a ampliação do desenvolvimento do ser humano em sua totalidade. Assim, é possível perceber com mais facilidade a liberdade de se 21 comunicar, se expressar e, consequentemente de se socializar a partir da utilização desta ferramenta. Em especial, se tratando da Educação Infantil, a música permite descobertas e possibilita de vivências incríveis para o processo de aprendizagem. Ainda sobre a riqueza de se trabalhar com a musicalização na Educação Infantil, vale lembrar que: “a música é uma linguagem expressiva e as canções são vínculos de emoções e sentimentos e podem fazer com que a criança reconheça nelas seu próprio sentir” (ROSA, 1990, p.19). Outro autor que fortifica a premissa da importância da música para o desenvolvimento infantil é Berchem (1992) que afirma que: “a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio (1992, p.62). Diante de tantas contribuições teóricas concluiremos esta unidade com a certeza de que o processo de aprendizagem se tornará mais fácil quando a tarefa desenvolvida pela escolar for além das aulas expositivas e centralizadoras, permitindo e incentivando os impulsos de exploração e descoberta entre professor e alunos em um ambiente propício à investigação. Nesse espaço, a musicalização, como base do processo, proporcionará experiências diversas se pautando na integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos comprovando o valor significativo da linguagem musical. A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio (BRASIL,1998, p.45). 22 Este vídeotraz uma reflexão sobre a importância de trazer atividades que façam a criança pensar, a imaginar e a se desenvolver. LINK https://www.youtube.com/watch?v=zU24B2YTnQ8 O vídeo apresenta uma abordagem sobre a música e o processo de aprendizagem, ressaltando a importância da música como um elemento importante na formação integral dos alunos. LINK https://www.youtube.com/watch?v=UEwZLRGzHSQ As crianças aprendem a utilizar os recursos expressivos de sua cultura. Falam alto quando querem chamar atenção, falam baixo para contar um segredo e usam adequadamente o tom de voz para mostrar seriedade ou brincadeira. Elas logo aprendem o significado de “psiu”..e “hum”!!! Também reconhecem quando o “ai”, é uma reclamação ou uma expressão de alívio. As crianças são muito receptivas a esses sons, decifrando e criando significados (MAFFIOLETTI, 2001, p.127). 23 1 - A música na educação infantil tem o forte papel de favorecer descobertas e possibilitar vivências no processo de ensino no âmbito musical. Assim, no que diz “possibilitar vivências” se refere: a) na formação da criança. b) no conteúdo de ensino. c) na aprendizagem. d) na pesquisa sobre a musicalização. e) nas habilidades artísticas. 2 - A música é fortemente usada nas questões de formação de hábitos, atitudes e comportamentos no ambiente escolar. Nesse contexto, despertar o interesse pela criança na participação e construção do pensamento, através de: a) Motricidade e oralidade. b) Linguagem verbal. c) Jogos e brincadeiras. d) Expressão corporal. e) Sons, decifrando e criando significados. 3 - A necessidade de comunicação entre os povos tornou a música uma marca vital de identificação de cada região e sua cultura. Uma forma de expressão artística, a música como meio de comunicação para favorecer: a) comportamento socioafetivo. b) fazer pedagógico do professor. c) som e gesto. d) desenvolvimento das linguagens. e) as descobertas das brincadeiras. 4 - Os elementos musicais despertam sentidos e significados no início da vida do recém-nascido. Além do ritmo, melodia e o silêncio, outro elemento essencial nesse processo de decodificação, representa vibrações audíveis e regulares. A abordagem refere-se ao elemento: a) melodia. b) ritmo. c) som. d) silêncio. e) harmonia. 24 5 - Desde pequenas as crianças começam a assimilar e a decodificar até sons que demonstremexpressões de raiva, alívio, dor, ao ouvirem “ai”, “há” e “hum”. A música é a linguagem que se traduz em forma sonora sendo capaz de: a) expressar sensações, sentimentos e pensamentos. b) evidenciar a percepção auditiva. c) desenvolver a arte. d) estimular a visão. e) colaborar com a oralidade. 6 – A música, todos ouvem, apreciam, compartilham, ela nos traz alegria e tristeza, sensação de vitória, recordações e saudades. O processo de aprendizagem se torna mais fácil quando a tarefa escolar atender aos impulsos, desde a exploração e descoberta, sejam de caráter significativo a linguagem musical. O texto acima refere a integração entre ambas as partes no universo musical: a) aluno e música. b) escola e professor. c) professor e aluno. d) música e escola. e) aluno e escola. 7 - A relevância da inserção musical na educação infantil também está fundamentada na própria LDB, quando afirma que “a finalidade da educação infantil está relacionada ao desenvolvimento integral da criança”. A citação acima refere a(ao): a) Lei de Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (Lei no 9394/96). b) Ministério da Educação. c) Plano Nacional de Educação. d) Educação a Distância. e) Base Nacional Comum Curricular. 8 - Um exemplo apresentado pelo pesquisador e educador francês François Delalande, ao relacionar às atividades lúdicas infantis proposta por Jean Piaget, na qual favorece o desenvolvimento para a cognitivo, linguístico, psicomotor e sócio afetivo da criança, Quais são as três dimensões que Piaget destaca para a música? a) Brincadeiras e jogos. b) Ludicidade e brincadeiras. c) Faz de conta e movimento. d) Jogo sensório-motor, jogo simbólico e jogo com regras. e) Jogo de competividade e autonomia. 25 A CRIANÇA E A MÚSICA 3.1. INTRODUÇÃO Ao pensar na musicalização, na abordagem particular de educação musical, por intermédio de noções básicas de ritmo e melodia, canções, danças, exercícios de movimento, relaxamento, prática instrumental, jogos, improvisação e audição, apresentamos à criança elementos que a reportam ao universo lúdico da infância. O desenvolvimento da criança com a utilização da música se dá de modo contínuo e crescente, iniciando-se com experiências práticas, se ampliando de acordo com a capacidade do indivíduo para dar respostas a padrões rítmicos e melódicos considerados elementos importantes da arte musical. Neste sentido, a evolução intelectual da criança na percepção dos elementos da música requer atividades que contribuam para sua participação enquanto protagonista da aprendizagem. As palavras de Brito (2003) fundamentam este contexto ao afirmar que: A música é uma linguagem universal. Tudo o que o ouvido percebe sob a forma de movimentos vibratórios. Os sons que nos cercam são expressões da vida, da energia, do universo em movimento e indicam situações, ambientes, paisagens sonoras: a natureza, os animais, os seres humanos traduzem sua presença, integrando-se ao todo orgânico e vivo deste Planeta. (BRITO, 2003, p.17). Bueno (2011) corrobora com as ideias de Brito (2003) quando a partir de seus estudos afirma que: [...] as experiências rítmico-musicais que permitem uma participação ativa (vendo, ouvindo e tocando) favorecem o desenvolvimento dos sentidos das crianças. Ao trabalhar com os sons, ela desenvolve sua acuidade auditiva, ao acompanhar gestos ou dançar ela está trabalhando a coordenação motora e a atenção, ao cantar ou imitar sons, ela está descobrindo suas capacidades e estabelecendo relações com o ambiente em que vive. (BUENO, 2011, p.182) O ambiente escolar com sua riqueza de interações é um espaço propício para favorecer o trabalho com a música, despertando assim, o interesse das crianças em sentir, mexer, explorar e inventar a partir do que lhe é oferecido pelo professor UNIDADE 26 enquanto mediador da aprendizagem. Isto reque deste profissional o manuseio e a disponibilidade de objetos, instrumentos, e até de uma sala de aula com decoração confeccionada juntamente com os alunos para estimular a liberdade de se expressarem espontaneamente. Torna-se importante ressaltar que existem várias formas de se trabalhar a música no ambiente escolar, como por exemplo: atividades lúdicas e coletivas para confecção de instrumentos a partir de recicláveis, organizar uma bandinha com uso de instrumentos pequenos, a utilização de jogos interativos e cantigas de rodas. Vale lembrar ao professor que: “[...] a imaginação é uma grande aliada nesse quesito, lembrando que a musicalidade está dentro de cada pessoa” (BUENO, 2011, p.231). 3.2 A MUSICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO Buscar um conceito de música que reúna unanimidade de opinião por parte de diversos profissionais (professores, antropólogos, filósofos, sociólogos, psicólogos entre outros pesquisadores, ainda não é possível. Desta forma, vamos trabalhar com alguns conceitos que nos permitirá embasamento teórico para pensarmos em atividades de musicalização para serem desenvolvidas no ambiente escolar. Segundo Dourado (2008, p.214) música consiste em “a arte de explanar ideias através de sons”. Para o artista e pensador Richard Wagner (1813 – 1883), a música é apresentada em uma linguagem mais filosófica como sendo “a linguagem do coração humano”. Entretanto deforma mais técnica, a música pode ser concebida como “[...] uma linguagem criada pelo homem para expressar suas ideias e seus sentimentos, por isso está tão próxima de todos nós” (CRAIDY; KAERCHER, 2001, p. 130). Refletir sobre os conceitos acima, nos remete à ideia de sons, ritmo, harmonia e possibilidade de expressão da forma mais livre possível, permitindo aí a tradução de sentimentos e pensamentos de forma simples e intensa. Conceber a música por este ponto de vista é torna-la indispensável à vida, ressaltando sua importância ao influenciar os pensamentos e emoções do ser humano. De acordo com Bréscia (2003), o conceito mais usado é que a música se resume na combinação de melodia, harmonia e ritmo, de maneira agradável e 27 aprazível para o ouvinte. Retornamos aqui a mencionar novamente sobre os elementos principais da música, sobre os quais vamos aprofundar um pouco mais. Ainda segundo o mesmo autor o ritmo se refere à organização do tempo segundo a ordem de prioridade dos sons; a harmonia é a combinação de notas musicais (produção e progressões de acordes) e, a melodia que corresponde a certa sequência de notas organizadas sobre uma estrutura rítmica que conclui um sentido musical. A música, com seus elementos, constitui em si uma linguagem universal e ao mesmo tempo reforça hábitos e tradições referentes à manifestação cultural e artística de um grupo de indivíduos, preservando características próprias de regiões e épocas distintas. Conclui-se assim que a música pode ser concebida em um sendo geral como a organização temporal de sons e silêncios (pausas), mas, que em um sentido mais específico representa a arte de classificar e transmitir efeitos sonoros, de forma harmônica e estética, podendo ser conduzida a partir da voz ou de instrumentos musicais diversos. Segundo Swanwick (2014), os pesquisadores Swanwick e Tillman desenvolveram a teoria Espiral do Desenvolvimento Musical em 1986 com base nos estudos de Piaget, dando ênfase às diversas fases vivenciada pela criança até a fase adulta. Segundo o autor desta teoria a aprendizagem musical é composta por etapas de desenvolvimento, tais como, por exemplo, as fases vivenciadas pelo ser humano: antes da pronúncia do vocabulário, sons; antes da vida adulta, uma vida infantil e pré-adulta. A mesma autora ainda acrescenta que: As observações cotidianas nos mostram que as crianças se desenvolvem enquanto crescem e que esse desenvolvimento depende de uma interação entre a herança genética de cada indivíduo e o ambiente – o mundo físico, a casa, a escola a sociedade. Uma segunda observaçãodo senso comum é que há um elemento de previsibilidade a respeito desse processo de desenvolvimento. Aprendemos a andar antes de podermos correr, a ficar de pé antes de podermos fazer qualquer um dos anteriores, a imitar antes de balbuciarmos enunciados de nossa própria autoria [...] (SWANWICK, 2014, p. 78). Com base na teoria do Espiral do Desenvolvimento Musical verifica-se que a prática educativa associada à linguagem musical apresenta premissas importantes do desenvolvimento da criança no aspecto de conteúdo, cognição e interação entre crianças e entre estas e o professor, que aqui exercer papel de mediador. 28 Feliciano (2012) explica um pouco sobre o início do processo de desenvolvimento musical de forma a demostrar como a criança começa a perceber os sons, iniciando pela sua própria voz. A autora ainda afirma que no momento em que a criança inicia a conversação se expressando de forma mais clara, ela começa a dominar o timbre da voz, baixo ou alto de acordo com a vontade de que as pessoas ao seu redor escutem ou não o que deseja falar. Desta forma, este momento é marcado por uma maior interação com as crianças e adulto de seu convívio, compartilhando os conhecimentos adquiridos e os significados que concluíram para cada ato de acordo com a cultura familiar vivenciada. Conforme exposto até aqui, torna-se evidente que meio social em que a criança está inserida desde a infância, tem papel preponderante na comunicação e expressão do gosto musical de cada indivíduo, o qual é fortemente influenciado primeiramente pela cultura familiar, em função do que está mais próximo e dos primeiros estímulos recebidos, e consequentemente, mais tarde, por outras culturas e formas diferentes de viver que lhes são apresentadas trazidas por outras culturas e seus variados estilos musicais. 3.3 O PROCESSO DO TRABALHO MUSICAL O trabalho musical dentro das escolas se remete a tempos bem antigos, para ser uma ideia desde a idade média, a música já tinha um lugar de destaque no ambiente escolar, principalmente, no que se dizia respeito à música sacra e poesia. Com o passar dos tempos, diversa teoria vem contribuindo para demostrar o valor inegável da música como um dos fatores na formação do ser humano (BINOW, 2010). Torna-se importante ressaltar também que grandes autores como Gardner (1995) e Bréscia (2003) abordam com riqueza de detalhes a importância da música na sala de aula, para além de seu aspecto lúdico, ressaltando seu significado para a construção do conhecimento em todas as áreas. No ambiente escolar, ainda hoje, o ensino da música é tratado como algo acabado que precisa seguir um modelo estático ensinado pelo professor se limitando na maioria das vezes à utilização para atividades pontuais como datas comemorativas. Infelizmente a música, na maioria das vezes, é utilizada no contexto 29 de sala de aula, sem levar e consideração aspectos emocionais que podem ser influenciados por ela. Diante disto, a muitos educadores deixam de trabalhar a música em sua essência, perdendo a oportunidade de utilizá-la com o propósito de facilitar a aprendizagem das crianças, sendo estas acolhidas no ambiente escolar. Como já foi demostrado na unidade anterior deste livro didático, existem uma infinidade de conceitos para o termo música, mas, de forma mais ampla, ela é considerada ciência e arte, na medida em que as relações entre os principais elementos musicais se dão pelas interações emocionais, matemáticas e físicas enquanto ciências e enquanto arte, quando se refere à escolha dos arranjos e combinações entre os elementos (BRÉSCIA, 2003). Para abordar um pouco sobre a inteligência musical, torna-se importante conhecer um pouco sobre o estudo a respeito das inteligências múltiplas, no qual Gardner (1995, p. 21) afirma que: "Uma inteligência implica na capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural". Na mesma pesquisa, este autor apresenta sete tipos diferentes de inteligência, sendo estas: a musical, a corporal-cinestésica, a lógico-matemática, a linguística, a espacial, a interpessoal e a intrapessoal. É importante ressaltar que as inteligências apresentadas não são baseadas em herança genética, mas sim influenciadas pelo ambiente social principalmente durante a infância. A inteligência musical é caracterizada pela habilidade para reconhecer sons e ritmos, gosto em cantar ou tocar um instrumento musical. Essa inteligência pode estar relacionada também ao interesse por variados tipos de artes, como dança teatro, pintura, escultura e outras. Ao falar em musicalização, um dos recursos mais eficazes para despertar o interesse da criança é o movimento associado à canção. Um exemplo é usar técnicas teatrais durante o canto. Pode-se pedir para que elas imitem um animal ou o movimento de um carro. De acordo com os estudos realizados por Gardner (1995), pode se afirmar que uma das principais características da inteligência musical é a habilidade de distinguir sons e ritmos, cantar ou tocar instrumento musical. Também é importante ressaltar que este tipo de inteligência está fortemente relacionado a outros tipos de arte, como por exemplo: a dança, o teatro, a pintura e a escultura. Ainda de acordo com o mesmo autor supracitado, área do cérebro responsável pela música está muito perto da área que responde pelo raciocínio lógico-matemático. 30 A explicação para este fato, mostra que isto ocorre por que as conexões nervosas ativadas ao se fazer uma obra clássica são muito semelhantes das usadas para resolver uma operação matemática ou lógica. Desta forma, a música é considerada uma das ferramentas mais robustas para estimular os circuitos cerebrais, além, é claro de contribuir significativamente para o desenvolvimento e aprimoramento da linguagem e da comunicação oral ou escrita. Utilizando a musicalização como ferramenta na construção do saber Binow (2010) mostra um exemplo bem significativo sobre como a música potencializa a aprendizagem a partir da associação de melodia e gestos. A autora diz que: [...] Em outras canções, podemos solicitar a memória e o raciocínio rápido, onde a sequência de movimentos cobrados aumenta gradativamente, sendo necessária uma lembrança imediata do que acabou de ser dito, mas que por vezes torna-se difícil pelo acúmulo de informações. não podemos nos esquecer também que para a aprendizagem ser eficiente é necessário que tenhamos uma metodologia adequada para determinado público. é necessário dividir a música em partes, repetindo cada parte aprendida várias vezes, isoladamente e, em seguida, junto com as demais aprendidas.(BINOW, 2010, p.s.) Ressalta-se que dentre os diversos estilos e gêneros musicais, a criança contempla o que lhe é apresentado primeiramente pelo familiar e convívio com pessoas próximas, apreciando na maioria das vezes vários estilos musicais. Suas escolhas vão se ampliando e se tornando cada vez mais seletivo a medida que vai fazendo novas descobertas e se posiciona em função dos tipos musicais de sua preferência. 3.4 A CRIANÇA E O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM Quando a criança chega à iniciação da fala, desvenda outras possibilidades de linguagem, pois descobre que o choro e o grito, não são mais os únicos recursos para solicitar as coisas, verificando que existem outras expressões, que inclusive facilitam o alcance do que deseja. Um exemplo bem interessante se refere ao fato da criança compreender o próprio tom da voz a permitindo expressar os sentimentos e pensamentos (se brincando, se está séria, se mentindo ou se chorando). Neste momento, ela fica deslumbrada com o significado dos sons e das várias combinações entre eles criando uma diversidade de estilos e tipos de música diferentes. (FELICIANO, 2012) 31 A musicalização como ferramenta didático-pedagógicaem sala de aula propicia aos alunos a chance de integração das quatro habilidades da língua, sendo elas: o ouvir, o falar, o ler e o escrever. Ela também facilita a inteligência linguística, pois permite a revisão de vocabulário e estruturas gramaticais no contexto real da língua. Para além de tudo já mencionado, a música é uma ferramenta que possibilita aos alunos discutir os aspectos linguísticos e culturais da língua encontrados na letra. (BACELLAR, 2008) Segundo Romanelli (2009, p. 24-25), “a música é uma linguagem comum a todos os seres humanos e assume diversos papéis na sociedade, como função de prazer estético, expressão musical, diversão, socialização e comunicação”. Ressalta- se ainda que no ambiente escolar, a música pode ser considerada a linguagem da arte, sendo esta, uma possibilidade de estratégia para o processo de aprendizagem, para construção do conhecimento junto às outras disciplinas. Rosa (1999) corrobora com as ideias do autor acima e defende que: [...]a linguagem musical deve estar presente nas atividades de expressão física, através de exercícios ginásticos, rítmicos, jogos, brinquedos e roda cantadas, em que se desenvolve na criança a linguagem corporal, numa organização temporal, espacial e energética. A criança comunica-se principalmente através do corpo e, cantando, ela é ela mesma, ela é seu próprio instrumento. Ainda para a mesma autora, a musicalização é uma linguagem expressiva que facilita a comunicação nas suas mais variadas formas. Assim, as canções podem ser consideradas condutores de emoções e sentimentos, permitindo com que a criança reconheça nelas seu próprio sentir de maneira leve e prazerosa. Lembrando-se da teoria da espiral do conhecimento musical, ressalta-se que no momento em que a criança inicia contato com a musicalização, seus conhecimentos se ampliam, consequentemente este movimento vai impactar no aumento de sua sensibilidade permitindo-a explorar o mundo a sua volta de forma encantadora. (GONÇALVES, SIQUEIRA; SANCHES, 2009). Ainda segundo os mesmos autores citados acima, os relacionamentos sociais das crianças serão marcados a parti do contato com a música e, certamente, sua cidadania será trabalhada a partir das letras das canções exploradas. Ressalta-se uma infinidade de questões que podem ser trabalhadas através da música, entre elas, ressalta-se a linguagem oral e escrita que permite à criança ampliar seu vocabulário, 32 pois envolvida pela música, ela é incentivada a explorar novas palavras e posteriormente incorporá-las a seu repertório linguístico. Portanto, além de proporcionar muitos benefícios à oralidade e também à escrita, a musicalização permite uma imprescindível fonte de estímulos e sensações para que o discente, desenvolva sentimentos que o inspire a criar novas formas de explorar uma imaginação criadora, a sensibilidade e o amor, auxiliando a criança também nos aspectos afetivo e cognitivos. Torna-se importante frisar, no final desta unidade, um ponto interessante a partir da contribuição dos autores supracitados, assim a música expressa um pensamento, quer quando se canta uma letra, quer quando se ouve uma melodia. Seja em qualquer fase do ensino, a música contribui significativamente para o desenvolvimento mental e psicológico das crianças. As quais terão em seu desenvolvimento, o aumento da socialização na sala de aula, da criatividade, do desenvolvimento da coordenação motora, da expressão corporal, da linguagem oral e da possibilita sua integração cultural. Musicalizando com Tio Carlos: dicas simples e práticas de como abordar esse tema com os pequenos do berçário, educação infantil e fundamental. LINK: https://www.youtube.com/watch?v=n9GQ9BQmOLo Pedagogia Musical: Método Kodaly. As Maria Maria aborda sobre os elementos e metodologia da música. LINK: https://www.youtube.com/watch?v=L1NkLQDv7tY MusicalArcoIris: O vídeo mostra como acontece o processo musical no desenvolvimento do aluno. Música, Pedagogia, Didática, Metodologia, Musicoterapia. LINK: https://www.youtube.com/watch?v=Mazq9rjXRbw “[...] o aprendizado de música, além de favorecer o desenvolvimento afetivo da criança, amplia a atividade cerebral, melhora o desempenho escolar dos alunos e contribui para integrar socialmente o indivíduo” (BRÉSCIA, 2003, p. 81). “[...] uma das tarefas primordiais da escola é assegurar a igualdade de chances, para que toda criança possa ter acesso à música e possa educar-se musicalmente, qualquer que seja o ambiente sociocultural de que provenha”. (MÁRSICO, 1982, p.148) 33 1 - A evolução intelectual do aluno, para que esse tenha um desempenho significativo, requer elementos que contribuam tanto na participação do aluno quanto na estimulação para aprendizagem dos conteúdos. Na abordagem específica de educação musical quando apresentados a criança, se reportam ao universo lúdico da infância por meios de: a) música, dança, coreografia. b) dança, lúdico e movimento. c) danças, movimentos, relaxamento e prática instrumental. d) percepção visual e auditiva. e) desenvolvimento linguístico. 2 - A música é uma linguagem e manifestação cultural e artística de pessoas, e assume diversos papeis na sociedade, como função de expressão musical, diversão socialização e comunicação. Ao retratar da linguagem, o texto acima se refere a: a) linguagem visual b) linguagem gramatical universal c) Linguagem gestual d) linguagem verbal e) linguagem musical universal 3 - A música exerce forte atração sobre os seres humanos, fazendo mesmo que de forma inconsciente que nos relacionemos com ela, muitas vezes quando a ouvimos começamos a nos familiarizar, movimentando o corpo ou cantarolando pequenas partes da melodia. Em sua prática educativa associada a linguagem musical, o professor além de exercer o papel de mediador no processo de ensino aprendizagem, pode se desenvolver relevantes conteúdos no aspecto: a) afetivo e social. b) aluno, professor e escola. c) cultura, música e escola. d) cognitivo, interação e motora. e) desenhar e pintar. 4 - Ao falar em musicalização, um dos recursos mais eficazes para despertar o interesse da criança é o movimento associado à canção, essa inteligência pode estar relacionada também por variados tipos de artes. Na abordagem acima, retrata sobre: a) desenho, coreografia e movimento. b) dança, teatro, pintura e escultura. c) movimento, cinema e dança. d) pintura, cultura e desenho. e) coreografia, cinema e dança. 34 5 - O uso apropriado da música como ferramenta didática pedagógica, oferece aos alunos a oportunidade de integração das quatro habilidades e permite o conhecimento linguísticos e culturais da língua. O texto refere em quais habilidades? a) dançar, correr e cantar. b) ouvir, falar, ler e escrever. c) escrever, cantar e dançar. d) ler, cantar e pular. e) Falar, dançar, desenhar e pintar. 6 - Atualmente existem diversas definições para a música. Na medida em que as relações entre os elementos musicais são relações emocionais, matemáticas e físicas; a arte manifesta-se pela escolha dos arranjos e combinações. A música é considerada ciência da: a) Educação. b) Artes. c) Cultura. d) Tecnologia. e) Filosofia. 7 - Segundo Gardner, uma inteligência implica na capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes em um determinado ambiente. Quais são as inteligências apresentadas por Gardner em sua teoria? a) corporal-cenestésica, lógico matemático e social. b) linguística, social, musical, interpessoal. c) musical, corporal-cinestésica, lógico-matemática, linguística, espacial, interpessoal e intrapessoal. d) intrapessoal, corporal, linguística e espacial. e) artística, social, intrapessoal. 8 - A linguagem musical deve estar presente nas atividades de expressão física, através de exercícios ginásticos, rítmicos, jogos,brinquedos e roda cantadas, em que se desenvolve na criança a linguagem corporal, numa organização temporal, espacial e energética. De acordo com texto citado, refere-se: a) a criança comunica-se principalmente através do corpo e, cantando, sendo ela mesma, ela é seu próprio instrumento. b) a música proporciona uma importante fonte de estímulos e sensações para a criança, desperta sentimentos que impossibilitam de dar impulso vital. c) a criança comunica-se somente através da dança, cantando e manuseando instrumentos. d) a musicalização limita o seu desenvolvimento, promovendo a socialização na sala de aula, a criatividade, o desenvolvimento da coordenação motora e expressão corporal. e) A música desconsidera como meio de comunicação, e por sua vez se faz de diversas maneiras, seja instrumental ou vocal, com um ou vários instrumentos. 35 MÚSICA E MOVIMENTO 4.1 INTRODUÇÃO Em se tratando de música e movimento, vamos iniciar nossa unidade explorando o que o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil define para ser trabalhado na sala de aula com a Educação Infantil, pois esse apresenta de forma clara a importância do movimento associado à música. Neste aspecto, o documento aqui referido também mostra que quando nos referimos a gesto e movimento corporal, precisamos lembrar que eles estão fortemente ligados e conectados à musicalização. Assim: A realização musical implica tanto em gesto como em movimento, porque o som é, também, gesto e movimento vibratório, e o corpo traduz em movimento os diferentes sons que percebe. Os movimentos de flexão, balanceio, torção, estiramento etc., e os de locomoção como andar, saltar, correr, saltitar, galopar etc., estabelecem relações diretas com os diferentes gestos sonoros. (RCN,1998, p.61) Em ambiente escolar as atividades através da música, permite à criança a oportunidade de descobrir as linguagens sensitivas e do seu próprio potencial criativo, possibilitando a criança ir além de só copiar modelos, ela se trona capaz de experimentar, criar, inventar e reinventar o ambiente que a rodeia. Desta forma, diante de uma visão cognitivista, a abstração trazida pela música proporciona esse desenvolver da criatividade, pois o conhecimento musical se inicia pela interação com o ambiente (experiências concretas), mas evolui aos poucos alcançando a abstração. Notifica-se aqui a importância da criatividade em qualquer circunstância. Uma criança criativa raciocina (abstração) melhor e inventa meios de resolver suas próprias dificuldades (GAIZA, 1988). Weigel (1988) corrobora com o autor acima quando menciona que: Ser criativo é viver adaptando formas de expressões as necessidades da vida. O processo criativo está em desenvolvimento quando somos capazes de criar ou recriar determinadas situações com a qual nos deparamos. Para estimular a criatividade, é necessário que o professor seja criativo para UNIDADE 36 estimular a criança, podendo auxiliar na reelaboração do pensamento para ideias produtivas. A música por si só contribui para o desenvolvimento criativo (WEIGEL, 1988, p.188). Portanto trabalhar a música na Educação Infantil é imprescindível, pois esta funciona como um estimulador potencial, uma vez que a criança encontra-se em período mais propício ao desenvolvimento da linguagem. Desta forma, ao ouvir e cantar, a criança passa a ser estimulada, aumentando assim a facilidade para o desenvolvimento da oralidade. A criança, ainda bem pequena, que já possui habilidade musical começa a perceber diferentes sons no seu ambiente ainda muito cedo e ao cantar para si mesma já começa a escutar a própria voz. Assim torna-se importante o hábito de pronunciar junto ao bebê as cantigas de ninar, mais tarde as músicas de rodas, as parlendas e o brincar com jogos musicais. Gama (1998) endossa a importância do movimento mencionado acima ao chamar a atenção para o fato de que a inteligência musical se desponta a partir das habilidades de apreciar, compor ou reproduzir os elementos musicais. Os quais estão relacionados à discriminação de sons, à percepção de temas musicais, à sensibilidade para ritmos, à percepção de texturas e timbre, e consequentemente à capacidade de produzir e/ou reproduzir a música. 4.2 A MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO SOCIOAFETIVO Chamando a atenção para o processo que envolve o educar, o aprender, o cuidar e o brincar, Fonterrada (2008), defende que a integração entre a Educação Infantil, a musicalização, a afetividade e as atividades lúdicas, precisam estar intrinsecamente ligados, pois este conjunto contribui significativamente para o desenvolvimento das crianças. Assim a educação precisa colocar em prática o seu papel no sentido de envolver e despertar o interesse e satisfação dos alunos pelo processo de aprender os conteúdos regulares. O próprio Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, mostra a importância de o educador usar a afetividade e o lúdico com o objetivo de promover uma Educação Musical que promova um ambiente de aprendizagem bem mais divertido e prazeroso para os alunos. 37 A musicalização em sala de aula favorece o lúdico tornando um momento agradável e produtivo, permitindo ao educador criar um espaço tranquilo e produtivo, estimulando e motivando os alunos a se expressarem por meio da oralidade, criatividade, movimento e memorização sua forma de pensar e sentir o mundo que o rodeia. A música na Educação Infantil trabalhada com intencionalidade e prazer proporciona ligação com o movimento, principalmente quando leva a criança a cantar, a se expressar através do corpo, e até mesmo nas ações de concentração, disciplina e atenção focada. Desta forma, torna-se correto afirmar que o brincar através da música, seja individual ou coletivo, pois as duas formas têm importante função social e cognitiva no desenvolvimento da criança, contribui para que ela possa se divertir cantando e ao mesmo tempo articule o brincar e o aprender. Todos os envolvidos no processo e aprendizagem dentro da escola e em especial, o professor precisam trabalhar conjuntamente para promover um ambiente favorável a situações que vão requerer dos alunos as o desenvolvimento de habilidades cognitivas, afetivas, emocionais e sociais. Quando nos referimos à Educação Infantil, o cuidado precisa ser ainda maior, pois conforme apresentados pelos autores citados anteriormente, A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo à linguagem musical. É uma das formas importantes de expressão humana, o que por si só justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral, e na educação infantil, particularmente. (BRASIL, 1998, p.45). Ao iniciar o trabalho musical na Educação Infantil propiciando à criança a oportunidade de ouvir uma música que faça parte de seu contexto, aprender canções infantis, brincar de roda, confeccionar e utilizar brinquedos rítmicos, o educador estará despertando, estimulando e desenvolvendo prazer de realizar atividades musicais. O professor precisa levar em consideração um fato importante ao trabalhar a musicalização em sala, o qual se refere à compreensão de que, quando as crianças entram em contato com a cultura musical dentro da sala de aula, ele já traz consigo as tradições musicais aprendidas no contexto familiar. Lembrando que cada região, cidade, bairro, comunidade e núcleo familiar, apresentam características distintas. Em 38 alguns casos, a música faz parte da vida diária de várias crianças, sendo cantada, tocada e dançada com base em costumes tradicionais de festividades de manifestação musical e cultural. Um bom exemplo de elementos de uma cultura musical trazido pela criança refere-se às músicas folclóricas, as quais abarcam cançõespopulares e tradicionais passadas oralmente de pais para filhos e que fazem parte da sabedoria popular. Em especial no Brasil, estas tradições musicais são mais conhecidas nas regiões interioranas sendo caracterizadas por temas que refletem as situações do dia-a-dia. Assim, estilos bem conhecidos e que fazem parte da música folclórica brasileira são: as cantigas de roda e cantorias, os acalantos e o cancioneiro infantil. Torna-se importante reforçar aqui que, assim como a teoria de Piaget, o desenvolvimento musical se caracteriza por estágios evolutivos permitindo amadurecimento das informações recebidas para concretização da aprendizagem. Desta forma, cabe lembrar que no período sensório-motor a percepção auditiva está se formando, por isto nesta fase a criança demostra no choro as necessidades a serem supridas, sendo a percepção ainda global e indiferenciada. A parti deste estágio se formam os esquemas sensório-motores que geram a desenvolvimento das noções, e posteriormente, os conceitos e demais estruturas. 4.3 A ARTE COMO INSTRUMENTO DE TRANSFORMAÇÃO Na Educação Infantil é interessante observar como se dá a relação da criança com a música em sala de aula, pois a interatividade é tamanha que, ao cantar ou ouvir os alunos se sentes felizes manifestando uma reação de prazer, diversão e expressão das emoções. Snyders (1992) defende que a música contribui significativamente para que o ambiente escolar se torne mais alegre e adequada às possibilidades de aprendizagem, pois consegue promover uma leveza e alegria que sejam experimentadas no momento presente, consequentemente favorecendo a dimensão essencial da pedagogia para construção do conhecimento, por outro lado, estes sentimentos também contribuem para que os esforços dos alunos sejam compensados e recompensados pelo próprio ambiente prazeroso. 39 Ao trabalhar o ser em sua integralidade, a escola deve utilizar a arte, enquanto música não com um fim em si mesma, mas de forma disciplinar e transdisciplinar envolvendo todos os conteúdos curriculares, pois como afirma Borges (2003, p.115) a “[...] música é arte e seu papel na Educação Infantil é o de proporcionar um momento de prazer ao ouvir, cantar, tocar e inventar sons e ritmos”. A música deve ser apresentada à acriança por meio de atividades lúdica. Nas quais os elementos básicos da música, conforme vistos nesta unidade, serão trabalhados pelo professor, por meio de recreação, experimentando sensações e conhecimentos básicos a respeito do som da música, tais como: altura, intensidade e timbre do som. Desta forma, a compreensão dos símbolos que compõem a música será trabalhada de forma divertida, alegre e respeitando a sensibilidade da criança ao sentir a experiência vivenciada. A linguagem musical estimula a expressão do sentimento, do pensamento, do movimento e consequentemente da interação social. Por meio da musicalização o educador contribui para o desenvolvimento de áreas importantes para a base do processo de aprendizagem, tais como: a cognitiva, a afetiva/social, a linguística e a psicomotora. (BARRETO, 2000) O posicionamento do professor a respeito da linguagem musical muda a partir do momento que ele se conscientiza de que a ”[...] imaginação é uma grande aliada nesse quesito, lembrando que a musicalidade está dentro de cada pessoa. (BUENO, 2011, p.231). A partir daí ele buscará conhecimentos e possibilidades, favorecendo um ambiente agradável, que perceba a música como algo intrinsecamente importante para o desenvolvimento da criança. Com esta mudança de postura o educador trabalhará a linguagem musical de forma a permitir que as crianças se expressem livremente seus pensamentos e sentimentos de acordo com a fase em que se encontra. Ainda sobre os benefícios da nova postura do professor diante da utilização da música como recurso didático, seu trabalho será facilitado pela compreensão dos diversos recursos (objetos e materiais) que poderão ser oferecidos às crianças para que o processo criativo aconteça de forma divertida e interativa entre os alunos e com o professor. A música pode ser considerada como uma ferramenta valiosa que contribui para o desenvolvimento do ser humano em todos os aspectos de sua formação. 40 Fazendo uso potencial desta ferramenta em sala de aula, o professor deve estimular e desafiar o educando a criar, aprender e expor suas potencialidades a partir da música. Uma atividade que pode anteceder este momento de criação propriamente dito é a construção, por professor e alunos, de instrumentos com sucata, utilização de objetos diversos como próprio lápis, a borracha e até com o corpo para criar sons diferenciados. Assim a música torna-se um meio espetacular de expressão e aquisição de conhecimento, fortalecendo o desenvolvimento da criança nos aspectos relacionados ao equilíbrio emocional, à autoestima e ao autoconhecimento, consequentemente ampliando as relações interpessoais. Isto é possível porque a música enquanto arte é “[...] uma linguagem que aguça os sentidos, transmite significados que não podem ser transmitidos por intermédio de nenhum outro tipo de linguagem, tais como a discursiva e científica”(BARBOSA, 2009, p. 21). Portanto a música é uma forma de arte presente na vida de todas as pessoas de forma bem rudimentar ou complexa ela compõem o universo de crianças e adultos antes mesmo do nascimento. Nas situações cotidianas, a música se apresenta, nos mais variados ritmos e melodias, de forma a atender gostos e culturas diferentes. A musicalização se torna um uma ferramenta capaz de potencializar a criatividade, a qual é inerente ao ser humano, precisando somente de estímulo e ambiente propício para seu pleno desenvolvimento através de atividades que favoreçam o processo artístico. Daí a importância de o educador criar dentro das escolas ambientes propensos a desafiar seus alunos na construção de algo novo a partir de experiências que possibilite a ampliação da percepção do mundo, corroborando para o desenvolvimento da construção da identidade e autonomia do sujeito. 4.4 BRINCADEIRAS DE RODA A Educação Infantil pode e deve ser marcada por brincadeiras e jogos como ferramentas importantes para o processo de aprendizagem do educando. Estas são consideradas verdadeiras atividades lúdicas empregadas para favorecer o desenvolvimento de crianças de 0 a 5 anos de idade permitindo a interação de umas com as outras, imitando e desempenhando papéis sociais, a partir da imaginação, 41 criatividade, capacidade motora e de raciocínio de forma prazerosa. Vale ressaltar a importância do brincar ser planejamento por parte do educador possibilitando o direcionamento dos objetivos de forma bem clara, vislumbrando contribuir com o desenvolvimento da criança nos vários aspectos que permeiam a sua formação (PINHO, 2009). Entre as brincadeiras intencionalmente direcionadas pelo educador, a mais comum são as cantigas de roda, as quais permitem através de jogos e brincadeiras, um potencial desenvolvedor da sensibilidade e criação das primeiras noções de ritmo. Ressalta- se também que, em si, cada atividade, apresenta características específicas, que contribui para o processo de aprendizagem da criança permitindo a ela a possibilidade de externar suas emoções e sentimentos enriquecendo as experiências vivenciadas. De forma geral a atividade lúdica está relacionada ao movimento cujo objetivo é produzir prazer na sua execução levando o participante à diversão. Pode-se ressaltar que os jogos lúdicos são caracterizados como brincadeiras mais livres de regras e normas; sendo também atividades que não visam uma competição como objetivo principal, dando ênfase à tarefa a ser executada de forma prazerosa preponderando sempre a presença de motivação para atingir os objetivos. (PINHO, 2009). Um ponto importante a ser considerado
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